Atos contra ataque dos EUA, pró-Irã e pró-Israel tomam ruas no mundo


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O domingo foi marcado por uma série de protestos em diversas cidades do mundo. Nos Estados Unidos, Nova York e Los Angeles, os atos reuniram milhares de pessoas para repudiar o ataque às usinas nucleares iranianas, ocorrido no último sábado. 

A agência de notícias Reuters entrevistou Natália Marquez, de 27 anos, uma das organizadoras da mobilização em Nova York. Na opinião dela, o ataque dos EUA foi uma desculpa para saquear recursos.

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“Uma guerra que causará milhões de mortes, assim como nosso envolvimento no Iraque, uma guerra de agressão perpetuada por duas potências nucleares, os Estados Unidos e Israel, que afirmam, com profunda ironia, que o Irã é o agressor na região por causa de um programa nuclear civil, quando, na realidade, os Estados Unidos são o único país que já usou armas nucleares em uma guerra”, destacou Natália.

 


People attend a protest against the U.S attack on nuclear sites, amid the Iran-Israel conflict, in Tehran, Iran, June 22, 2025. Majid Asgaripour/WANA (West Asia News Agency) via REUTERS   ATTENTION EDITORS - THIS PICTURE WAS PROVIDED BY A THIRD PARTY

Protesto em Teerã, no Irã, repudia ataques norte-americanos a usinas nucleares. Reuters/Majid Asgaripour/Proibida reprodução

Atos contra o bombardeio norte-americano também foram registrados em Teerã, capital do Irã, e em cidades da Grécia, Iraque e Paquistão.

Em Paris, ocorreram manifestações pró-Irã e pró-Israel. Iranianos se reuniram na capital francesa para pedir um cessar-fogo no Oriente Médio, incluindo a Faixa de Gaza.


Iranians in Paris demonstrate following U.S attack on Iran's nuclear sites and against Iran-Israel conflict, but also call for more freedom and rights especially for women, in Paris, France, June 22, 2025. REUTERS/Benoit Tessier

Iranianos fazem ato em Paris e pedem cessar fogo. REUTERS/Benoit Tessier/Proibida reprodução

Em outra parte da cidade, foi realizado nas proximidades da Torre Eiffel um festival de música em apoio a Israel, marcado antes do ataque norte-americano ao Irã. 

“Devemos viver em paz com os iranianos, devemos estender a mão, mas não a Khamenei e sua comitiva”, disse o organizador do festival, Richard Seban, em entrevista à Reuters.


People attend the Israeli Music Festival with the slogan

Festival de Música em Paris reúne manifestantes pró-Israel. REUTERS/Benoit Tessier/Proibida reprodução

Israel e Irã trocam acusações na ONU e reafirmam direito à defesa


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A reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) colocou frente a frente as representações diplomáticas do Irã, Israel e Estados Unidos, países envolvidos em um conflito que colocou o mundo em alerta.

O representante permanente de Israel nas Nações Unidas Danny Danon iniciou sua fala dizendo que a noite de sábado (21) mudou a história mundo ao se referir ao ataque dos Estados Unidos (EUA) às usinas nucleares em Fordow; Natanz e Isfahan. “Os EUA líder do mundo livre eliminaram a maior ameaça existencial para o mundo livre”. 

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Para Danon, hoje, o mundo inteiro deveria agradecer aos EUA por eliminar a maior ameaça ao mundo atual. O representante israelense criticou quem denuncia os Estados Unidos e Israel pelos ataques.

 “Onde estavam vocês quando o Irã enriqueceu urânio acima dos níveis necessários para uso civil e quando enterrou fortalezas inteiras embaixo de montanhas para se preparar para exterminar Israel? Onde estavam vocês quando o Irã converteu as negociações em um teatro e engano de estratégias? Onde estavam vocês? Vocês não disseram nada. Foram cúmplices, tiveram medo. Foram meros expectadores.”

Repúdio

Em sua intervenção, o embaixador iraniano Amir Saeid Iravani disse que seu país dará resposta proporcional contra os ataques feitos por Israel e pelos Estados Unidos. 

“Como nação independente, o Irã se reserva o direito pleno e legítimo de defender-se contra esta flagrante agressão dos Estados Unidos e do governo israelense. A magnitude da resposta que dará o Irã será determinada por suas Forças Armadas”, afirmou o representante iraniano.

Segundo o diplomata, os Estados Unidos, “de maneira temerária”, optaram por sacrificar sua segurança para proteger o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Ele reiterou que o Irã não tem armas nucleares.

O embaixador exortou o Conselho de Segurança a condenar categoricamente as agressões cometidas contra o Irã, adotar medidas efetivas contra os agressores e responsabilizá-los pelos seus feitos. A reunião do conselho terminou sem que nenhuma resolução fosse aprovada.

Conflito

Acusando o Irã de estar próximo de desenvolver uma arma nuclear, Israel lançou um ataque surpresa contra o país no último dia 13, expandindo a guerra no Oriente Médio.

Neste sábado (21), os Estados Unidos atacaram três usinas nucleares iranianas: Fordow, Natanz e Esfahan. 

O Irã afirma que seu programa nuclear é apenas para fins pacíficos e que estava no meio de uma negociação com os Estados Unidos para estabelecer acordos que garantissem o cumprimento do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, do qual é signatário.

No entanto, a AIEA vinha acusando o Irã de não cumprir todas suas obrigações, apesar de reconhecer que não tem provas de que o país estaria construindo uma bomba atômica. O Irã acusa a agência de agir “politicamente motivada” e dirigida pelas potências ocidentais, como EUA, França e Grã-Bretanha, que têm apoiado Israel na guerra contra Teerã.

Em março, o setor de Inteligência dos Estados Unidos afirmou que o Irã não estava construindo armas nucleares, informação que agora é questionada pelo próprio presidente Donald Trump.

Apesar de Israel não aceitar que Teerã tenha armas nucleares, diversas fontes ao longo da história indicaram que o país mantém um amplo programa nuclear secreto desde a década de 1950. Tal projeto teria desenvolvido pelo menos 90 ogivas atômicas.

 

Maratona do Rio termina com recorde de inscrições e vitórias inéditas


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Neste domingo, 22 de junho, a 23ª edição da Maratona do Rio chegou ao seu fim. Quatro dias de provas e com um público que fez história. Foram 60 mil inscritos para se aventurarem nos diferentes percursos pela cidade do Rio de Janeiro. Um aumento de 33% em relação à última edição, que contou com 45 mil inscritos. Além disso, o evento contou com uma programação voltada para um verdadeiro festival do esporte, da cultura e de um estilo de vida.

O primeiro dia do evento era destinado à retirada de kits. Então, para os corredores mais ansiosos, a “largada” já era dada no dia 18 de junho. A partir daí, era contagem regressiva! Para quem iniciava nesse mundo, o dia 19 era o mais indicado, com uma prova de 5 quilômetros e que contou com 8 mil corredores. Mas o que vimos ali é que o primeiro dia também foi de aquecimento para corredores mais experientes e apaixonados pelo evento.

O dia 20 de junho, segundo dia de corrida, foi dedicado à distância de 10 mil quilômetros. Foram 12 mil inscritos para esta prova e que viram a colombiana Laura Espinosa ser tricampeã e quebrar o seu próprio recorde, que era de 35 minutos, ao finalizar o percurso em 34 minutos e 32 segundos.

As brasileiras também marcaram presença no pódio com Jenifer do Nascimento, que terminou a prova em 34 minutos e 40 segundos e Larissa Marcelle Moreira Quintino, com 35 minutos e 01 segundo. Já entre os homens, vitória brasileira! O mato-grossense Wendell Jeronimo foi o mais rápido e concluiu a distância em 29 minutos e 22 segundos.  

Recorde

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O terceiro dia foi também o que a Maratona do Rio viu o maior número de inscrições: foram 25 mil inscritos para percorrerem os 21 km, que viu a largada acontecer no Leblon, na altura do Jardim de Alah, e a chegada no Aterro do Flamengo, bem pertinho da Marina da Glória. E essa prova foi marcada por uma vitória histórica!

A queniana Winnie Jepkosgei Kimutai precisou de 1h7min50s para vencer a prova e simplesmente estabelecer o melhor tempo feminino em solo brasileiro. O pódio da prova feminina também teve presença brasileira: Franciane dos Santos Moura, que concluiu o percurso em 1h16min34s. Já a prova masculina teve brasileiro liderando por quase todo percurso, mas Fábio Jesus Correia viu o pelotão africano chegar na frente nos metros finais da prova. Com isso, o etíope Bayelign Teshager chegou na linha final em 1h02min50s e Fábio ficou com o 4º lugar. 

E, finalmente, neste domingo, a prova mais esperada e que dá nome ao evento: a Maratona do Rio. Com largada às 5h, os 15 mil corredores inscritos. No masculino, tivemos dobradinha de quenianos, com o atual campeão da Maratona chegando na segunda colocação.

Joshua Kogo venceu com o tempo de 2h14min18s, enquanto Joshpat Kiprotich, que era o atual recordista da prova, chegou logo em seguida, com 2h15min14s de prova. Mas o pódio também teve brasileiro, já que Justino Pedro da Silva, que foi bicampeão da prova (2020 e 2021), chegou em terceiro lugar, totalizando o percurso em 2h19min35s.

Já as mulheres viram a etíope Zinash Debebe Getachew completar os 42 quilômetros em 2h34min58s e chegar em primeiro lugar, seguida da brasileira Amanda Aparecida de Oliveira, que repetiu a boa campanha de 2024 e chegou em segundo lugar ao fechar a prova em 2h39min45s. 

Economia

E não tem como falar de um evento como este sem falar do seu impacto na cidade do Rio de Janeiro. Na edição de 2024, a Maratona do Rio reuniu 45 mil corredores. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto da Fecomércio (IFec RJ), o evento significou um impacto econômico em torno de R$355 milhões, além de gerar mais de 2.800 empregos diretos e indiretos.

Em 2025, os números podem ser ainda mais surpreendentes, já que as provas totalizaram 60 mil inscritos, sendo a maioria, cerca de 85%, de pessoas que residem fora do Rio de Janeiro.  

Seleção feminina bate Turquia e chega à 7ª vitória na Liga das Nações


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A seleção feminina de vôlei conquistou uma importante vitória neste domingo (22), pela Liga das Nações. Mesmo atuando em Istambul, na casa das adversárias, as brasileiras derrotaram a Turquia por 3 sets a 1, parciais de 25/18, 23/25, 25/23 e 25/15.

Foi a sétima vitória do Brasil em oito jogos, além da primeira derrota turca. A seleção de José Roberto Guimarães ultrapassou as rivais, assumindo, provisoriamente, o segundo lugar – a Polônia, que visita a Sérvia em Belgrado, pode reassumir a vice-liderança. A Itália, com oito triunfos e 100% de aproveitamento, está na ponta. Os oito melhores times ao final de 12 rodadas vão às quartas de final.

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Mais uma vez, o grande nome do Brasil foi Ana Cristina. A ponteira de 21 anos – que atua no vôlei turco, no Fenerbahçe – ignorou a pressão dos quase 17 mil torcedores no Sinan Erdem Dome e anotou 27 pontos, sendo 24 de ataque, dois de bloqueio e um de saque. Pelo lado das donas da casa, a oposta Ebrar Karakurt, conhecida pelas provocações às adversárias em quadra, foi o destaque, com 17 pontos.

As brasileiras voltam à quadra na semana de 9 a 13 de julho, para partidas em Chiba, no Japão, contra Bulgária, França, Polônia e as donas da casa. O mata-mata será disputado na cidade polonesa de Lodz, entre 23 a 27 de julho.

Ataque dos EUA ao Irã viola direito internacional, avalia Rússia


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A Rússia condenou “veementemente” os ataques dos Estados Unidos a instalações nucleares no Irã, após recentes ofensivas de Israel à nação iraniana, informou neste domingo (22) o Ministério das Relações Exteriores russo.

“Esta decisão imprudente de lançar ataques aéreos e com mísseis contra o território de um Estado soberano, independentemente das justificativas apresentadas, constitui flagrante violação do direito internacional, da Carta da ONU e de resoluções relevantes do Conselho de Segurança da ONU, que tem consistente e inequivocamente considerado tais ações inaceitáveis. Particularmente preocupante é o fato de os ataques terem sido executados por um membro permanente do Conselho de Segurança da ONU”, afirma comunicado da chancelaria russa.

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Para o governo russo, as consequências desta ação, incluindo potenciais efeitos radioativos, ainda não foram determinadas. “No entanto, já é evidente que uma escalada perigosa está em andamento, que ameaça desestabilizar ainda mais a segurança na região e no mundo. Isso aumentou drasticamente a probabilidade de um conflito maior no Oriente Médio, uma região já assolada por inúmeras crises”, diz o texto.

A chancelaria russa destaca que os ataques às instalações nucleares iranianas representaram um “golpe substancial” no regime global de não proliferação construído em torno do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP). “Eles minaram significativamente tanto a credibilidade do TNP quanto a integridade dos mecanismos de monitoramento e verificação da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) que o sustentam.”

“Esperamos que a liderança da AIEA responda prontamente, profissionalmente e com transparência, evitando linguagem vaga ou tentativas de se esconder atrás de ‘equidistância’ política. É necessário um relatório imparcial e objetivo do diretor-geral, a ser submetido à consideração na próxima sessão especial da Agência”, acrescenta o governo russo.

Ainda segundo a Rússia, o Conselho de Segurança da ONU também deve assumir uma posição firme, e “ações de confronto e desestabilizadoras” tomadas pelos Estados Unidos e Israel devem ser rejeitadas coletivamente.

“Apelamos ao fim imediato da agressão e à intensificação dos esforços para que a situação retorne a um caminho pacífico e diplomático” completa o ministério russo.

O governo brasileiro também condenou com “veemência” ataques militares de Israel e, mais recentemente, dos Estados Unidos, contra instalações nucleares, “em violação da soberania do Irã e do direito internacional”.

Conflito

Acusando o Irã de estar próximo de desenvolver uma arma nuclear, Israel lançou um ataque surpresa contra o país no último dia 13, expandindo a guerra no Oriente Médio.

Neste sábado (21), os Estados Unidos atacaram três usinas nucleares iranianas: Fordow, Natanz e Esfahan. O Irã afirma que seu programa nuclear é apenas para fins pacíficos e que estava no meio de uma negociação com os Estados Unidos para estabelecer acordos que garantissem o cumprimento do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, do qual é signatário.

No entanto, a AIEA vinha acusando o Irã de não cumprir todas suas obrigações, apesar de reconhecer que não tem provas de que o país estaria construindo uma bomba atômica. O Irã acusa a agência de agir “politicamente motivada” e dirigida pelas potências ocidentais, como EUA, França e Grã-Bretanha, que têm apoiado Israel na guerra contra Teerã.

Em março, o setor de Inteligência dos Estados Unidos afirmou que o Irã não estava construindo armas nucleares, informação que agora é questionada pelo próprio presidente Donald Trump.

Apesar de Israel não aceitar que Teerã tenha armas nucleares, diversas fontes ao longo da história indicaram que o país mantém um amplo programa nuclear secreto desde a década de 1950. Tal projeto teria desenvolvido pelo menos 90 ogivas atômicas.
 

Atlético-PI vence Doce Mel pela semifinal do Brasileirão Feminino A3


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O Atlético-PI saiu na frente do Doce Mel pelas semifinais da Série A3 (terceira divisão) do Campeonato Brasileiro Feminino de futebol. Neste domingo (22), em meio a muito calor, as piauienses venceram as baianas por 3 a 0 no Waldomirão, em Jequié (BA). A partida foi transmitida ao vivo pela TV Brasil.

Os dois clubes estão garantidos na Série A2 (segunda divisão) do Brasileirão Feminino em 2026. O Doce Mel obteve o acesso ao eliminar o União Desportiva Alagoana (UDA) nas quartas de final. Pela mesma fase, o Atlético superou o Ceará.

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O reencontro entre as equipes será no próximo dia 6 de julho, às 11h (horário de Brasília), no Albertão, em Teresina. O time piauiense, comandado pela ex-jogadora da seleção brasileira Renata Costa, vice-campeã mundial em 2007, pode perder por até dois gols de diferença que vai à final. As baianas precisam ganhar por quatro ou mais gols de saldo. A TV Brasil transmite o duelo ao vivo.

O primeiro tempo foi dominado pelo Atlético. Aos 28 minutos, Cris – que disputou a Copa do Mundo Feminina de 2011 naturalizada por Guiné Equatorial – carimbou o travessão. Aos 35, Silmara dividiu com Alana na pequena área e a bola saiu por cima do gol. Quatro minutos depois, a insistência das piauienses deu resultado, com Jaynne. A camisa 11 foi lançada na esquerda, ganhou de Milena Biro-Biro na velocidade e bateu cruzado, abrindo o placar.

As visitantes continuaram em cima no segundo tempo. Aninha, goleira do Doce Mel, salvou uma cabeçada de Geovanna, aos dez minutos. Aos 20, a atacante do Atlético entrou na área pela esquerda, escapou da marcadora e bateu cruzado. A camisa 1 do time da casa defendeu em dois tempos, evitando o gol em cima da linha.

Aos 45, o Doce Mel perdeu Ana Júlia expulsa. No lance seguinte, aos 46 minutos, Moara foi lançada e desviou de cabeça na saída da goleira Aninha para ampliar o placar a favor das atleticanas. E ainda deu tempo para Geovanna fazer um golaço por cobertura, aos 52, fechando o marcador.

Quem avançar entre Atlético e Doce Mel terá pela frente o ganhador de Itabirito e Vila Nova. No sábado (21), os times empataram por 3 a 3 no Estádio Castor Cifuentes, em Nova Lima (MG), com transmissão ao vivo da TV Brasil. A emissora da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) também exibirá o duelo de volta, dia 5 de julho, às 11h, no Estádio Onésio Brasileiro Alvarenga, em Goiânia.

Brasileirão Feminino A2

O Brasileirão Feminino A2 está nas quartas de final. Os duelos apontarão os semifinalistas e os quatro novos integrantes da Série A1 (primeira divisão). No sábado (21), o Santos derrotou o Ação-MT no Estádio Dito Souza, em Várzea Grande (MT), por 1 a 0, na partida de ida do confronto. O gol de Analuyza dá às Sereias da Vila, rebaixadas no ano passado, a vantagem do empate para o duelo de volta, em 5 de julho, às 15h, na Vila Belmiro, em Santos (SP).

Outros três confrontos valem vaga nas semifinais e na elite do Brasileirão Feminino: Botafogo x Mixto-MT, Minas Brasília x Fortaleza e Atlético-MG x Vitória. Os quatro times promovidos ocuparão os lugares de Sport e 3B da Amazônia, os rebaixados deste ano.

Agência atômica da ONU convoca reunião de emergência para esta segunda


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O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Mariano Grossi, informou, neste domingo (22),que convocou uma reunião de emergência para a manhã desta segunda-feira (23) com os membros da entidade para continuar o exame das instalações nucleares do Irã.

“O regime de não proliferação [de armas] nuclear, que tem sido o passe de segurança internacional durante mais de meio século, está em jogo”, declarou o diretor argentino.

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Ele contextualizou a situação após os ataques aéreos dos Estados Unidos às instalações nucleares do Irã, na noite de sábado (21), que podem gerar a possibilidade de agravamento e ampliação do conflito na região, prevê a autoridade.

Inspeções

O diretor-geral da AIEA enfatizou que os técnicos da agência internacional estão no Irã e devem fazer a inspeção em segurança das instalações nucleares do país para registrar a existência de urânio conforme as regras do acordo de não proliferação de armas nucleares.

“Os inspetores da AIEA estão no Irã têm que fazer seu trabalho. E isto exige o cessar das hostilidades para que o Irã possa conduzir as equipes a diferentes lugares, em condições adequadas e necessárias de segurança e proteção.”

O diretor-geral da agência atômica destacou que é preciso verificar os danos dos ataques norte- americanos a localidades do país persa, que fazem enriquecimento de urânio: a usina nuclear de Fordow; os prédios e túneis de armazenamento de material enriquecido de Isfahan e a central de combustíveis da usina de Natanz.

A principal usina iraniana de enriquecimento de urânio é a Fordow, construída dentro de uma montanha. O diretor garantiu que os técnicos teriam condições de avaliar os danos subterrâneos às instalações nucleares de Fordow, após o bombardeio.

Teerã, de sua parte, confirmou à AIEA, que os níveis de radiação nas três localidades não aumentaram até o momento.

Diálogo

Durante a reunião de urgência do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU (foto)), o diretor-geral da AIEA, Rafael Mariano Grossi, explicou que existe uma oportunidade para regressar ao diálogo e à diplomacia e que a falta de acordo pode ter graves consequências.

“Se perdermos esta oportunidade, a destruição poderia alcançar proporções impensáveis e o regime mundial de não proliferação [de armas nucleares] desmoronaria e se acabaria”, previu Mariano Grossi.

Citando o que disse, antes dele, o secretário-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Antonio Guterres, na mesma reunião, Israel, Irã, Estados Unidos e o Oriente Médio necessitam da paz e estes atores precisam voltar à mesa de negociação.

 

Campus Party termina com vivências de arte, inovação e tecnologia


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A 17ª edição da Campus Party Brasil (CPBR17) que terminou neste domingo (22), em Brasília, reunindo diversas comunidades que representam diversos nichos de interesses. Durante os cinco dias do evento, marcaram presença em 6 mil m² da Arena BRB Mané Garrincha grupos que podem ser desde desenvolvedores de games e entusiastas de robótica, influenciadores digitais, empreendedores, a integrantes de movimentos pela inclusão digital, além de apaixonados pela cultura geek.

Quem não passou mesmo despercebida em meio a esta diversidade é a comunidade de cosplay [do inglês costume + play], que circula na Campus Party. Os cosplayers se vestem e interpretam personagens de ficção, sobretudo de animes japoneses, mangás, videogames e, também, de séries de filmes. 

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E eles têm a chance de mostrar seus figurinos para trazer o personagem à vida nos desfiles diários do evento. Nesta edição, a premiação por dia para o primeiro lugar foi de R$ 300 para o primeiro lugar. A Campus 17 também foi palco da seletiva que vale vaga para a final do concurso da Liga Brasileira de Cosplay, (LBC) de 2025.


Brasília (DF), 20/06/2025 - O engenheiro de software Pedro Torreão, de 24 anos, de Cospay do Luffy, do anime One Piece, participa do Campus Party. Foto: Daniella Almeida/Agência Brasil

O engenheiro de software Pedro Torreão, de 24 anos, de Cospay do Luffy, do anime One Piece, participa do Campus Party. Foto: Daniella Almeida/Agência Brasil

Quem entrou na pele do simpático personagem Luffy, da série de mangá One Piece, foi o engenheiro de software Pedro Torreão, 24 anos, morador da capital federal. Apesar de já ter participado de outras edições da Campus Party, é a primeira vez que ele se caracteriza e justifica a ideia por se achar parecido com o anime de cabelos cacheados e porte físico magro.

“Pareço com ele. Pensei, então, eu posso fazer o boneco que eu gosto muito e que é da obra eu me identifico muito”.

O engenheiro conta que a parte mais bacana de estar caracterizado é ser notado por outras pessoas. “A obra do One Piece tem mais de 20 anos, é um dos animes mais famosos. Todo mundo conhece. As crianças gostam, as pessoas mais velhas gostam e pedem para tirar bastante fotos.”

Pelos corredores, há quem exiba criações próprias. Como a Zoe Vieira, de 23 anos, que caprichou na produção do visual. Ela trouxe uma mala de acessórios para acampar nos cinco dias de CPBR17 e até montou um camarim para sua comunidade de cosplayers.

Zoe revela suas inspirações para a montagem dos figurinos. “São de vários jogos de anime. Tem a VTuber [YouTuber Virtual] Gawr Gura. Curto vários outros de anime. Eu também adoro Genshin [Impact], que é um joguinho onde coleto personagens que exploram o mundo aberto e fazem missões. É bem divertido”, garante Zoe.

Just Dance

Embora o foco principal da Campus Party seja tecnologia, ciência e empreendedorismo, diversão e descontração também são pautas das etapas regionais e nacional da Campus Party.

E o jogo Just Dance é um dos mais populares nestes eventos e atraem a atenção de um grande público. As pessoas param para ver duplas e grupos que imitam as coreografias dos dançarinos virtuais de telas de computador. A partir de um sensor que rastreia seus movimentos, é possível constatar quem esteve mais sincronizado com os movimentos online e, consequentemente, conquistou a maior pontuação.

Quem é focado em aperfeiçoar sua performance dança para se tornar profissional é o estudante João Artur, de 16 anos, morador do Guará, no Distrito Federal, que há seis anos é adepto da mania geek. O fã assumido da cantora norte-americana Katty Perry testa sua residência em seguidas músicas de ritmo acelerado. E explica o que lhe move.

“Just Dance é maravilhoso pois, além de me exercitar, é um jogo que tem a parte da competição e é muito bem feito.” Para que outras pessoas pudessem experimentar a sensação de dançar, João Artur abriu espaço para outros iniciantes da brincadeira.

Porém, João Artur lamentou a mudança dos sensores de movimentos após 2022. “Mesmo tendo a última edição de 2022 com câmera, até hoje a gente joga. Agora, você precisa de um telefone para pontuar e dançar com o telefone na mão é horrível.”

Experiências 

Outras comunidades de Campus Party são as dos campuseiros interessados em tecnologia que trazem o próprio computador, teclados com luz de LED, cadeiras gamer e grandes monitores e fones de ouvido.

Eles querem aprofundar os conhecimentos em inteligência artificial (IA), criações 3D, configurações e linguagem de programação de computadores e todos os tipos de batalhas virtuais.


Brasília (DF), 20/06/2025 - Arthur José, 21 anos, cursa Ciência da Computação, participa do Campus Party. Foto: Daniella Almeida/Agência Brasil

Arthur José, 21 anos, cursa Ciência da Computação, participa do Campus Party. Foto: Daniella Almeida/Agência Brasil

O estudante de Ciência da Computação, Arthur José, mudou de domicílio por cinco dias, em Brasília, para acampar no Mané Garrincha. Na bagagem, muitos fios e equipamentos que somam investimentos que ultrapassam R$ 12 mil. Para o jovem, a imersão recompensa o esforço, o tempo gasto e o capital empregado. “Sempre vale a pena. Na madrugada, a gente está aqui, joga junto com o pessoal. Aqui, tem muito conhecimento e diversão. E um mix de tudo. Ao mesmo tempo que eu posso ir ali ver uma palestra, eu posso ficar junto com minha galera”.

O universitário de Ciência da Computação, Matheus Caetano, de 20 anos, trouxe de Goiânia seus equipamentos para jogar virtualmente. “Vim porque este é basicamente o maior evento de tecnologia. Ainda mais depois que a [Campus Party] de São Paulo foi cancelada, o que tornou a etapa de Brasília a nacional.”

 Para sustentar a fome nas infinitas horas das noites viradas no camping, Felipe Conrado, de 17 anos, viveu à base de dezenas de potes de macarrão instantâneo, em sua primeira participação no evento de tecnologia. Comida aquecida em aparelhos micro-ondas espalhados pela Campus Party. O estreante se preocupa com o futuro digital sem abandonar o lazer. “Vim aqui mais pela diversão, pelo entretenimento, mas para assistir às palestras, também e adquirir conhecimento”, acrescentou entusiasmado.

 

 

Guterres alerta sobre ciclo de represália após EUA bombardearem o Irã


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O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, disse neste domingo (22) que o bombardeio às instalações nucleares iranianas por parte dos Estados Unidos é uma mudança perigosa em uma região que já está em crise. Guterres abriu a reunião de urgência do Conselho de Segurança da ONU, convocada para a tarde de hoje.

“A população da região não aguenta outro ciclo de destruição, mas, agora, corremos o risco de cair em um ciclo de represálias e mais de represálias. E, para evitá-las, temos que apostar na diplomacia, proteger os civis e garantir uma navegação segura”, defendeu o secretário-geral.

Não proliferação de armas nucleares

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António Guterres declarou ainda que é necessária uma solução confiável, ampla e verificável que restaure a confiança mundial, em relação à não proliferação de armas nucleares. Segundo ele, os inspetores da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), da ONU, devem ter pleno acesso às instalações nucleares do Irã. “O tratado de não proliferação [nuclear] é pedra angular da paz e da segurança internacional. O Irã deve acatá-lo plenamente.”

O secretário-geral destacou que desde o início da crise tem condenado, em reiteradas ocasiões, qualquer escala militar no Oriente Médio. E lembrou que há dois dias fez um chamado direto na mesma sala do Conselho de Segurança das Nações Unidas para que dessem uma oportunidade à paz. Mas o que ocorreu foi justamente o contrário. “Temos que trabalhar de maneira imediata e decisiva para frear os enfrentamentos e voltar às negociações com seriedade e com constância sobre o programa nuclear iraniano.”

Paz mundial

O secretário-geral da ONU reafirmou que as Nações Unidas estão dispostas a apoiar qualquer esforço para conseguir uma resolução pacífica, porém a paz não pode ser imposta e, sim, escolhida.

“Estamos em frente a uma decisão muito clara. Um caminho nos conduz a mais guerra, mais sofrimento humano e danos muito graves à ordem internacional. E outro caminho nos conduz a uma distensão, diplomacia, diálogo. Sabemos qual é o caminho correto”, disse.

O secretário-geral pediu a todos os membros do Conselho de Segurança que ajam com sensatez e urgência. “Não podemos perder a esperança de alcançar a paz.”

China pede cessar-fogo imediato no Irã e fim do uso da força


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Na reunião de emergência convocada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas neste domingo (22) para discutir a escalada militar no Oriente Médio depois do bombardeio dos Estados Unidos a instalações nucleares do Irã, a China condenou com veemência os ataques norte-americanos à nação iraniana. O país asiático pediu o cessar-fogo imediato e o fim das hostilidades para que a situação não fuja do controle.

“Os atos cometidos pelos Estados Unidos violam claramente os princípios do direito internacional assim como a soberania, a segurança e a integridade territorial do Irã. Com os ataques, se exacerbaram as tensões no Oriente Médio e foi dado um duro golpe ao regime internacional de não proliferação nuclear”, disse o embaixador chinês junto à ONU, Fu Cong.

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Ele disse que as partes envolvidas, principalmente Israel, devem declarar um cessar-fogo imediato para impedir que a guerra se propague. “As partes envolvidas deveriam acatar o direito internacional e frear o uso da força. Pedimos proteção aos civis. As vítimas de todos os conflitos são as pessoas inocentes. A China está profundamente entristecida pela grande quantidade de vítimas causada pelo conflito”, afirmou.

O diplomata chinês também pediu um compromisso com o diálogo e a negociação.

“A paz no Oriente Médio não pode ser conseguida mediante o uso da força. O diálogo e a negociação são as saídas fundamentais. Os meios diplomáticos para se abordar a questão nuclear iraniana, todavia, não foram esgotados. Há uma esperança de se conseguir uma solução pacífica.”

O embaixador ainda solicitou ao Conselho de Segurança da ONU que atue de maneira diligente. “O Conselho de Segurança é o principal responsável de manter a paz e a segurança internacionais e não pode permanecer passivo diante de uma crise de tal envergadura. China, Rússia e Paquistão propuseram um projeto de resolução no qual pedimos um cessar-fogo incondicional, proteção aos civis em respeito ao direito internacional e o início de diálogo e negociação”, completou o representante chinês.

Conflito

Acusando o Irã de estar próximo de desenvolver uma arma nuclear, Israel lançou um ataque surpresa contra o país no último dia 13, expandindo a guerra no Oriente Médio.

Neste sábado (21), os Estados Unidos atacaram três usinas nucleares iranianas: Fordow, Natanz e Esfahan.

O Irã afirma que seu programa nuclear é apenas para fins pacíficos e que estava no meio de uma negociação com os Estados Unidos para estabelecer acordos que garantissem o cumprimento do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, do qual é signatário.

No entanto, a AIEA vinha acusando o Irã de não cumprir todas suas obrigações, apesar de reconhecer que não tem provas de que o país estaria construindo uma bomba atômica. O Irã acusa a agência de agir “politicamente motivada” e dirigida pelas potências ocidentais, como EUA, França e Grã-Bretanha, que têm apoiado Israel na guerra contra Teerã.

Em março, o setor de Inteligência dos Estados Unidos afirmou que o Irã não estava construindo armas nucleares, informação que agora é questionada pelo próprio presidente Donald Trump.

Apesar de Israel não aceitar que Teerã tenha armas nucleares, diversas fontes ao longo da história indicaram que o país mantém um amplo programa nuclear secreto desde a década de 1950. Tal projeto teria desenvolvido pelo menos 90 ogivas atômicas.