Inscrições para o Encceja PPL podem ser feitas até 11 de julho


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As inscrições no Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos para Pessoas Privadas de Liberdade ou que cumprem medida socioeducativa que inclua privação de liberdade (Encceja PPL) estão abertas desde esta segunda-feira (23) e podem ser feitas até 11 de julho.

Cabe ao responsável pedagógico da unidade prisional ou socioeducativa inscrever os interessados em participar do exame. A inscrição deve ser realizada por meio do Sistema PPL. A participação é voluntária e gratuita.

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O responsável pedagógico deverá manter, sob guarda e sigilo, a senha de acesso ao sistema, os números de inscrição e de Cadastro de Pessoa Física (CPF) dos participantes. Estes dados são necessários para o acompanhamento do processo de inscrição e para a obtenção dos resultados individuais.

O Encceja PPL é uma oportunidade para que pessoas privadas de liberdade ou que cumpram medidas socioeducativas, que não concluíram os estudos na idade apropriada para cada nível de ensino, obtenham a certificação dos níveis fundamental e médio.

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Provas

As provas serão aplicadas em dois turnos, nos dias 23 e 24 de setembro, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Os participantes não sairão das unidades prisionais e socioeducativas, que devem receber autorização dos respectivos órgãos de administração prisional estadual para realizar o exame.

As unidades autorizadas devem dispor de espaço físico coberto e silencioso, com iluminação, cadeiras e mesas apropriadas, além de condições que garantam a segurança dos envolvidos.

De acordo com o edital do Encceja PPL 2025 o exame será composto por quatro provas objetivas, por nível de ensino, cada uma contendo trinta questões de múltipla escolha e uma redação.

Para o ensino fundamental, serão avaliadas as seguintes áreas de conhecimento: ciências naturais, matemática, língua portuguesa, língua estrangeira (inglês e espanhol), artes, educação física, história, geografia, além da redação.

Os jovens e adultos que fizerem o Encceja para certificação no ensino médio, terão avaliados os conhecimentos em: química, física e biologia, língua portuguesa, língua estrangeira (inglês e espanhol), artes, educação física, história, geografia, filosofia e sociologia e redação.

Encceja

Realizado pelo Inep desde 2002, o exame avalia competências, habilidades e saberes adquiridos no processo escolar ou extraescolar dos participantes.

Para participar, a idade mínima é de 15 anos para o ensino fundamental e de 18 anos completos para o ensino médio, na data de realização do exame.

As secretarias de Educação e os institutos federais usam os resultados obtidos pelos participantes como parâmetro para certificar os participantes em nível de conclusão do ensino fundamental e médio.

O exame também estabelece uma referência nacional para a avaliação de jovens e adultos.

 

Atleta aponta falta de orientação de turistas em trilha na Indonésia


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A triatleta e maratonista Isabel Leoni fez, em 2015, a trilha de três dias ao Mount Rinjani, com 3.726 metros de altura, vulcão localizado a cerca de 1.200 quilômetros de Jacarta, na ilha de Lombok, na Indonésia. Foi nesse local que a brasileira Juliana Marins, de 26 anos, despencou do penhasco que circunda a trilha junto à cratera do vulcão no sábado (21). Juliana foi encontrada morta nesta terça-feira (24).

“A gente subestima muito a montanha. A gente acha que está chegando, [que] é rápido e, quando vê, não é logo ali, demora muito, é muito esforço, requer preparo e técnica”, diz a montanhista à Agência Brasil.

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Isabel lembra que fez o passeio com dois amigos e que não estava preparada para o frio rigoroso. O guia dava muito pouca água e comida aos visitantes. “Eu era inexperiente. Se hoje eu fosse para lá, levaria uma garrafa d’água, comida, isotônicos e remédio.”

Segundo a atleta, o lugar é muito bonito e sagrado para a religião local, com festas e cerimônias em determinadas épocas do ano. Segara Anak significa “Filho do Mar” em indonésio. Este é o nome dado ao lago vulcânico que se formou na cratera do Monte Rinjani após uma erupção. O nome reflete a crença local de que o lago é uma extensão ou “cria” do mar, já que sua água do é considerada sagrada e está ligada a rituais tradicionais das populações Sasak e balinesas.

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A montanhista destaca que a trilha é uma das rotas mais famosas da Indonésia e atrai turistas de todo o mundo.

No primeiro dia, Isabel contra que se sobe e dorme-se na crista do vulcão, que é uma grande cratera.

“Eu e meus amigos estávamos muito despreparados. Os guias de lá não avisam direito sobre o que vamos enfrentar. Eles vivem em situações muito precárias de trabalho. Faziam a trilha de chinelo. Não há protocolos informando quais são os equipamentos obrigatórios, como casacos e sacos de dormir. Você olhava e achava que estava perto, mas o cume nunca chegava. Era uma areia bem fofa. A cada dois passos, você voltava um. Já era uma altitude considerável e muito poeira. Eu estava com poucos casacos. Meus dedos do pé congelavam. Eu não conseguia andar de tanto frio. Não consegui chegar ao cume. No segundo dia, você desce tudo de volta, dorme à beira do lago na base dessa cratera. No terceiro dia, sobe-se a outra crista e depois desce”, recorda Isabel.

 O presidente da Associação Brasileira de Guias e Montanhas, Silvio Neto, disse à Agência Brasil que o que mais tem ocorrido são pessoas despreparadas para as atividades ou por uma informação errônea passada por outra pessoa ou pela falta de busca de informações. 

“A pessoa pouco se informa sobre o que deve levar, o que deve vestir, alimentação, hidratação, repelente, protetor solar. As pessoas não têm muito noção de desnível do terreno, de distância. Muitas fazem a trilha de chinelo, sem levar uma garrafa d’água, mais preocupadas em levar o celular para tirar uma foto”, afirmou.

De acordo com Silvio Neto, as pessoas não se procuram ter mais informações sobre a trilha.

“Elas querem ir. Com as redes sociais, as pessoas querem replicar na sua rede social uma foto que acharam linda. A busca das pessoas é por autopromoção. A interação com a atividade, a reflexão e o autoconhecimento que você tem na caminhada, na escalada, no montanhismo, de interação com a natureza, de observar a flora, escutar a flora, sentir o cheiro, isso está se perdendo em detrimento de uma foto”, afirmou Neto.

Queda de idosos pode ter consequências graves, alertam especialistas


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Cerca de 62 mil internações de idosos foram registradas nos primeiros quatro meses deste ano no Brasil, após episódios de queda. Além disso, os atendimentos ambulatoriais – sem necessidade de internação – passaram de 67 mil.

Ao longo de todo o ano de 2024, houve mais de 344 mil atendimentos ou hospitalizações. Ao mesmo tempo, 13.385 idosos não resistiram aos ferimentos causados por quedas. 

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Os dados do Ministério da Saúde mostram a dimensão do problema e reforçam o alerta deste dia 24 de junho, escolhido como Dia Mundial de Prevenção de Quedas pela Organização Mundial da Saúde – OMS. 

“As quedas representam um risco muito mais grave para pessoas idosas porque, além da maior fragilidade óssea, com maior propensão a fraturas, como as de quadril, o tempo de recuperação é mais longo e, muitas vezes, pode comprometer de forma definitiva a mobilidade, a independência e a qualidade de vida”, explica a especialista em gerontologia Nubia Queiroz. 

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Fratura do quadril

Uma das consequências frequentes mais preocupantes das quedas é a fratura no quadril, pois, além da lesão óssea, pode levar a complicações como infecções, trombose e pneumonia, elevando o risco de mortalidade, alerta o presidente da Sociedade Brasileira de Trauma Ortopédico (SBTO), Robinson Esteves.

Além dos efeitos físicos, muitos idosos ficam com medo de cair novamente após um episódio e, por isso, passam a reduzir suas atividades físicas e sociais, acrescenta Núbia. Segundo essa especialista, os exercícios físicos são grandes aliados da prevenção às quedas por favorecer o equilíbrio, a força muscular e a flexibilidade.

Núbia também ressalta a importância de adaptar o ambiente doméstico conforme a idade vai aumentando: “retirar tapetes soltos, instalar barras de apoio em banheiros, melhorar a iluminação e eliminar obstáculos nos caminhos”.

Também é essencial manter acompanhamento médico e ter cuidado redobrado com medicamentos que podem causar tonturas ou outros efeitos semelhantes. 

Muitas famílias também têm recorrido a serviços de teleassistência, como os sistemas de botão de emergência que o idoso pode acionar caso tenha alguma emergência.

Pedidos de ajuda

A médica coordena a Central de Atendimento 24 horas da empresa TeleHelp e diz que – de janeiro a maio deste ano – as quedas se tornaram a principal ocorrência registrada entre os pacientes. Os pedidos de ajuda subiram de 16% para 23%. Os dados da empresa mostram ainda que a maior parte dos acidentes ocorre no quarto ou no banheiro.

Ela acrescenta que essas ferramentas são uma opção para que os idosos não precisem mudar suas rotinas por causa do risco de quedas. “A autonomia e a independência são fundamentais para o envelhecimento saudável, pois influenciam diretamente o bem-estar emocional, a autoestima e a qualidade de vida”, complementa a especialista em gerontologia. 

O presidente da Sociedade Brasileira de Trauma Ortopédico, Robinson Esteves, alerta que nenhum episódio de queda entre idosos pode ser minimizado.

 “As quedas em idosos representam um dos maiores desafios para a saúde pública atualmente, em razão das graves consequências para a qualidade de vida dessa população. Mesmo quando a queda parece simples, os riscos de complicações são altos, principalmente entre os mais velhos. Por isso, todo cuidado é pouco, tanto na prevenção quanto no atendimento imediato”, salienta.

Esteves recomenda que mesmo os casos aparentemente leves devem ser monitorados e o idoso deve ser levado ao serviço de saúde caso apresente hematomas, dificuldade de movimentação ou dores. Episódios com perda de consciência ou suspeita de fratura exigem socorro médico imediato.

Campina Grande sedia evolução do maior São João do mundo


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O Parque do Povo, palco de uma das maiores festas juninas do Nordeste, em Campina Grande, na Paraíba, espera receber milhares de pessoas neste dia de São João (24) – o ápice da festa – para shows com grandes nomes do forró como Waldonys, Ton Oliveira e Geraldo Azevedo.

O espaço tem capacidade diária para 76 mil pessoas e é fechado quando atinge a lotação máxima, o que deve ocorrer nesta terça-feira, feriado na cidade. No entanto, nem sempre o autointitulado maior São João do Mundo foi uma festa popular tão gigantesca quanto nos dias de hoje.

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Assim como era comum em várias cidades do Nordeste, Campina Grande, situada no Planalto da Borborema, a uma altitude de 580 metros acima do nível do mar e distante 126 quilômetros da capital João Pessoa, mantinha até meados dos anos 80 uma festa junina de caráter comunitário, realizada de maneira orgânica pelos moradores, que se reuniam em frente às suas casas com fogueiras acesas, ruas decoradas e a apresentação improvisada de grupos de forró em palhoções.

Em 1983, a prefeitura de Campina Grande assumiu a festa, mas a celebração ainda era modesta, improvisada em uma palhoça na região conhecida como Coqueiros de Zé Rodrigues.

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Campina Grande (PB), 15/06/2025 – A banda Cavalo de Pau durante apresentação no palco principal da festa de São João, no Parque do Povo, em Campina Grande. Tomaz Silva/Agência Brasil

 Banda Cavalo de Pau deu show em Campina Grande – foto – Tomaz Silva/Agência Brasill

Três anos depois, em 1986, o então prefeito Ronaldo Cunha Lima decidiu profissionalizar os festejos, transformando Campina Grande na sede do maior São João do Mundo. Foi em sua gestão que o Parque do Povo foi construído, uma área que à época possuía 27 mil metros quadrados.

Naquele tempo, a festa tinha um calendário estendido, indo além dos dias em que eram comemorados Santo Antônio, São João e São Pedro. “Não existe nada igual no Brasil, porque são 30 dias de festa ininterrupta, com a participação dos campinenses de todas as camadas sociais”, disse um ex-prefeito em entrevista em 1986.

Hoje, o evento se estende por 38 dias (de 30 de maio a 6 de julho), atraindo mais de 3,5 milhões de pessoas e movimentando cerca de R$ 740 milhões. O Parque do Povo continua sendo a arena principal. Em 2024, o espaço passou por uma expansão, incorporando o vizinho Parque Evaldo Cruz. Com isso, a área da festa cresceu 7.500 m² e atingiu quase 40 mil m².

Diferente do que acontece em outras festas juninas pelo país, o espaço do Parque do Povo é cercado, embora com entrada gratuita. A estrutura lembra um grande festival de música, com palco principal, palcos paralelos, áreas para apresentações de quadrilhas juninas e uma decoração que encanta. O parque também conta com uma ampla praça de alimentação, com restaurantes renomados na cidade e barracas de ambulantes cadastrados, totalizando mais de 400 pontos comerciais. Há, como é comum em festivais hoje, a presença de estandes de marcas dos mais diversos produtos.

Os patrocinadores da festa buscam chamar a atenção do público com jogos e distribuição de brindes entre um forró e outro.

Quem já se divertiu no Parque do Povo no passado estranha a proporção que a festa tomou. É o caso do casal de aposentados Valmir França e Carmem França, moradores de Recife, que decidiram retornar a Campina Grande 30 anos depois do último São João passado na cidade. “Eu acho que está tudo bem organizado, é uma estrutura muito bem montada, mas 30 anos atrás, quando a gente veio, não tinha nada. É uma diferença enorme”, afirmou Valmir.

Outro personagem que presenciou as transformações do São João de Campina Grande ao longo dos anos é o empresário José Ventura Barbosa, dono da Bodega do Ventura, restaurante que, desde 1994, tem presença garantida no Parque do Povo.

“Quando eu comecei aqui, a gente vendia em barracas de lona de 5×5 metros, depois de 10×10. A festa cresceu e crescemos com ela. Hoje, para ter essa estrutura aqui com decoração e móveis, para erguer isso aqui o investimento básico é de R$ 50 mil”, pondera.

Vendas em alta

O investimento, segundo ele, vale a pena. O restaurante, que serve comidas típicas e tem o bode como carro-chefe no cardápio, tem capacidade para receber 160 clientes. A festa segue até o fim de junho, mas Ventura diz que as vendas estão melhores do que no ano passado. Prova disso é que sua equipe precisou de reforço, com 15 contratações para o período da festa junina.

Entre os funcionários que integram a equipe está Kainã Garcia, autônomo que tem trabalho garantido até 6 de julho como garçom na Bodega do Ventura. Seu último trabalho havia sido no mesmo local, no São João de 2024.

Com a escassez de trabalho temporário e sem perspectiva de algo fixo, ele garante que conta com o dinheiro do São João como certo. “A gente brinca aqui que, em janeiro e fevereiro, a gente já pode pedir dinheiro emprestado porque sabe que vai poder pagar em junho.” E não poder curtir a festa, para ele, não é problema: “Entre ganhar dinheiro e gastar, a gente prefere ganhar!”

Outra mudança significativa ao longo dos últimos anos foi a musical. O forró, embora ainda seja o gênero predominante em Campina Grande, agora divide seu reinado com outros ritmos. A programação deste ano na cidade incluiu desde a música eletrônica do DJ Alok, o brega de Priscila Senna e Raphaela Santos, o calypso de Joelma, o trap de Matuê e o rap de Hungria, que se apresentarão até o fim da programação. Há quem reclame da perda de hegemonia do forró e também dos cachês milionários pagos a artistas com renome nacional, mas há outros, principalmente os mais jovens, que aprovam a incorporação de novos ritmos.

“Eu acho que o São João é uma festa popular, tem espaço para o que é música popular no geral, não importa o gênero. Seja rock, pop, reggae, não importa”, argumenta o administrador Mateus Ernesto.

Nos palcos menores da festa, espalhados pelo Parque do Povo, artistas e músicos locais com cachês bem inferiores aos das grandes estrelas disputam a atenção do público.


Campina Grande (PB), 15/06/2025 – Quadrilha infantil se apresenta na festa de São João, no Parque do Povo, em Campina Grande. Tomaz Silva/Agência Brasil

Crianças participam de quadrilha na Paraíba  – Foto – Tomaz Silva/Agência Brasil

Música

Junto com os colegas do Trio Forrozão Sem Frescura, a cantora Jussara Damião, moradora de Queimadas, município da região metropolitana de Campina Grande, começou seu show chamando os presentes para dançar, sem esquecer de agradecer à prefeitura de Campina Grande.

Segundo ela, os cachês poderiam ser melhor divididos, mas mesmo assim estava feliz pela agenda cheia. No total, o trio fará oito apresentações no Parque do Povo até o fim da festa no começo de julho.

“As coisas podiam melhorar um pouco, mas todo ano pelo menos dão oportunidade pra gente. Aqui em Campina Grande somos mais valorizados do que na nossa cidade”, explicou.

Entre moradores de Campina Grande e turistas de todo o Brasil que vieram à cidade para curtir a festa, há aqueles que veem o evento para além da diversão e de seu tamanho gigantesco. São avós e pais que tentam passar para netos e filhos o valor da tradição e da reafirmação da identidade nordestina que pulsa mais forte nesta época do que em qualquer outra ao longo do ano.

Quem circula pelo Parque do Povo encontra casais, grupos de amigos e muitas famílias. Elas estão presentes nos shows e nas arquibancadas durante as apresentações das quadrilhas juninas multicoloridas que deixam o público de olhos vidrados. A bióloga Juliana Soares, que cresceu em uma casa onde o São João sempre foi levado a sério, fez questão que a filha Maria Laura, de cinco anos, participasse da quadrilha junina infantil que se apresentou no Quadrilhódromo, local para as apresentações das quadrilhas dentro do Parque do Povo.

“Quando a gente vem com criança, a gente quer passar isso também, passar essa tradição pra frente, para que ela [a criança] tenha orgulho de ser nordestina. Que possa sempre dizer: ‘Eu vim do Nordeste, eu amo minha cultura, eu amo a minha raiz”.

*A equipe viajou a Campina Grande a convite da Petrobras

Morre brasileira que caiu em trilha de vulcão na Indonésia


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Foi encontrada morta a brasileira Juliana Marins, de 26 anos, que fazia uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia. Ela caiu da borda da cratera de um vulcão na madrugada de sábado (21), mas as equipes de resgate só conseguiram chegar até ela nesta terça-feira (24).

“Hoje, a equipe de resgate conseguiu chegar até o local onde Juliana Marins estava. Com imensa tristeza, informamos que ela não resistiu. Seguimos muito gratos por todas as orações, mensagens de carinho e apoio que temos recebido”, diz comunicado da família no perfil do Instagram chamado Resgate Juliana Marins, criado por parentes para divulgar notícias sobre o desaparecimento da jovem.

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Segundo a Agência Nacional de Busca e Resgate Indonésia (Basarna), a demora em iniciar os trabalhos de busca e salvamento no sábado ocorreu porque as equipes só foram avisadas depois que um integrante do grupo de Juliana conseguiu descer até um posto em uma caminhada que levou horas. Além disso, foram necessárias algumas horas até que os resgatistas subissem até o local.

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Buscas

Nos dois primeiros dias, drones com sensores térmicos não encontraram Juliana. Apenas na manhã de segunda-feira (23) ela foi localizada. A temperatura do corpo mostrou que a brasileira ainda estava viva, porém, se mantinha imóvel.

Nesta terça-feira, um helicóptero foi enviado à região, com uma equipe de resgate com grupamento especial da Basarna. As condições meteorológicas e geográficas prejudicam o trabalho de salvamento, segundo a agência.

Outro problema é a profundidade onde está Juliana, a cerca de 500 metros abaixo da borda da cratera, o que dificulta a chegada por meio de cordas.

*Colaborou o repórter Vitor Abdala

Trump reafirma cessar-fogo após Israel e Irã trocarem ataques


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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reafirmou, na manhã desta terça-feira (24), a vigência do cessar-fogo entre Israel e Irã após troca de ataques entre os países até, pelo menos, as primeiras horas do 12º dia do conflito no Oriente Médio.

“Israel não atacará o Irã. Todos os aviões darão meia-volta e retornarão para casa, enquanto fazem um amigável ‘aceno de Avião’ para o Irã. Ninguém se machucará, o cessar-fogo está em vigor”, disse Trump em uma rede social.

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As autoridades do Irã celebram “vitória” em conflito contra Israel alegando que Tel Aviv precisou “implorar” aos EUA por um cessar-fogo. 

Ao mesmo tempo, Israel e Irã informam que estão monitorando o inimigo para responder a qualquer agressão.

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Após Trump anunciar o cessar-fogo na noite de segunda-feira, Israel e Irã continuaram os combates. O Irã negou ter aceitado os termos do acordo, mas agora promete suspender as hostilidades. 

Segundo as autoridades iranianas, Israel bombardeou o país na noite desta segunda-feira (24), assassinando “um grupo de compatriotas em um ataque brutal”

A Guarda Revolucionária do Irã disse que revidou ao ataque com a 22ª onda de mísseis composta por 14 projéteis contra Israel na manhã desta terça-feira contra “centros militares e de apoio do regime sionista”.

Por sua vez, a Força de Defesa de Israel (FDI) informou que interceptou a maioria dos projéteis, mas reconheceu que mísseis caíram na cidade de Berseba, matando quatro pessoas. A FDI divulgou imagens de um prédio com a fachada toda destruída e equipes de resgate trabalhando. 

O exército israelense confirmou que atacou o Irã na noite de segunda-feira. 

“Caças da Força Aérea Israelense atingiram dezenas de alvos militares em Teerã durante a noite, mobilizando mais de 100 munições. Além disso, infligimos danos repetidos e severos à infraestrutura de fabricação [militar] em Teerã”, disse em comunicado.

O Irã informou que foram assassinados nos ataques contra Teerã dois líderes da Organização Basij, que é uma milícia paramilitar ligada à Guarda Revolucionária do Irã: o comandante de proteção de inteligência da Basij, Mohammad Taqi Yousefvand, e o general Meysam Rezvanpour, oficial adjunto de assuntos sociais da Basij.

O ministro da Defesa de Israel, Israel Kartz, informou que instruiu os militares “a responder vigorosamente à violação do cessar-fogo pelo Irã com ataques poderosos”, acusando o Irã de violar o cessar-fogo.

Já Trump disse que “ambos os países” violaram a negociação. Ao anunciar os termos do acordo, Trump disse que o Irã deveria suspender os ataques primeiro, dando a Israel algumas horas a mais para continuar bombardeando Teerã. 

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Seyed Abbas Araghchi, disse na noite de segunda-feira que não havia qualquer acordo de cessar-fogo. 

“No entanto, desde que o regime israelense cesse sua agressão ilegal contra o povo iraniano até as 4h, horário de Teerã, não temos intenção de continuar nossa resposta depois disso. A decisão final sobre a cessação de nossas operações militares será tomada mais tarde”, disse, em uma rede social.

Entenda o conflito

Israel acusa o Irã de estar próximo de desenvolver uma arma nuclear, e lançou um ataque surpresa contra o país no dia 13, expandindo a guerra no Oriente Médio.

Neste sábado (21), os Estados Unidos atacaram três usinas nucleares iranianas: Fordow, Natanz e Esfahan. 

O Irã afirma que seu programa nuclear é apenas para fins pacíficos e que estava no meio de uma negociação com os Estados Unidos para estabelecer acordos que garantissem o cumprimento do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, do qual é signatário.


mapa israel irã

mapa israel irã – Arte/Dijor

No entanto, a Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) vinha acusando o Irã de não cumprir todas as suas obrigações, apesar de reconhecer que não tem provas de que o país estaria construindo uma bomba atômica. 

O Irã acusa a agência de agir “politicamente motivada” e dirigida pelas potências ocidentais, como EUA, França e Grã-Bretanha, que têm apoiado Israel na guerra contra Teerã.

Em março, o setor de inteligência dos Estados Unidos informou que o Irã não estava construindo armas nucleares, informação que agora é questionada pelo próprio presidente Donald Trump.

Apesar de Israel não aceitar que Teerã tenha armas nucleares, diversas fontes ao longo da história indicaram que o país mantém um amplo programa nuclear secreto desde a década de 1950, tendo desenvolvido pelo menos 90 ogivas atômicas.

OAB proíbe inscrição de candidatos condenados por crimes raciais


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O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) aprovou neste mês súmula que proíbe a inscrição na entidade de formados em direito que tenham sido condenados pela prática de racismo. 

Prevaleceu ao final o entendimento da relatora do processo, a conselheira federal Shynaide Mafra Holanda Maia (PE), para quem a prática de racismo revela falta de idoneidade moral, um dos requisitos previstos pela OAB para o exercício da advocacia. 

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Outras súmulas editadas em 2019 pela OAB já previam a falta de idoneidade moral em relação a condenados em casos de violência contra a mulher, bem como contra crianças, adolescentes, idosos, pessoas com deficiência e LGBTI+. 

A proposição de estender a limitação também aos condenados por racismo partiu do presidente da seccional do Piauí da OAB, Raimundo Júnior, do conselheiro federal Ian Cavalcante e da secretária da secional piauiense, Noélia Sampaio. 

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A aprovação da súmula foi feita por aclamação, tendo como fundamento a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que reconhecem a gravidade do racismo e proíbem os acordos de não persecução penal relativos a esse crime.

Na ocasião, foram feitas homenagens a Esperança Garcia, mulher negra e piauiense reconhecida como a primeira advogada do Brasil, e a lideranças negras da advocacia contemporânea.

Sem a inscrição na OAB, obtida mediante exame nacional realizado todos os anos, e a averiguação da idoneidade moral, os bacharéis em direito ficam proibidos de exercer a advocacia. O exercício irregular da profissão é crime previsto na Lei de Contravenções Penais, com pena de prisão ou multa.

Mostra de Cinema de Ouro Preto homenageia atriz Marisa Orth


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A Mostra de Cinema de Ouro Preto (CineOP) homenageia em sua 20ª edição a atriz Marisa Orth. Reconhecida por personagens que criticam ironicamente as representações femininas no audiovisual, Marisa Orth vem atuando na televisão, teatro e cinema. A atriz disse que ficou muito honrada com a homenagem. 

“Se minha presença servir para que a gente possa falar de cinema, de humor de qualidade, num país que já teve grandes mestres da comédia. Acho que as mulheres estão mais nesse papel. O humor é gigantesco. O humor tem a ver com o renascimento do feminismo”, disse Marisa à Agência Brasil.

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“Na homenagem à atriz Marisa Orth, ela representa as mulheres no humor brasileiro, considerando toda sua trajetória, celebrando a ousadia e o humor dela que são ímpares, singulares”, disse a coordenadora da mostra, Raquel Hallak, à Agência Brasil.


São Paulo (SP), 12/05/2025 - 20ª CINEOP. Atriz Marisa Orth, Homenageada da Mostra. Foto: Leo Lara/Universo Produção

A atriz Marisa Orth é a homenageada da 20ª edição da CineOP – Foto Leo Lara/Universo Produção

A mostra de cinema ocorre entre 25 e 30 de junho na cidade histórica de Ouro Preto (MG). Segundo os organizadores, com programação gratuita, presencial e online, a CineOP promove uma conexão entre passado, presente e futuro, tendo o cinema brasileiro como eixo de reflexão crítica e fortalecimento democrático. A Praça Tiradentes, o Centro de Artes e Convenções da UFOP e o Cine-Museu da Inconfidência vão receber as exibições. No ambiente digital, parte das sessões e atividades poderá ser acompanhada pela plataforma www.cineop.com.br.

 “Ao longo de seis dias, o público poderá assistir a 144 filmes (30 longas, 1 média e 116 curtas-metragens), produzidos em dez estados brasileiros (MG, RJ, SP, PE, CE, ES, BA, AM, PR, RN) e cinco países (Brasil, Argentina, Colômbia, Chile e Estados Unidos). As exibições estão organizadas em 12 mostras: Histórica, Competitiva, Contemporânea Longas, Contemporânea Curtas, Educação, Valores, TV UFOP, Preservação, Mostrinha, Cine-Escola, Cine Concerto e Itaú Cultural Play”, informa, em nota, o festival.

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Segundo a coordenadora da mostra, Raquel Hallak, a CineOp tem a temática da preservação, com o conceito de criar memória, tendo a preservação como a alma viva do cinema brasileiro.

“Na temática histórica, vamos abordar o humor das mulheres no cinema brasileiro. Na temática educação, a gente vai falar sobre lugares de memória, acervo e escola”, afirmou Raquel.

 “A sessão de abertura, no dia 26, às 19h30, na Praça Tiradentes, exibe curtas emblemáticos como “A Mulher Fatal Encontra o Homem Ideal” (Carla Camurati), “A Origem dos Bebês Segundo Kiki Cavalcanti” (Anna Muylaert) e “A Má Criada” (Sung Sfai). Entre os filmes programados na Mostra Histórica e Preservação, está “A Mulher de Todos” (Rogério Sganzerla, 1969), em cópia restaurada, com todo seu humor tropicalista e atuação marcante de Helena Ignez”, dizem os organizadores.

Beneficiários com NIS de final 6 recebem Bolsa Família nesta terça


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A Caixa Econômica Federal paga nesta terça-feira (24) a parcela de junho do Bolsa Família aos beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 6.

O valor mínimo corresponde a R$ 600, mas com o novo adicional o valor médio do benefício sobe para R$ 666,01. Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, neste mês o programa de transferência de renda do governo federal alcançará 20,49 milhões de famílias, com gasto de R$ 13,63 bilhões.

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Além do benefício mínimo, há o pagamento de três adicionais. O Benefício Variável Familiar Nutriz paga seis parcelas de R$ 50 a mães de bebês de até seis meses de idade, para garantir a alimentação da criança. O Bolsa Família também paga um acréscimo de R$ 50 a famílias com gestantes e filhos de 7 a 18 anos e outro, de R$ 150, a famílias com crianças de até 6 anos.

No modelo tradicional do Bolsa Família, o pagamento ocorre nos últimos dez dias úteis de cada mês. O beneficiário poderá consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas no aplicativo Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.

Os beneficiários de 30 cidades receberam o pagamento no último dia 16, independentemente do NIS. A medida beneficiou moradores de seis estados, afetados por chuvas ou por estiagens ou com povos indígenas em situação de vulnerabilidade: Alagoas (cinco municípios), Amazonas (quatro), Paraná (seis), Roraima (um), São Paulo (município de Diadema) e Sergipe (oito).

A lista dos municípios com pagamento antecipado está disponível na página do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social.

Desde o ano passado, os beneficiários do Bolsa Família não têm mais o desconto do Seguro Defeso. A mudança foi estabelecida pela Lei 14.601/2023, que resgatou o Programa Bolsa Família (PBF). O Seguro Defeso é pago a pessoas que sobrevivem exclusivamente da pesca artesanal e que não podem exercer a atividade durante o período da piracema (reprodução dos peixes).

Regra de proteção

Cerca de 3,02 milhões de famílias estão na regra de proteção em junho. Em vigor desde junho de 2023, essa regra permite que famílias cujos membros consigam emprego e melhorem a renda recebam 50% do benefício a que teriam direito por até dois anos, desde que cada integrante receba o equivalente a até meio salário mínimo. Para essas famílias, o benefício médio ficou em R$ 365,04.

A partir deste mês, quem ingressar na regra de proteção terá o tempo de permanência reduzido de dois anos para um. Quem se enquadrou na regra até maio deste ano continuará a receber metade do benefício por dois anos.

Auxílio Gás

O Auxílio Gás também será pago nesta terça-feira às famílias cadastradas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com NIS final 6. O valor foi mantido em R$ 108 neste mês.

Com duração prevista até o fim de 2026, o programa beneficia 5,36 milhões de famílias. Com a aprovação da Emenda Constitucional da Transição, no fim de 2022, o benefício foi mantido em 100% do preço médio do botijão de 13 kg.

Só pode receber o Auxílio Gás quem está incluído no CadÚnico e tenha pelo menos um membro da família que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A lei que criou o programa definiu que a mulher responsável pela família terá preferência, assim como mulheres vítimas de violência doméstica.


Calendário Bolsa Família 2025 - junho

Arte EBC

Expectativa da indústria eletroeletrônica é retração neste semestre


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Projeções da associação da indústria de Eletroeletrônicos para o primeiro semestre de 2025 projetam uma queda de 1% em relação ao mesmo período de 2024, causadas por uma piora nas condições gerais de crédito, aumento da inflação e instabilidade econômica.

Segundo a Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos, houve diminuição nas vendas da Linha Marrom, Linha Branca e Linha Portátil, sendo que os portáteis tiveram diminuição de 6% e representam 66% das vendas do setor, com produtos como fritadeiras, ventiladores e aspiradores autômatos. Aparelhos de ar-condicionado e a Linha TIC (lâmpadas inteligentes, monitores e outros) tiveram discreto aumento, em torno de 1%.

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Na nota divulgada os Eletros afirmou que “fatores combinados restringem e encarecem o crédito, pressionam o orçamento das famílias e geram insegurança, levando o consumidor a priorizar despesas essenciais, como alimentos e remédios, e a adiar compras de bens duráveis como os eletroeletrônicos. Apesar da resiliência do setor e de avanços recentes, a confiança do consumidor permanece sensível ao contexto macroeconômico”. A análise do setor não desconsidera a alta elevada em 2024, com os melhores resultados em uma década, porém impactados pelo aumento de importações em equipamentos de menor valor, justamente a Linha Portátil, para qual a expectativa é de encerrar 2025 com queda de 4% em relação a  2024.

O setor aposta este ano no resultado do setor de ar-condicionado, em constante aumento desde 2021. A nota alerta para uma dificuldade na manutenção do volume de vendas neste setor, causado por dificuldades prolongadas no abastecimento de compressores produzidos no Brasil. “A produção está concentrada em um único fornecedor nacional, cuja capacidade é insuficiente para atender à demanda crescente. Esse desequilíbrio tem provocado insegurança e forçado as indústrias do bem final a limitarem sua produção”. O setor pleiteia a possibilidade de comprar compressores de fornecedores externos, flexibilizando regras em andamento para manutenção de benefícios fiscais.

“Há meses o setor de ar-condicionado sofre com a escassez de compressores nacionais, um insumo essencial hoje concentrado em um único fornecedor. A política industrial imposta pelo governo federal exige compra local, mas a produção não atende à demanda. Isso limita a indústria, prejudica o consumidor e compromete o acesso da população ao conforto térmico. É urgente revisar essa regra.” afirma Jorge Nascimento, presidente da Eletros.

 

Segundo semestre deve ter recuperação 

A associação considera que o segundo semestre será de recuperação gradual em alguns segmentos, impulsionada por sazonalidades como a Black Friday e o Natal. “No entanto, se considerarmos a manutenção dos juros em patamares recordes, a volatilidade cambial, a insegurança econômica, as vendas continuarão caindo. A Eletros projeta que as empresas seguirão focadas em otimizar estoques, ampliar a eficiência produtiva e ajustar prazos de negociação com fornecedores e varejo, buscando equilíbrio entre oferta, demanda e custos se permanecermos em um contexto de ambiente econômico incerto”, finaliza a nota.