Bia Haddad avança às oitavas de final de torneio WTA 500 na Alemanha


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Já confirmada na chave principal do Torneio de Wimbledon a partir da semana que vem, a tenista brasileira Beatriz Haddad Maia avançou às oitavas de final da chave de simples do WTA 500 de Bad Homburg (Alemanha), disputada em piso de grama. Nesta terça-feira (24), a paulista número 21 do mundo despachou a norte-americana Ashlyn Krueger (31ª no ranking) com vitória tranquila por 2 sets a 0 (6/1 e 6/4), dois dias após faturar o título de duplas no WTA 250 de Nottingham, ao lado da alemã Laura Siegemund.

E não tem folga para a brasileira, que já volta a competir a partir das 7h40 (horário de Brasília) desta quarta (25). Bia encara a ucraniana Elina Svitolina (14ª) por uma vaga nas quartas de final. Será o primeiro confronto entre as duas. A ucraniana venceu na estreia a belga Elisa Mertens (21ª) com parciais de 7/5 e 6/4.

No mesmo horário, a parceria da paulista Luisa Stefani com a húngara Timea Babos disputa as quartas de final de duplas contra Makoto Ninomiya (Japão) e Ulrikke Eikeri (Noruega). Também com presença garantida em Wimbledon, Stefani e Babos estrearam bem nesta terça (24), com triunfo sobre a dupla da eslovaca Tereza Mihalikova com a britânica Olívia Nichols –  2 sets a 0, com parciais de 6/3 e 6/7 (7-4).

Já Laura Pigossi (110ª) não passou da estreia do qualifying de Wimbledon, ao perder por 2 sets a 0 (6/2 e 6/1) para a canadense Bianca Andreescu (147ª).

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Joao Fonseca disputa oitavas em Eastbourne

O jovem tenista carioca João Fonseca, 57º no ranking, tem um desafio e tanto nesta quarta (25) em partida contra o norte-americano Taylor Fritz, número 5 do mundo. Os dois se enfrentam em jogo das oitavas de final da chave de simples do ATP 250 de Eastboune (Inglaterra), último torneio em piso de grama antes de Wimbledon. A partida está prevista para começar às 11h40.

Quartas de final de duplas no ATP de Mallorca

Também nesta quarta (25), a partir das 9h20, outros dois brasileiros entram em quadra no ATP 250 de Mallorca (Espanha). A dupla do mineiro Marcelo Melo com o gaúcho Rafael Matos enfrenta a parceria do indiano Yuki Bhambri com o norte-americano Robert Galloway (cabeças de chave 4) por uma vaga nas semifinais do torneio. .

Rio de Janeiro sediará Cúpula Mundial de Prefeitos antes da COP30


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O Rio de Janeiro sediará a Cúpula Mundial de Prefeitos da C40, entre os dias 3 a 5 de novembro. O encontro ocorrerá no âmbito do Fórum de Líderes Locais da COP30.

A cúpula, realizado a cada três anos, é considerada o maior encontro global de cidades comprometidas com a ação climática.

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São esperadas autoridades de mais de 100 cidades, além de investidores, filantropos, organizações internacionais e representantes do setor privado e sociedade civil. A Cúpula ocorrerá em Belém, a partir do dia 10 de novembro.

“As cidades estão na linha de frente dos impactos da crise climática, e também das soluções. Estamos desenvolvendo ações concretas que protegem as pessoas e melhoram a qualidade de vida dos nossos cidadãos, como melhorias no transporte público, criação de áreas verdes e protocolos contra desastres climáticos”, disse o prefeito Eduardo Paes, durante London Climate Action Week, na Inglaterra.

Também no evento, o prefeito de Londres e co-presidente da C40 Sadiq Khan disse que a Cúpula no Rio será decisiva para as cidades no enfrentamento da crise climática.

“As cidades estão mostrando que é possível reduzir emissões, gerar empregos verdes e melhorar a vida das pessoas, mesmo diante do negacionismo e da inação. Vamos enviar uma mensagem clara: os prefeitos estão fazendo a diferença”, disse Sadiq Khan.

Fórum de Líderes Locais

A programação do Fórum de Líderes Locais da COP30 também foi divulgada nesta terça. Entre os destaques, além da Cúpula de Prefeitos, está a Cúpula Global de Estados e Regiões.

O evento reunirá governadores e líderes regionais para apresentar ações climáticas em energia renovável, transporte, indústria e uso da terra.

Outros eventos divulgados são:

  • Cerimônia de Premiação dos Líderes Locais: evento vai premiar dois governos subnacionais – um brasileiro e um internacional – por projetos climáticos, em tópicos como transição energética justa, adaptação, saúde e parcerias multiníveis;
  • Diálogo Político de Alto Nível da CHAMP: encontro vai reforçar a colaboração multinível e apresentará os compromissos da CHAMP – sigla para Coalizão para Parcerias Multinível de Alta Ambição para Ação Climática, – uma iniciativa para promover a cooperação entre governos nacionais e subnacionais no combate às mudanças climática via parcerias.
  • America Is All In Exchange: conferência tem como foco destacar a liderança climática local das cidades dos EUA e seus avanços.

 

Mdic desmantela fraude em importações de aço que burlavam restrições


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Uma investigação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) desmantelou um esquema de fraude, segundo termo usado pela própria pasta, na importação de produtos de aço que burlavam medidas de defesa comercial. Conforme a investigação, lâminas de aço a frio fabricadas na Turquia tinham a maior parte dos insumos produzidos na Indonésia.

Desde 2022, o Brasil aplica uma sobretaxa de 18,79% ao aço laminado a frio da Indonésia. De acordo com o Mdic, os produtos fabricados na Turquia têm origem no país do sudeste asiático e devem ser submetidos à mesma tarifa extra. 

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“Diante das evidências identificadas, a Secex determinou que os produtos são, de fato, originários da Indonésia, e devem estar sujeitos à medida de defesa comercial vigente contra aquele país”, destacou o ministério, em nota.

O histórico e a conclusão das investigações constam de portaria da Secretaria de Comércio Exterior do Mdic publicada nesta terça-feira (24) no Diário Oficial da União. Ao todo, cinco tipos de aço laminado a frio foram investigados.

“A medida reforça o compromisso do governo federal com o rigor na aplicação das regras de origem e com a proteção da indústria nacional contra práticas desleais de comércio”, afirmou em nota a secretária de Comércio Exterior do Mdic, Tatiana Prazeres.

Retrospectiva

Desde 2023, informou o ministério, foram realizadas 17 investigações contra tentativas de burlar regras de defesa comercial. Em 16 casos, o Mdic constatou fraudes e interrompeu os esquemas.

As investigações nos últimos dois anos envolveram os seguintes produtos: ácido cítrico, aço GNO, alto-falantes, barras chatas de aço ligado, chapas off-set, escovas de cabelo, fios de náilon, laminados a frio de aço inoxidável, laminados de alumínio, objetos de louça para mesa, pneus agrícolas e pneus de carga.

Os países de origem investigados nesses casos foram: Camboja, Hong Kong, Índia, Malásia, Taiwan, Turquia e Vietnã.

Menina de 13 anos é baleada em escola na zona norte do Rio


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Uma menina de 13 anos foi ferida na barriga por um tiro na manhã desta terça-feira (24) em uma escola no Rio de Janeiro. Ela teve de passar por um procedimento cirúrgico, e a situação dela é estável, segundo a assessoria da Legião da Boa Vontade (LBV), instituição responsável pelo Centro Educacional José de Paiva Netto, em Maria da Graça, na zona norte.

A unidade escolar informou que o tiro foi disparado nas imediações da escola, que fica na Avenida Dom Hélder Câmara. A menina participava de uma aula de educação física na quadra de esportes quando foi atingida na barriga. Ela recebeu os primeiros socorros e foi levada para o Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier.

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Em nota, a Polícia Civil disse que está investigando o ocorrido. Em uma apuração inicial, informou que foi um disparo de pistola. Agentes buscam imagens de câmeras de segurança da região e realizam outras diligências para apurar a autoria. A corporação informou ainda que não havia operação policial nas proximidades quando a menina foi ferida.

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A LBV também emitiu uma nota de esclarecimento, em que diz estar prestando apoio à família e acompanhando de perto a evolução do estado de saúde da estudante. A instituição disse ainda que tem “compromisso com a segurança e o bem-estar” de alunos e colaboradores.

Confira os principais cuidados a serem tomados ao fazer trilhas


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A morte da brasileira Juliana Marins, 26 anos, que fazia uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, reacendeu o alerta para cuidados com o chamado turismo de aventura – sobretudo no que diz respeito a planejamento, segurança, infraestrutura local e condições climáticas. Juliana se acidentou na madrugada do último sábado (21), quando caiu da borda da cratera de um vulcão. O corpo da jovem foi encontrado nesta terça-feira (24) pelas equipes de resgate após quatro dias do acidente.

De acordo com a Agência Nacional de Busca e Resgate Indonésia (Basarna), a demora em iniciar os trabalhos de busca e salvamento no próprio sábado, quando a queda foi registrada, aconteceu porque as equipes só foram avisadas sobre o ocorrido depois que um integrante do grupo que fazia trilha junto com Juliana conseguiu descer até um posto, em uma caminhada que levou horas. Além disso, foram necessárias algumas horas até que os resgatistas subissem até o local.


Brasília (DF) 17/02/2025 - Grupo realiza jornada para estabelecer trilha até a Chapada dos Veadeiros.
Foto: Rui Faquini/ICMBio

É importante conhecer previamente o percurso de uma trilha e estar sempre acompanhado de alguém que conheça a região. Foto: Rui Faquini/ICMBio

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Poucos dias antes da tragédia, o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina atendeu a duas ocorrências de busca e resgate em áreas de trilha – uma no Morro do Cambirela, em Palhoça, e outra no Pico da Teta, em Balneário Camboriú. Em ambos os casos, as vítimas se perderam em meio ao percurso. “As situações chamam atenção para a importância da prevenção e do planejamento antes de realizar atividades em ambientes de mata fechada e terreno acidentado”, destacou a corporação.

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Também em junho, o Corpo de Bombeiros Militar da Bahia resgatou duas jovens que se perderam na trilha dos cânions do Rio São Francisco, em Paulo Afonso. Com informações do Centro Integrado de Comunicação, os bombeiros conseguiram contato indireto com as vítimas, que informaram estarem na altura de um bar local. A equipe fez sinais sonoros para facilitar a localização e, após o envio das coordenadas geográficas, conseguiu abrir caminho na trilha até chegar às vítimas.

Cuidados

Dentre os principais cuidados citados pelas corporações diante do aumento de ocorrências do tipo está a atenção às condições climáticas, que podem se tornar mais adversas em períodos como o inverno – sobretudo em locais desconhecidos e durante a noite. A orientação é optar sempre por trilhas conhecidas e sinalizadas, evitar caminhadas noturnas e informar familiares e amigos sobre o trajeto. Também é importante estar acompanhado por um guia credenciado.

Confira, a seguir, as principais orientações listadas pelas corporações:

  • Planejamento: pesquise previamente sobre o percurso, o grau de dificuldade e o tempo estimado e nunca subestimar a trilha.
  • Previsão do tempo: evite sair em dias com previsão de chuva, ventos fortes ou baixa visibilidade.
  • Roupas e calçados adequados: use vestimentas confortáveis, impermeáveis e tênis ou botas apropriadas para terreno irregular;
  • Hidratação e alimentação: leve água suficiente e alimentos leves, como frutas, barrinhas de cereal ou proteína.
  • Celular carregado: mantenha o celular com bateria cheia e leve carregador portátil. Em caso de emergência, isso facilita a localização e o resgate.
  • Não trilhe sozinho: evite fazer trilhas sozinho. Informe sempre alguém de confiança sobre sua rota e horário previsto de retorno.
  • Sinalização: siga as trilhas oficiais e respeite a sinalização. Evite atalhos ou rotas desconhecidas.
  • Emergência: em caso de imprevistos, mantenha a calma, permaneça no local e acione o corpo de bombeiros por meio do telefone 193.

Inscrições para o Encceja PPL podem ser feitas até 11 de julho


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As inscrições no Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos para Pessoas Privadas de Liberdade ou que cumprem medida socioeducativa que inclua privação de liberdade (Encceja PPL) estão abertas desde esta segunda-feira (23) e podem ser feitas até 11 de julho.

Cabe ao responsável pedagógico da unidade prisional ou socioeducativa inscrever os interessados em participar do exame. A inscrição deve ser realizada por meio do Sistema PPL. A participação é voluntária e gratuita.

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O responsável pedagógico deverá manter, sob guarda e sigilo, a senha de acesso ao sistema, os números de inscrição e de Cadastro de Pessoa Física (CPF) dos participantes. Estes dados são necessários para o acompanhamento do processo de inscrição e para a obtenção dos resultados individuais.

O Encceja PPL é uma oportunidade para que pessoas privadas de liberdade ou que cumpram medidas socioeducativas, que não concluíram os estudos na idade apropriada para cada nível de ensino, obtenham a certificação dos níveis fundamental e médio.

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Provas

As provas serão aplicadas em dois turnos, nos dias 23 e 24 de setembro, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Os participantes não sairão das unidades prisionais e socioeducativas, que devem receber autorização dos respectivos órgãos de administração prisional estadual para realizar o exame.

As unidades autorizadas devem dispor de espaço físico coberto e silencioso, com iluminação, cadeiras e mesas apropriadas, além de condições que garantam a segurança dos envolvidos.

De acordo com o edital do Encceja PPL 2025 o exame será composto por quatro provas objetivas, por nível de ensino, cada uma contendo trinta questões de múltipla escolha e uma redação.

Para o ensino fundamental, serão avaliadas as seguintes áreas de conhecimento: ciências naturais, matemática, língua portuguesa, língua estrangeira (inglês e espanhol), artes, educação física, história, geografia, além da redação.

Os jovens e adultos que fizerem o Encceja para certificação no ensino médio, terão avaliados os conhecimentos em: química, física e biologia, língua portuguesa, língua estrangeira (inglês e espanhol), artes, educação física, história, geografia, filosofia e sociologia e redação.

Encceja

Realizado pelo Inep desde 2002, o exame avalia competências, habilidades e saberes adquiridos no processo escolar ou extraescolar dos participantes.

Para participar, a idade mínima é de 15 anos para o ensino fundamental e de 18 anos completos para o ensino médio, na data de realização do exame.

As secretarias de Educação e os institutos federais usam os resultados obtidos pelos participantes como parâmetro para certificar os participantes em nível de conclusão do ensino fundamental e médio.

O exame também estabelece uma referência nacional para a avaliação de jovens e adultos.

 

Atleta aponta falta de orientação de turistas em trilha na Indonésia


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A triatleta e maratonista Isabel Leoni fez, em 2015, a trilha de três dias ao Mount Rinjani, com 3.726 metros de altura, vulcão localizado a cerca de 1.200 quilômetros de Jacarta, na ilha de Lombok, na Indonésia. Foi nesse local que a brasileira Juliana Marins, de 26 anos, despencou do penhasco que circunda a trilha junto à cratera do vulcão no sábado (21). Juliana foi encontrada morta nesta terça-feira (24).

“A gente subestima muito a montanha. A gente acha que está chegando, [que] é rápido e, quando vê, não é logo ali, demora muito, é muito esforço, requer preparo e técnica”, diz a montanhista à Agência Brasil.

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Isabel lembra que fez o passeio com dois amigos e que não estava preparada para o frio rigoroso. O guia dava muito pouca água e comida aos visitantes. “Eu era inexperiente. Se hoje eu fosse para lá, levaria uma garrafa d’água, comida, isotônicos e remédio.”

Segundo a atleta, o lugar é muito bonito e sagrado para a religião local, com festas e cerimônias em determinadas épocas do ano. Segara Anak significa “Filho do Mar” em indonésio. Este é o nome dado ao lago vulcânico que se formou na cratera do Monte Rinjani após uma erupção. O nome reflete a crença local de que o lago é uma extensão ou “cria” do mar, já que sua água do é considerada sagrada e está ligada a rituais tradicionais das populações Sasak e balinesas.

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A montanhista destaca que a trilha é uma das rotas mais famosas da Indonésia e atrai turistas de todo o mundo.

No primeiro dia, Isabel contra que se sobe e dorme-se na crista do vulcão, que é uma grande cratera.

“Eu e meus amigos estávamos muito despreparados. Os guias de lá não avisam direito sobre o que vamos enfrentar. Eles vivem em situações muito precárias de trabalho. Faziam a trilha de chinelo. Não há protocolos informando quais são os equipamentos obrigatórios, como casacos e sacos de dormir. Você olhava e achava que estava perto, mas o cume nunca chegava. Era uma areia bem fofa. A cada dois passos, você voltava um. Já era uma altitude considerável e muito poeira. Eu estava com poucos casacos. Meus dedos do pé congelavam. Eu não conseguia andar de tanto frio. Não consegui chegar ao cume. No segundo dia, você desce tudo de volta, dorme à beira do lago na base dessa cratera. No terceiro dia, sobe-se a outra crista e depois desce”, recorda Isabel.

 O presidente da Associação Brasileira de Guias e Montanhas, Silvio Neto, disse à Agência Brasil que o que mais tem ocorrido são pessoas despreparadas para as atividades ou por uma informação errônea passada por outra pessoa ou pela falta de busca de informações. 

“A pessoa pouco se informa sobre o que deve levar, o que deve vestir, alimentação, hidratação, repelente, protetor solar. As pessoas não têm muito noção de desnível do terreno, de distância. Muitas fazem a trilha de chinelo, sem levar uma garrafa d’água, mais preocupadas em levar o celular para tirar uma foto”, afirmou.

De acordo com Silvio Neto, as pessoas não se procuram ter mais informações sobre a trilha.

“Elas querem ir. Com as redes sociais, as pessoas querem replicar na sua rede social uma foto que acharam linda. A busca das pessoas é por autopromoção. A interação com a atividade, a reflexão e o autoconhecimento que você tem na caminhada, na escalada, no montanhismo, de interação com a natureza, de observar a flora, escutar a flora, sentir o cheiro, isso está se perdendo em detrimento de uma foto”, afirmou Neto.

Queda de idosos pode ter consequências graves, alertam especialistas


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Cerca de 62 mil internações de idosos foram registradas nos primeiros quatro meses deste ano no Brasil, após episódios de queda. Além disso, os atendimentos ambulatoriais – sem necessidade de internação – passaram de 67 mil.

Ao longo de todo o ano de 2024, houve mais de 344 mil atendimentos ou hospitalizações. Ao mesmo tempo, 13.385 idosos não resistiram aos ferimentos causados por quedas. 

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Os dados do Ministério da Saúde mostram a dimensão do problema e reforçam o alerta deste dia 24 de junho, escolhido como Dia Mundial de Prevenção de Quedas pela Organização Mundial da Saúde – OMS. 

“As quedas representam um risco muito mais grave para pessoas idosas porque, além da maior fragilidade óssea, com maior propensão a fraturas, como as de quadril, o tempo de recuperação é mais longo e, muitas vezes, pode comprometer de forma definitiva a mobilidade, a independência e a qualidade de vida”, explica a especialista em gerontologia Nubia Queiroz. 

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Fratura do quadril

Uma das consequências frequentes mais preocupantes das quedas é a fratura no quadril, pois, além da lesão óssea, pode levar a complicações como infecções, trombose e pneumonia, elevando o risco de mortalidade, alerta o presidente da Sociedade Brasileira de Trauma Ortopédico (SBTO), Robinson Esteves.

Além dos efeitos físicos, muitos idosos ficam com medo de cair novamente após um episódio e, por isso, passam a reduzir suas atividades físicas e sociais, acrescenta Núbia. Segundo essa especialista, os exercícios físicos são grandes aliados da prevenção às quedas por favorecer o equilíbrio, a força muscular e a flexibilidade.

Núbia também ressalta a importância de adaptar o ambiente doméstico conforme a idade vai aumentando: “retirar tapetes soltos, instalar barras de apoio em banheiros, melhorar a iluminação e eliminar obstáculos nos caminhos”.

Também é essencial manter acompanhamento médico e ter cuidado redobrado com medicamentos que podem causar tonturas ou outros efeitos semelhantes. 

Muitas famílias também têm recorrido a serviços de teleassistência, como os sistemas de botão de emergência que o idoso pode acionar caso tenha alguma emergência.

Pedidos de ajuda

A médica coordena a Central de Atendimento 24 horas da empresa TeleHelp e diz que – de janeiro a maio deste ano – as quedas se tornaram a principal ocorrência registrada entre os pacientes. Os pedidos de ajuda subiram de 16% para 23%. Os dados da empresa mostram ainda que a maior parte dos acidentes ocorre no quarto ou no banheiro.

Ela acrescenta que essas ferramentas são uma opção para que os idosos não precisem mudar suas rotinas por causa do risco de quedas. “A autonomia e a independência são fundamentais para o envelhecimento saudável, pois influenciam diretamente o bem-estar emocional, a autoestima e a qualidade de vida”, complementa a especialista em gerontologia. 

O presidente da Sociedade Brasileira de Trauma Ortopédico, Robinson Esteves, alerta que nenhum episódio de queda entre idosos pode ser minimizado.

 “As quedas em idosos representam um dos maiores desafios para a saúde pública atualmente, em razão das graves consequências para a qualidade de vida dessa população. Mesmo quando a queda parece simples, os riscos de complicações são altos, principalmente entre os mais velhos. Por isso, todo cuidado é pouco, tanto na prevenção quanto no atendimento imediato”, salienta.

Esteves recomenda que mesmo os casos aparentemente leves devem ser monitorados e o idoso deve ser levado ao serviço de saúde caso apresente hematomas, dificuldade de movimentação ou dores. Episódios com perda de consciência ou suspeita de fratura exigem socorro médico imediato.

Campina Grande sedia evolução do maior São João do mundo


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O Parque do Povo, palco de uma das maiores festas juninas do Nordeste, em Campina Grande, na Paraíba, espera receber milhares de pessoas neste dia de São João (24) – o ápice da festa – para shows com grandes nomes do forró como Waldonys, Ton Oliveira e Geraldo Azevedo.

O espaço tem capacidade diária para 76 mil pessoas e é fechado quando atinge a lotação máxima, o que deve ocorrer nesta terça-feira, feriado na cidade. No entanto, nem sempre o autointitulado maior São João do Mundo foi uma festa popular tão gigantesca quanto nos dias de hoje.

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Assim como era comum em várias cidades do Nordeste, Campina Grande, situada no Planalto da Borborema, a uma altitude de 580 metros acima do nível do mar e distante 126 quilômetros da capital João Pessoa, mantinha até meados dos anos 80 uma festa junina de caráter comunitário, realizada de maneira orgânica pelos moradores, que se reuniam em frente às suas casas com fogueiras acesas, ruas decoradas e a apresentação improvisada de grupos de forró em palhoções.

Em 1983, a prefeitura de Campina Grande assumiu a festa, mas a celebração ainda era modesta, improvisada em uma palhoça na região conhecida como Coqueiros de Zé Rodrigues.

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Campina Grande (PB), 15/06/2025 – A banda Cavalo de Pau durante apresentação no palco principal da festa de São João, no Parque do Povo, em Campina Grande. Tomaz Silva/Agência Brasil

 Banda Cavalo de Pau deu show em Campina Grande – foto – Tomaz Silva/Agência Brasill

Três anos depois, em 1986, o então prefeito Ronaldo Cunha Lima decidiu profissionalizar os festejos, transformando Campina Grande na sede do maior São João do Mundo. Foi em sua gestão que o Parque do Povo foi construído, uma área que à época possuía 27 mil metros quadrados.

Naquele tempo, a festa tinha um calendário estendido, indo além dos dias em que eram comemorados Santo Antônio, São João e São Pedro. “Não existe nada igual no Brasil, porque são 30 dias de festa ininterrupta, com a participação dos campinenses de todas as camadas sociais”, disse um ex-prefeito em entrevista em 1986.

Hoje, o evento se estende por 38 dias (de 30 de maio a 6 de julho), atraindo mais de 3,5 milhões de pessoas e movimentando cerca de R$ 740 milhões. O Parque do Povo continua sendo a arena principal. Em 2024, o espaço passou por uma expansão, incorporando o vizinho Parque Evaldo Cruz. Com isso, a área da festa cresceu 7.500 m² e atingiu quase 40 mil m².

Diferente do que acontece em outras festas juninas pelo país, o espaço do Parque do Povo é cercado, embora com entrada gratuita. A estrutura lembra um grande festival de música, com palco principal, palcos paralelos, áreas para apresentações de quadrilhas juninas e uma decoração que encanta. O parque também conta com uma ampla praça de alimentação, com restaurantes renomados na cidade e barracas de ambulantes cadastrados, totalizando mais de 400 pontos comerciais. Há, como é comum em festivais hoje, a presença de estandes de marcas dos mais diversos produtos.

Os patrocinadores da festa buscam chamar a atenção do público com jogos e distribuição de brindes entre um forró e outro.

Quem já se divertiu no Parque do Povo no passado estranha a proporção que a festa tomou. É o caso do casal de aposentados Valmir França e Carmem França, moradores de Recife, que decidiram retornar a Campina Grande 30 anos depois do último São João passado na cidade. “Eu acho que está tudo bem organizado, é uma estrutura muito bem montada, mas 30 anos atrás, quando a gente veio, não tinha nada. É uma diferença enorme”, afirmou Valmir.

Outro personagem que presenciou as transformações do São João de Campina Grande ao longo dos anos é o empresário José Ventura Barbosa, dono da Bodega do Ventura, restaurante que, desde 1994, tem presença garantida no Parque do Povo.

“Quando eu comecei aqui, a gente vendia em barracas de lona de 5×5 metros, depois de 10×10. A festa cresceu e crescemos com ela. Hoje, para ter essa estrutura aqui com decoração e móveis, para erguer isso aqui o investimento básico é de R$ 50 mil”, pondera.

Vendas em alta

O investimento, segundo ele, vale a pena. O restaurante, que serve comidas típicas e tem o bode como carro-chefe no cardápio, tem capacidade para receber 160 clientes. A festa segue até o fim de junho, mas Ventura diz que as vendas estão melhores do que no ano passado. Prova disso é que sua equipe precisou de reforço, com 15 contratações para o período da festa junina.

Entre os funcionários que integram a equipe está Kainã Garcia, autônomo que tem trabalho garantido até 6 de julho como garçom na Bodega do Ventura. Seu último trabalho havia sido no mesmo local, no São João de 2024.

Com a escassez de trabalho temporário e sem perspectiva de algo fixo, ele garante que conta com o dinheiro do São João como certo. “A gente brinca aqui que, em janeiro e fevereiro, a gente já pode pedir dinheiro emprestado porque sabe que vai poder pagar em junho.” E não poder curtir a festa, para ele, não é problema: “Entre ganhar dinheiro e gastar, a gente prefere ganhar!”

Outra mudança significativa ao longo dos últimos anos foi a musical. O forró, embora ainda seja o gênero predominante em Campina Grande, agora divide seu reinado com outros ritmos. A programação deste ano na cidade incluiu desde a música eletrônica do DJ Alok, o brega de Priscila Senna e Raphaela Santos, o calypso de Joelma, o trap de Matuê e o rap de Hungria, que se apresentarão até o fim da programação. Há quem reclame da perda de hegemonia do forró e também dos cachês milionários pagos a artistas com renome nacional, mas há outros, principalmente os mais jovens, que aprovam a incorporação de novos ritmos.

“Eu acho que o São João é uma festa popular, tem espaço para o que é música popular no geral, não importa o gênero. Seja rock, pop, reggae, não importa”, argumenta o administrador Mateus Ernesto.

Nos palcos menores da festa, espalhados pelo Parque do Povo, artistas e músicos locais com cachês bem inferiores aos das grandes estrelas disputam a atenção do público.


Campina Grande (PB), 15/06/2025 – Quadrilha infantil se apresenta na festa de São João, no Parque do Povo, em Campina Grande. Tomaz Silva/Agência Brasil

Crianças participam de quadrilha na Paraíba  – Foto – Tomaz Silva/Agência Brasil

Música

Junto com os colegas do Trio Forrozão Sem Frescura, a cantora Jussara Damião, moradora de Queimadas, município da região metropolitana de Campina Grande, começou seu show chamando os presentes para dançar, sem esquecer de agradecer à prefeitura de Campina Grande.

Segundo ela, os cachês poderiam ser melhor divididos, mas mesmo assim estava feliz pela agenda cheia. No total, o trio fará oito apresentações no Parque do Povo até o fim da festa no começo de julho.

“As coisas podiam melhorar um pouco, mas todo ano pelo menos dão oportunidade pra gente. Aqui em Campina Grande somos mais valorizados do que na nossa cidade”, explicou.

Entre moradores de Campina Grande e turistas de todo o Brasil que vieram à cidade para curtir a festa, há aqueles que veem o evento para além da diversão e de seu tamanho gigantesco. São avós e pais que tentam passar para netos e filhos o valor da tradição e da reafirmação da identidade nordestina que pulsa mais forte nesta época do que em qualquer outra ao longo do ano.

Quem circula pelo Parque do Povo encontra casais, grupos de amigos e muitas famílias. Elas estão presentes nos shows e nas arquibancadas durante as apresentações das quadrilhas juninas multicoloridas que deixam o público de olhos vidrados. A bióloga Juliana Soares, que cresceu em uma casa onde o São João sempre foi levado a sério, fez questão que a filha Maria Laura, de cinco anos, participasse da quadrilha junina infantil que se apresentou no Quadrilhódromo, local para as apresentações das quadrilhas dentro do Parque do Povo.

“Quando a gente vem com criança, a gente quer passar isso também, passar essa tradição pra frente, para que ela [a criança] tenha orgulho de ser nordestina. Que possa sempre dizer: ‘Eu vim do Nordeste, eu amo minha cultura, eu amo a minha raiz”.

*A equipe viajou a Campina Grande a convite da Petrobras

Morre brasileira que caiu em trilha de vulcão na Indonésia


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Foi encontrada morta a brasileira Juliana Marins, de 26 anos, que fazia uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia. Ela caiu da borda da cratera de um vulcão na madrugada de sábado (21), mas as equipes de resgate só conseguiram chegar até ela nesta terça-feira (24).

“Hoje, a equipe de resgate conseguiu chegar até o local onde Juliana Marins estava. Com imensa tristeza, informamos que ela não resistiu. Seguimos muito gratos por todas as orações, mensagens de carinho e apoio que temos recebido”, diz comunicado da família no perfil do Instagram chamado Resgate Juliana Marins, criado por parentes para divulgar notícias sobre o desaparecimento da jovem.

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Segundo a Agência Nacional de Busca e Resgate Indonésia (Basarna), a demora em iniciar os trabalhos de busca e salvamento no sábado ocorreu porque as equipes só foram avisadas depois que um integrante do grupo de Juliana conseguiu descer até um posto em uma caminhada que levou horas. Além disso, foram necessárias algumas horas até que os resgatistas subissem até o local.

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Buscas

Nos dois primeiros dias, drones com sensores térmicos não encontraram Juliana. Apenas na manhã de segunda-feira (23) ela foi localizada. A temperatura do corpo mostrou que a brasileira ainda estava viva, porém, se mantinha imóvel.

Nesta terça-feira, um helicóptero foi enviado à região, com uma equipe de resgate com grupamento especial da Basarna. As condições meteorológicas e geográficas prejudicam o trabalho de salvamento, segundo a agência.

Outro problema é a profundidade onde está Juliana, a cerca de 500 metros abaixo da borda da cratera, o que dificulta a chegada por meio de cordas.

*Colaborou o repórter Vitor Abdala