Parada LGBT+ de SP discute o envelhecimento em meio à festa e reflexão


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Com milhares de participantes, a Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo levou a questão do envelhecimento da população LGBTQiA+ para o centro da discussão e da festa. Na Avenida Paulista completamente cheia –

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 a organização estima público de 4 milhões de pessoas – os 17 trios elétricos desfilaram desde as 13h, rumo ao centro da cidade.

Considerado

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 pelo ativista Norivaldo Júnior, integrante do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, que acompanhou o evento com o marido, o publicitário Rodrigo Souza.

Veja a galeria de fotos:

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“Quando a diretoria da parada anunciou que o tema seria o envelhecer foi uma grande alegria para nós, do conselho. A comunidade LGBT passou por uma lacuna durante a década de 80 e ela perdeu muito da sua referência. Hoje a gente consegue fazer ou tentar fazer com que esta geração tenha uma velhice melhor do que a minha”, disse.

“Infelizmente temos uma geração, chegando, que é muito ligada às questões do corpo e que nos devolve para o armário pois não consegue nos ver, enquanto idosos, como pertencentes ao movimento. De certa forma não aceitam que irão chegar aos meus 62 anos. Ela volta a nos invibilizar, e faz com que você passe tudo aquilo que muitas vezes você passa na sua juventude, que foi

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Ele e o marido

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 não importa a diferença de idade, mas, se você tem um amor, se você tem um carinho, tem que pensar que amor é construção. Ele leva tempo, paciência e muito companheirismo”, resumiu, emocionado, Rodrigo.

Ao som de música eletrônica e da batida dos leques, a parada reuniu amigos e casais de todas as idades, assim como famílias, em um ambiente de comemoração e consciência. Um dos primeiros blocos

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São Paulo (SP), 21/06/2025. Thamirys Nunes, 35, ativista pelos direitos trans infantil juvenis, na 29ª Parada do Orgulho LGBT+. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Thamirys Nunes, ativista pelos direitos trans infantojuvenis, na 29ª Parada do Orgulho LGBT+ –

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 Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

“A gente vem numa busca de trazer visibilidade, de mostrar que as crianças e adolescentes trans existem, que precisamos de direitos, que as nossas famílias são famílias como qualquer outra família, que as nossas crianças são como qualquer outra criança. A gente sabe que existe um movimento aí que insiste em negar a existência dos nossas filhas e filhos

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 e insiste em dizer que não precisa de políticas públicas, em dizer que somos famílias disfuncionais. Estamos aqui no chão para dizer que somos famílias, como quaisquer outras famílias. E que vamos estar aqui lutando sempre pelas nossas crianças e adolescentes trans, porque, se precisam de futuro, o futuro começa com reconhecimento”, disse.

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São Paulo (SP), 21/06/2025. Mey Ling na 29ª Parada do Orgulho LGBT+. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Mey Ling na 29ª Parada do Orgulho LGBT+ – Foto:

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 Paulo Pinto/Agência Brasil

Com uma trajetória mais longa na parada, Mey Ling acompanha a mobilização desde 1996, vindo desde 2001 montada. Hoje com 45 anos de idade, considera importante continuar resistindo e se fazer ver neste contexto. “Tem protesto, tem mobilização, e é sempre festa. E montada a gente tem mais visibilidade, chama mais atenção, tem mais foto, todo mundo quer falar, todo mundo quer… Aí é isso, quando a pessoa vem, a gente consegue abrir o leque maior, consegue representar, consegue protestar, consegue colocar pra fora.”

Debutando na festa, o argentino German Rocha, também montado, desfilou alegre. Na terceira idade, acha importante conhecer São Paulo e acompanhar a luta pelos direitos além de sua Buenos Aires, de onde veio com o marido e um amigo para desfilar.

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São Paulo (SP), 21/06/2025. Argentinos Geman Rocha e Emiliano na 29ª Parada do Orgulho LGBT+. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

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“Viemos para participar da festa, para demostrar que tanto na

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 Brasil, em muitos lugares, temos a mesma ideologia, de sustentar nossos direitos e conquistas, de buscar mais revolução e mais luta. A América Latina não será vencida”, declarou. Perguntado sobre o ativismo pela diversidade em seu país, disse: “A Argentina tem muitos direitos, mas estamos passando mal com o presidente, que

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 é terrível e nos envergonha, mas seguimos lutando para preservar o que temos construído”,

O governo estadual mobilizou 1,5 mil agentes de segurança, na própria extensão do evento e nas delegacias. A recomendação das autoridades é de cuidado com os pertences e bloqueio de celulares em caso de furto ou roubo. Por conta do evento, as

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Após tragédia, governo quer avançar em regulamentação do balonismo


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O Ministério do Turismo informou por meio de nota que pretende avançar nesta semana, em reunião com entidades interessadas, na regulamentação da exploração do balonismo para fins turístico no país.

A pasta lamentou a queda de um balão que pegou fogo no ar e caiu no sábado (21) enquanto realizava um passeio turístico com 21 pessoas a bordo na cidade de Praia Grande, em Santa Catarina. Oito pessoas morreram na tragédia, carbonizadas ou ao pular para fugir das chamas.

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“A expectativa é que, já na próxima semana, haja um avanço significativo nesse processo, em decorrência de uma reunião com as entidades envolvidas no tema”, informou a pasta, que disse discutir o assunto desde o início do ano.

Hoje, o balonismo é praticado no Brasil como “atividade aerodesportiva”, esclareceu no sábado (21) a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Portanto, os voos de balão são feitos “por conta e risco dos envolvidos”.

Não existe no país, por exemplo, nenhuma habilitação técnica para pilotos de balão de ar quente nem certificação para atestar a segurança das aeronaves.

Segundo o ministério, o objetivo do governo é fazer com que o país “possua uma regulamentação específica e clara para a operação de voos de balão em atividades turísticas, visando garantir a segurança dos praticantes e impulsionar o desenvolvimento desse segmento no Brasil”.

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) está envolvido nas discussões para regulamentar o balonismo de turismo no país.

As prefeituras de Praia Grande (SC) e da vizinha Torres (RS), reconhecida como capital brasileira do balonismo, dizem buscar há anos uma regulamentação e maior profissionalização da atividade, diante do aumento da prática e do impacto dos passeios turísticos sobre a economia regional nos últimos anos.

As duas cidades ficam numa região com cânions de grande beleza cênica, como os localizados nos parques nacionais de Aparados da Serra e da Serra Geral, além de terem condições geográficas e meteorológicas propícias para o balonismo.

Ainda no sábado, a Confederação Brasileira de Balonismo divulgou nota em que esclarece ter como objetivo fomentar a prática esportiva do balonismo, mas sem possuir qualquer competência para regular ou fiscalizar passeios turísticos em balões de ar quente.

“Neste instante delicado, nos unimos em respeito e sentimento às famílias enlutadas. Que encontrem força para atravessar este momento irreparável. Seguiremos atentos aos desdobramentos do caso e disponíveis para apoiar no que estiver ao nosso alcance, dentro das atribuições que nos cabem legalmente”, diz o texto assinado pelo presidente da confederação, por Johny Alvarez. 

Conselho de Segurança da ONU convoca reunião de emergência sobre o Irã


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O Conselho de Segurança das Nações Unidas convocou uma reunião de emergência, neste domingo (22), após o ataque dos Estados Unidos a três instalações nucleares no Irã, para avaliar as ameaças à paz e à segurança internacionais.

O encontro, em Nova York, será realizado após o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, apelar para que o Conselho de Segurança da ONU convocasse a reunião.

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“A República Islâmica do Irã apela ao Conselho de Segurança para que convoque uma sessão de emergência para condenar inequivocamente o ato criminoso de agressão dos Estados Unidos contra o Irã e para responsabilizar o governo de Washington por suas violações dos princípios fundamentais da Carta das Nações Unidas e das normas do direito internacional”, disse o ministro.

A previsão é que a reunião comece às 16h (horário de Brasília), com transmissão pela TV da ONU. Esta é a terceira reunião solicitada pelo Irã, desde que Israel atacou o país persa. A primeira foi realizada no dia 13. Nenhuma das sessões anteriores resultou em uma resolução ou mesmo numa declaração conjunta.

Em discurso em Istambul (Turquia), ao pedir a convocação da reunião de emergência, o principal diplomata do Irã declarou que seu país reserva todas as opções para defender sua segurança.

“A República Islâmica do Irã continua a defender o território, a soberania, a segurança e o povo do Irã por todos os meios necessários, não apenas contra a agressão militar dos EUA, mas também contra as ações imprudentes e ilegais do regime israelense.”

O chanceler disse ainda que os EUA cruzaram uma enorme linha vermelha com o ataque às instalações nucleares. Ele acrescentou que Teerã não pode retornar à diplomacia enquanto estiver sob ataque de Israel e dos Estados Unidos.

Araqchi disse que o Irã avalia as opções de retaliação e que consideraria a diplomacia somente após implementar sua resposta aos ataques americanos a instalações nucleares do seu país.

O chanceler iraniano anunciou que viajará à Rússia, com quem a república islâmica mantém parceria, e se encontrará com o presidente russo, Vladimir Putin, nesta segunda-feira (23).

Abbas Araqchi solicitou ainda que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) se reúna imediatamente. “Apelamos ao Conselho da AIEA para que se reúna imediatamente e cumpra sua responsabilidade legal, em resposta ao perigoso ataque dos EUA às instalações nucleares pacíficas do Irã, todas as quais estão sob total salvaguarda e monitoramento da agência”, cobrou o iraniano.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse ter destruído as principais instalações nucleares do Irã em ataques durante a noite com enormes bombas destruidoras de bunkers, juntando-se a um ataque israelense em uma nova e significativa escalada do conflito no Oriente Médio.

Teerã respondeu com uma grande quantidade de mísseis contra Israel, que feriram dezenas de pessoas e destruíram prédios no centro comercial de Tel Aviv, capital administrativa e financeira de Israel.

*Com informações da agência Reuters

Vítimas de queda de balão em Praia Grande são veladas neste domingo


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Os corpos das vítimas da queda de um balão que pegou fogo no ar em Praia Grande (SC) começaram a ser velados neste domingo (22) em seus locais de origem nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Oito pessoas morreram no acidente, que teve ainda 13 sobreviventes. O balão caiu na manhã de sábado (21) em decorrência de um incêndio. Entre as vítimas, quatro morreram carbonizadas e quatro ao saltar do cesto para fugir das chamas.

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Entre os mortos havia uma mãe e filha, dois casais, um patinador artístico e um oftalmologista. Todos tinham como origem o sul do país. São eles:

  • Everaldo da Rocha, de 53 anos, e Janaína Moreira Soares da Rocha, de 46 anos – O casal fazia o passeio com os filhos, que estão entre os sobreviventes. O velório dos dois começou às 9h30 deste domingo no Cemitério Parque Jardim das Flores, em Joinville, no norte catarinense; 
  • Fabio Luiz Izycki, de 42 anos, e Juliane Jacinta Sawicki, de 36 anos – O bancário e a engenheira agrônoma, ambos gaúchos, estavam namorando. O velório dela ocorreu pela manhã na cidade gaúcha de Carlos Gomes. Não informações sobre o velório de Fabio;
  • Leandro Luzzi, de 33 anos – O patinador artístico era diretor técnico da Federação Catarinense de Patinação Artística e fundador de uma escola da modalidade na cidade catarinense de Brusque, além de atuar como técnico da seleção brasileira. Fazia o passeio com o namorado, que sobreviveu. O velório começou às 6h deste domingo na cidade de Indaial, com sepultamento previsto para as 17h;
  • Leane Elizabeth Herrmann, de 70 anos – Realizava o passeio com a família. O velório acontece neste domingo em Concórdia, município do meio-oeste catarinense;
  • Leise Herrmann Parizotto, 37 anos – Médica de um posto de saúde em Blumenau (SC), ela fazia o passeio junto com a mãe, Leane, ao lado de quem também é velada neste domingo no município de Concórdia, no meio-oeste catarinense;
  • Andrei Gabriel de Melo, de 34 anos – Oftalmologista de Fraiburgo, município no oeste de Santa Catarina. O velório será realizado na Câmara Municipal a partir das 14h, com sepultamento previsto para as 9h de segunda-feira (23).

O que se sabe

De acordo com as informações disponíveis até o momento, relatadas em depoimentos prestados pelos sobreviventes à polícia, o incêndio no balão de ar quente começou com uma falha em um maçarico auxiliar, utilizado para iniciar a chama do tanque principal da aeronave.

Um extintor a bordo do balão teria falhado, segundo os relatos de sobreviventes. As informações foram confirmadas à Agência Brasil pelo delegado-geral de Santa Catarina, Ulisses Gabriel. A Polícia Civil e a Polícia Científica catarinenses atuam na investigação do caso.

Ainda segundo os depoimentos, após o início das chamas, o piloto Elvis de Bem Crescêncio conseguiu baixar o balão até uma altura próxima ao solo, quando ordenou que todos saltassem. Ele mesmo desembarcou da aeronave.

Com a súbita redução no peso, contudo, o balão voltou a subir com rapidez, antes que as oito vítimas pudessem também desembarcar. Em seguida, a lona da aeronave foi tomada pelas chamas, antes de despencar de uma altura acima de 40 metros.

 


Praia Grande (SC), 21/06/2025 - Parte dos destroços do balão caiu em uma área de mata em Praia Grande. Foto: CBM-SC/Divulgação

Parte dos destroços do balão caiu em uma área de mata em Praia Grande – Foto: CBM-SC/Divulgação

Ainda na noite de sábado, a Sobrevoar Serviços Turísticos, empresa dona do balão divulgou nota em que manifestou solidariedade e respeito às vítimas.

“Nesse momento, expressamos nossos sentimentos aos familiares das vítimas, oferecendo nosso total apoio e nossas preces, colocando-nos a disposição para auxiliar em tudo o que for necessário”, diz o texto.

Segundo a empresa, todas as normas da Agência Nacional de Aviação (Anac) pertinentes foram cumpridas, e o piloto responsável pelo passeio tinha “ampla experiência” e “tentou salvar todos a bordo”.

Aberta em setembro de 2024, a empresa tinha autorização de funcionamento emitida pela prefeitura. A Sobrevoar disse ter interrompido todas as atividades por tempo indeterminado após o acidente, “em respeito às vítimas, seus familiares e a comunidade”.

O governador em exercício de Santa Catarina, o desembargador Francisco Oliveira Neto, decretou luto oficial de três dias. O governador Jorginho Mello, que estava em viagem oficial à China, lamentou o acidente e disse que “todos estão consternados” com a tragédia.

Em nota oficial e nas redes sociais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também lamentou o acidente, colocando o governo federal à disposição dos familiares das vítimas, dos sobreviventes e das autoridades locais.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirmou no sábado que está adotando as providências necessárias para averiguar a situação do balão que pegou fogo e caiu em Praia Grande.

O Ministério do Turismo também informou que pretende se reunir nesta semana com autoridades e representantes de entidades envolvidas com a exploração do balonismo turístico no Brasil, com o objetivo de avançar na regulamentação da atividade.

Brasileira que caiu em vulcão na Indonésia continua desaparecida


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A brasileira Juliana Marins, de 26 anos, que caiu, durante uma trilha, no vulcão Rinjani, em Lombok, na Indonésia, na madrugada deste sábado (21), no horário local, está desaparecida há 50 horas, diz a família.

Os familiares de Juliana criaram um perfil no Instagram chamado Resgate Juliana Marins para divulgar informações sobre o desaparecimento da brasileira na Indonésia.

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A família desmente a informação que circula nas redes sociais de que Juliana tenha sido resgatada. Segundo os familiares, a embaixada brasileira em Jacarta e o governo indonésio divulgaram que Juliana tinha sido resgatada e que recebeu água, comida e agasalho. A brasileira foi vista com vida por imagens de um drone no sábado.

Ainda de acordo com a família, as buscas deste domingo (22) foram suspensas devido ao mau tempo no local e serão retomadas na segunda-feira (23). A Indonésia está dez horas à frente do fuso de Brasília.

Segundo informações divulgadas em diversos veículos de comunicação, durante o passeio, Juliana caiu da montanha e foi parar a uma distância de cerca de 300 metros da trilha.

O Ministério das Relações Exteriores brasileiro informou neste domingo que a operação de resgate segue em andamento.

Invictos, times brasileiros decidem futuro na Copa do Mundo de Clubes


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A terceira e última rodada da primeira fase da Copa do Mundo de Clubes da Federação Internacional de Futebol (Fifa), nos Estados Unidos, começa nesta segunda-feira (23), com a possibilidade de os quatro representantes brasileiros, ainda invictos, marcarem presença nas oitavas de final. O Flamengo já está classificado, enquanto Palmeiras, Botafogo e Fluminense, líderes de seus respectivos grupos, estão perto da vaga.

O Botafogo é quem vai primeiro a campo. Líder do Grupo B com seis pontos, o Glorioso pega o Atlético de Madrid, da Espanha, no Rose Bowl, em Los Angeles, às 16h (horário de Brasília). Embalados pela vitória por 1 a 0 sobre o Paris Saint-Germain, da França, atual campeão europeu, os alvinegros asseguram a ponta em caso de empate.

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Pasadena, 19/06/2025 - Torcida durante lance de jogo entre PSG e Botafogo pela Copa do Mundo de Clubes no Estadio Rose Bowl. Foto: Vitor Silva/Botafogo.

Torcida alvinegra durante lance de jogo entre PSG e Botafogo pela Copa do Mundo de Clubes no Estádio Rose Bowl – Foto: Vitor Silva/Botafogo

O time brasileiro garante classificação mesmo se for derrotado por um ou dois gols de diferença. Caso perca por três ou mais gols, o Botafogo terá de torcer para o PSG não vencer o Seattle Sounders, dos Estados Unidos, no Seattle Field, em confronto que ocorre simultaneamente ao do Rose Bowl.

Mais tarde, às 22h, o Palmeiras decide seu futuro na Copa do Mundo contra o Inter Miami, no Hard Rock Stadium, casa do adversário. As duas

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 equipes somam quatro pontos e encabeçam o Grupo A, com o Verdão à frente pelo melhor saldo de gols. Se a partida terminar empatada, ambos avançam às oitavas de final, com os brasileiros na primeira colocação.

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Estados Unidos, 19/06/2025 - O jogador Flaco López, da SE Palmeiras, comemora seu gol contra a equipe do Al Ahly SC, durante partida válida pela fase de grupos, da Copa do Mundo de Clubes da FIFA, no Metlife Stadium. Foto: Cesar Greco/Palmeiras

Em caso de derrota para o time do craque Lionel Messi, os alviverdes torcem pela vitória do Al Ahly, do Egito, sobre o Porto, de Portugal, na partida que também se inicia às 22h, no Metlife Stadium, em Nova Jersey. Como o primeiro critério de desempate é o confronto direto, mesmo que empate com os egípcios na pontuação, o Palmeiras ficaria à frente na classificação e passaria de fase, por tê-los superado por 2 a 0. Se os portugueses ganharem, o Verdão avança se o triunfo for por apenas um gol de saldo.

Há, inclusive, a possibilidade de um confronto brasileiro nas oitavas de final, entre Palmeiras e Botafogo. Para isso, uma equipe deve ser a líder de sua chave e a outra avançar na segunda colocação.

Com a vida resolvida

O Flamengo joga na terça-feira (24), às 22h, no Camping World Stadium, em Orlando, contra o Los Angeles Football Club (LAFC), dos Estados Unidos. Além de classificado, o Rubro-Negro está com a liderança do Grupo D assegurada, com seis pontos. Apesar de poderem igualar a pontuação dos brasileiros, Chelsea, da Inglaterra, e Esperánce, da Tunísia, não os ultrapassariam pelo critério do confronto direto –

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 ambos foram superados pelos cariocas.

Nas oitavas, o Flamengo terá pela frente o segundo colocado do Grupo C, que será conhecido mais cedo, depois dos jogos das 16h. O Benfica, de Portugal, soma quatro pontos e é o adversário mais provável, já que pode se classificar com um empate diante do líder Bayern de Munique, da Alemanha, que tem seis pontos. O duelo será no Bank of America Stadium, em Charlotte. Caso a equipe portuguesa vença, os alemães serão os rivais do Rubro-Negro.

Em caso de derrota do Benfica, o Boca Juniors, da Argentina, passa a ter chance de ser o adversário do Flamengo. Para isso, tem de golear o Auckland City, da Nova Zelândia, no Geodis Park, em Nashville, e tirar a diferença de sete gols de saldo para os portugueses.

A um empate da vaga

Já o Fluminense vai a campo na quarta-feira (25), às 16h, contra o Mamelodi Sundowns, da África do Sul, em Miami. O Tricolor lidera o Grupo F com os mesmos quatro pontos do Borussia Dortmund, da Alemanha, ficando à frente pelo saldo de gols (dois a um). Um empate basta para os cariocas garantirem classificação.

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Para avançar em primeiro, o time brasileiro torce por um tropeço dos alemães contra o já eliminado Ulsan, da Coreia do Sul, no TQL Stadium, em Cincinatti, também às 16h. Se o Dortmund fizer valer o favoritismo e ganhar, a disputa entre eles e o Fluminense pela ponta da chave será no saldo de gols.

O Tricolor, caso se classifique, enfrentará uma equipe do Grupo E, que tem River Plate, da Argentina, e Inter de Milão, da Itália, na liderança com quatro pontos –

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 os argentinos ficam em primeiro pelo melhor saldo de gols (dois a um). O Monterrey, do México, está em terceiro, com dois pontos, enquanto o Urawa Reds, do Japão, não pontuou e já está eliminado.

Na última rodada, o Monterrey encara o Urawa no Rose Bowl, às 22h de quarta, e tem de vencer para ter chances de classificação. No mesmo horário, River e Inter se enfrentam no Seattle Field. Quem levar a melhor

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 torce para os mexicanos não ganharem dos japoneses.

Há, ainda, possibilidade de um tríplice empate entre River, Inter e Monterrey –

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 os três com cinco pontos, em caso de empate entre argentinos e italianos e vitória mexicana sobre o Urawa. A decisão das vagas, nesse cenário, será no saldo.

Construção de estradas impacta mangue amazônico


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No nordeste do Pará, a rodovia PA-458 divide a paisagem. De um lado, árvores que chegam a 30 metros de altura. Do outro, as mesmas espécies não passam de 3 metros. As dimensões podem enganar, mas a rota não corta a floresta amazônica e, sim, uma região de mangue, mais especificamente um trecho da maior extensão contínua de manguezal do mundo.

Basta olhar para o pé das árvores para notar as grandes raízes fixadoras, que se parecem com patas de aranhas que superam a altura de uma pessoa, e as muitas raízes aéreas, que emergem da lama como milhares de galhos cravados no solo.


Bragança (PA), 12/06/2025 – Área de manguezal na Reserva Extrativista Marinha de Caeté-Taperaçu monitorada pelo projeto Mangues da Amazônia. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Área de manguezal na Reserva Extrativista Marinha de Caeté-Taperaçu monitorada pelo projeto Mangues da Amazônia. Fernando Frazão/Agência Brasil

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Coordenador-geral do projeto Mangues da Amazônia, o professor titular da Universidade Federal do Pará (UFPA) Marcus Fernandes afirma que, nesses ambientes, as estradas são as maiores vilãs. Além de 90% das vias não pavimentadas estarem a 3 km das áreas de mangue, rodovias como a PA-458 impedem que a água escorra por todo o ecossistema, o que seca a lama, essencial para sua vegetação. Com isso, as árvores têm dificuldades para crescer e se desenvolver, o que pode levá-las a morte.

A obra da rodovia PA-458, que liga o município de Bragança à praia de Ajuruteua, começou na década de 1970 no governo de Fernando Guilhon, mas foi concluída apenas em 1991, na gestão do então governador Jader Barbalho, que atualmente é senador pelo MDB. O objetivo era escoar a produção de pesca e melhorar a acessibilidade das comunidades locais.

Segundo Fernandes, a rodovia é considerada um dos maiores impactos na região, na porção amazônica desse ecossistema, atingindo 200 hectares de mangue, o equivalente a cerca de 180 campos de futebol. 

Com dimensões superlativas, o manguezal amazônico é também de difícil acesso. A abertura de estradas, principalmente as não pavimentadas, é o que possibilita a entrada nesse ecossistema. Se, por um lado, ajuda as populações locais, por outro, facilita a exploração dos mangues também de forma prejudicial. “Esse é o grande avanço silencioso em direção ao manguezal. Eu tiro caranguejo e ninguém me vê, corto madeira e ninguém vê”, diz o professor.  

Além de facilitar o acesso, as estradas causam, por si só, impacto, como o observado ao longo da PA-458. “Esse barramento de água fez com que esse mangue morresse”, diz o biólogo Paulo César Virgulino, um dos coordenadores do projeto Mangues da Amazônia. “Aqui, não era vegetado, tinham troncos da floresta antiga que morreu”.


Bragança (PA), 12/06/2025 – O biólogo Paulo César Virgulino, coordenador de planejamento de manguezais do projeto Mangues da Amazônia, em área de reflorestamento. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O biólogo Paulo César Virgulino, coordenador de planejamento de manguezais do projeto Mangues da Amazônia, em área de reflorestamento. Fernando Frazão/Agência Brasil

Virgulino se refere a um trecho, ao longo da rodovia PA-458, de 14 hectares ─ o equivalente a quase 13 campos de futebol. Nesse local, onde antes havia tocos de árvores, foi o trabalho de projetos de recuperação do mangue, que possibilitou a volta da vegetação ao local.

Desde 2005, o professor Marcus Fernandes trabalha na região. Na época, não havia plantios específicos para o mangue e foi preciso importar técnicas da Ásia. A ideia é que um solo plantado é também capaz de reter mais a água que chega, ainda que em volume menor que o de antes. A redução do acesso à água faz com que as plantas não se desenvolvam plenamente e formem a denominada floresta anã, mais baixa que a vizinha, do outro lado da estrada, com maior acesso hídrico. 

“A gente tem uma floresta que ainda não é a ideal, mas já é muito melhor do que não ter. Aquele ambiente totalmente nu, aquele solo nu que parecia um sertão no verão, já não tem mais”, diz Virgulino.

Mangues e a água

O caso da rodovia PA-458 é um exemplo da fragilidade do ecossistema e dos impactos que a privação do acesso à água pode gerar em manguezais. O projeto Mangues da Amazônia trabalha com o mapeamento dos mangues, com o reflorestamento e também com a sensibilização das populações que vivem próximas aos manguezais e que deles tiram o sustento de suas famílias. O projeto atua nos municípios paraenses de Tracuateua, Bragança, Augusto Corrêa e Viseu, que abrigam, respectivamente, as reservas extrativistas (resex) Resex Marinha de Tracuateua, Resex Marinha de Caeté-Taperaçu, Resex Araí-Peroba, e Resex Gurupi-Piriá.

Para recuperar o mangue, são usadas diferentes técnicas de plantio. Uma delas é o cultivo de mudas em viveiros, que, posteriormente, são plantadas em áreas degradadas. O projeto conta com dois viveiros, cada um com capacidade para 20 mil mudas. Na Vila do Tamatateua, Moisés Araújo, de 44 anos, atua como agente social do projeto, mobilizando a comunidade e cuidando do viveiro.

“A gente morava em torno do mangue e não tinha consciência da importância dele. Muitas vezes, a gente que mora próximo do mangue acha que o mangue é só para tirar o caranguejo, tirar o sustento, tirar o sururu, e ninguém deve fazer nada. A partir do projeto, a gente passou a ter essa consciência de que, além de tirar o sustento, a gente tem que preservar, a gente tem que que reflorestar”, conta.


Bragança (PA), 12/06/2025 – O agente social do projeto Mangues da Amazônia Moisés Araújo, na Vila do Tamatateua, na área da Reserva Extrativista Marinha de Caeté-Taperaçu. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O agente social do projeto Mangues da Amazônia Moisés Araújo, na Vila do Tamatateua, na área da Reserva Extrativista Marinha de Caeté-Taperaçu. Fernando Frazão/Agência Brasil

Segundo Araújo, o viveiro é um projeto para o futuro da sociedade. “A partir do momento que a gente usa o mangue de forma não sustentável, a gente está esquecendo que tem outras gerações que podem precisar. Então, o ideal é que a gente tire de forma sustentável, tendo consciência de que outras pessoas precisam”.

Atuando há 20 anos na recuperação do mangue, ele já percebe os resultados. “Mais adentro, tinha um grande espaço degradado que, hoje, a gente vê todo cheio. A gente anda daqui para lá e vê a presença de caranguejo e de muitos outros animais”, diz.

Os viveiros recebem também a visita de escolas que ajudam no plantio de mudas e usam o espaço para educação ambiental. Clarice dos Santos, de 17 anos, e Taynara da Silva, de 15 anos, participaram pela primeira vez do projeto. Embora vivam próximas ao mangue, não conheciam de perto as especificidades da vegetação e nunca tinham participado de um plantio.

“Eu achei muito importante para nós. Às vezes, estão desmatando muito, e é importante plantar, para estar sempre lindo assim do jeito que ele é”, diz Taynara.

“Uma experiência muito legal, que eu nunca ia saber se não tivesse vindo. Eu quero passar a ajudar nesse projeto”, concorda Clarice.

 


Bragança (PA), 12/06/2025 – A estudante Taynara da Silva trabalha no viveiro de mudas de mangue do projeto Mangues da Amazônia da Vila do Tamatateua, na área da Reserva Extrativista Marinha de Caeté-Taperaçu. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A estudante Taynara da Silva trabalha no viveiro de mudas de mangue do projeto Mangues da Amazônia da Vila do Tamatateua, na área da Reserva Extrativista Marinha de Caeté-Taperaçu. Fernando Frazão/Agência Brasil

Mangues na Amazônia

Os manguezais são áreas úmidas que estão entre o mar e a terra firme. As espécies vegetais e animais que ali vivem são resistentes ao fluxo das marés e ao sal. As raízes densas dos manguezais ajudam a estabilizar o solo, prevenindo a erosão costeira causada por ondas e correntes marítimas. Além disso, a vegetação densa age como uma barreira natural, reduzindo o impacto de tempestades e furacões, protegendo as áreas costeiras e as comunidades próximas. 

Os manguezais são ainda ecossistemas com alta capacidade de sequestrar e armazenar carbono atmosférico, contribuindo significativamente para a mitigação das mudanças climáticas. 

 


Bragança (PA), 12/06/2025 – Vista de um braço do Rio Caeté em área de manguezal na Reserva Extrativista Marinha de Caeté-Taperaçu monitorada pelo projeto Mangues da Amazônia. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Vista de um braço do Rio Caeté em área de manguezal na Reserva Extrativista Marinha de Caeté-Taperaçu monitorada pelo projeto Mangues da Amazônia. Fernando Frazão/Agência Brasil

O Brasil é o segundo país com maior extensão de manguezal, com 14 mil quilômetros quadrados (km²) ao longo da costa, ficando atrás apenas da Indonésia, com cerca de 30 mil km². 80% dos manguezais em território brasileiro estão distribuídos em três estados do bioma amazônico: Maranhão (36%), Pará (28%) e Amapá (16%).

De toda a extensão amazônica, a maior parte está em 120 unidades de conservação que abrangem 12 mil km², 87% do ecossistema em todo o Brasil. Isso faz com o que o Brasil tenha o maior território contínuo de manguezais sob proteção legal de todo o mundo, de acordo com os dados do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

*A equipe da Agência Brasil viajou à Bragança entre os dias 11 e 14 de junho para conhecer o projeto Mangues da Amazônia, a convite da Petrobras, patrocinadora do projeto.

Parada do Orgulho LGBT+ leva debate sobre envelhecer para ruas de SP


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A 29ª edição da Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo será realizada neste domingo (22), na avenida Paulista, e terá o tema “Envelhecer LGBT+: Memória, Resistência e Futuro”, com a concentração a partir das 10h, em frente ao MASP (Museu de Artes de São Paulo), na avenida Paulista.

O objetivo do tema deste ano é celebrar as pessoas 60+ da comunidade e reforçar a luta por dignidade e acolhimento, ressaltando a necessidade de uma sociedade em que as pessoas idosas LGBT+ tenham acesso a lares inclusivos, redes de apoio e serviços públicos preparados para acolhê-las.

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“Celebrar o orgulho LGBT+ também é honrar quem abriu caminho antes de nós. Envelhecer é uma conquista, mas, para muitas pessoas LGBT+, ainda é um desafio marcado pelo abandono, pelo silenciamento e pela ausência de políticas públicas”, afirmou o presidente da APOLGBT-SP, Nelson Matias Pereira.

“Em 2025, a Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo levanta a voz por quem resistiu, construiu e segue sendo exemplo de coragem. Lutar pelo envelhecimento com dignidade é lutar para que nenhuma pessoa seja deixada para trás.”

De acordo com estimativas do IBGE, em 2025, o Brasil terá mais de 31 milhões de pessoas com 60 anos ou mais. A Assembleia Geral das Nações Unidas declarou os anos 2020 a “década do envelhecimento saudável nas Américas”, mas, na prática, a população LGBT+ idosa ainda enfrenta exclusão, abandono, invisibilidade e escassez de políticas públicas que garantam uma velhice digna, segura e respeitosa.


São Paulo (SP), 23/05/2024 - Nelson Matias Pereira, presidente da Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo, participa do lançamento da programação da 28ª Parada do Orgulho LGBT+, no hotel Renaissance. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Nelson Matias Pereira, presidente da Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Nelson destacou a importância do tema deste ano, lembrando as dificuldades do envelhecimento no Brasil e explicando que, quando se trata da comunidade LGBT+, a carga é ainda maior, já que o envelhecimento dessas pessoas ainda é um tabu na sociedade e vem carregado de estereótipos e rótulos ofensivos, tornando essa população invisível, abandonada e mais vulnerável à violência de todos os tipos.

“Vivemos numa sociedade que cultua os corpos, e os corpos que envelhecem, e, muitas vezes, principalmente os corpos LGBTs, são ridicularizados com termos pejorativos. Eu, aos 59 anos, já ouço termos como maricona e coisas do gênero. E não, eu sou só um corpo que envelheceu e todos vão envelhecer e devem ter respeito, devem ser respeitados. É justamente contra esse apagamento que vamos às ruas”, disse Nelson.

Conversa com o Autor traz bate-papo com Luiz Rufino na Rádio MEC


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Neste domingo (22), às 12h30, o programa Conversa com o Autor, da Rádio MEC, apresenta um bate-papo com o escritor e professor carioca Luiz Rufino. Durante a entrevista inédita, o convidado destaca seu livro mais recente, Cazuá: onde o encanto faz morada (2024).

Ao longo da edição, o autor explica à jornalista Katy Navarro o título da obra, que tem na palavra cazuá o lugar de casa, onde a vida se aconchega como espanto, festa, mistério e devoção. Rufino fala sobre os ensaios que compõem o livro e que apresentam um Brasil muito diferente do que é mostrado nos livros de história. 

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Ele revela que cada texto mostra uma história diferente, com personagens que existem na vida real. Os personagens foram selecionados pelo autor em descrições que apontam o cotidiano e os sentimentos mais simples dos brasileiros.  

Luiz Rufino também é autor de Histórias e saberes de jongueiros (2018), Pedagogia das encruzilhadas (2019) e Vence-demanda: Educação e descolonização (2021). Em parceria com o historiador Luiz Antonio Simas, publicou Fogo no mato: A ciência encantada das macumbas (2018), Flecha no tempo (2019) e Encantamento sobre política de vida (2020).

Nascido no subúrbio do Rio de Janeiro, Rufino é filho de pai e mãe cearenses. É pedagogo, doutor em Educação pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), com pós-doutorado em Relações Étnico-raciais pelo Centro Federal de Educação Tecnológica (CEFET). 

Sobre o Conversa com o Autor

Apresentado por Katy Navarro e com produção de Rafael Tavares, o programa Conversa com o Autor tem o objetivo de divulgar a literatura brasileira e incentivar a leitura. A atração semanal da Rádio MEC recebe escritores para entrevistas sobre suas publicações e assuntos variados do mundo dos livros. 

São quase 30 minutos de papo descontraído e repleto de conteúdo em que autores nacionais ficam à vontade para falar sobre seus trabalhos. As conversas abordam lançamentos, títulos, curiosidades, processo criativo, sugestões de obras, leituras e as diversas narrativas literárias dos autores brasileiros. 

Lançada há pouco mais de uma década, em 2013, a produção tem todos episódios da nova temporada disponíveis em formato de videocast no canal da Rádio MEC no YouTube. 

EUA promete ataques ainda maiores caso Irã reaja a bombardeio


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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, detalhou na noite deste sábado (21) os ataques contra três instalações nucleares iranianas. Em pronunciamento à nação, ele afirmou que o objetivo era destruir a capacidade de enriquecimento nuclear do Irã e deter a suposta ameaça nuclear.

“Hoje à noite, posso informar ao mundo que os ataques foram um sucesso militar espetacular. As principais instalações de enriquecimento nuclear do Irã foram completamente e totalmente destruídas. O Irã, o valentão do Oriente Médio, agora deve escolher a paz. Se não o fizer, ataques futuros serão muito maiores e muito mais fáceis de executar”, ameaçou Trump.

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“Por 40 anos, o Irã vem gritando morte à América, morte a Israel. Eles vêm matando nossos soldados, explodindo suas pernas e braços com bombas caseiras – essa era a especialidade deles. Perdemos mais de mil pessoas, e centenas de milhares de pessoas no Oriente Médio e no mundo morreram em consequência direta desse ódio.”

Israel

Em seu discurso, o presidente dos Estados Unidos elogiou a ação das tropas norte-americanas em parceria com os militares israelenses.

“Haverá ou paz, ou tragédia para o Irã — muito maior do que vimos nos últimos oito dias. Lembrem‑se: ainda há muitos alvos. O de hoje à noite foi o mais difícil de todos, e talvez o mais letal. Mas se a paz não chegar rapidamente, iremos atrás dos outros alvos com precisão, velocidade e habilidade.”

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu também se pronunciou neste sábado. Ele agradeceu o apoio de Trump e disse que a ação era necessária para conter a ameaça de enriquecimento de urânio, negada pelo Irã. Nos últimos dias, Israel já havia bombardeado instalação militares e nucleares iranianas.

“Os ataques continuarão pelo tempo necessário para concluir a tarefa de afastar de nós a ameaça de aniquilação”, afirmou Netanyahu.

Contexto

Acusando o Irã de estar próximo de desenvolver uma arma nuclear, Israel lançou um ataque surpresa contra o país no último dia 13, expandindo a guerra no Oriente Médio.

O Irã afirma que seu programa nuclear é apenas para fins pacíficos e que estava no meio de uma negociação com os Estados Unidos para estabelecer acordos que garantissem o cumprimento do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, do qual Irã é signatário. 

No entanto, a AIEA vinha acusando o Irã de não cumprir todas suas obrigações, apesar de reconhecer que não tem provas de que o país estaria construindo uma bomba atômica. O Irã acusa a agência de agir “politicamente motivada” e dirigida pelas potências ocidentais, como EUA, França e Grã-Bretanha, que têm apoiado Israel na guerra contra Teerã. 

Em março, o setor de Inteligência dos Estados Unidos afirmou que o Irã não estava construindo armas nucleares, informação que agora é questionada pelo próprio presidente Donald Trump.  

Apesar de Israel não aceitar que o Irã tenha armas nucleares, diversas fontes ao longo da história indicaram que o país mantém um amplo programa nuclear secreto desde a década de 1950. Tal projeto teria desenvolvido pelo menos 90 ogivas atômicas.