Anvisa suspende temporariamente teste da vacina CoronaVac, que será produzida pelo Butantan

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu temporariamente os testes em humanos da vacina CoronaVac contra a Covid-19. De acordo com a agência, a interrupção foi determinada nesta segunda-feira (9) por causa de um “evento adverso grave”, mas não deu detalhes sobre a causa específica da suspensão.

A Anvisa informou que foi notificada do “evento” em 29 de outubro. Mais de 10 dias depois, determinou que nenhum novo voluntário poderá ser vacinado até que a agência possa avaliar os dados e “julgar o risco/benefício da continuidade do estudo”.

Segundo uma lista divulgada pela agência, são considerados eventos adversos graves “morte, evento adverso potencialmente fatal, incapacidade ou invalidez persistente, internação hospitalar do paciente, anomalia congênita ou defeito de nascimento, qualquer suspeita de transmissão de agente infeccioso por meio de um dispositivo médico e evento clinicamente significante”.

De acordo com o jornalista José Roberto Burnier, da GloboNews, a morte do voluntário não foi causada por doença respiratória. O paciente, de 33 anos, também não tinha comorbidades.

A Coronavac é uma das quatro candidatas a vacina contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2) que estão sendo testadas no Brasil. O governo de São Paulo firmou acordo para compra de 46 milhões de doses e para transferência de tecnologia para o Instituto Butantan.

O Ministério da Saúde também chegou a anunciar que compraria doses da vacina desenvolvida na China, mas foi desautorizado na sequência pelo presidente Jair Bolsonaro.

Butantan estranha decisão

Em entrevista à TV Cultura, o diretor do Butantan, Dimas Covas, disse estranhar a decisão da Anvisa e afirmou que o óbito não está relacionado com a vacina.

“Ocorreu um óbito que não tem relação com a vacina. Portanto, não existe nenhum motivo para interrupção do estudo clínico” , disse Covas.

Em nota, o Butantan informou que “foi surpreendido” pela decisão da Anvisa e que está “apurando em detalhes o que houve com o andamento dos estudos clínicos da Coronavac“.

Laboratório diz estar confiante

O laboratório chinês Sinovac, que desenvolve a vacina, disse nesta terça-feira (10) estar “confiante” na segurança de sua vacina.

Além do Brasil, os testes clínicos da Coronavac também ocorrem na Indonésia e na Turquia, mas não há relatos de suspensão nestes países.

Outros testes suspensos

Essa é a terceira vacina experimental contra a Covid-19 que teve seus ensaios clínicos suspensos por conta de eventos adversos graves.

Ao contrário do que ocorreu no caso da Coronavac, em todos os casos anteriores a suspensão foi determinada pelas próprias farmacêuticas (e confirmadas posteriormente pelas agências reguladoras) em um “procedimento de segurança padrão” adotado pelas empresas para que comitês externos de pesquisadores independentes avaliassem os dados.

Já foram suspensos temporariamente os testes:

  • Vacina de Oxford: estudos foram suspenso depois que uma voluntária apresentou sintomas de uma doença neurológica.
  • Vacina da Johnson & Johnson: estudos foram suspensos depois de uma “doença inexplicada” em um dos participantes.

Os testes da Coronavac estão na terceira e última fase. Voluntários que já foram injetados continuarão sendo acompanhados pela equipe de pesquisadores.

Fases dos testes

Antes de começar os testes em voluntários, a imunização passa por diversas fases de experimentação pré-clinica (em laboratório e com cobaias). Só após ser avaliada sua segurança e eficácia é que começam os testes em humanos, a chamada fase clínica – que são três:

  • Fase 1: é uma avaliação preliminar da segurança do imunizante, ela é feita com um número reduzido de voluntários adultos saudáveis que são monitorados de perto. É neste momento que se entende qual é o tipo de resposta que o imunizante produz no corpo. Ela é aplicada em dezenas de participantes do experimento.
  • Fase 2: na segunda fase, o estudo clínico é ampliado e tem centenas de voluntários. A vacina é administrada a pessoas com características (como idade e saúde física) semelhantes àquelas para as quais a nova vacina é destinada. Nessa fase é avaliada a segurança da vacina, imunogenicidade (ou a capacidade da proteção), a dosagem e como deve ser administrada.
  • Fase 3: ensaio em larga escala (com milhares de indivíduos) que precisa fornecer uma avaliação definitiva da sua eficácia e segurança em maiores populações. Além disso, feita para prever eventos adversos e garantir a durabilidade da proteção. Apenas depois desta fase é que se pode fazer um registro sanitário.

Segundo a Anvisa, para se fazer um ensaio clínico no Brasil, é preciso da aprovação do Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), órgão vinculado ao Ministério da Saúde. Os voluntários são recrutados pelos centros de pesquisa.

 

DECLARAÇÃO DE REPRESENTAÇÃO SINDICAL

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Bolsonaro sanciona Código com limite de até 40 pontos na CNH

O presidente Jair Bolsonaro aproveitou uma transmissão nas redes sociais nesta terça-feira para anunciar a sanção do projeto que flexibiliza regras do Código de Trânsito Brasileiro e aproveitou para anunciar futuras modificações no próximo ano, em fala ao lado do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas.

Bolsonaro repetiu que havia uma reclamação de caminhoneiros, taxistas e motoristas de aplicativo e de van que se “perdia muito rapidamente” a carteira com a pontuação anterior, de 20 pontos. Com a nova lei, a pontuação foi a 40 para os motorista profissionais. Para os demais, o limite de 40 pontos depende das infrações cometidas.

“Nós estamos dando uma chance maior para o elemento que cometeu infração de trânsito continuar com sua carteira… se tira uma carteira de habilitação dessa pessoa, tira o ganha-pão dele”, disse o presidente.

O texto oficial da sanção – com eventuais vetos – ainda não foi divulgado oficialmente.

O presidente disse ainda que no próximo ano vai apresentar novo projeto para tentar flexibilizar outras regras de trânsito, citando um eventual fim da avaliação de saúde que atualmente é feita apenas em clínicas conveniadas.

 

Desemprego diante da pandemia volta a crescer na segunda semana de setembro, aponta IBGE

O desemprego diante da pandemia voltou a crescer na segunda semana de setembro depois de ter tido ligeira queda na semana anterior. Dados divulgados nesta sexta-feira (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que em uma semana aumentou em cerca de 500 mil o número de brasileiros em busca de uma oportunidade no mercado de trabalho.

Percentualmente, a alta foi de 3,8%, o que é considerado pelo IBGE como uma estabilidade estatística. A taxa de desemprego, no entanto, passou de 13,8% para 14,1% no período.

Também aumentou em cerca de 300 mil o número de pessoas ocupadas no mercado de trabalho, uma alta de apenas 0,3% em uma semana, o que também é tratado como estabilidade pelo IBGE.

“A população ocupada permaneceu estável, em 82,6 milhões de pessoas, após ter apresentado variações positivas nas últimas três semanas. A população desocupada também ficou estável”, enfatizou a coordenadora da pesquisa, Maria Lúcia Vieira.

O IBGE destacou que houve queda de 4,5% no número de pessoas que não procuraram trabalho mas gostariam de trabalhar, passando de 27,3 milhões para 26 milhões.

Também diminuiu o contingente de pessoas que não procuraram trabalho devido à pandemia ou por falta de trabalho na localidade. Eram 17 milhões na primeira semana de setembro e passaram a ser 16,3 milhões na segunda.

Informalidade volta a ter queda

O número de trabalhadores informais no país foi estimado em 28,3 milhões na segunda semana de setembro, uma queda de aproximadamente 100 mil pessoas em uma semana, o que representa uma queda de 0,4%, considerada uma estabilidade estatística.

Com isso, a taxa de informalidade passou de 34,6% para 34,3%.

A queda ocorreu após o contingente de trabalhadores informais ter avançado em cerca de 560 mil pessoas na passagem de agosto para setembro.

O IBGE enfatiza que a informalidade é a via de mais fácil acesso ao mercado de trabalho e que, por isso, tende a ser o primeiro meio de ocupação a reagir diante de uma crise financeira como a estabelecida pela pandemia do coronavírus.

Devido às suas característica, o trabalho informal tem maior volatilidade, ou seja, aumenta e diminui de forma contínua.

Flexibilização do isolamento social

O levantamento reforçou que permanece em constante queda o número de pessoas que estavam afastadas do trabalho devido ao isolamento social. Em uma semana, esse contingente passou de 3,4 milhões para cerca de 3 milhões, o que representava 3,7% da população ocupada.

Já as pessoas que estavam trabalhando de forma remota no país somavam cerca 8,2 milhões, cerca de 100 mil a menos que na semana anterior, o que representa uma queda de 0,8%.

“O percentual da população que vinha trabalhando remotamente permanece estável, na casa dos 10,7% nessas últimas três semanas”, destacou a gerente da pesquisa.

Cerca de 2 milhões deixam isolamento rigoroso

A pesquisa do IBGE apontou que, na passagem da primeira para a segunda semana de setembro, caiu em cerca de 2 milhões o número de pessoas que se diziam rigorosamente isoladas como medida de contenção da pandemia de Covid-19 – eram 35,3 milhões de brasileiros nesta condição, ante 37,3 milhões na semana anterior.

Por outro lado, aumentou em 2,5 milhões o contingente dos que afirmaram ter reduzido o contato, mas continuaram saindo ou recebendo visitas em casa, ou seja, adotando um comportamento mais flexível quanto ao distanciamento social.

“O percentual de pessoas que informaram ter ficado rigorosamente em casa caiu significativamente, de 17,7% para 16,7%, enquanto aumentou o percentual daquelas que reduziram o contato mas continuaram saindo para trabalhar ou recebendo visitas”, destacou a coordenadora da pesquisa, Maria Lucia Vieira.

A pesquisa estimou em 6,1 milhões o número de pessoas que não fizeram qualquer tipo de restrição de contato, uma estabilidade em relação à semana anterior.

O grupo que ficou em casa e só saiu por necessidade básica também ficou estável. Ele representa 40,5% da população do país, totalizando 85,6 milhões de pessoas.

Pnad Covid X Pnad Contínua

O levantamento foi feito entre os dias 6 a 12 de setembro por meio da Pnad Covid19, versão da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua realizada com apoio do Ministério da Saúde para identificar os impactos da pandemia no mercado de trabalho e para quantificar as pessoas com sintomas associados à síndrome gripal no Brasil.

Apesar de também avaliar o mercado de trabalho, a Pnad Covid19 não é comparável aos dados da Pnad Contínua, que é usada como indicador oficial do desemprego no país, devido às características metodológicas, que são distintas.

Os dados da Pnad Contínua mais atuais são referentes a julho, quando o país atingiu taxa de desemprego recorde, de 13,8%, com mais de 13,1 milhões de brasileiros em busca de uma oportunidade no mercado de trabalho.

Câmara conclui votação de projeto que amplia prazo da CNH e limite de multas a motoristas

Agora, os motoristas profissionais ficarão enquadrados na regra geral, comum a todos, em que a CNH tem validade de dez anos para quem tem até 49 anos de idade, cinco anos para quem tem de 50 a 69 e de três anos para condutores com 70 ou mais.

O texto aprovado também muda a escala de pontuações para suspensão da carteira. O motorista perderá a CNH se tiver 20 pontos e duas ou mais infrações gravíssimas; 30 pontos e apenas uma infração gravíssima ou 40 pontos e nenhuma infração gravíssima.

Motoristas profissionais, por sua vez, poderão atingir o limite de 40 pontos, independentemente da natureza das infrações cometidas. De acordo com a regra atual, a suspensão ocorre quando o condutor atinge 20 pontos em 12 meses ou por transgressões específicas.

A obrigatoriedade do uso da cadeirinha para crianças nos veículos, hoje exigida até os 7 anos de idade, passou para dez anos ou 1,45 metro de altura.

Originalmente, o projeto de Bolsonaro previa eliminar a multa para quem transportasse crianças fora da cadeirinha. A proposta motivou reações contrárias de especialistas e parlamentares e a punição foi mantida no texto aprovado.

Foi aprovada também a obrigatoriedade de manter os faróis acesos durante o dia, em túneis e sob chuva, neblina ou cerração, e à noite.

Uma das principais mudanças propostas pelos senadores e mantida no texto aprovado foi a previsão para que em casos de lesão corporal e homicídio causados por motorista embriagado, mesmo que sem intenção, a pena de reclusão não pode ser substituída por outra mais branda.

Todas as mudanças feitas pelo projeto só valerão 180 dias após a publicação da lei, caso seja sancionada pelo presidente.

Entenda “confusão” de projetos de lei que mudarão entregas por app em SP

Um projeto de lei em tramitação na Câmara Municipal de São Paulo pode obrigar entregadores de aplicativos como iFood, Rappi, Uber Eats e Loggi a se adequarem às regras previstas para motofretistas. Uma das mudanças seria a exigência de que as motos tenham a placa vermelha, válida para veículos de transporte pago. A proposta pode ter sua primeira votação nesta quarta-feira (17).

A mudança para entregadores de aplicativos está prevista no PL 130/2019, apresentado pelo vereador Camilo Cristófaro (PSB). O texto prevê que aplicativos de delivery também devem seguir as regras previstas na Lei Municipal 14.491/2007, que regulamenta a atividade de motofrete em São Paulo. Hoje, a regra vale apenas para empresas com frota própria e cooperativas de motoboys.

Caso a proposta vire lei, aplicativos de delivery serão obrigados a cadastrar “profissionais devidamente capacitados e regulamentados, sob pena de responsabilidade solidária nos casos de acidentes, morte ou invalidez”. Ou seja, os motoboys seguiriam como autônomos, mas as plataformas passariam a oferecer garantias nos períodos em que contarem com os serviços desses profissionais.

A AMABR (Associação dos Motofretistas de Aplicativos e Autônomos do Brasil), que contribuiu com a elaboração do projeto, afirmou ao Tecnoblog que a mudança ajudaria entregadores a se capacitarem e, assim, a reduzirem as chances de acidentes. O diretor jurídico da entidade, Marcelo Marques da Costa, afirma que o projeto também oferece um respaldo em caso de imprevistos

Segundo ele, a proposta oferece “segurança financeira, pois o cara faz um ‘bico’ ad eternum e quando se vê impossibilitado de trabalhar não tem respaldo nenhum de INSS”. A AMABR também espera que as mudanças ajudem a fortelecer a categoria, que reivindica benefícios como redução de impostos para a aquisição de novos veículos, como acontece com taxistas.

O que dizem os aplicativos

A Amobitec (Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia), que representa apps como iFood e Uber, é contrária à aprovação do projeto. Em nota, a entidade afirma que a proposta “reforça um modelo ultrapassado por não considerar os avanços tecnológicos, o contexto de digitalização de serviços, o momento crítico e necessidades que a sociedade atravessa e nem a dinâmica das capitais e municípios”.

Para a Amobitec, o projeto cria uma “reserva de mercado” ao impor o uso da placa vermelha para entregadores. Segundo a associação, a medida beneficiará poucos em detrimento de cerca de 50 mil entregadores que atuam na cidade de São Paulo.

Já a ABO2O (Associação Brasileira Online To Offline), que representa plataformas como Rappi e Loggi, afirma que o projeto de lei é “tentativa anacrônica de criar uma reserva de mercado para entregadores com a chamada placa vermelha e uma série de burocracias”. A entidade afirma ainda que o texto não contribui para “aumentar a segurança dos entregadores de aplicativos”.

“Para isso, a ABO2O defende o uso da tecnologia para promover cursos à distância de segurança no trânsito, sem custos, assim como a diminuição dos impostos incidentes nos equipamentos de proteção e itens de segurança”, afirma a associação.

Atualizado às 20h20 de quarta-feira (17) com o posicionamento da ABO2O.

INSS: Reabertura é suspensa no estado de SP

O Instituto Nacional do Seguro Social, INSS, havia anunciado que as agências seriam reabertas nesta segunda-feira, 14, em todo país. Com isso, os servidores passariam a atender os segurados com horários agendados presencialmente.

Entretanto, o desembargador Gilberto Jordan do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, suspendeu a decisão para todo o estado de São Paulo.

O Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social e Previdência Social no Estado de São Paulo entraram com ação pedindo a suspensão da reabertura e a manutenção do trabalho remoto.

O desembargador acatou o pedido e determinou que a retomada só deve se dar após “novas vistorias e apresentação de plano seguro” das autoridades de saúde, além de testagem de Covid-19 para todos os servidores do INSS do estado.

“Pelo exposto, sem prejuízo de reanálise pelo relator natural, concedo, nesta fase cognitiva sumária. A tutela de urgência pleiteada, determinando-se a suspensão da reabertura das agências do INSS em 14/09/2020, bem como a suspensão das atividades presenciais, com a manutenção do trabalho remoto, tudo até futura reanálise do quadro pelas autoridades de saúde, novas vistorias e apresentação de plano eficaz e seguro de retomada dos trabalhos por parte do INSS, bem como testagem eficaz para COVID-19 de todos os servidores(as) do INSS do Estado de São Paulo”, diz a decisão.

Nota INSS

Em nota, o INSS informou que as agências seguirão fechadas após a decisão judicial e que os segurados que tinham agendado atendimento devem desconsiderar e proceder com a remarcação pelo Meu INSS ou pelo telefone 135.

Além disso, informou com que recorrerá da decisão através da Procuradoria Federal Especializada – INSS (PFE-INSS), visto que a retomada é considerada indispensável para a população.

“O INSS destaca que a reabertura das agências se mostra indispensável para que parte da população que necessita dos serviços presenciais não seja prejudicada, especialmente neste momento de pandemia.”

Reabertura INSS

A decisão de retomada do INSS segue válida para o restante do país. Depois de meses fechadas por causa da pandemia de coronavírus, as agências começam a reabrir para atendimento presencial nesta segunda. Nesta primeira etapa, porém, as agências atenderão apenas segurados agendados.

Para a reabertura, uma portaria publicada na sexta-feira, 11, no Diário Oficial da União estabeleceu as medidas de prevenção que deverão ser adotadas.

Em um primeiro momento, o atendimento será retomado em mais de 600 das 1,5 mil agências do país. O instituto optou por reabrir as maiores agências, que respondem por cerca de 70% da demanda. O horário de funcionamento será das 7h às 13h.

“Serão priorizados nesta primeira fase serviços de perícia médica, avaliação social, cumprimento de exigência, justificação administrativa e reabilitação profissional”, informou o Ministério da Economia, em nota.

Como derrota em final da Champions pode afetar o futuro de Neymar

Mesmo com a derrota de ontem diante do Bayern na final da Liga dos Campeões por 1 a 0, o PSG pode comemorar uma boa temporada – além do vice-campeonato europeu, confirmou as expectativas e sagrou-se campeão francês. O resultado na competição mais importante da Europa pode, entretanto, ter um efeito profundo no futuro de Neymar, seu camisa 10 e principal jogador.

A relação entre Neymar e o PSG, particularmente o diretor de futebol Leonardo, foi conturbada ao longo da temporada. O clube fez jogo duro e impediu o jogador de realizar o desejo de retornar ao Barcelona no meio do ano passado, e fechou o cerco ao estilo de vida de seus atletas, limitando privilégios e criticando festas e atrasos em apresentações. A relação entre o camisa 10 e o comando do futebol em Paris é profissional e nada mais.

O pacto que trouxe a tranquilidade ao Parc des princes girou em torno da Champions League: a estrutura inteira do PSG deixando as diferenças de lado, focada exclusivamente em um objetivo, uma obsessão. A taça não está mais no horizonte, mas a diferenças terão que ser colocadas outra vez sobre a mesa.

O UOL Esporte apurou que Lisboa foi palco de duas reuniões entre Neymar pai, o presidente do PSG Nasser Al-Khelaifi e o empresário Kia Joorabchian para discutir o futuro de Neymar. O clube francês tem como sonho renovar o contrato de seu camisa 10, que termina em 2022. Do lado do jogador, pessoas que convivem com ele dizem que o desejo de respirar novos ares não se apagou, mas o momento é de descansar e digerir a dolorosa derrota de ontem.

O título da Liga dos Campeões faria com que Neymar e PSG sentassem para debater o futuro com uma sensação de dever cumprido. O objetivo máximo do clube, para o qual investiu 222 milhões de euros na contratação mais cara da história do futebol, teria sido atingido. Neymar provavelmente se consagraria como o maior nome da história da agremiação parisiense. Todos os ingredientes levariam a uma chance grande de composição amigável caso a saída fosse mesmo o grande desejo.

Sem a conquista, o contexto é outro. O PSG entra na próxima temporada com o mesmo objetivo não atingido, a mesma obsessão. Em uma nova caminhada para tentar conquistar a Liga dos Campeões, nenhuma equipe verá com bons olhos prescindir de um jogador como Neymar.

Há ainda outro elemento na equação: mais do que um desejo de deixar Paris, Neymar manifestou ano passado a vontade de retornar ao Barcelona. De lá para cá, o clube catalão entrou em um momento delicado: fora de campo a diretoria de Josep Bartomeu é bombardeada com críticas e denúncias, e, dentro das quatro linhas, o time foi atropelado pelo Bayern de Munique, pelo placar histórico do 8 a 2. Ídolo máximo do Barça, Messi tem dito que sua permanência passa pelo projeto apresentado pelo clube para o ano quem.

As próximas semanas devem ser marcadas pelo silêncio, enquanto Neymar, abatido, assimila a derrota no equilibrado confronto diante do Bayern. É questão de tempo, entretanto, para que a discussão sobre o futuro do maior jogador brasileiro da atualidade volte à mesa, e os fatos de domingo podem ter um impacto profundo sobre as decisões a serem tomadas.

Governo de SP amplia de 6h para 8h horário de funcionamento de estabelecimentos comerciais na fase amarela da quarentena

O governo de São Paulo anunciou nesta quarta-feira (19) que shoppings, restaurantes, comércios de rua, escritórios, entre outras atividades comerciais, poderão ampliar o seu horário de funcionamento de seis para oito horas em cidades que estão na fase amarela do Plano São Paulo. A mudança nas regras do plano será feita por meio de um decreto e vale a partir da próxima sexta-feira (21).

Os empresários poderão optar pela jornada de trabalho continua, de 8 horas interruptas, ou fracionada. Atualmente, o funcionamento está limitado a seis horas diárias para a fase amarela do Plano São Paulo, que regulamenta a quarentena para conter a Covid-19 no estado.

Segundo o vice-governador do estado, Rodrigo Garcia, mesmo com a autorização do estado os prefeitos têm autonomia para aplicar a medida e decidir se e quando a mudança será adotada.

“Lembro que, mesmo com essa medida feita pelo decreto do governo do estado de São Paulo, os prefeitos têm autonomia para aplicar a medida e decidir se a mudança será adotada e em que momento ela deve ser adotada nas suas cidades”, disse Garcia.

A secretária de desenvolvimento econômico do estado, Patrícia Ellen, admitiu que a mudança de horários é resultado de pleitos trazidos por empresários.

“Além disso, como mencionado já, uma série de pleitos foram trazidos com relação a fase amarela, principalmente relacionado a extensão do horário (…).”, disse Ellen.

Ela reconheceu ainda que o estado de SP permanece em um “platô” na curva de mortes provocadas pela Covid-19 e apelou para que os municípios entrem no programa de rastreamento de casos ativos do governo estadual. O estado registrou 276 novas mortes por coronavírus em 24 horas nesta quarta-feira (19), totalizando 27.591 desde o início da pandemia.

“Eu queria passar mais um lembrete para que possamos sair desse platô no estado com relação de internação e óbitos precisamos praticar o trabalho de triagem, testagem e isolamento de contatos. Estamos hoje com 189 municípios que aderiram a esse programa com as novas tecnologias”, disse Ellen.

De acordo com a última classificação do Plano São Paulo, 15 regiões do estado estão na fase amarela: Baixada Santista, município de São Paulo, Sub-região Leste da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), Sub-região Sudeste da RMSP, Sub-região Sudoeste da RMSP, Araraquara, Araçatuba, Ribeirão Preto, Piracicaba, Bauru, Marília, Sorocaba, São João da Boa Vista, Taubaté e Campinas.

Ainda nesta quarta-feira (19) está programada uma reunião com associações de shoppings, restaurantes e bares da capital com o presidente da Câmara Municipal e o gabinete do prefeito da capital paulista para assinar os termos da abertura ampliada na cidade.

Venda de ingressos em bilheterias

O governo também passou a permitir a venda de ingressos em bilheterias para eventos culturais, sociais e de negócios. Antes, a venda deveria ser feita antecipadamente. Permanece a necessidade de venda com assentos marcados e horários pré-agendados. A ocupação deve ficar limitada a 40% da capacidade máxima de assentos.

Além disso, o governo anunciou ainda mudanças nas regras para a fase verde da quarentena. A fase verde vem depois da fase amarela, na qual se encontra a maior parte do estado, e ainda não foi aplicada em nenhuma região.

Segundo as novas normas, o atendimento presencial na fase verde poderá ocorrer somente até as 22h. Antes, não havia limite de horário para o funcionamento noturno, apenas limite de horas diárias. A ocupação deve ficar limitada a 60% da capacidade máxima de cada estabelecimento.

Plano São Paulo

Os critérios que baseiam a classificação das regiões são:

  • ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTIs);
  • total de leitos por 100 mil habitantes;
  • variação de novas internações, em comparação com a semana anterior;
  • variação de novos casos confirmados, em comparação com a semana anterior;
  • variação de novos óbitos confirmados, em comparação com a semana anterior.
  • Na fase verde também é considerado óbitos e casos para cada 100 mil habitantes;

No dia 27 de julho a gestão estadual realizou mudanças no Plano SP que alteraram critérios os índices monitorados, como por exemplo, o percentual máximo de leitos de UTI ocupados permitidos nas fases amarela e verde. Veja mais no vídeo abaixo:

Principais alterações nos critérios de classificação do Plano São Paulo:

  • Taxa máxima de ocupação de UTI para uma região passar da fase laranja para a amarela passou de 70% para até 75%.
  • Taxa máxima de ocupação de UTI para uma região passar da fase amarela para a verde passou de 60% para um percentual entre 70% e 75%.
  • Regiões estão impossibilitadas de avançarem ou regredirem de fase por ponto percentual, por isso, a gestão desenvolveu uma margem de erro de 0,1 para critérios de evolução da epidemia e de 2,5 para capacidade do sistema de saúde.
  • Foram acrescentados os critérios de óbito e internação para cada 100 mil habitantes para que uma região passe da fase amarela para a verde.
  • Regiões devem passar 28 dias consecutivos na fase amarela antes de evoluírem para a fase verde.

Esses critérios definem em qual das cinco fases de permissão de reabertura a região se encontra:

  • Fase 1 – Vermelha: Alerta máximo
  • Fase 2 – Laranja: Controle
  • Fase 3 – Amarela: Flexibilização
  • Fase 4 – Verde: Abertura parcial
  • Fase 5 – Azul: Normal controlado

Reabertura de setores da economia:

  • Fase vermelha: Permitido o funcionamento apenas de serviços essenciais.
  • Fase laranja: Também podem reabrir imobiliárias, concessionárias, escritórios, comércio e shoppings podem reabrir, mas com restrições.
  • Fase Amarela: Também podem reabrir salões de beleza, bares, restaurantes, academias, parques e atividades culturais com público sentado podem funcionar, mas com restrições.
  • Fase verde: Também podem reabrir eventos, convenções e atividades culturais com público em pé poderão voltar a acontecer quando houver uma estabilidade de quatro semanas do estado de São Paulo na fase verde (4), também com restrições.

Já é possível carregar RG digital no celular em São Paulo; veja como usar


A Polícia Civil do Estado de São Paulo lançou na terça-feira (11) o aplicativo RG Digital SP (iOSAndroid) que permite ao usuário acessar o documento pelo smartphone. Como já acontece com o CPF e a carteira de motorista, ele não substitui a necessidade de emissão do RG físico.

Além do acesso ao documento digital, o aplicativo permite que o usuário faça a solicitação da 2ª via do documento físico sem precisar sair de casa.

Entretanto, existem alguns requisitos para usar a versão digital. Além de estar cadastrado no Sistema Automatizado de Autenticação Biométrica (Abis) da Polícia Civil, o RG deve ter sido emitido a partir de 14 de fevereiro de 2014, ter o QR Code no verso do documento e a numeração do documento na cor vermelha.

O aplicativo está disponível gratuitamente para Android e iOS. Também há algumas condições para o aparelho. É preciso que ele esteja com Android 5.0 ou superior ou iOS 10 ou superior, tenha uma câmera de pelo menos 5 MP e uma conexão de dados ativa.

Veja abaixo como cadastrar seu RG no aplicativo.

1) Faça o download do aplicativo na loja do sistema de seu dispositivo (iOSAndroid) .

2) Abra o app e toque em “Adicionar RG”.

Saiba como cadastrar e como usar o RG digital 1 - Reprodução - Reprodução

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3) Toque em “Ler o código QR”.

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4) Se preciso, dê permissão para que o app tenha acesso a sua câmera e aponte a câmera para o QR Code no verso do documento.

5) Lido o QR Code, toque em “Li e concordo com os termos”.

Saiba como cadastrar e como usar o RG digital 3 - Reprodução - Reprodução

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6) Você será direcionado para a chamada “prova de vida”, que é o reconhecimento facial. Toque em “Iniciar reconhecimento”.

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7) Posicione a câmera na altura dos olhos e enquadre seu rosto nos círculos.

8) Após o reconhecimento, toque em “Cadastrar senha”.

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9) Insira a senha desejada.

Saiba como cadastrar e como usar o RG digital 6 - Reprodução - Reprodução

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O RG digital é aceito em todo o território nacional, conforme Lei Federal 7.116/83 e Decreto Federal 9.7278/18, bem como a Portaria DIPOL 109/20. Portanto, em uma abordagem policial, a versão digital deve ser aceita, assim como o documento oficial em papel.