Governo prevê reabrir Museu Nacional em 2026


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Destruído por um incêndio em 2018, o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, deve ser reaberto para o público no primeiro semestre de 2026. O novo prazo foi anunciado hoje (23) pelo ministro da Educação, Camilo Santana, que participou da vistoria às obras de reconstrução com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A visita também foi acompanhada pelas ministras Margareth Menezes, da Cultura, e Esther Dweck, da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. A comitiva presidencial foi recebida por representantes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), instituição mantenedora do Museu Nacional.

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“O investimento total é de cerca de R$ 445 milhões. Falta captar ainda R$ 180 milhões para a conclusão. Parte já está captada, portanto, essa vai ser a nossa missão agora”, disse o ministro da Educação. “Nós já estamos conversando com as instituições para que possamos complementar os recursos que ainda faltam para a obra ser concluída. O presidente colocou isso: garantir os recursos necessários que faltam e vamos antecipar o calendário. Esse é o nosso objetivo”,  garantiu.

23.03.2023 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante visita guiada às obras de reconstrução do Museu Nacional.  Quinta da Boa Vista, São Cristóvão – Rio de Janeiro - RJ.  Foto: Ricardo Stuckert/PR

Presidente Lula e comitiva em visita guiada às obras de reconstrução do Museu Nacional. Quinta da Boa Vista, São Cristóvão – Ricardo Stuckert/PR

Apoio pretendido

O ministro disse que pretende conversar em breve com representantes da Petrobras, da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil. O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, afirmou que vai ajudar na ampliação dos apoios e reforçou a importância dos aportes feitos pelo banco até aqui.

“O BNDES é a instituição que mais aporta recursos no Brasil para a preservação do patrimônio histórico e cultural. Mais da metade de tudo que foi feito em termos de recuperação e restauração foi o BNDES que financiou. E aqui no Museu Nacional nós já aportamos R$ 50 milhões”, afirmou.

O Museu Nacional foi criado no governo de D. João VI, em 1818, com o objetivo de administrar coleções de interesse científico. Inicialmente, ele ficava no Campo de Santana, região central do Rio. Em 1892, o acervo e os pesquisadores foram transferidos para o Paço de São Cristóvão, prédio na Quinta da Boa Vista, que havia sido residência oficial da Família Real Portuguesa e da Família Imperial Brasileira até 1889.

Acervo

O edifício foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1938. O museu possuía o maior acervo de história de ciência natural da América Latina. E artefatos raros como um conjunto de múmias egípcias. Depois do incêndio em 2018, o museu perdeu cerca de 85% dos 20 milhões de itens.

O diretor do museu, Alexander Kellner, agradeceu o apoio do governo federal e de outras instituições parceiras. Ele disse que pretende inaugurar parte do prédio no ano que vem e que está empenhado na campanha para reunir novas peças para a coleção.

“O que a gente precisa fazer é, junto com o museu, pegar a sociedade civil, pegar diferentes organismos nacionais e internacionais, para devolver o museu para a sociedade”, afirmou Kellner.

“A ideia é abrir paulatinamente. Fazer uma pequena abertura em 2024, outra em 2025, depois em 2026. Essa é a ideia. Para o acervo estamos trabalhando com afinco. Estamos recebendo inúmeras doações. Mas vamos precisar de mais”, finalizou.

Lula assina decreto com regras de apoio ao setor cultural

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e a ministra da Cultura, Margareth Menezes, apresentaram na noite desta quinta-feira (23), no Theatro Municipal do Rio, o novo decreto que regulamenta o fomento cultural no país. O texto, a ser publicado nesta sexta-feira (24), estabelece regras e procedimentos para as leis de fomento cultural direto (Lei Paulo Gustavo, Lei Aldir Blanc, Cultura Viva), fomento indireto (Lei Rouanet), e outras políticas públicas culturais, definindo objetivos e beneficiários.

Em seu discurso, a ministra da Cultura, Margareth Menezes, afirmou que o decreto “harmoniza” regramentos sobre cultura vigentes no país. “O decreto harmoniza as regras que antes eram uma colcha de retalhos, juntando o que de melhor tinha no projeto da lei Procultura, no projeto da lei do Marco do Fomento à Cultura, no programa Cultura Viva e nas leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc”.

As leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc tratam da liberação de recursos para ajudar o setor cultural após a área ter sido fortemente atingido pela pandemia de covid-19. A Lei Aldir Blanc previa repasses anuais de verba a estados e municípios para ações no setor cultural.

Já a Lei Paulo Gustavo ajuda, também com repasse de verbas, estados e municípios a implementarem ações emergenciais para socorrer trabalhadores do setor cultural prejudicados pela pandemia. A Lei Rouanet, por sua vez, permite a empresas e cidadãos que apoiem financeiramente ações culturais e, em contrapartida, deduzam parte do Imposto de Renda.

Os conceitos para o fomento apresentados no decreto servirão de base para a padronização dos mecanismos de transferência de recursos, acompanhamento e prestação de contas de ações culturais financiadas com recursos do ministério. O decreto também define diferentes formas de apoio de premiação a bolsas, de incentivo fiscal ao financiamento reembolsável, do projeto a ações continuadas.

“O novo decreto confere clareza às responsabilidades da administração pública e do agente cultural, com simplificação de instrumentos para que todos os envolvidos possam focar no que é essencial na promoção da cultura, dando segurança processual para todos”, acrescentou a ministra. Margareth Menezes destacou ainda que o Sistema Nacional de Cultura será fortalecido como a instância fundamental das políticas culturais do país.

Lula falou pouco no evento. Explicou que não estava bem da garganta e precisava preservá-la para os compromissos na China, para onde embarcará nos próximos dias. Mas acrescentou: “Eu vim aqui para dizer a vocês que a cultura voltou de verdade no nosso país e que ninguém mais ouse desmontar a experiência cultural e a prática cultural do povo brasileiro”.

Decreto

Após a publicação do decreto, o Ministério da Cultura (MinC) terá até 30 dias para editar a Instrução Normativa necessária para o cumprimento das novas regras, trazendo os procedimentos detalhados para apresentação, recebimento, análise, homologação, execução, acompanhamento, e avaliação de resultados dos projetos financiados.

* colaborou Douglas Corrêa, repórter da Agência Brasil

Quatro países retiram embargo à carne brasileira após China


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Mais quatro países seguiram o exemplo da China e voltaram a permitir a importação de carne bovina brasileira, informou o Ministério das Relações Exteriores nesta quinta-feira (23) à noite. O Itamaraty não relatou quais foram os países. Apenas informou, em nota, que seis países continuam a bloquear o produto: Bahrein, Cazaquistão, Catar, Irã, Rússia e Tailândia.

Após um mês de embargo por causa de um caso de mal da vaca louca atípico (não transmissível) no Pará, a China, principal comprador de carne bovina brasileira, anunciou a reabertura das importações. O anúncio foi feito pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, que se reuniu nesta quinta com o ministro da Administração Geral da Aduana Chinesa (GACC), Yu Jianhua.

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Fávaro chegou à China antes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que desembarca no país asiático na segunda-feira (26) e passará uma semana em viagem oficial com uma comitiva de ministros, parlamentares e empresários.

“O Ministério das Relações Exteriores, por meio de sua rede de embaixadas, vem atuando desde o anúncio do caso de EEB [encefalopatia espongiforme bovina] para evitar fechamentos indevidos de mercados. Por meio de monitoramento ativo, o MRE detectou riscos de fechamento em 15 países”, destacou a nota. “Em quatro casos foi possível evitar o fechamento do mercado e em outros cinco, contando a China, os mercados foram momentaneamente fechados, mas já reabertos. Os esforços continuam com vistas à reabertura dos 6 mercados remanescentes – Bahrein, Cazaquistão, Catar, Irã, Rússia e Tailândia”, completou o comunicado.

O Itamaraty informou ainda que o governo brasileiro “recebeu com satisfação” a notícia da reabertura da China à carne bovina brasileira. Segundo o comunicado, o fim do bloqueio resultou de “intensas gestões diplomáticas”, seguidas da visita do ministro Carlos Fávaro ao país asiático. Ele participa de reuniões com autoridades chinesas, seminários e encontros com o setor produtivo antes da chegada do presidente Lula.

Sem casos transmissíveis

Essa foi a segunda vez em um ano e meio que o Brasil interrompe a exportação de carne bovina à China. De setembro a dezembro de 2021, o país asiático, maior comprador de carne do Brasil, suspendeu as compras após dois casos atípicos, em Minas Gerais e no Mato Grosso.

Até hoje, o Brasil não registrou casos clássicos de vaca louca, provocado pela ingestão de carnes e pedaços de ossos contaminados. Causado por um príon, molécula de proteína sem código genético, o mal da vaca louca é uma doença degenerativa também chamada de encefalite espongiforme bovina. As proteínas modificadas consomem o cérebro do animal, tornando-o comparável a uma esponja.

Além de bois e vacas, a doença acomete búfalos, ovelhas e cabras. A ingestão de carne e de subprodutos dos animais contaminados com os príons provoca, nos seres humanos, a encefalopatia espongiforme transmissível. No fim dos anos 1990, houve um surto de casos de mal da vaca louca em humanos na Grã-Bretanha, que provocou a suspensão do consumo de carne bovina no país por vários meses. Na ocasião, a doença foi transmitida aos seres humanos por meio de bois alimentados com ração animal contaminada.

Goiás vence Brasiliense e garante vaga na semifinal da Copa Verde


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O Goiás avançou para a semifinal da Copa Verde após derrotar o Brasiliense por 1 a 0, na noite desta quinta-feira (23) na Serrinha. Outra equipe a avançar na competição regional (disputada por equipes das regiões Norte, Centro-Oeste e do estado do Espírito Santo) foi o Paysandu, que bateu o Princesa do Solimões nos pênaltis por 5 a 3.

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Agora, nas semifinais, o Papão protagonizará o clássico com o Remo (que avançou com vitória sobre o São Raimundo-RR) em busca de uma vaga na grande decisão. O outro finalista sairá do confronto entre o Esmeraldino e o Cuiabá (que deixou o Vila Nova pelo caminho).

Após empatar sem gols fora de casa, na partida de ida das quartas de final, o Goiás chegou em situação confortável para medir forças com o Brasiliense. E a equipe goiana conseguiu a classificação nos 90 minutos de tempo regulamentar, graças a gol do argentino Palacios aos 12 minutos do primeiro tempo.

Quem teve mais dificuldades para alcançar a classificação foi o Paysandu, que, após empatar novamente sem gols com o Princesa do Solimões, buscou a vaga na disputa de pênaltis. E nas penalidades máximas o Papão contou com a eficiência de seus cobradores e com uma defesa do goleiro Thiago Coelho para triunfar por 5 a 3.

Morre DJ Jamaika, ícone do rap brasiliense, aos 55 anos

Ícone do Rap brasiliense, o DJ Jamaika, morreu nesta quinta-feira (23), aos 55 anos. Ele lutava contra um câncer. O rapper ficou conhecido pelas músicas “Tô só observando”, “Do pó ao pó”, “Rap do piolho” e “Dois malucos num Opala 71”.

A morte do artista foi confirmada em suas redes sociais. Em nota, a equipe o homenageou dizendo que ele deixou uma marca inesquecível no mundo da música e na vida de todos os que tiveram o privilégio de conhecê-lo.

Jefferson da Silva Alves, o DJ Jamaika, nasceu em outubro de 1967, em Taguatinga, no Distrito Federal. Começou a carreira na cidade de Ceilândia e foi um dos pioneiros do rap no DF. Integrou grupos importantes como Câmbio Negro e Álibi.

O artista lançou sete álbuns ao longo da carreira. Em 2002, mudou o estilo e entrou para o mundo da música gospel. O último trabalho foi o clipe da música “A Chuva”.

Políticos, fãs e artistas prestaram homenagens, como os rappers GOG, MV Bill e o grupo Tribo da Periferia.

Ana Cecília, a Aninha, do grupo Atitude Feminina falou sobre a importância do artista que é sua referência desde os 14 anos, como letrista, cantor e fonte de inspiração. “O rap dos anos 90 é totalmente diferente do [rap] de agora. Então, o Jamaika mostrou que a gente pode fazer música com banda, com orquestra, com o melhor. Ele tinha aquele jeitão marrento, mas era o Jamaika. Então, o legado dele é, para mim, como rapper, é brilhante. Tenho o prazer e a honra de dizer que eu o conheci”.

Nas redes sociais, o grupo Tribo da Periferia disse que o DJ inspirou gerações e que Jamaika, criador de beats consagrados, deu início ao que hoje podemos chamar de “Rap Brasília”. “Um gigante, extraordinário artista da música e do Rap Nacional”, postou o grupo Tribo da Periferia.

O DJ Kabeça conheceu Jamaika no final dos anos 1980, nos bailes da cena underground na Ceilândia, berço do hip hop no DF. Ele comenta o legado do artista. “DJ Jamaika se foi, mas deixou um grande legado para todos nós que seguimos a linha do hip hop. Abriu as portas do rap para a rapaziada de Brasília e se expandiu para o Brasil todo. Deixou um grande legado para todos nós. Salve, salve, DJ Jamaika, onde você estiver”.

O velório do DJ Jamaika será realizado no auditório da Administração Regional da Ceilândia, nesta sexta-feira (24), entre 14h e 15h30. O enterro vai acontecer logo em seguida, às 16h30, no Cemitério São Francisco de Assis, em Taguatinga.

Juíza reafirma decisão que permite catraca livre no metrô de São Paulo


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A juíza do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT-SP) Eliane Aparecida da Silva Pedroso proferiu decisão na noite de hoje (23) que reafirma a permissão da adoção da catraca livre no Metrô durante a greve dos metroviários, e rejeita liminar requerida pela empresa ontem. O Metrô havia pedido que a justiça estipulasse um quantitativo mínimo de funcionários trabalhando durante a greve dos metroviários, iniciada na manhã de hoje.

Na decisão de ontem, reafirmada hoje, a juíza negou impor aos metroviários uma quantidade mínima de funcionários trabalhando durante a greve, e acatou a proposta dos grevistas de liberar as catracas para não prejudicar a população. Segundo proposta do sindicato, caso o Metrô concordasse em não cobrar tarifa dos usuários, a paralisação seria suspensa. 

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Hoje pela manhã, em carta encaminhada aos metroviários, a empresa disse que aceitaria abrir as catracas para suspender a greve. O governador Tarcísio de Freitas também usou as redes sociais para mostrar apoio à ideia. 

No entanto, ao mesmo tempo que se manifestavam favoravelmente a suspensão da cobrança das tarifas, o governo do estado e o Metrô fizeram pedido, via mandado de segurança, no TRT, solicitando que a justiça proibisse a adoção da medida. O pedido foi aceito e deferido pelo desembargador plantonista Ricardo Apostolico Silva, que proibiu a liberação das catracas e estipulou que 80% dos metroviários trabalhassem durante a greve, nos horários de pico.

O governo e o Metrô dizem que agiram dessa forma porque os metroviários não compareceram para iniciar os trabalhos mesmo com a liberação das catracas. Os metroviários disseram que o Metrô não autorizou o início das operações e apresentaram vídeos mostrando os funcionários prontos para iniciar o funcionamento dos trens em várias estações.

“Procedeu temerariamente a requerente [Metrô], porque anunciou (aos grevistas e à população) que abriria as catracas, interpondo, ato contínuo, mandado de segurança e insurgindo-se contra a abertura das catracas SEM que isso lhe houvesse sido imposto judicialmente, tudo ao contrário do que tem alegado, inclusive no mandado de segurança que impetrou. Os trabalhadores, conduzindo-se em aparente boa-fé apresentaram-se aos postos de trabalho – anunciou-o a imprensa, com imagens – e a requerente ignorou o que havia espontaneamente prometido, ao pedir liminar que cassasse seu próprio ato de liberar as catracas (“seu”, porque dela partiu a notícia de liberação)”, disse Silva Pedroso na decisão da noite de hoje.

Ela afirmou ainda que o mandado de segurança não tem efeito sobre a sua decisão anterior, e reafirmou a validade de sua liminar de ontem, que possibilita a adoção da catraca livre. Ela acrescentou ainda uma multa, no valor de R$ 100 mil ao Metrô por prática antissindical. 

“Reitero a negativa da liminar requerida pelo Metrô e reconheço, incidentalmente, a prática de conduta antissindical, punindo-o com multa de R$ 100 mil, em favor do requerido. Na reiteração, a atitude, além de reforçar a conduta antissindical, pode caracterizar desobediência à ordem judicial e desrespeito à justiça, atos passíveis de punição penal e civilmente”, diz a magistrada na decisão.

A magistrada reconheceu mais cedo, em audiência de conciliação, que poderia haver um conflito de decisões, caso ela decidisse que o mandado de segurança não teria validade. “Se mantiver a minha decisão, haverá duas decisões e o sindicato vai optar por aquela que é conveniente a ele”, explicou ao fim da audiência de conciliação. 

Assembleia mantém greve

Em assembleia realizada na noite de hoje (23), os metroviários aprovaram a proposta do Ministério Público do Trabalho (MPT), apresentada no início da noite em audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), na capital paulista.

De acordo com os metroviários, caso o Metrô também aceite a proposta do MPT, até as 23 horas de hoje, os funcionários encerrarão a greve e voltarão ao trabalho imediatamente. Os metroviários decidiram ainda que irão suspender a greve caso o Metrô aceite liberar as catracas enquanto ocorrerem as negociações. 

A proposta apresentada hoje pelo MPT contempla a realização de agenda de negociação da pauta e reivindicações, incluindo a Participação nos Resultados (PR) de 2023; pagamento do valor do abono de R$ 2,5 mil por trabalhador, por ano, de 2020 a 2022; cancelamento de punições e garantia de não retaliação dos grevistas; ausência de descontos dos dias parados, em razão da greve; e elaboração de uma cláusula de paz durante as negociações.

A proposta do MPT já foi rejeitada pelo Metrô logo após ser apresentada na mesa de negociação, no início da noite de hoje.

Ponto Facultativo

O governador Tarcísio de Freitas decretou ponto facultativo nas repartições públicas estaduais da capital paulista e região metropolitana nesta sexta-feira (24). A medida será publicada no Diário Oficial de amanhã. Também o prefeito Ricardo Nunes decretou ponto facultativo nas repartições públicas da capital, com exceção de serviços essenciais como Serviço Funerário, unidades de atendimento das secretarias de Saúde e Assistência Social, toda a rede municipal de ensino e a Segurança Urbana. A medida será publicada no Diário Oficial desta sexta-feira.

Rio Grande do Norte registra dois ataques em décimo dia de ocorrências


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Dois novos ataques foram confirmados nesta quinta-feira (23) em cidades do Rio Grande do Norte. No município de Lagoa Nova, interior do estado, a prefeitura confirmou que um ônibus escolar e um trator foram incendiados por bandidos que fugiram em seguida. Já em Natal, uma estação elevatória da Companhia de Águas e Esgotos foi incendiada por criminosos. 

Hoje é o décimo dia seguido de ocorrências no estado, que chegou a ter 104 investidas criminosas em um dia. Desde o dia 14 até as 11h da manhã desta quinta, 174 suspeitos foram presos. Foram apreendidos 139 artefatos explosivos, 32 galões de combustível e 42 armas de fogo.

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A rotina na capital e na Grande Natal parece ser retomada aos poucos. Nesta quinta-feira, o transporte intermunicipal continua operando com 80% da frota. Com a redução no número de ocorrências, a Companhia de Trens Urbanos adicionou mais cinco viagens na grade horária especial. A prefeitura de Natal também retomou o atendimento nos serviços de saúde.

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) informou que pretende retornar as atividades presenciais na próxima segunda-feira (27) e que continuará acompanhando a situação. Caso as condições de segurança e de oferta de transporte público não estejam normalizadas na próxima semana, a universidade emitirá um novo comunicado.

Ouça na Radioagência Nacional:

PGR defende Mendonça para relator de ação contra Nikolas Ferreira


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A Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou, nesta quinta-feira (23), parecer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que o ministro André Mendonça seja relator do pedido de suspensão das redes sociais do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). Atualmente, a questão é relatada pelo ministro Alexandre de Moraes.

O caso envolve pedido da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) para bloquear as contas do parlamentar. O parecer foi solicitado pelo próprio relator.

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Para a PGR,  a questão deve ser decidida por Mendonça, que é relator outros pedidos de investigação contra o deputado.

A suspensão foi solicitada o após discurso do deputado no Dia Internacional da Mulher, quando Nikolas usou uma peruca amarela e disse que “se sentia uma mulher. Ele afirmou ainda que “as mulheres estão perdendo seu espaço para homens que se sentem mulheres”. Para a comunidade LGBTQIA+, o parlamentar cometeu crime de transfobia no discurso.Transfobia é uma forma de preconceito contra transexuais que pode se traduzir em atos de violência física, moral ou psicológica.

Após o episódio, Nikolas Ferreira usou as redes sociais para negar qualquer ofensa. “Defendi o direito das mulheres de não perderem seu espaço nos esportes para trans – visto a diferença biológica – e de não ter um homem no banheiro feminino. Não há transfobia em minha fala. Elucidei o exemplo com uma peruca. O que passar disso é histeria e narrativa”, afirmou. 

 

 

 

Bolsa fecha no menor nível desde julho após críticas do governo ao BC


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As críticas do governo ao Banco Central (BC) fizeram o mercado financeiro ter um dia de nervosismo. A bolsa de valores caiu mais de 2% e fechou no menor nível desde julho. O dólar chegou a iniciar o dia em baixa, mas reverteu o movimento e aproximou-se de R$ 5,30.

O índice Ibovespa, da B3, encerrou esta quinta-feira (23) aos 97.926 pontos, com queda de 2,29%. O indicador chegou a subir no início das negociações, mas passou a cair ainda durante a manhã e intensificou a queda durante a tarde, após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva dizer que a taxa Selic (juros básicos da economia) em 13,75% ao ano “não tem explicação” e que o Senado “terá de cuidar” de Campos Neto, presidente do Banco Central.

Esta foi a primeira vez em nove meses que o Ibovespa fechou abaixo de 100 mil pontos. O indicador está no menor nível desde 18 de julho do ano passado. A bolsa brasileira destoou do mercado externo. Nesta quinta, as bolsas norte-americanas subiram após a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, prometer medidas para garantir os depósitos em bancos dos cidadãos norte-americanos.

No mercado de câmbio, o dia também foi marcado pela tensão. O dólar comercial fechou o dia quinta vendido a R$ 5,29, com alta de R$ 0,053 (+1,01%). A cotação iniciou o dia em queda, com a moeda norte-americana vendida a R$ 5,20, mas passou a disparar ainda durante a manhã. A moeda norte-americana está no maior valor desde o último dia 15, quanto tinha fechado a R$ 5,294.

Na quarta-feira (22) à noite, após o Comitê de Política Monetária (Copom) manter a taxa Selic em 13,75% ao ano, diversas autoridades se manifestaram. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, considerou “muito preocupante” o comunicado do Copom, no qual o BC manifestou incerteza em relação ao novo arcabouço fiscal e informou que poderá elevar novamente a Selic caso a inflação continue resistente.

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e o ministro da Casa Civil, Rui Costa, também criticaram a decisão do BC. Em entrevista à Agência Brasil nesta quarta, Costa classificou de “insensibilidade com o povo” a manutenção da taxa Selic no maior nível desde janeiro de 2017.

A partir de agora, a Agência Brasil dará matérias sobre fechamento do mercado financeiro apenas em dias extraordinários. A cotação do dólar e o nível da bolsa de valores não serão mais informados todos os dias.

Ação policial resulta em 11 mortes na região metropolitana do Rio


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Uma operação conjunta do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar e da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil, unidades de elite da segurança pública do Rio de Janeiro, realizada nesta quinta-feira (23) no Complexo de Favelas do Salgueiro, em São Gonçalo, resultou na morte de 11 pessoas.

Entre os mortos, está Leonardo Costa Araújo, de 37 anos, conhecido como Leo 41, que chefiava o tráfico de drogas no estado do Pará. Segundo os policiais, ele tentava suas atividades para o Rio de Janeiro, em parceria com a facção criminosa Comando Vermelho. A ação de hoje contou com o apoio da Polícia Civil do Pará.

Na ação, duas moradoras da comunidade ficaram feridas e foram levadas para atendimento no Hospital Estadual Alberto Torres. Por causa da operação, escolas da rede municipal de ensino e postos de saúde de São Gonçalo, região metropolitana do Rio, não abriram nesta quinta-feira.

Dois helicópteros blindados deram apoio às equipes de terra. Dois fuzis foram apreendidos pelos agentes de segurança.

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Em suas redes sociais, o governador Cláudio Castro comentou a ação policial: “Dois bandidos que chefiavam facções criminosas em Sergipe e no Pará foram capturados hoje pelas nossas forças estaduais de segurança. Graças a um trabalho integrado e de inteligência das polícias Civil e Militar, os criminosos foram localizados na Maré e em São Gonçalo”.

O governador parabenizou o Bope e a Core. “Confiamos nas nossas polícias, que operam num cenário mais desafiador do que capital do mundo. Parabéns ao Bope e a Core. Não vamos admitir que o Rio seja usado como esconderijo de bandidos de outros estados”, escreveu Castro.

Em outra ação no Complexo da Maré, zona norte do Rio, a Polícia Militar prendeu hoje o chefe de uma facção criminosa do estado de Sergipe. Breno Vinicius Garção Martins, de 30 anos, conhecido como Matuto. Ele foi preso na favela Nova Holanda, uma das 16 comunidades da Maré, por equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). Contra o criminoso, havia um mandado de prisão por homicídio.

Na ação, a polícia apreendeu um fuzil e uma pistola automática. Ao todo, 21 escolas municipais e duas escolas da rede estadual de educação ficaram fechadas, por medida de segurança.