Corinthians inicia Libertadores com vitória sobre Liverpool no Uruguai


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O Corinthians derrotou o Liverpool (Uruguai) por 3 a 0, na noite desta quinta-feira (6) no Estádio Centenário, em Montevidéu, e garantiu a liderança do Grupo E da Copa Libertadores da América no início da sua trajetória na edição 2023 da competição.

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Mesmo fora de casa o Timão mostrou que jogaria pela vitória. E logo com um minuto de partida conseguiu colocar a bola no fundo da rede com Fausto Vera após boa jogada pelo lado direito. Porém, o lance foi anulado pelo juiz, que assinalou impedimento. Assim, a equipe paulista só conseguiu abrir o placar aos 46 minutos, quando Fagner cobrou escanteio para Balbuena fazer de cabeça.

A nota negativa da etapa inicial foi a saída de campo de Renato Augusto, que caiu sozinho com dores no joelho direito. Um episódio triste para o experiente jogador, que, justamente nesta partida, retornava após se recuperar de lesão no local.

Logo aos três minutos do segundo tempo o Corinthians conseguiu ampliar. Fagner enfiou a bola no meio da zaga e Róger Guedes se esticou todo para escorar para o fundo do gol. O camisa 10 do Timão estava em noite inspirada e, aos 17 minutos, voltou a deixar sua marca após rápido contra-ataque.

Depois de estrear com o pé direito na competição continental o Corinthians volta a entrar em campo pelo torneio no dia 19 de abril, uma quarta-feira, quando recebe o Argentino Juniors (Argentina).

Tropeço do Galo no Mineirão

Quem teve uma estreia para esquecer foi o Atlético-MG, que, em pleno estádio do Mineirão, perdeu de 1 a 0 para o Libertad (Paraguai) para ficar na lanterna do Grupo G da competição.

Na partida o Galo não pôde contar com a sua grande referência técnica, o atacante Hulk, que estava suspenso. O único gol da partida saiu logo aos 9 minutos do primeiro tempo dos pés de Diego Gómez.

Agora o Atlético-MG tenta se recuperar na competição no dia 18 de abril, uma terça-feira, contra o Athletico-PR na Arena da Baixada, em Curitiba.

Lula quer atrair investimentos chineses para o Brasil


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Às vésperas de realizar a primeira viagem oficial à China no atual mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que vai discutir com o presidente chinês, Xi Jiping, o investimento em novos ativos chineses no Brasil.

“Eu quero que os chineses compreendam que o investimento deles aqui será maravilhosamente bem-vindo. Mas não para comprar nossas empresas. [E sim] para construir coisas novas, que nós precisamos. O que estamos precisando não é vender os ativos que temos, é construir novos ativos. É disso que eu quero convencer os meus amigos da China”.

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A declaração foi dada nesta quinta-feira (6), durante café da manhã com jornalistas, no Palácio do Planalto. De acordo com Lula, uma fabricante chinesa de carros elétricos vai assumir o comando da última fábrica da montadora Ford, na Bahia.

Outro ponto que o presidente quer discutir com Xi Jiping é a possibilidade de o país asiático promover um diálogo com o presidente da Rússia, Vladmir Putin, pelo fim da Guerra na Ucrânia. “Nós não concordamos com a invasão da Rússia à Ucrânia. Estou convencido que tanto a Ucrânia quanto a Rússia estão esperando que alguém de fora fale: vamos sentar para conversar”, disse Lula.

“E por que eu quero sentar para conversar com o Xi Jiping? É porque eu acho que a importância econômica, militar e política da China e a relação da China com a Rússia, e até mesmo a divergência da China com os Estados Unidos dá à China um potencial extraordinário para conversar”, acrescentou.

Sobre o conflito na Ucrânia, Lula destacou o posicionamento contrário e disse que quer propor a Xi Jiping a criação de um grupo de países pela paz na região. “A China tem peso, o Brasil tem peso. Eu acho que a Indonésia pode participar, a Índia pode participar. Vamos lá conversar com o Putin, vamos conversar com o [presidente da Ucrânia] Zelensky, vamos conversar com o [presidente dos Estados Unidos] Biden. Vamos tentar ver se encontramos um grupo de pessoas que não se conforme com a guerra. Não é necessário ter guerra”.

A viagem de Lula à China está marcada para a próxima terça-feira. O país é o maior parceiro comercial do Brasil. Entre os acordos que o presidente brasileiro vai assinar, está a formalização das transações comerciais com a China na moeda chinesa, o Renminbi, deixando de usar o dólar.

Veículos de imprensa mudam política de cobertura de ataques a escolas


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Veículos de imprensa anunciaram mudanças na forma de noticiar ataques a escolas. Nos últimos 20 anos, o Brasil registrou ao menos 24 atentados.

CNN, Band, Grupo Globo e Canal Meio decidiram não divulgar nomes, fotos e vídeos dos acusados. A Empresa Brasil de Comunicação já adota esse protocolo em sua cobertura.

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As medidas seguem recomendações de especialistas e de instituições para que a imprensa evite usar imagens, nomes e informações de suspeitos, de vítimas e da tragédia. O objetivo é evitar o chamado efeito contágio, que é estimular outros atentados.

Entidades médicas apontam conexão causal entre violência na mídia e comportamento agressivo em algumas crianças.

O Ministério Público de Santa Catarina e a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo também pediram que os profissionais de comunicação evitem a exposição de agressores e vítimas.

A professora e pesquisadora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Danila Zambianco diz que o ideal é não trazer espetáculo e notoriedade para os autores desses atos.

“Não publicizar o seu nome, não publicizar a sua imagem, não trazer detalhes de como a situação aconteceu, de como eles construíram esse percurso. Às vezes, a notícia é quase um tutorial do massacre, de como se fazer. Então esse tipo de informação não tem que ser publicizado, não tem que ser veiculado”, disse.

Danila Zambianco destaca qual seria o papel da mídia na cobertura. “O papel da imprensa precisa focar nas vítimas, na reconstrução daquele espaço, na reconstrução do sentido dessa escola, Cantinho Bom Pastor, para que ela possa adquirir agora um novo significado para essas pessoas, para que essa política pública de promoção da convivência [seja difundida], o acompanhamento disso junto às instituições estaduais, esse é o papel da imprensa.” Ontem (5) um homem invadiu a creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau (SC), matando quatro crianças e ferindo três. A Polícia Civil informou que o autor do atentado foi preso depois de se entregar.

Após o ataque na Escola Estadual Thomazia Montoro, na capital paulista, em 27 de março, a Polícia Civil de São Paulo identificou, no ambiente virtual ou escolar, um aumento de situações que indicam planos de possíveis ataques em escolas. Em uma semana, foram registrados 279 casos.

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Governo estuda criar disque denúncia contra violência nas escolas


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A primeira reunião do grupo de trabalho interministerial criado para propor políticas públicas de prevenção e enfrentamento da violência nas escolas foi realizada na manhã desta quinta-feira (6), na sede do Ministério da Educação (MEC).

A reunião ocorreu um dia após o ataque à creche privada Cantinho Bom Pastor, em Blumenau (SC), em que quatro crianças morreram.

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Após a reunião do grupo, em Brasília, os ministros anunciaram, em coletiva à imprensa, que foram discutidas ações imediatas e outras a serem adotadas em médio e longo prazos para combater o problema.

Primeiras propostas

De acordo com o ministro da Educação, Camilo Santana, que coordena o grupo de trabalho, a primeira proposta é a criação de um disque denúncia – um canal telefônico direto e específico para relatos de casos suspeitos de ataques a instituições de ensino. “É importante as pessoas se anteciparem, se notarem um episódio suspeito em relação a um colega de sala de aula, a alguma pessoa na rua, no bairro. Então, queremos ver a viabilidade de criar esse canal de denúncia de violências nas escolas o mais rápido possível e ter esse canal mais ágil”, destacou Camilo Santana.

Brasília (DF) 06/04/2023 O ministro da Educação, Camilo Santana, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, e o secretário -executivo do MJ, Ricardo Capelli, durante reunião de grupo interministerial para discutir a segurança nas escolas. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Ministro Camilo Santana coordena grupo interministerial criado para discutir a segurança nas escolas – Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

A proposta é que o novo serviço funcione nos moldes de duas centrais telefônicas do governo federal: o Disque 100, coordenado pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, e o Ligue 180, coordenado pelo Ministério das Mulheres.

O governo federal também vai elaborar um protocolo de emergência para orientar as escolas públicas e privadas e os profissionais de educação sobre como agir em caso de novos ataques.

O ministro da Educação disse que, em outra frente, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, que já vinha fazendo um trabalho de combate ao ódio, à intolerância e à radicalização de grupos, agora, deve antecipar o relatório que que trata especificamente desta questão vivida no ambiente escolar.

Pelo MEC, o governo federal ainda pretende destinar recursos financeiros ao Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), gerido pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para repassar recursos para mediação de conflitos dentro das unidades escolares.

“Vamos repassar recursos às escolas para que construam ações e círculos de cultura de paz com os alunos. A gente pode formar e qualificar nossos diretores e professores”, disse o ministro.

O ministro da Educação vai encomendar um mapeamento nacional sobre violência nas escolas. Outra ação que deve ser lançada em breve pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva é a ampliação da oferta do ensino em tempo integral a crianças e jovens.

No campo da saúde, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, apontou que o Programa Saúde na Escola, de 2003, deve ser reforçado para melhorar a atenção psicossocial dentro do ambiente escolar, com prevenção e atenção à saúde mental de estudantes e profissionais da educação. “Queremos fortalecê-lo em uma visão abrangente de promoção, de prevenção [à violência] e trabalhar com foco na juventude”, disse a ministra, lembrando que a violência é considerada um problema de saúde pública desde a década de 1980.

Brasília (DF) 06/04/2023A ministra da Saúde, Nísia Trindade, durante reunião de grupo interministerial para discutir a segurança nas escolas. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Ministra Nísia Trindade diz que é preciso melhorar atenção psicossocial no ambiente escolar – Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Na área da cultura, editais devem ser lançados para promover a cultura da paz dentro das escolas. Outra proposta apresentada foi o lançamento de uma campanha de esclarecimento, ainda sem data definida. “A Secretaria de Comunicação Social [da Presidência da República] vai discutir o formato da campanha porque isso envolve questões das redes sociais”, explicou Camilo Santana.

A Secretaria Nacional de Juventude, da Secretaria-Geral da Presidência da República, pretende realizar caravanas pela paz em todo o território nacional para acolhimento dos jovens, em parceria com entidades estudantis.

No Ministério da Justiça e Segurança Pública, o trabalho de inteligência nas redes sociais, com foco na chamadas deep e dark web, deve monitorar discussões sobre planejamento de novos ataques criminosos.

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo, convidou a imprensa para aderir a pacto no sentido de não dar visibilidade a assassinos que atacam escolas para que estes não sejam cultuados como celebridades nas redes sociais.

“É importante que a imprensa ajude com protocolos, como tem em outros países, quando acontece esse tipo de situação. Que esse cidadão não sirva de exemplo de herói a outras pessoas na internet. Nós sabemos que tem grupos de pessoas que se alimentam desse tipo de situação. Então, vocês [da imprensa] podem também ajudar não dando visibilidade a esse cidadão para não influenciar outras pessoas a cometerem esse tipo de atrocidade.”

Próximos passos

O grupo de trabalho interministerial foi criado por decreto presidencial (nº 11.469), publicado em edição extra do Diário Oficial da União, nesta quarta-feira (5).

Pelo documento, o relatório final dos trabalhos do grupo interministerial dever ser apresentado em 180 dias, após a primeira reunião. Mas o prazo poderá ser prorrogado. O ministro Camilo Santana antecipou que um primeiro relatório com propostas será divulgado ao público em 90 dias.

Participaram deste primeiro encontro, no MEC, os ministros da Educação, Camilo Santana; da Saúde, Nísia Trindade; do Esporte, Ana Moser; dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida (este por videoconferência); além de representantes dos ministérios da Justiça; da Cultura; da Secretaria-Geral, Secretaria Nacional de Juventude; Secretaria de Comunicação Social; e da Secretaria Especial de Articulação e Monitoramento da Presidência da República.

No encontro desta quinta-feira, foram definidas as equipes dos ministérios do grupo que vão participar das reuniões setoriais, a partir da próxima semana.

Pelo calendário de trabalho estabelecido, uma vez por mês, os ministros vão se reunir para tomar conhecimento das discussões em andamento.

Nos próximos encontros, o grupo vai abrir espaço a representantes de instituições de ensino superior e também quer ouvir entidades da sociedade civil, especialistas, representantes dos governos municipais e estaduais que contribuam para discutir a erradicação do ódio e intolerância nas instituições de ensino.

Para o ministro Márcio Macêdo, o envolvimento de todos é fundamental para ações conjuntas efetivas. “Nós, do governo federal, os governos dos estados, municipais, a sociedade civil. É importante também frisar que as instituições de ensino privado também precisam cumprir o seu papel. Assim como o Congresso Nacional, que precisa tratar do tema com legislação.”

Solidariedade a Blumenau

O ministro da Secretaria-Geral disse à imprensa que o presidente Lula está consternado com as mortes das quatro crianças, ocorridas na quarta-feira, em uma creche privada, em Blumenau. Segundo ele, o presidente acompanha pessoalmente a situação. “Queremos externar toda a nossa solidariedade às famílias que perderam suas crianças, seus amigos, aos habitantes de Blumenau que viveram essa tragédia. Da nossa parte, contem com a nossa solidariedade e o nosso tempo para que isso não aconteça mais, que a dor dessas famílias seja amenizada.”

Os ministros disseram que não há previsão de visitas de integrantes do governo federal à cidade catarinense, neste momento. “O governo federal está à disposição e respeita a situação das famílias [das vítimas]. Da nossa parte, vamos tomar as providências que estão sob jurisdição e missão do governo federal”, reforçou o ministro Márcio Macêdo.

O ministro Camilo Santana declarou que esteve em contato direto com as autoridades locais. “Liguei para o governador de Santa Catarina, estava ao lado do prefeito de Blumenau e coloquei à disposição não só o Ministério da Educação, mas o governo federal para apoio necessário nesse episódio.”

A tragédia também foi tratada como prioridade pela ministra da Saúde, Nísia Trindade. “Entramos em contato com a coordenação de Saúde Mental de Blumenau e também com a Secretaria de Saúde do Estado de Santa Catarina e vamos colocar essa pauta na reunião do Conselho Nacional de Saúde, na próxima semana”, informou. “O governo federal] quer contribuir para o acolhimento dos familiares das vítimas, da comunidade escolar e de toda a população da cidade de Blumenau”, disse a ministra.

No mesmo dia do massacre em Blumenau, o Ministério da Justiça e Segurança Pública anunciou a liberação de R$ 150 milhões para ampliar as patrulhas escolares em todo o país, em meio à onda de ataques a escolas e creches públicas e privadas.

Prisão preventiva

O autor do ataque à creche de Blumenau, que se entregou à polícia local, teve a prisão em flagrante delito convertida em preventiva, na tarde desta quinta-feira. Na decisão, o juiz plantonista considerou que a conversão se justifica pela “necessidade de manutenção da ordem pública e da reta aplicação da lei penal”. O magistrado ainda registrou que “Blumenau, Santa Catarina e o Brasil estão de luto”.

Na audiência de custódia, não houve interrogatório sobre os fatos, nem foram ouvidas outras partes. O preso esteve presente, bem como, a Promotoria de Justiça e a defesa do réu, representada pela Defensoria Pública.

O Tribunal de Justiça de Santa Catarina informou que o processo tramitará na 2ª Vara Criminal da comarca de Blumenau, sob sigilo, por envolver de menores de 18 anos.

Basquete em cadeira de rodas: Brasil conhece adversários do Mundial


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As equipes masculina e feminina do Brasil de basquete em cadeira de rodas conheceram os seus adversários no Mundial da modalidade, que será disputado entre os dias 9 e 20 de junho de 2023 em Dubai (Emirados Árabes).

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A seleção masculina está no Grupo A da competição, no qual medirá forças com Austrália, Itália e Emirados Árabes. Já o time feminino faz parte do Grupo B, ao lado de Austrália, Canadá, Espanha, China e Grã-Bretanha.

As vagas das seleções no Mundial foram conquistadas na Copa América da modalidade, disputada no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, em julho de 2022.

Justiça restabelece data inicial da recuperação do Grupo Americanas


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O 3º vice-presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), desembargador José Carlos Maldonado de Carvalho, concedeu liminar ao Grupo Americanas, suspendendo os efeitos do acórdão proferido no dia 21 de março pela 18ª Câmara de Direito Privado do tribunal. Com a decisão, fica restabelecida a data de 12 de janeiro de 2023 como termo inicial da recuperação judicial das Americanas.

A medida liminar restabelece decisão do juiz titular da 4ª Vara Empresarial, Paulo Assed Estefan, que proíbe o levantamento dos valores que tenham sido determinados em razão do acórdão a partir desta data.

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O desembargador Maldonado de Carvalho acolheu o recurso especial cível ajuizado pelo Grupo Americanas contra o Banco Safra que, com a decisão da 18ª Câmara de Direito Privado do TJRJ, estabelecendo a data de 19 de janeiro como termo inicial de suspensão de todas as ações e execuções contra o Grupo, havia recuperado o direito de promover a compensação do valor de R$ 95 milhões, referentes a créditos junto ao Grupo Americanas.

“À vista do exposto, defiro o requerimento ora formulado para atribuir efeito suspensivo ativo ao recurso especial interposto nos autos do agravo de instrumento, a fim de suspender, imediatamente, os efeitos do acórdão prolatado pela 18ª Câmara de Direito Privado no dia 21/3/2023, mantendo-se o dia 12/1/2023 como termo inicial da recuperação judicial, nos termos da decisão proferida pelo juízo recuperacional”, detalhou o magistrado na decisão.

Tutela de urgência

Na liminar, o desembargador destacou a interpretação de vários tribunais onde se têm admitido – sem ressalvas – o cabimento de tutela de urgência em caráter antecedente, preparatória de processo de recuperação.

“O fundamento para a concessão da tutela cautelar de natureza antecedente a pedido de recuperação judicial se situava exatamente na preservação da sobrevivência do Grupo Americanas, no qual anunciava-se um estado pré-falimentar que recomendava a antecipação de alguns dos efeitos da recuperação judicial diante do enorme número de acionistas, clientes, fornecedores e empregos envolvidos no negócio. Esse cenário ainda aparenta perdurar, daí a urgência da prestação jurisdicional ora invocada”, externou o desembargador Maldonado de Carvalho.

Aeroportos e rodoviárias esperam movimento intenso durante a Páscoa


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Levantamento da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) mostra que mais de 651 mil passageiros devem viajar nos 21 aeroportos comerciais do país durante o feriado da Páscoa, o que representa aumento de 54% em relação ao mesmo feriado no ano passado. Em 2022, foram registrados 422,3 mil embarques e desembarques nesse período.

A expectativa, segundo a Infraero, é que os dias mais movimentados sejam esta quinta-feira (6), com 159,6 mil passageiros e 1.209 pousos e decolagens, e a segunda-feira (10), com 160 mil passageiros e 1.216 movimentos de aeronaves estimados. Estão previstos também 4,9 mil pousos e decolagens no período, volume 40% superior aos 3,5 mil voos realizados em 2022

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Devido ao elevado fluxo de passageiros, a Infraero recomenda que os passageiros cheguem ao aeroporto com antecedência mínima de uma hora e meia para voos domésticos e de três horas, para os internacionais. Também foram reforçadas medidas de segurança e fluidez nas operações e no funcionamento da infraestrutura aeroportuária, com o objetivo de manter os níveis de conforto e a segurança dos usuários dos aeroportos.

Rodoviárias

Movimentação do feriado de Carnaval na Rodoviária Interestadual de Brasília.

Estima-se que 24 mil passageiros passem pela Rodoviária de Brasília no feriado da Páscoa – Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

O movimento nas rodoviárias de Brasília e de Paulo também deve ser muito intenso. De acordo com a concessionária Socicam, a expectativa é receber 130 mil pessoas nos três terminais rodoviários de São Paulo (Tietê, Barra Funda e Jabaquara), somente nesta quinta e na sexta-feira (7). 

Durante todo o feriado prolongado, a previsão é de mais de 496 mil passageiros saindo e chegando à capital paulista pelos terminais rodoviários. Os principais destinos são Belo Horizonte, Florianópolis, Curitiba, Rio de Janeiro, Sul de Minas, litoral e interior de São Paulo. Para atender a demanda, foram disponibilizados 655 ônibus extras. 

Em Brasília, a previsão é de que 24 mil passageiros circulem pelo terminal rodoviário da cidade de hoje até segunda-feira. Segundo a Socicam, apenas entre esta quinta e a sexta-feira, cerca de 9 mil pessoas devem embarcar em Brasília, principalmente para Fortaleza, Salvador, Goiânia, Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro.

Lei determina reuso de água e aproveitamento da chuva em edificações


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Lei que obriga o governo federal a estimular o uso de água das chuvas e o reaproveitamento não potável das águas cinzas foi publicada no Diário Oficial da União. São chamadas “cinzas” as águas usadas em chuveiros, pias, tanques e máquinas de lavar.

Segundo a Lei 14.546/23, a prática deve ser estimulada em novas edificações e atividades paisagísticas, agrícolas, florestais e industriais. A norma altera a Lei do Saneamento Básico e tem origem no projeto de Lei 4.109/12, do ex-deputado Laercio Oliveira (SE), aprovado pela Câmara em 2019.  

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Embora a medida não especifique as formas de estímulo, o dispositivo legal estabelece que os reservatórios destinados a acumular águas das chuvas e águas cinzas devem ser distintos da rede de água proveniente do abastecimento público.

Além disso, a lei determina que essas águas devem passar por processo de tratamento que assegure a utilização segura, previamente à acumulação e ao uso na edificação.  

Correção de falhas

A regra também obriga os prestadores de serviço público de abastecimento de água a corrigir as falhas da rede hidráulica, de modo a evitar vazamentos e perdas. Além disso, esses prestadores são obrigados a fiscalizar a rede de abastecimento para coibir as ligações irregulares, popularmente conhecidas como gatos

Por orientação dos ministérios da Integração e Desenvolvimento Regional, do Meio Ambiente e das Cidades, foi vetado trecho que previa o uso de águas cinzas e de chuvas apenas em “atividades menos restritivas quanto à qualidade”.

Na avaliação do governo, a medida poderia causar insegurança hídrica aos habitantes do semiárido brasileiro, uma vez que, nessa região, é comum o uso de cisternas para coletar água da chuva para aproveitamento posterior, incluindo o uso como água potável. 

A publicação da Lei 14.546 de 2023 acontece duas semanas após a Conferência da Água, promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York.

Durante esse evento, líderes globais estabeleceram objetivos para transformar o gerenciamento do recurso hídrico com ações que preveem desde escolhas alimentares mais inteligentes até reavaliar a água como forma de impulsionar a economia. Na ocasião, o secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que a água deve estar no centro da agenda política global. Uma nova conferência será realizada em 2025 para avaliar a implementação dos compromissos.

Minha Casa, Minha Vida entrega 300 imóveis em município paulista


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Casado e pai de quatro filhos, de 3, 10, 13 e 15 anos, o porteiro de 42 anos, Gilmar Gonçalves Silvestre Júnior, mal consegue falar, tamanha a alegria por estar finalmente entrando na sua própria casa. Atualmente residindo em um imóvel de dois cômodos no fundo de uma igreja, onde figura como caseiro, ele esperava desde 2009 para realizar o sonho da casa própria.

A família já viveu na casa da mãe de Gilmar, da sogra e em diversas outras casas, morando de favor ou como caseiro em locais apertados para a família.

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“É muita emoção saber que agora vou entrar no meu apartamento. Minha família, principalmente meus filhos, estão ansiosos. Eu já chorei bastante e confesso que nem acredito ainda. É um sonho que, para mim, parecia muito distante. Achei que este dia nunca chegaria. Estou muito feliz. Estas noites eu já perdi o sono, fiquei pensando se era real. E a estrutura ao redor do empreendimento está excelente”, afirmou.

A alegria de Gilmar e de muitas outras famílias beneficiadas deve-se à entrega de 300 unidades do Residencial Suzano 2, no município de Suzano, região metropolitana de São Paulo, dentro do orograma Minha Casa, Minha Vida. Mais 300 unidades deverão ser entregues até o fim do primeiro semestre, depois de a obra ter sido contratada em janeiro de 2015, paralisada em março de 2018, novamente em abril de 2021 e retomada em fevereiro de 2022.

A obra custou R$ 78,7 milhões, dos quais R$ 56,7 milhões do Fundo de Arrendamento Residencial da Caixa e R$ 12 milhões do governo de São Paulo. Cada unidade tem 50 metros quadrados (m²), dois quartos, banheiro, sala, cozinha e lavanderia.

Segundo o prefeito de Suzano, Rodrigo Ashiuchi, em 2017, havia uma fila de 16 mil famílias à espera de moradia. Depois de uma análise junto com o Ministério Público Estadual e as entidades bancárias, constatou-se que apenas 4 mil eram candidatas reais à moradia popular.

“Daí em diante mapeamos todos os empreendimentos que estavam em andamento na cidade e a situação de cada um. Fizemos cinco reintegrações de posse em empreendimentos que haviam sido ocupados irregularmente e continuamos as obras. Com a entrega desses empreendimentos, incluindo o Suzano 2, a fila no município cai para menos de mil pessoas”, afirmou o prefeito.

Ashiuchi ressaltou que, além dos prédios, a prefeitura providenciou equipamentos ao redor do Suzano 2, como uma unidade de pronto atendimento (UPA) 24 horas, uma unidade básica de saúde (UBS) e escolas, além de pavimentação, iluminação pública e novas rotas de transporte público, segurança e possibilidade e incentivo para que novas empresas se instalem no bairro.

“Temos também uma subprefeitura para atender o munícipe, que não precisará vir até o centro para qualquer reivindicação. Todo recurso é colocado no bairro e na região. Dessa forma, criamos um novo centro de geração emprego, saúde, educação para atender todas as famílias”, disse Ashiuchi.

De acordo com o secretário de Planejamento Urbano e Habitação de Suzano, Elvis Vieira, os beneficiados com as 600 unidades atendem aos critérios definidos pelo Minha Casa, Minha Vida no momento das inscrições. “Cinquenta por cento das vagas foram sorteadas entre os cadastrados naquela ocasião e 50% ficaram para as pessoas que residiam em áreas de risco”, explicou.

Elvis Vieira reconhece que o desafio da habitação é grande na cidade, mas disse esperar que, com a retomada do Minha Casa Minha Vida, Suzano possa planejar novas unidades para auxiliar na remoção das famílias que permanecem nos locais impróprios e beneficiar aquelas que ainda estão na fila.

“É um número expressivo de famílias que ainda precisam ser removidas das áreas de risco. Com a retomada do Minha Casa, Minha Vida, conseguimos ter uma perspectiva de novas unidades. Paralelo a isso, continuamos com o monitoramento e pequenas intervenções nesses locais. O que precisamos agora é de um pacto entre município, estado e governo federal para ter uma ação que amplie rapidamente o número de unidades a serem construídas, porque municípios como Suzano não têm recursos para construir sozinho empreendimentos como o Suzano 2, por exemplo”, afirmou o secretário.

Regras que dificultavam regularização de quilombos são revogadas


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A Fundação Cultural Palmares revogou portaria de 2022, do governo Jair Bolsonaro, que tornava mais rigorosas as normas para emissão de certidões de autodefinição para comunidades quilombolas. Ao mesmo tempo, o órgão ligado ao Ministério da Cultura restaurou portaria de 2007, do segundo governo Luiz Inácio Lula da Silva, que institui o Cadastro Geral de Remanescentes das Comunidades dos Quilombos, também autodenominadas Terras de Preto, Comunidades Negras, Mocambos, Quilombos, entre outros.

“Consideram-se remanescentes das comunidades dos quilombos os grupos étnicos raciais, segundo critérios de autoatribuição, com trajetória histórica própria, dotados de relações territoriais específicas, com presunção de ancestralidade negra relacionada com formas de resistência à opressão histórica sofrida”, diz a portaria que volta a vigorar nesta quinta-feira (6).

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A declaração de autodefinição de identidade étnica, que compõe o cadastro, é necessária para os procedimentos de identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras ocupadas por remanescentes das comunidades de quilombo. O tema é regulamentado pelo Decreto nº 4.887/2003.

A Portaria nº 75/2023, que atualiza o processo para emissão das certidões, foi publicada hoje no Diário Oficial da União. De acordo com o texto, a Fundação Cultural Palmares também instituiu um grupo de trabalho para elaborar novo ato normativo para o Cadastro Geral de Remanescente dos Quilombos e estabelecer os procedimentos para expedição da Certidão de Autodefinição na Fundação Cultural Palmares. O grupo terá duração de, no máximo, 90 dias para realização dos trabalhos, podendo ser prorrogado uma única vez.