Brasil é convocado para Mundial de basquete em cadeira de rodas


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A Confederação Brasileira de Basquete em Cadeira de Rodas (CBBC) divulgou nesta quarta-feira (12) a relação de atletas, tanto das seleções masculina como feminina, que defenderão o Brasil no Mundial de basquete em cadeira de rodas, que será disputado, entre 9 e 20 de junho de 2023, em Dubai (Emirados Árabes).

A seleção masculina, que está no Grupo A da competição (ao lado de Austrália, Itália e Emirados Árabes), será formada por um grupo muito renovado, que inclusive conta com cinco atletas que disputaram a última edição do Mundial sub-23. “Vamos com uma seleção masculina muito renovada, com atletas que estrearão na seleção em competições oficiais. Teremos a menor média de idade em 15 anos de seleção masculina principal”, declarou o presidente da CBBC, Mário Belo.

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Já Martoni Sampaio, treinador da equipe feminina, apostou em atletas mais experientes, inclusive com participações em edições dos Jogos Paralímpicos. As meninas do Brasil estão no Grupo B, no qual enfrentarão Austrália, Canadá, Espanha, China e Grã-Bretanha.

O Mundial de basquete em cadeira de rodas terá a participação de mais de 300 atletas, que representarão 16 seleções masculinas e 12 femininas.

Convocados para a equipe masculina:

Dwan dos Santos (Adfego-GO), Sérgio Veiga (ADD Magic Hands-SP), Felipe Santos (Andef-RJ), Milley Lopez (CEE 01/Candangos-DF), João Padilha (CEPE-SC), Cristiano Clemente (ADD Magic Hands-SP), Renato da Silva (Gadecamp-SP), Amauri Viana (ADD Magic Hands-SP), Wallace Carvalho (ADD Magic Hands-SP), Rildo Saldanha (All Star Rodas-PA), Guilherme Lourenço (Kings Maringá-PR) e Eduardo da Silva (CAD SJRP-SP).

Convocadas para a equipe feminina:

Ana Kélvia (Adesul-CE), Denise Eusébio (Apac/Cascavel-PR), Perla Assunção (All Star Rodas-PA), Silvelane Oliveira-Irefes/Sesport-ES), Paola Klokler-Irefes/Sesport-ES), Vileide de Almeida (All Star Rodas-PA), Maxcileide Ramos (Irefes/Sesport-ES), Cleonete Reis (All Star Rodas-PA), Gabriela Oliveira (Adesul-CE), Ivanilde da Silva (Irefes/Sesport-ES), Oara Uchôa (Adesul-CE) e Lia Martins (Adesul-CE).

Justiça autoriza empresa Oi a obter financiamento de US$ 275 milhões


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A Justiça do Rio de Janeiro deferiu pedido da empresa de telefonia Oi S.A. para realizar operação de financiamento DIP no valor total de US$ 275 milhões. A decisão é do juiz Fernando Cesar Ferreira Viana, da 7º Vara Empresarial do Rio de Janeiro. DIP é uma modalidade de novo financiamento para uma empresa que está em processo de recuperação judicial.

O recurso emergencial tem por finalidade garantir o financiamento das operações da empresa, que passa por uma segunda recuperação judicial, até a deliberação e aprovação do Plano de Recuperação Judicial. A decisão é de segunda-feira (10), mas foi divulgada nesta quarta-feira (12).

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De acordo com a proposta aprovada, o DIP emergencial será dividido em parcela inicial de US$ 200 milhões, e uma segunda parcela de US$ 75 milhões. O prazo de vencimento previsto é de 15 meses, tendo como garantia a alienação fiduciária de ações de titularidade da Oi S.A.

“Devido à justificada urgência e estando atendidos os requisitos do art. 69-A da Lei 11.101/2005, defiro a autorização para contratação e formalização do Financiamento DIP Emergencial, bem como para constituição de alienação fiduciária sobre as ações de titularidade da Oi S.A”, escreveu o juiz Fernando Ferreira Viana na decisão. O magistrado determinou ainda que “as recuperandas prestem contas nos autos dos valores objeto do financiamento captado em seu caixa, sob a fiscalização direta do Administrador Judicial, sob pena de imediato bloqueio judicial.”

Ao deferir o pedido de financiamento, o juiz considerou o risco apresentado pela companhia de interromper suas atividades já neste mês de abril por falta de aporte financeiro. “As recuperandas afirmam que no mês de abril, o caixa do Grupo Oi poderá atingir nível incompatível com a gestão responsável de uma empresa desse porte, com possível impacto na manutenção regular de suas atividades”.

Recuperação judicial

Depois de mais de seis anos de negociações com credores, a recuperação judicial da operadora de telefonia Oi chegou ao fim em dezembro de 2022. Na decisão, o juiz Fernando Viana escreveu que o plano de recuperação judicial foi o maior da história do país e um dos processos do tipo mais extensos em todo o mundo. “Chega ao fim o mais impactante e relevante processo de recuperação judicial do judiciário brasileiro, e um dos casos mais complexos do mundo jurídico contemporâneo”, afirmou o magistrado no texto.

Técnicos avaliam qualidade da água de rio que abastece Belo Horizonte


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As autoridades ambientais de Minas Gerais monitoram a qualidade da água do Rio das Velhas. O corpo d’água, localizado na região metropolitana de Belo Horizonte, apresentou, duas semanas atrás, alteração de coloração.

O local é ponto de captação de água da Copasa, empresa responsável pelo abastecimento hídrico de vários municípios mineiros, entre os quais, a capital. Segundo a Câmara Municipal de Belo Horizonte, 60% da água distribuída na cidade vêm do Rio das Velhas.

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A Copasa informou, no entanto, que toda a produção de água na Estação de Tratamento de Água do Sistema Rio das Velhas encontra-se dentro dos parâmetros estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Além disso, a empresa disse ter ampliado “a frequência da coleta e análise da água bruta, proporcionando maior segurança operacional para a continuidade da produção de água”.

Alterações na cor

A Secretaria Estadual do Meio Ambiente informou que recebeu uma denúncia, no dia 27 de março, de que havia alteração na cor da água do rio e que o material que provocou a mudança provinha do córrego afluente Fazenda Velha. 

No dia seguinte, a secretaria começou a investigar as possíveis causas da ocorrência. Foi detectado que o córrego, na confluência com o Rio das Velhas, tinha a cor ainda mais avermelhada e estava mais turvo. Também foi constatada no local a provável presença de manganês e de fios de minério de ferro.

Depois disso, a secretaria vistoriou uma barragem de rejeito e suas estruturas auxiliares, que pertencem à Minérios Nacional, subsidiária da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).

A Barragem Ecológica 1 serve à Mina do Fernandinho e seu vertedouro deságua no Córrego Fazenda Velha. No dia da fiscalização, a secretaria constatou que o vertedouro passava por uma manutenção.

CSN autuada

Os técnicos da secretaria verificaram ainda que havia sedimento avermelhado na Barragem Ecológica 1 e checaram os relatórios de monitoramento de qualidade da água, fornecidos pela própria empresa, os quais demonstraram teores de manganês, ferro, cobre, cor e demanda bioquímica de oxigênio acima dos padrões de lançamento preconizados em legislação vigente.

Diante disso, a secretaria autuou a CSN por poluição/degradação ambiental. Também foram determinadas a cessação imediata do lançamento desse material e a apresentação de relatórios semanais sobre a qualidade da água nos corpos hídricos do entorno da barragem. 

Também estão sendo coletadas amostras de água para análise e uma nova vistoria deverá ser realizada nos próximos dias, informou a secretaria.

CSN

Por meio de sua assessoria de imprensa, a Minérios Nacional informou que não despejou sedimentos ou rejeitos no Córrego Fazenda Velha. Segundo a empresa, a coloração atual da água do rio não tem relação com suas atividades.

“A atividade de limpeza da estrutura de contenção de sedimentos já foi finalizada. Informamos ainda que a Feam [Fundo Estadual do Meio Ambiente] e a Polícia Militar Ambiental estiveram [na região]ontem [11] e puderam verificar as ações tomadas pela empresa para melhoria da qualidade da água. Também durante a vistoria, a empresa evidenciou que as ações tomadas estão em conformidade com os parâmetros e limites da legislação vigente”, diz nota da Minérios Nacional.

A empresa informou ainda que tem implementado todas as medidas para garantir a qualidade da água a jusante de suas estruturas e que está atendendo todas as solicitações do órgão fiscalizador.

Ministra pede mobilização em defesa de políticas para mulheres


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A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, classificou como “vergonha” para o Brasil o fato de o país “puxar para cima” índices da América Latina relacionados à violência contra mulheres. A resposta a isso, segundo ela, deve ser dada por meio de mobilizações que coloquem nos centros de debate, locais e nacionais, políticas públicas voltadas para inclusão e empoderamento das mulheres.

Segundo Cida Gonçalves, essas mobilizações se fazem ainda mais necessárias “após seis anos de abandono e destruição” dessas políticas, uma vez que o governo anterior, além de cortar recursos, restringiu ainda mais os direitos das mulheres no Brasil.

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Ela lembrou que mulheres estão morrendo no Brasil por câncer, partos e feminicídio. “Nos mataram nos calando. Por isso, estou convocando vocês. Vamos fazer marchas nesse país contra a misoginia. Não podemos aceitar o ódio contra as mulheres como algo normal, porque a crueldade contra mulheres no país tem aumentado. Isso tem nome. É misoginia”, disse a ministra, ao citar um movimento com 35 milhões de seguidores nas redes sociais, que tem como “única função” disseminar ódio contra mulheres.

“Precisamos enfrentar esse movimento, porque milhões de pessoas se sentem autorizados a bater e a matar nossas mulheres, inclusive na vida pública, como deputadas, prefeitas e ministras. A maioria das mulheres em cargo público e jornalistas tem sofrido isso todos os dias neste país”, completou ao defender, além da organização de marchas em municípios, audiências públicas em assembleias legislativas, a fim de chamar atenção para o tema.

Fórum

As afirmações foram feitas durante o Fórum Nacional de Organismos de Políticas para as Mulheres, encontro que reúne, em Brasília, gestoras municipais e estaduais de políticas para as mulheres. De acordo com a ministra, o encontro reuniu representantes de 256 municípios, número que poderia ser bem maior, caso o tema recebesse a devida atenção de governadores e prefeitos.

“Peço a ajuda de vocês para falarmos com todos governadores e prefeitos sobre a importância de políticas para mulheres, uma vez que não há secretarias especiais”, disse.

Cida Gonçalves disse que pretende aumentar significativamente, até o final do mandato, o número de organismos que adotam políticas voltadas para mulheres. “Queremos chegar no ano que vem com 800 organismos e em 1,2 mil até o final do mandato. Quero dizer que sou contra o termo organismos, porque o falar afirma e empodera. Tem de ser secretarias de políticas para mulheres’”, afirmou.

Neste sentido, a ministra propôs que os participantes do fórum sejam mais atuantes na busca por aumentar os recursos dos planos plurianuais (PPAs), para possibilitar a ampliação dos recursos voltados para essas políticas públicas.

“Vamos disputar dinheiro nos municípios e estados. Reivindiquem recursos para autonomia econômica, para fazermos essas políticas públicas. É preciso chamar os movimentos de mulheres porque, no ano que vem, os projetos que serão liberados são resultados da disputa a ser feita no PPA participativo. Vamos brigar por isso.”

Cida Gonçalves ressaltou que o planejamento estratégico de sua pasta busca pensar e planejar o Brasil do futuro, com mulheres incluídas e empoderadas. “Precisamos pensar cidades com mulheres tendo direito a lazer; a viver; fazendo esportes. Vamos discutir isso e pensar o desenvolvimento de nossas cidades, não apenas para a semana que vem, mas para daqui a 30 ou 50 anos. Mas meu planejamento depende de vocês e das necessidades que municípios e estados têm.”

Vendas do varejo crescem 3,8% em janeiro, recorde para o mês


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As vendas no comércio varejista no país cresceram 3,8% de dezembro para janeiro, a maior variação para o mês desde o início da série histórica, em 2000. Em relação a janeiro de 2022, o aumento foi de 2,6%, o sexto positivo consecutivo neste tipo de comparação. No indicador acumulado nos últimos 12 meses, a alta foi de 1,3%.

Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta quarta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esta é a primeira divulgação da nova série da pesquisa, que passou por atualizações na seleção da amostra de empresas, ajustes nos pesos dos produtos e das atividades, além de alterações metodológicas, para retratar mudanças econômicas da sociedade.

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O aumento apresentado em janeiro também é o maior para qualquer mês desde julho de 2021, quando houve alta de 3,9%. Segundo o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, cada mês tem sua especificidade no setor, mas ele destacou que desde setembro (1,1%) o volume de vendas no varejo não registrava alta.

“É um resultado importante, porque o comércio vinha de resultados negativos ou estabilidade”, afirmou, em nota.

A alta do mês foi disseminada entre as atividades pesquisadas, já que sete das oito tiveram crescimento em janeiro. Destaque para o setor de tecidos, vestuário e calçados, que aumentou 27,9% após quatro meses de queda.

Outro grupo que influenciou no resultado do varejo nacional foi o de hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com aumento de 2,3% após dois meses de diminuição no volume de vendas.

“Ambos os setores sinalizam uma recuperação em janeiro. Pelo resultado de dezembro, é possível considerar que movimentos como Black Friday e o Natal não foram positivos para as duas atividades. Com as quedas anteriores e a base de comparação mais baixa, houve um crescimento importante em janeiro, motivado principalmente por iniciativas pós-Natal”, disse Santos.

O único setor que registrou queda nas vendas em janeiro foi o de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-1,2%), que já vinha de trajetória de perdas em dezembro (-0,5%). “Esse movimento foi muito influenciado por cosméticos e perfumaria, que seguem em queda e têm variações mais sensíveis, já que os artigos médicos e farmacêuticos costumam ter trajetória mais estável”, afirmou o pesquisador.

Varejo ampliado varia 0,2%

A PMC também investiga o volume de vendas do comércio varejista ampliado, que teve variação de 0,2% em relação a dezembro de 2022 e de 0,5% contra janeiro de 2022. Esse índice, além das oito atividades pesquisadas, ainda inclui os setores de veículos, motos, partes e peças; o de material de construção e, o grupamento estreante de atacado especializado em alimentos, bebidas e fumo, incluído após as atualizações e alterações anunciadas pelo IBGE em março.

Com o resultado de janeiro, o comércio varejista ampliado inverte a trajetória de queda registrada nos últimos dois meses (-1,4% em novembro e -0,6% em dezembro de 2022). O índice de janeiro faz com que o varejo nacional esteja 3,3% acima do patamar pré-pandemia de covid-19 (de fevereiro de 2020).

“Embora acima, esse índice não está alto, considerando que já são quase três anos. E o comércio ainda tem mais atividades abaixo do patamar pré-pandemia. Ao todo, são seis, como é o caso do varejo ampliado, cujo volume de vendas está 1,3% menor que em fevereiro de 2020”, disse.

Na comparação de janeiro de 2023 com janeiro de 2022, a alta de 2,6% no volume de vendas inclui seis das oito atividades pesquisadas, com destaque para combustíveis e lubrificantes (26,7%), Livros, jornais, revistas e papelaria (15,2%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (14,8%).

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-7,6%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (-6,5%) apresentaram taxa negativa no confronto interanual. Já no comércio varejista ampliado, veículos, motos, partes e peças cresceram 4,4% enquanto material de construção teve aumento de 1,1%. O atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo teve queda, de 0,9%.

Quedas de idosos aumentam quase 35% em um ano na cidade de São Paulo

A cidade de São Paulo registrou aumento de 35% no número de notificações de quedas acidentais entre pessoas com mais de 60 anos de idade no último ano. A informação é da Secretaria Municipal da Saúde (SMS). Em 2022, o Sistema de Informação para a Vigilância de Acidentes (Siva), da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), recebeu 13.075 notificações de quedas nesta população, enquanto em 2021, foram 9.671.

A quantidade de internações decorrentes de tombos cresceu quase na mesma proporção. Em 2021 foram 3.055 internações, número que passou para 3.903 no ano seguinte, uma elevação de 27,75%, segundo registros do Sistema de Informação Hospitalar (SIH).

Em contrapartida, as ações preventivas desenvolvidas pela gestão municipal aumentaram 174% no ano passado na comparação com 2021. De acordo com registros do Sistema Integrado de Gestão e Assistência em Saúde (Siga Saúde), em 2022 foram 103.997 atendimentos de orientação a idosos, enquanto em 2021 foram 37.959. Esses dados contemplam as seis Coordenadorias Regionais de Saúde (CRSs), que abrangem todas as unidades de Saúde da capital.

Nos últimos quatro anos, de 2019 a 2022, mais de 160 mil pessoas, a maioria idosos, receberam orientações sobre como prevenir e o que fazer em caso de tombos. O objetivo é reduzir um dos principais tipos de acidente que acometem os idosos.

A secretaria informou que faz ações de prevenção em todas as unidades básicas de Saúde (UBSs), assim como aos assistidos pelo Programa Acompanhante de Idosos (PAI) e nas 13 Unidades de Referência à Saúde do Idoso (Ursis). A avaliação multidimensional da pessoa idosa (AMPI), da Atenção Básica, tem por objetivo prevenir riscos de queda com várias atividades e orientações que ocorrem rotineiramente.

Além disso, é recomendado o acompanhamento clínico da osteoporose, acuidade visual, doenças do aparelho locomotor, alterações do estado nutricional, sarcopenia (redução da força e da massa muscular) e vigilância dos eventos de quedas. Pacientes que sofrem esse tipo de acidente devem ser acompanhados por equipe multiprofissional, que avalia os fatores que levaram ao episódio e encaminha para o tratamento mais adequado.

A cidade de São Paulo tem 1,9 milhão de pessoas com mais de 60 anos de idade, ou seja, 15% da população. A estimativa é de que, em 2050, os idosos representem 30% dos paulistanos, de acordo com a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade).

Fatores de queda

A queda de idosos tem causas diversas, como histórico prévio; polifarmácia, principalmente o uso de drogas psicoativas, vasodilatadores e diuréticos; condições crônicas de saúde com descompensação clínica; distúrbios da marcha e equilíbrio; sedentarismo e piora da capacidade funcional; deficiência visual ou declínio cognitivo. Também pode estar relacionada a fatores do ambiente, como iluminação; superfícies escorregadias; tapetes, desníveis e obstáculos no caminho, além de roupas ou calçados inadequados.

Em caso de queda, a SMS orienta procurar uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), pronto-socorro (PS) ou ainda solicitar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) pelo número 192.

Ursi

A Unidade de Referência à Saúde do Idoso é uma unidade especializada para atender o idoso em sua área de abrangência. O objetivo das Ursi’s é garantir a promoção e atenção integral à saúde do idoso mais fragilizado no nível secundário de assistência do Sistema Único de Saúde (SUS), para que o idoso permaneça na comunidade durante o maior tempo possível e com a maior capacidade funcional atingível.

PAI

O Programa Acompanhante de Idosos atende pessoas com mais de 60 anos em situação de fragilidade e alta vulnerabilidade social, disponibilizando prestação dos serviços de vários profissionais e acompanhantes de idosos, inclusive nos domicílios. Essas equipes prestam apoio e suporte nas atividades diárias, com o intuito de promover assistência integral à saúde da população idosa. Cada equipe conta com assistente social, enfermeiro, médico, acompanhantes de idosos, motorista e profissional administrativo.

Para participar do programa ou ter acesso a qualquer outro serviço voltado para idosos, basta procurar uma UBS de referência do bairro. Os endereços podem ser acessados clicando aqui.

Alckmin defende ampliação de comércio com América Latina


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O presidente em exercício, Geraldo Alckmin, defendeu a ampliação do comércio entre o Brasil e os países da América Latina, pois apenas 26% das transações são intrarregionais. “No mundo, embora globalizado, o comércio é tremendamente intrarregional”, disse, nesta quarta-feira (12), na abertura de evento da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base, em Brasília.

Segundo ele, o comércio de Estados Unidos, Canadá e México é 50% entre eles. Na União Europeia e na Ásia, esses números sobem para 60% e 70%. “Temos que começar pelos vizinhos, então, fazer um grande esforço comercial na região, que é para onde nós vendemos caminhão, automóveis, ônibus, autopeças, linha branca, produtos de valor agregado”, disse Alckmin.

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Por isso, segundo ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva iniciou sua participação internacional nesse terceiro mandato viajando para a Argentina e Uruguai. Na sequência, esteve nos Estados Unidos, que é o maior investidor no Brasil, e agora está na China com a expectativa que mais de 20 acordos sejam assinados com o país asiático.

Reformas na economia

Segundo Alckmin, o governo está otimista com a aprovação do arcabouço fiscal e, posteriormente, da reforma tributária para alavancar os investimentos no país. Para o vice-presidente, que também é o ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o Brasil teve uma desindustrialização precoce e preocupante mas, com as medidas, pode recuperar a competitividade.

Com o pacote de medidas fiscais, que ainda deve ser enviado ao Congresso, o governo busca garantir credibilidade e previsibilidade para a economia e para o financiamento dos serviços públicos como saúde, educação e segurança pública.

“A nova ancoragem fiscal é inteligente porque estabelece rigor nos gastos públicos, a curva da dívida vai cair, e de outro lado ela é anticíclica, ou seja, quando a economia crescer muito forte você tem um teto de gasto e quanto tiver mais fraca você tem piso para ajudar a alavancar a atividade econômica”, explicou.

Ainda segundo Alckmin, o papel do crédito é importantíssimo nesse cenário e que deve ser impulsionado com a redução das taxas de juros a partir de melhora da expectativa com a política fiscal do país.

“Três coisas são impactantes: juros, imposto e câmbio. O câmbio está bom, só precisa estar estável, mas ele é competitivo. O imposto vai melhorar com a reforma tributaria, não vai cair, mas vai simplificar e vai estimulara a atividade produtiva. E o crédito, tenho confiança, que vamos entrar com ancoragem fiscal numa redução gradual da taxa Selic, proporcionando um crédito melhor, além de buscar outras formas de amparar o crédito, especialmente com os fundos garantidores”, disse Alckmin.

O presidente em exercício ressaltou que a desaceleração da inflação deverá impactar as decisões do Banco Central sobre a política monetária e o patamar da Selic, a taxa básica de juros. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que apura a inflação oficial do país, atingiu 0,71% em março, desacelerando em relação a fevereiro, quando ficou em 0,84%, e atingindo o menor patamar desde janeiro de 2021.

“Queremos um desenvolvimento inclusivo com sustentabilidade e estabilidade. E a inflação não é socialmente neutra, ela tira do mais pobre e passa para o mais rico. Então, a queda da inflação é muito importante e ajudará na política monetária, que é a redução do custo do dinheiro, um fator fundamental para atividade econômica”, disse.

Formação de professores é entrave ao uso de tecnologia em sala de aula


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Estudo do British Council – organização internacional do Reino Unido para relações culturais e oportunidades educacionais – mostra que a formação docente é um dos mais graves empecilhos ao uso de tecnologia em laboratórios ou em sala de aula. Paralelamente a essa questão, as escolas brasileiras enfrentam problemas de infraestrutura.

Os dados constam do estudo O ensino de ciências da natureza e suas tecnologias na educação básica brasileira – um panorama entre os anos de 2010 e 2020, feito em parceria com a Fundação Carlos Chagas e lançado nesta quarta-feira (12). A pesquisa bibliográfica e documental tem o objetivo de inventariar e descrever aspectos fundamentais para o desenvolvimento da educação STEM (ciências, tecnologia, engenharia e matemática, na sigla em inglês).

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Segundo o levantamento, o Centro de Inovação para a Educação Brasileira (Cieb) traz em seu site uma autoavaliação feita por mais de 100 mil professores brasileiros de educação básica, mostrando que não se sentem aptos a utilizar a tecnologia para nada além daquilo que fazem em sua vida pessoal.

“Há outro entrave de formação a ser superado o quanto antes: a maioria dos professores diz que não sabe utilizar a tecnologia para o seu próprio desenvolvimento profissional, ou seja, para fazer cursos online ou autoavaliação online. É uma competência a ser desenvolvida para que as ações de gestão deem mais resultados”, diz a pesquisa.

Em relação à infraestrutura, dois tipos principais de carências atrapalham as escolas: a baixa conectividade, desafio de porte para um país com a extensão territorial do Brasil, e a dificuldade de acesso a computadores, tablets e outros suportes. “Para se ter uma ideia, os países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) têm uma média de cinco alunos por computador, enquanto no Brasil esse número sobe para 35 ou mais”, aponta o documento.

A pesquisa destaca que uma “questão crucial para o bom ensino de ciências é a formação continuada, que deveria complementar e atualizar conceitos num mundo sempre em mutação, com novas descobertas”.

“A forma de ensinar ciências tem mudado com celeridade, e o British Council busca compartilhar boas práticas do Reino Unido em ensino de STEM, incentivando trocas e parcerias com o Brasil”, disse, em nota, a diretora de Engajamento Cultural do British Council Brasil, Diana Daste. “Essa pesquisa tem o papel de fomentar reflexões e conversas que possam contribuir com os profissionais e pesquisadores no diálogo sobre as políticas públicas para ensino de ciências e tecnologia”.

Tecnologia e ciências

Segundo o levantamento, a computação pode colaborar fortemente com o aprendizado em outras áreas, como ciências da natureza. Além disso, é área estratégica para a sociedade contemporânea e uma das mais atrativas do mercado de trabalho.

No entanto, o estudo mostra que essa realidade ainda não foi transposta, como poderia, para o universo da educação. A pesquisa indica variação levemente declinante no número de matrículas para licenciaturas de ciências da computação entre 2015 e 2019. Pelos dados do Censo da Educação Superior, as maiores quedas se deram nas universidades estaduais e privadas, com decréscimo de 14,5% e 21,9% respectivamente, enquanto as federais tiveram crescimento de 104,8%.

De acordo com a análise, a explicação para esse quadro envolve algumas variantes, como a baixa atratividade financeira para a carreira docente. Existe, porém, a expectativa de que a implementação da Política Nacional de Educação Digital, aprovada em dezembro de 2022 e sancionada em janeiro de 2023, torne mais atrativa a carreira docente na área de ciências e tecnologia. O PL 4.513/2020 estabelece ações para ampliar o acesso à tecnologia em cinco frentes: inclusão digital, educação digital, capacitação, especialização digital e pesquisa digital.

Outro dado que chama a atenção é o aumento da presença do Ensino a Distância (EAD). Entre as licenciaturas selecionadas para o estudo, entre 2010 e 2019, os maiores crescimentos na EAD foram nas áreas de matemática (46,5%) e computação (46%).

As autoras da pesquisa levantam a possibilidade de a mobilização para abertura de cursos na área de matemática, além de necessária pela importância da disciplina e pela demanda por esse profissional, ser mais simples em termos de infraestrutura para as instituições de ensino superior. “Afinal, esse crescimento não foi acompanhado por disciplinas que, idealmente, demandam a montagem de laboratórios, como física, química e biologia, que exigem maior aporte financeiro para sua oferta”.

Modernização do ensino

A necessidade da modernização do ensino de ciências no país é um dado recorrente na pesquisa. Os pontos de atenção levantados incluem, por exemplo, o acesso reduzido a materiais de laboratório e os desafios enfrentados pelos docentes no processo de inserção e desenvolvimento do letramento científico na rotina da escola básica.

Outro cenário apontado é a necessidade de ambiente propício para a ampliação do currículo de ciências e tecnologias com assuntos interdisciplinares, que envolvam temas como gênero e raça.

Entre as recomendações que o estudo propõe, destaca-se como fundamental a ampliação da formação continuada e troca de experiências docentes.

Corinthians estreia na Copa do Brasil diante do Remo no Mangueirão


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O Corinthians estreia na edição 2023 da Copa do Brasil, a partir das 21h30 (horário de Brasília) desta quarta-feira (12) no estádio do Mangueirão, em Belém, pela ida da terceira fase da competição. E a Rádio Nacional transmite o confronto ao vivo.

Na partida, o Timão terá um desfalque significativo, o meio-campista Renato Augusto, que acaba de passar por por uma artroscopia no joelho direito após sofrer uma lesão durante a vitória de 3 a 0 sobre o Liverpool (Uruguai) na estreia da Copa Libertadores da América. Um provável substituto do veterano é o jovem Matheus Araújo, de apenas 20 anos. A expectativa é que o técnico Fernando Lázaro poupe alguns titulares diante do Leão.

“A quantidade de jogos que vêm na sequência exige isso. Então vamos trabalhar jogo a jogo, com a estratégia, analisando o adversário, as características dos nossos atletas. Essa é a importância fundamental de um grupo para suportar todo esse calendário”, declarou o treinador.

Pelo lado do Remo o clima não é o melhor após duas derrotas seguidas para o arquirrival Paysandu (uma pela Copa Verde e outra no Campeonato Paraense). Agora, diante do Corinthians, a expectativa é de um bom resultado que possa mudar o clima junto à torcida.

“Olha, realmente não temos tempo para treinar. É recuperar e logo jogar. No futebol costumamos dizer que quando temos um jogo atrás do outro em meio a um momento complicado é bom porque há a possibilidade de mudar esse quadro. E o Corinthians é uma boa oportunidade de mudar esse quadro”, declarou o atacante Muriqui.

Transmissão da Rádio Nacional

A Rádio Nacional transmite Remo e Corinthians com a narração de André Marques, comentários de Mário Silva, reportagem de Maurício Costa e plantão de Luiz Ferreira. Você acompanha o Show de Bola Nacional aqui:

Ouça na Rádio Nacional

Escritor Mia Couto abre série internacional do Clube da Leitura 2023


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O escritor moçambicano Mia Couto, premiado mundialmente, inaugura nesta quarta-feira (12), às 17h30, a série internacional do Clube de Leitura 2023 do Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro (CCBB-RJ), dedicada a autores lusófonos. Em razão da procura pelo público, o evento será realizado no Teatro 1 do CCBB RJ, e não na Biblioteca, que funciona no 5º andar do prédio. Haverá um telão, instalado no saguão de entrada do equipamento, para quem não conseguir entrar. Os ingressos gratuitos podem ser retirados a partir das 9h de hoje na bilheteria do CCBB ou no site da instituição.

O evento será gravado e, na semana seguinte, ficará à disposição dos interessados na página do Banco do Brasil no YouTube. A informação foi dada pela curadora e apresentadora do Clube, Suzana Vargas. “Ele vai além Brasil. As fronteiras se rompem”, disse.

Universalidade

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“Quando pensei em chamar o Mia é porque ele é um autor popular, que tem ligação muito forte com o Brasil. A literatura dele tem uma universalidade grande. É, hoje, um dos grandes nomes da literatura da África e está tão traduzido no mundo todo que é universal. Aqui, no Brasil, é muito publicado e querido”, afirmou Suzana. Mia Couto é também ativista de causas sociais e ambientais.

No CCBB-RJ, ele vai ler e comentar trechos de sua obra Antes de nascer o mundo, com o qual ganhou o Prêmio Camões 2013 como autor do ano. O livro foi escolhido pelo público no Twitter do CCBB-RJ, entre outras duas obras do autor – Cada homem é uma raça e Estórias abensonhadas. “O público soube escolher”, destacou a curadora. A convidada virtual do evento é a escritora Stella Maris Rezende, que fará perguntas a Mia Couto por um telão. O autor foi trazido pelo Clube, para participar com exclusividade do encontro.

Séries

A série internacional do Clube da Leitura se estenderá até o fim do ano, reunindo quatro convidados. Além de Mia Couto, estão previstas as participações de José Eduardo Agualusa, em julho; Gonçalo Tavares, em outubro; e uma escritora cujo nome ainda está sendo definido, em dezembro.

Intercalando com os escritores lusófonos, o CCBB-RJ trará grandes nomes da literatura brasileira, envolvendo poesia e prosa, como Milton Hatoum; Gregório Duvivier; Conceição Evaristo; o poeta Eliakin Rufino, de Goiás; a escritora Cida Pedrosa, de Pernambuco, entre outros. “A gente faz um passeio pelo Brasil em termos literários. É isso que pretendemos na série nacional, além de trazer os autores clássicos contemporâneos, como Raduan Nassar”.

O primeiro encontro nacional do Clube este ano foi realizado no dia 8 de março, com homenagem à escritora Nélida Piñon, que morreu em 17 de dezembro de 2022, em Lisboa, Portugal.

Este é o terceiro ano do projeto Clube da Leitura do CCBB-RJ e a primeira vez que são trazidos escritores de fora do Brasil. Suzana Vargas adiantou que a ideia, no futuro, é fazer um passeio pela literatura pan-americana e mundial. “Autores do mundo que também possam comparecer”.