Ferroviário é campeão da Série D do Brasileiro 2023


Logo Agência Brasil

O Ferroviário é campeão da Série D do Campeonato Brasileiro de 2023. Jogando no Estádio Presidente Vargas, em Fortaleza, o time da casa fez 2 a 1 na Ferroviária, de Araraquara, e ficou com a taça do torneio na tarde deste sábado (16). A partida foi exibida ao vivo pela TV Brasil. Os gols do jogo foram marcados por Deizinho e Ciel para os vitoriosos e Vitor Barreto para o time de São Paulo.

Depois de fazer a melhor campanha durante todo torneio e chegar invicto à decisão, o Tubarão da Barra precisava vencer por qualquer placar para ficar com a taça e conquistar a quarta divisão nacional pela segunda vez (a primeira foi em 2018). A Ferroviária também dependia de uma vitória simples para conquistar o primeiro título nacional da história, já que a partida de ida, disputada em Araraquara, acabou com o placar de 0 a 0.

Notícias relacionadas:

No embalo dos aproximadamente 15 mil fanáticos torcedores do Ferrão, o time da casa partiu para cima logo no início do jogo e abriu o placar. Depois de receber um passe de Ciel, Deizinho mandou para a rede.

O time visitante mostrou força e empatou o jogo aos 38 minutos da primeira etapa. Vitor Barreto chutou colocado e deixou tudo igual.

Só que, logo aos 6 minutos do segundo tempo, o faro do artilheiro prevaleceu. Às vésperas de completar 42 anos, Ciel apareceu sozinho na área para completar o cruzamento e definir o placar: Ferroviário 2 a 1. Este foi o décimo segundo gol do centroavante no torneio e o vigésimo segundo dele na temporada.

Depois, foi só festa. Com uma campanha de 15 vitórias e 9 empates em 24 jogos, o Ferroviário se sagrou bicampeão da Série D de forma invicta.

Ao lado do Tubarão da Barra, garantiram acesso à Série C em 2024 a Ferroviária, vice-campeã, o Caxias-RS e o Athletic-MG.

 

 

Quilombolas lideram combate ao fogo na Chapada dos Veadeiros

A brigada formada por moradores do Quilombo Kalunga da Chapada dos Veadeiros (GO) é uma das pioneiras no uso consciente do fogo no Cerrado. 

O chamado Manejo Integrado do Fogo (MIF) é o conjunto de técnicas que usam o fogo como ferramenta para prevenir os incêndios florestais. O MIF é usado para queimar o excesso de vegetação seca que é propícia a se tornar combustível de incêndios de grandes proporções.   

Criada em 2011, o grupo é formado por 75 brigadistas, que combatem o fogo nos municípios goianos de Cavalcante e Teresina de Goiás, juntando o conhecimento tradicional sobre o fogo dos kalungas com as técnicas de pesquisadores do Cerrado que atuam no quilombo.  

Cavalcante (GO) 15/09/2023 – A brigada de incêndio da Prevfogo composta com membros da comunidade quilombola Kalunga, durante simulação de combate ao fogo no cerrado no Engenho II
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Cavalcante (GO)  – A brigada de incêndio da Prevfogo com membros do Quilombo Kalunga é pioneira no uso de fogo controlado. Foto: Joédson Alves/Agência Brasil 

A brigada do Prevfogo é unidade do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Ibama) que atua no combate e prevenção de incêndios florestais. Já o Quilombo Kalunga é sétimo quilombo mais populoso do Brasil com cerca de 3.600 pessoas vivendo espalhadas em 39 comunidades por cerca de 261 mil hectares.  

A quilombola Alenir José Alves, de 36 anos, conta, orgulhosa, como é trabalhar na prevenção aos incêndios na região com o uso consciente do fogo. “Sempre digo: a gente trabalha para gente mesmo. Nós estamos preservando o meio ambiente do nosso próprio território”, disse. 

Além de reduzir os incêndios florestais no Território Kalunga, a atuação da brigada facilitou o trabalho dos agricultores locais. José dos Santos Rosa, de 69 anos, trabalha na roça desde os 10 anos de idade. Segundo ele, antes da chegada da brigada, o manejo do fogo era feito com folhas de buritis, uma palmeira característica do Cerrado.   

Cavalcante (GO) 12/09/2023 - Considerado um dos lideres da Comunidade quilombola Kalunga do Engenho II, senhor José dos Santos Rosa conta um pouco de histórias quando ele colocava fogo controlado em sua roça.
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Cavalcante (GO)- Considerado um dos líderes da comunidade quilombola Kalunga, José dos Santos Rosa conta como o fogo era usado no passado. Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

“Quando você fazia uma roça você sofria para fazer o aceiro [faixa do Cerrado que é limpa para evitar que o fogo ultrapasse certa área] ao redor dela. Nós reuníamos a companheirada pra ir botando fogo e ir apagando com folha de buriti”, relatou.  

Canadá  

Reconhecida como referência entre os mais de 2 mil brigadistas do Brasil, parte da brigada acabou selecionada para representar o Brasil em ação humanitária no Canadá para combater os incêndios que atingiram o país da América do Norte neste ano. 

A brigada liderada pelos kalungas cedeu dez dos 42 brigadistas ligados ao Ibama que foram ao Canadá nos meses de julho e agosto.  

Cavalcante (GO) 15/09/2023 – A brigada de incêndio da Prevfogo composta com membros da comunidade quilombola Kalunga, durante simulação de combate ao fogo no cerrado no Engenho II. Foto: Charles Pereira Pinto/Arquivo Pessoal

Brigada de quilombolas ajudou no combate a incêndios florestais no Canadá – Foto: Charles Pereira Pinto/Arquivo Pessoal

“As autoridades canadenses ficaram impressionadas com o trabalho dos brigadistas do Brasil. Ficaram encantados com os meninos. Deram dois dias para eles fazerem uma vala, uma trincheira, e eles fizeram em duas horas”, contou Cássio Tavares, responsável pelo Prevfogo em Goiás.  

“Acho que é porque nossos brigadistas são tudo homem do campo. Acostumados a viver na mata, já sabem ligar com situações mais adversas”, avaliou o supervisor da brigada local, o kalunga José Gabriel dos Santos Rocha.  

A viagem ao Canadá revelou aos brigadistas brasileiros a enorme diferença entre as condições de trabalho do Brasil e do país da América do Norte. Os equipamentos de comunicação, as ferramentas e os veículos usados no combate ao fogo no Canadá chamaram atenção.  

“Lá a gente viu que os brigadistas no Brasil não são tão valorizados. Aqui faltam transporte, EPIs [Equipamentos de Proteção Individual] e rádios comunicadores. Faltam condições de trabalho”, afirmou Charles Pereira Pinto.  

O responsável pelo Prevfogo no estado, Cássio Tavares, reconheceu a escassez de recursos. “Precisamos de mais recursos, mais veículos. Se vários focos iniciarem ao mesmo tempo, temos que ter veículos para levar os brigadistas”, explicou o servidor do Ibama, que informou atuar para melhorar as condições de trabalho do Prevfogo em Goiás.   

Os brigadistas do Prevfogo são contratados pelo Ibama para trabalhar por seis meses no ano, durante o período da seca, por uma remuneração no valor de um salário mínimo.  

Mulheres

Passar horas combatendo o fogo em meio às altas temperaturas é um trabalho que exige muito esforço físico e é dominado por homens. Atualmente, quatro dos 75 brigadistas da unidade de Cavalcante são mulheres.  

Cavalcante (GO) 15/09/2023 – Alenir José Alves, membra da brigada de incêndio da Prevfogo composta com membros da comunidade quilombola Kalunga, durante simulação de combate ao fogo no cerrado no Engenho II
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Cavalcante (GO) – Alenir José Alves é uma das poucas mulheres na brigada de incêndio da comunidade quilombola Kalunga. Foto: Joédson Alves/Agência Brasil 

A brigadista Alenir José Alves estuda Ciências da Natureza e trabalhava como guia na região. Quando a pandemia reduziu o turismo no Quilombo, ela decidiu tentar entrar na brigada.  

“Eu até pensava que era serviço de homem mesmo, mas quando entrei na brigada vi que podemos fazer a diferença. Nós mulheres somos capazes de fazer esse trabalho e tenho chamado as meninas para vir também”, disse Alenir. Ela disse que “viciou” no trabalho da brigada. “É a adrenalina. Você quer ver o resultado final”, completou.  

*O repórter viajou a convite do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam)

Lula: Heloísa foi morta por tiros de quem deveria cuidar da segurança


Logo Agência Brasil

Em viagem à Cuba para participar da Cúpula do G77, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou, na tarde deste sábado (16), em suas redes sociais, a morte da menina Heloísa dos Santos Silva, de 3 anos. Segundo Lula, ela foi atingida por tiros de quem deveria cuidar da segurança da população.

“Morreu hoje a pequena Heloisa dos Santos Silva, de 3 anos, atingida por tiros de quem deveria cuidar da segurança da população. Algo que não pode acontecer. A dor de perder uma filha é tão grande que não tem nome para essa perda. Não há o que console. Meus sentimentos e solidariedade aos pais e demais familiares”. 

Notícias relacionadas:

A menina estava passando pelo Arco Metropolitano do Rio de Janeiro com sua família quando o carro foi atingido por tiros, em 7 de setembro. A família diz que os disparos foram feitos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Depois de passar oito dias internada, Heloísa morreu na manhã deste sábado.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes usou também as redes sociais para dizer que a PRF precisa ter sua existência repensada. Ele lembrou o caso de Genivaldo de Jesus, morto por asfixia depois de ser trancado em uma viatura da corporação, que estava cheia de gás lacrimogêneo e spray de pimenta em suspensão, em maio do ano passado.

“Ontem, Genivaldo foi asfixiado numa viatura transformada em câmara de gás. Agora, a tragédia do dia recai na menina Heloisa Silva. Além da responsabilização penal dos agentes envolvidos, há bem mais a ser feito. Um órgão policial que protagoniza episódios bárbaros como esses – e que, nas horas vagas, envolve-se com tentativas de golpes eleitorais -, merece ter sua existência repensada. Para violações estruturais, medidas também estruturais”, escreveu Mendes.

O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU) Jorge Messias disse que é necessário rigor na apuração da morte da menina. “Lamento profundamente a perda da pequena Heloísa. É preciso apurar com rigor as causas e as responsabilidades dessa tragédia. Determinei à Procuradoria-Geral da União que acompanhe imediatamente o caso para avaliar eventual responsabilização na seara cível”.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, escreveu que um processo administrativo para apurar a responsabilidade dos agentes foi aberto no dia da ocorrência. “Minha decisão só pode ser emitida ao final do processo, como a lei determina. Também já há inquérito na Polícia Federal, que será enviado ao MPF e à Justiça”, disse Dino.

A organização não governamental Rio de Paz, que historicamente faz atos na cidade do Rio de Janeiro para pedir o fim da violência, destacou que Heloísa é a 11ª criança morta a tiros neste ano na capital fluminense.

A PRF divulgou nota pouco tempo depois da confirmação da morte de Heloísa em que manifesta “extremo pesar”. A corporação afirmou que se solidariza com os familiares da menina e que sua Comissão de Direitos Humanos está acompanhando a família para acolhimento e apoio psicológico.

O Ministério Público Federal (MPF) pediu, na sexta-feira (15), a prisão dos três agentes da PRF envolvidos na ação que resultou na morte de Heloísa. O MPF também pediu nova perícia nas armas dos policiais e no carro da família de Heloísa, que foi alvejado. 

Uso consciente do fogo reduz incêndios na Chapada dos Veadeiros (GO) 

Brigadistas e pesquisadores do Cerrado apontam que o uso consciente do fogo vem ajudando a reduzir os incêndios florestais na Chapada dos Veadeiros (GO) nos últimos anos. Prática adotada por parte dos brigadistas da região desde o ano de 2014, ela se expandiu, principalmente, depois dos grandes incêndios de 2017 e 2020 que consumiram, respectivamente, 22% e 31% do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. 

O chamado Manejo Integrado do Fogo (MIF) é o conjunto de técnicas que usam o fogo como ferramenta para prevenir os incêndios florestais, como a queima do excesso de vegetação seca que é propícia a se tornar combustível de incêndios de grandes proporções.  

Na cachoeira de Santa Bárbara, por exemplo, localizada no Quilombo Kalunga (GO), a brigada formada por quilombolas põe fogo no espaço em torno das nascentes e das veredas que protegem o curso do rio para evitar que, no período da seca, incêndios alcancem a mata que protege as águas. 

Entre abril e julho de 2023, os brigadistas do Prevfogo realizaram queimas conscientes em mais de 2 mil hectares dentro do quilombo. O Prevfogo é a unidade do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Ibama) que atua no combate e prevenção de incêndios florestais.   

Cavalcante (GO) 15/09/2023 – A brigada de incêndio da Prevfogo composta com membros da comunidade quilombola Kalunga, durante simulação de combate ao fogo no cerrado no Engenho II
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Cavalcante (GO) – A brigada de incêndio da Prevfogo, formada por quilombolas, faz simulação de combate ao fogo no Cerrado.  Foto: Joédson Alves/Agência Brasil 

Conhecimento tradicional 

Apesar de adotado pelos brigadistas há quase dez anos, o uso consciente do fogo é parte do conhecimento ancestral do Território Kalunga, sétimo quilombo mais populoso do Brasil com cerca de 3.600 pessoas espalhadas em 39 comunidades por cerca de 261 mil hectares. 

O supervisor da brigada local, o kalunga José Gabriel dos Santos Rocha, contou que a queima do terreno sempre foi uma prática na comunidade.

“Nossos antepassados já faziam essas queimas nos pontos estratégicos. Queimavam uma área, dois anos depois queimavam outra área e iam remanejando o combustível. Isso sempre foi feito”, explicou.  

Por causa desse hábito, a antiga política de “fogo zero” sofreu resistência por parte dos moradores kalungas. A proibição total do uso do fogo foi adotada como regra pelos brigadistas desde a criação do Prevfogo em Cavalcante, em 2011.  

Com a política de fogo zero, Gabriel disse que a vegetação acumulava excesso de material que acabava virando combustível dos incêndios florestais. Com isso, no período da seca, temperatura alta e umidade baixa, “os incêndios florestais ficavam difíceis de combater”. 

Cavalcante (GO) 12/09/2023 - Membro da Comunidade quilombola Kalunga do Engenho II, Elias Francisco coloca fogo controlado em sua roça
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Cavalcante (GO)  – Elias Francisco coloca fogo controlado em sua roça.  Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

 Enquanto a reportagem conhecia a comunidade Engenho II no quilombo, presenciou o agricultor Elias Francisco Maia, de 46 anos, colocando fogo e, ao mesmo tempo, apagando as chamas em torno da sua roça.  

“Só queimo onde quero, tenho total controle. Aqui no quilombo sempre teve fogo. No Parque [Nacional da Chapada dos Veadeiros] sempre foi política fogo zero, mas quando saiu um fogo ninguém conseguia controlar porque eles não faziam o manejo [do fogo]”, explicou.  

Fogo e Cerrado 

No Cerrado, o fogo faz parte da evolução biológica do bioma, destacou a diretora de Ciência do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) e coordenadora do MapBiomas Cerrado, Ane Alencar.  Segundo a pesquisadora, existiu por muito tempo a ideia de que as chamas eram sempre ruins.  

“Isso vem de uma visão da Amazônia onde o fogo sempre foi visto como algo necessariamente ruim. Recentemente temos aprendido muito com a importância de se manejar o fogo de uma forma correta em ambientes adaptados ou dependentes do fogo. Isso é fundamental para o Cerrado e para reduzir o risco de catástrofes”, explicou. 

Uso do fogo pelos órgãos do Estado 

O responsável pelo Prevfogo em Goiás, Cássio Tavares, destacou que, no início, a prática do manejo do fogo não foi bem recebida por parte de órgãos ambientais do Estado, da sociedade e da academia. “Muitos foram taxados de loucos” por defender o método, contou o servidor do Ibama.  

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que faz a gestão do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, informou, em nota, que o uso consciente do fogo pelo órgão começou, de forma experimental, entre 2012 e 2014. 

De acordo com o ICMBio, o manejo do fogo para prevenção de incêndios florestais no Brasil foi motivado pela “troca de experiência com outros países que apresentaram resultados positivos na realização de ações de manejo”, em especial, com a Austrália. 

Como exemplo de sucesso, o Instituto citou o caso da Estação Ecológica da Serra Geral do Tocantins, que viu os incêndios florestais despencarem após o manejo do fogo pelo ICMBio, conforme ilustra o gráfico a seguir.  

Gráfico sobre uso do fogo

 

*O repórter viajou a convite do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam)

Franquias geram 160 mil novos empregos no Rio no primeiro semestre

O faturamento do setor de franquias no Rio de Janeiro alcançou R$ 10,3 bilhões no primeiro semestre deste ano, com alta de 17% em relação a igual período do ano passado, superando, inclusive, o aumento registrado pelo mercado nacional, da ordem de 15%. Em número de operações, o mercado de franquias no território fluminense cresceu 4,1%, atingindo 18.410 novas unidades.

Outro dado que mostra a recuperação do estado como um todo foi a abertura de empregos pelo setor. “Nós tivemos160 mil novos postos de trabalho diretos”. O incremento foi de 15,4% na comparação com o mesmo período de 2022. Em média, são gerados nove empregos por unidade franqueada, o que resulta em 1,444 milhão de empregos indiretos adicionados aos 160 mil diretos, no Rio de Janeiro. “Temos uma recuperação bastante positiva no nosso estado”, disse nesta terça-feira (12) à Agência Brasil o presidente da Associação Brasileira de Franchising seccional Rio de Janeiro (ABF RJ), Clodoaldo Nascimento. 

Em ternos nacionais, o faturamento avançou 15%, passando de R$ 91,432 bilhões para R$ 105,107 bilhões, com total de 1,612 milhão de pessoas empregadas diretamente. Clodoaldo Nascimento destacou que multiplicando esse número pela média de nove empregos gerados por unidade, obtém-se total em torno de 11 milhões de empregos criados pelo franchising no Brasil.

Tendência

O presidente da ABF RJ analisou que a curva de desenvolvimento continua crescendo e que a tendência é positiva. “A tendência é de expansão, até em virtude da estabilidade da economia que começa a ser sinalizada”. Segundo ele, as pessoas estão retomando sua vida social, pós pandemia da covid-19, e começam a sair e viajar para outros destinos. “Tanto é que os segmentos que tiveram mais destaque foram os de hotelaria e turismo, evidenciando essa vontade das pessoas de sair de casa e poder passear.”

Seguem-se os segmentos de saúde, beleza e bem-estar; alimentação e food service (alimentação fora do lar); e moda. “Nós estamos com números hoje bastante superiores à pré-pandemia, inclusive de uma maneira nacional e não só no estado do Rio de Janeiro”. Em termos de faturamento, a expansão no primeiro semestre ficou 25% acima do período pré pandêmico. “Isso nos deixa felizes e mostra, realmente, a força do setor de franquias. No estado do Rio de Janeiro, Nascimento estimou que o aumento em comparação a 2019 deverá ficar entre 12% e 18%. O número ainda não foi consolidado.

Clodoaldo Nascimento afirmou que dentre os estados brasileiros, o Rio de Janeiro é o que vem apresentando o melhor desempenho, o que mostra que não só a capital, mas o interior, têm se mostrado bastante positivos para a abertura de novas franquias e, em consequência, de novos postos de trabalho, melhorando cada vez mais o faturamento. A região metropolitana, a Região dos Lagos e o Sul Fluminense têm atraído muitos empreendedores.

Expo Franchising

O presidente da ABF RJ informou que há franquias acessíveis para todos os bolsos, a partir de R$ 5 mil, para os chamados empreendimentos home based (baseados em casa), até R$ 2 milhões, que são as franquias macro, como lojas âncora de shoppings. O tema será objeto de palestra na 16ª Expo Franchising ABF Rio, feira tradicional do setor, que acontecerá no período de 21 a 23 deste mês, no Riocentro, na Barra da Tijuca, zona oeste da capital fluminense. “A gente tem hoje inúmeras possibilidades para quem está querendo empreender e ser dono do seu próprio negócio, cujo crescimento é organizado”.

A feira trará novidades em termos de conteúdo. Mais de 20 startups (empresas nascentes) vão falar sobre franchising e oferecer ferramentas aos empreendedores. Haverá mentorias, podcasts (material na forma de áudio), onde serão entrevistados não só expositores, mas visitantes; além de palestrantes renomados do mercado, passando informação de como abrir uma franquia, cuidados que devem ser tomados, vantagens de ser um franqueado.

A 16ª Expo Franchising terá mais de 3 mil metros quadrados de área, com mais de 100 marcas de diferentes segmentos em exposição. São esperados mais de 15 mil visitantes. Clodoaldo Nascimento recomendou às pessoas que desejam entrar no setor que “abram aquela franquia com a qual se identificam. Nada melhor do que fazer algo que você goste”.

Na avaliação do governador Cláudio Castro, “os bons resultados demonstram a recuperação do setor e da economia fluminense, além de evidenciar a alta procura das marcas de franquias pelo estado”. Para o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Vinicius Farah, o franchising é fundamental não só por movimentar bilhões de reais em investimento e negócios. “O setor gera milhares de postos de trabalho para a população e representa uma excelente oportunidade para quem busca empreender”, afirmou.

SP: evento estimula arte e brincadeira para discutir sustentabilidade


Logo Agência Brasil

A cidade de São Paulo abriu, neste sábado (16), a 13ª edição da Virada Sustentável, que propõe a visualização de um presente e um futuro de sustentabilidade, a partir do estímulo à arte e à brincadeira. Para levar a mensagem a todos os públicos até o próximo dia 24, a organização do festival adotou como estratégia o oferecimento de atividades em diversos pontos da capital paulista.

Fazem parte do roteiro os parques Villa-Lobos, Augusta e Bruno Covas, além do Unibes Cultural e Ocupação Nove de Julho. Unidades do Sesc-SP e a rede de 56 CEUs (centros educacionais unificados), que também terão programação, o que evidencia a capilaridade do evento, que conta com parceria da Organização das Nações Unidas (ONU).

Notícias relacionadas:

Outra característica do evento é a variedade de temas abordados. Buscando manter uma postura apartidária, o evento assumer as bandeiras da biodiversidade, inclusão social e do combate ao racismo e alerta sobre as mudanças climáticas em curso.

Em novembro, Belém sediará, pela primeira vez, o festival. Em Manaus, o evento será realizado pela 11ª vez, no mesmo mês.

Para saber o que a organização reserva para cada um dos dias de programação, basta consultar o site oficial do evento.

MP de Pernambuco investiga oito mortes em Camaragibe e Paudalho


Logo Agência Brasil

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) abriu dois procedimentos para investigar oito homicídios ocorridos entre a noite de quinta (14) e a madrugada de sexta-feira (15) nos municípios de Camaragibe e Paudalho. As mortes começaram em Camaragibe, quando dois policiais que tinham ido atender a uma ocorrência foram assassinados.

Depois da morte dos policiais, três irmãos do suspeito de assassinar os policiais foram mortos. Em seguida, foram mortas também a mãe do suspeito e outra mulher.

O oitavo morto foi o próprio suspeito de assassinar os policiais. Segundo a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, ele morreu em confronto com policiais. “A polícia já investiga as circunstâncias em que cada uma das mortes se deu. O Grupo de Operações Especiais da Polícia Civil foi destacado para conduzir essas investigações”, disse a governadora, em pronunciamento na sexta-feira, complementando que foram crimes bárbaros.

Notícias relacionadas:

A investigação do Ministério Público estadual ficará a cargo do do Grupo de Atuação Conjunta Especial (Gace) Controle Externo, da 1ª Promotoria Criminal de Camaragibe e do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

O MPPE requisita à Chefia da Polícia Civil, ao Comando da Polícia Militar, ao Instituto de Criminalística, ao Instituto de Medicina Legal e à Secretaria de Defesa Social de Pernambuco laudos periciais e outras documentações referentes às investigações.

Judoca Larissa Pimenta é tetracampeã pan-americana


Logo Agência Brasil

A judoca Larissa Pimenta ganhou da  compatriota Jéssica Pereira, na semifinal, e superou a adversária mexicana na decisão para ficar com a medalha de ouro na categoria meio-leve (52kg) no Pan-Americano e da Oceania em Calgary (Canadá). Jéssica ficou com o bronze.

Os demais ouros nacionais vieram com Matheus Takaki (60kg), estreante em continentais, ao vencer o australiano Joshua Katz, por waza-ari, e com Daniel Cargnin, dono de dois títulos pan-americanos nos 66kg. Essa foi a primeira conquista do medalhista olímpico na categoria 73kg.

Notícias relacionadas:

A prata foi da campeã olímpica Rafaela Silva, categoria leve feminina (57kg). A carioca caiu na final para a anfitriã Christa Deguchi,  também campeã mundial, assim como a brasileira.
As demais medalhas de bronze foram de Michel Augusto (60 kg), Natasha Ferreira (48kg) e Willian Lima (66kg).

 

Mandante da Chacina de Unaí entrega-se à PF 19 anos após crime


Logo Agência Brasil

Condenado como mandante da Chacina de Unaí, em Minas Gerais, em que auditores fiscais do trabalho foram assassinados em 2004, o fazendeiro Antério Mânica, prefeito da cidade mineira de 2007 a 2012, entregou-se na manhã deste sábado (16) à Polícia Federal em Brasília. O irmão dele, Norberto Mânica, é considerado foragido.

Na última quarta-feira (13), o Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF-6), em Belo Horizonte, determinou a prisão imediata dos irmãos Mânica e de dois condenados por intermediarem a chacina. Na quinta-feira (14), José Alberto de Castro, condenado por contratar os pistoleiros para o crime, havia sido preso em Minas Gerais, mas o quarto condenado, Hugo Alves Pimenta, também está foragido.

Notícias relacionadas:

O TRF-6 atendeu a pedido do Ministério Público Federal de prisão imediata dos dois mandantes da chacina por poderem usar o poder político e econômico para atrapalhar o processo. Na terça-feira (12), a 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) tinha autorizado a prisão de três condenados pelo crime, Norberto Mânica, Castro e Pimenta.

O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait) emitiu nota após a prisão de Antério Mânica. “Toda a luta do Sinait e dos familiares das vítimas ao longo dos últimos quase 20 anos não foi em vão, e certamente, sem esse trabalho, não teríamos chegado a esse desfecho, pois os envolvidos são pessoas de alto poder econômico, com os melhores advogados de defesa”, destacou o comunicado.

Em 28 de janeiro de 2004, os auditores fiscais do Trabalho Erastóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares e Nelson José da Silva e o motorista Ailton Pereira de Oliveira foram mortos à queima-roupa em uma emboscada na zona rural de Unaí. Eles investigavam denúncias de trabalho análogo à escravidão. As investigações apontaram os irmãos Mânica como mandantes do crime.

Em 2015, Antério e Norberto foram condenados a 100 anos de prisão, mas recorreram em liberdade por serem réus primários. O ex-prefeito teve a condenação anulada após o irmão confessar ser o único mandante, mas, em maio do ano passado, Antério foi novamente julgado pela Justiça Federal e condenado a 64 anos de prisão. Os dois irmãos recorreram da condenação e aguardavam o julgamento dos recursos em liberdade.

Condenados por terem contratados os atiradores, José Alberto de Castro e Hugo Pimenta também aguardavam o resultado dos recursos em liberdade. Os únicos que cumpriam pena até agora eram os três pistoleiros, Erinaldo Vasconcelos, Rogério Allan e William Miranda. Presos desde 2004, eles foram condenados em 2013.

Mutirões recolhem lixo de ruas e praias em Dia Mundial da Limpeza


Logo Agência Brasil

Voluntários em diversos municípios brasileiros fazem neste sábado (16) mutirões para retirar lixo das ruas e outros espaços públicos, como as praias. A mobilização marca o Dia Mundial da Limpeza, criado em 2018, que ocorre em 197 países e territórios do mundo.

No Brasil, é esperada a participação de 500 mil voluntários em mais de 2 mil ações, que devem ocorrer em 1.200 municípios, ao longo deste sábado e do mês de setembro. “Essa é a sexta edição do evento, que sempre acontece no terceiro sábado do mês de setembro”, explica Edilainne Muniz Pereira, da organização não governamental Limpa Brasil, que coordena as ações no país.

Notícias relacionadas:

Segundo ela, a ideia é conscientizar a população da importância não só de limpar as ruas, mas principalmente de deixar de sujá-las. “O lixo traz um impacto muito negativo, quando descartado de forma inadequada. A consequência disso é a poluição dos nossos córregos, rios e oceanos, por exemplo, além da questão de proliferação de doenças e das enchentes”, afirma.

Edilainne destaca que quando as pessoas são levadas às ruas para recolher o lixo, elas passam a conhecer melhor a dimensão do problema do descarte inadequado de resíduos. “Elas podem ter uma mudança de comportamento e tomar uma decisão de repensar os modelos de descarte e de consumo. E também podem começar a se enquadrar em outras pautas da sustentabilidade e conservação do planeta”.

Rio de Janeiro (RJ), 16/09/2023 – No Dia Mundial de Limpeza de Rios e Praias - CleanUp Day, voluntários recolhem lixo na praia de Copacabana, na zona sul da capital fluminense. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Rio de Janeiro (RJ), 16/09/2023 – No Dia Mundial de Limpeza de Rios e Praias – CleanUp Day, voluntários recolhem lixo na praia de Copacabana, na zona sul da capital fluminense. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil – Tomaz Silva/Agência Brasil

Uma das ações realizadas no Rio de Janeiro na manhã deste sábado, por exemplo, foi a limpeza da praia de Jacuecanga, em Angra dos Reis, no litoral sul do estado, sob a coordenação do projeto do Mangue ao Mar. Além de catar o lixo, os voluntários ajudam a catalogar os resíduos para conhecer os tipos que são jogados ou levados pela maré até o local.

As informações serão encaminhadas ao Poder Público para que sejam tomadas providências a fim de minimizar o problema. “Devemos tratar os oceanos como se a nossa vida dependesse deles, porque é isso que acontece. O desperdício é um sintoma, um resultado cruel do nosso estilo de vida. Mais do que uma faxina, o Dia Mundial da Limpeza é uma chance de impulsionar a cooperação entre voluntários, Poder Público e sociedade em direção a soluções”, afirma a oceanógrafa Andie Maral, uma das coordenadoras da ação em Angra.

Também houve ações em praias da zona sul da capital fluminense, como a Praia do Flamengo, onde a Rede de Conservação Águas da Guanabara (Redagua) reuniu voluntários, como a economista Bianca Bezerra, para recolher lixo da área.

Rio de Janeiro (RJ), 16/09/2023 – No Dia Mundial de Limpeza de Rios e Praias - CleanUp Day, voluntários recolhem lixo na praia de Copacabana, na zona sul da capital fluminense. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Rio de Janeiro (RJ), 16/09/2023 – No Dia Mundial de Limpeza de Rios e Praias – CleanUp Day, voluntários recolhem lixo na praia de Copacabana, na zona sul da capital fluminense. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil – Tomaz Silva/Agência Brasil

“A gente tem que fazer a nossa parte para preservar a natureza, o ecossistema, porque quem está acostumado a frequentar praia, vê a quantidade de sujeira que a gente encontra. Dá uma tristeza”, disse a voluntária. 

O World Clean Up Day, como é oficialmente conhecida a data, nasceu de uma mobilização na Estônia em 2008, quando 50 mil pessoas percorreram o país para retirar 10 mil toneladas de lixo em apenas cinco horas.