Toffoli vota contra marco temporal de terras indígenas


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O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta quarta-feira (20) contra o marco temporal para demarcação de terras indígenas.

Com o voto do ministro, o placar da votação é de 5 votos a 2 contra a tese. O julgamento foi suspenso para intervalo. Em seguida, o ministro fará a leitura complementar de seu voto. Os demais ministros também devem votar. 

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No entendimento de Toffoli, a Constituição não estabeleceu marco temporal para reconhecimento do direito dos indígenas. 

“A proteção constitucional aos direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam independe da existência de um marco temporal em 5

de outubro de 1988″, afirmou.

Até o momento, além de Toffoli, os ministros Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Cristiano Zanin se manifestaram contra o marco temporal. Nunes Marques e André Mendonça se manifestaram a favor. O STF está na décima sessão para julgar o caso. 

Pela tese defendida por proprietários de terras, os indígenas somente teriam direito às terras que estavam em sua posse no dia 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal, ou que estavam em disputa judicial na época. Os indígenas são contra o entendimento.

O processo que motivou a discussão trata da disputa pela posse da Terra Indígena Ibirama, em Santa Catarina. A área é habitada pelos povos Xokleng, Kaingang e Guarani, e a posse de parte da terra é questionada pela procuradoria do estado.

Setores com impactos ambientais lideram incentivos a Norte e Nordeste

Criados nos anos 1960 para estimular o desenvolvimento no Norte e no Nordeste, os benefícios fiscais da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) concentram-se em setores ligados à exploração de recursos naturais. Em 2021, de R$ 42,38 bilhões concedidos em incentivos às duas regiões, R$ 22,12 bilhões (52,2% do total) beneficiaram-se em cinco empresas, todas do setor de mineração, energia e petróleo, atividades com alto impacto ambiental.

O maior incentivo foi concedido à mineradora Vale, que detém a maior exploração de minério de ferro do mundo em Carajás (PA) e recebeu R$ 18 bilhões em 2021. Em contrapartida, a companhia pagou apenas R$ 4,3 bilhões em royalties pela extração de ferro na área. Segundo o Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), a mineradora, na prática, recebeu um subsídio de R$ 13,7 bilhões apenas por atuar na Amazônia Legal.

As outras quatro empresas que concentram metade dos incentivos para a Sudam e a Sudene são as seguintes: Centrais Elétricas do Norte (R$ 1,21 bilhão), Salobo Metais (R$ 1,18 bilhão), Petrobras (R$ 866,3 milhões) e Companhia Hidroelétrica do São Francisco (R$ 845,6 milhões). A lista segue com mineradoras e empresas ligadas ao agronegócio e ao escoamento de grãos, madeira e carne.

Detalhamento

Pelo mecanismo em vigor há 60 anos, as companhias com projetos aprovados pela Sudam e pela Sudene têm redução de 75% no Imposto de Renda Pessoa Jurídica e a retenção de 30% do valor devido do tributo para reinvestimentos nas regiões. Durante décadas, a Receita Federal só divulgou o agregado das instituições das renúncias fiscais, como os benefícios da Sudam e da Sudene.

O detalhamento dos dados por empresas só veio em maio deste ano, quando a Receita Federal editou a Portaria 319/2023, que aumentou a transparência dos incentivos fiscais, atendendo à determinação da Emenda Constitucional Emergencial, promulgada em 2021. Essa emenda obriga um plano de revisão de benefícios tributários.

Recomendações

Em 2019, os incentivos fiscais da Sudam e da Sudene foram prorrogados até o fim deste ano. Em maio de 2023, a Câmara dos Deputados aprovou o PL 4.416/2021, que estende novamente os benefícios por dez anos. O Inesc critica a falta de debates na tramitação do projeto, sem a análise da eficácia dos incentivos nem do impacto das atividades beneficiadas sobre o meio ambiente, a garantia de direitos territoriais dos povos.

Um dos exemplos criticados pelo Inesc diz respeito a uma empresa de logística que obteve benefício de R$ 17,5 milhões em 2021. A companhia é acusada de violar práticas socioambientais no Pará, prejudicando as populações indígenas locais e sem mitigar ou compensar os danos causados, como poluição de caminhões, aumento do trânsito nas cidades ao longo da BR-153 e alta no número de acidentes rodoviários.

“Os incentivos fiscais para Amazônia foram sendo prorrogados pelo Congresso Nacional com apoio e/ou sem resistência dos sucessivos governos, década após década longe do debate público e apadrinhados por políticos ligados aos grupos de interesse econômicos que sempre se beneficiaram desses incentivos”, critica o Inesc.

A entidade pede que o projeto, que foi para o Senado seja apensado a um projeto de autoria do senador Beto Faro (PT-PA), que inclui, na definição dos incentivos da Sudam e da Sudene, parâmetros de enfrentamento à pobreza e à concentração fundiária e de transição para a economia de baixo carbono.

O Inesc também pede que o governo federal reveja o Decreto 4.212, de 2002, que define os setores prioritários para receberem incentivos. A entidade quer que a concessão de benefícios considere projetos que promovam o desenvolvimento de cadeias de valor ambiental, social, econômico ancoradas na biodiversidade e nos direitos socioterritoriais.

Resposta

Por meio de nota, a mineradora Vale respondeu que as informações sobre isenção fiscal da Vale são públicas e os investimentos ambientais, sociais e econômicos relacionados a esses benefícios incentivos são divulgados regularmente, dentro da política de transparência da empresa com a sociedade.

Segundo a edição mais recente do Relatório de Transparência Fiscal da companhia, publicado em julho, no ano passado a mineradora recebeu incentivos totais de R$ 1,4 bilhão. A Receita Federal só divulgará no próximo ano os dados de incentivos fiscais por empresas em 2022.

A mineradora diz ter compromisso com investimentos sociais e culturais e com a compensação de impactos ambientais das atividades, incluindo o respeito aos povos indígenas e às comunidades tradicionais. A empresa diz ter gastado, apenas no Pará, R$ 29,5 bilhões no ano passado, com R$ 11,4 bi em compras de fornecedores locais. A companhia afirmou que contribui para o desenvolvimento da região, empregando 47 mil trabalhadores próprios no estado.

A Agência Brasil também entrou em contato com a Petrobras e aguarda resposta.

Marinha resgata sete tripulantes de embarcação que estava à deriva


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A Marinha do Brasil concluiu nesta quarta-feira (20), na costa do Maranhão, o resgate de sete tripulantes de uma embarcação pesqueira que saiu de Camocim, no Ceará, e ficou 6 dias à deriva, após apresentar falha mecânica. 

As buscas tiveram início no final da tarde de segunda-feira (18), depois de um alerta recebido pelo Serviço de Busca e Salvamento da Marinha Norte (Salvamar), em Belém. Após a operação, os tripulantes do barco, encontrado a cerca de 226 quilômetros de São Luís, desembarcaram na capital maranhense.

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“Os tripulantes tinham mantimentos e água a bordo, o que os manteve em boas condições de saúde”, informou a Marinha.

O barco saiu do município de Camocim, no dia 4 de setembro, mas perdeu o leme após falha mecânica após alguns dias de navegação.

No resgate, o Salvamar empregou um helicóptero Super Cougar do 1º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral do Norte (EsqdHU-41), subordinado ao Comando do 4º Distrito Naval. O resgate teve ainda apoio da Capitania dos Portos do Maranhão, do Corpo de Bombeiros do Maranhão e do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de São Luís.

“Estávamos na esperança de que o resgate viria por meio de alguma embarcação que passaria pelo local, quando avistamos a aeronave da Marinha. Foi motivo de alívio e alegria”, disse o pescador José Augusto do Nascimento, de 52 anos de idade, o primeiro tripulante a ser içado da embarcação até o helicóptero.

A Marinha informou que os pescadores voltarão para o município de Camocim. Uma embarcação foi enviada para o local para realizar o reboque do barco que estava à deriva e também levar para Camocim.

InfoGripe mantém alerta para aumento de casos de covid-19


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Boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), segue similar ao da semana passada, no qual se identificou um ligeiro aumento nos casos de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG) associadas à covid-19, majoritariamente localizados em estados do Sudeste e do Centro-Oeste, com destaque para o Rio de Janeiro, São Paulo e Goiás.

As informações são referentes à Semana Epidemiológica 37 – de 10 a 16 de setembro – e a análise tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 18 de agosto.

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Coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes destaca que a população adulta é a mais afetada e faz um alerta para alguns estados do Sudeste e do Centro-Oeste.

“O que continua chamando a atenção é essa retomada do crescimento da covid-19, especialmente no Rio de Janeiro, São Paulo e Goiás. É um processo lento. O Rio de Janeiro chama um pouco mais a atenção, pois a situação está mais clara, mas São Paulo também já começa a ficar mais evidente”, afirmou Gomes, em nota.

Vacinação em dia

Em função da retomada que se observa, o pesquisador relembra a importância da vacinação em dia. “Temos a vacina bivalente, agora disponível para a maior parte das faixas etárias. E mesmo para aquelas faixas para as quais a bivalente ainda não está aprovada, estar em dia com a vacina disponível para a sua idade é fundamental, especialmente agora que observamos esse aumento”, destacou.

Em relação aos casos gerais de SRAG no país, detectou-se sinal de queda na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) e de estabilidade na de curto prazo (últimas três semanas).

Já para os vírus da influenza A e para o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), o cenário é de estabilidade ou queda na maioria dos estados. Apesar de ainda ter um volume expressivo no número de ocorrências de rinovírus em alguns estados, principalmente em crianças e pré-adolescentes, há uma tendência de interrupção no crescimento ou início de queda.

Polícia Federal reprime contrabando e venda de ouro venezuelano


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A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quarta-feira (20), a Operação Eldorado, com o objetivo de prender suspeitos de liderarem um esquema de contrabando e venda de ouro venezuelano, extraído de garimpos ilegais.

O esquema que teria movimentado quase R$ 6 bilhões envolve a entrada clandestina do minério, no Brasil, como pagamento pela exportação de alimentos por mercados de Roraima e do Amazonas.

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Segundo o inquérito, os principais investigados desse esquema também teriam envolvimento com a exploração clandestina do ouro em Terras Indígenas Yanomami (TIY), e em garimpos espalhados em outros estados brasileiros.

Pela Operação Eldorado, serão cumpridos dois mandados de prisão preventiva e 40 de busca e apreensão nos estados de Roraima, Amazonas, Goiás e, ainda, no Distrito Federal, expedidos pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária de Boa Vista-RR.

Ouro venezuelano

De acordo com a Polícia Federal, as transportadoras contratadas pelos suspeitos esconderiam no interior de caminhões o ouro contrabandeado da Venezuela. Os veículos entrariam em Roraima, sem os procedimentos necessários e pagamento de tributos devidos.

Posteriormente, o minério seria comprado por outros integrantes do esquema e enviado para empresas atuantes no ramo de exploração de minério aurífero, responsáveis por concretizar o pagamento aos supermercados e às distribuidoras de alimentos.

Além dos mandados de prisão e buscas, a Justiça também determinou a indisponibilidade de ativos no mercado financeiro, além de veículos e aeronaves dos investigados.

Terra Indígena Yanomami

Neste ano, a Polícia Federal, em ação conjunta com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), tem realizado diversas operações que já resultaram na destruição de acampamentos, maquinário e combustíveis encontrados em Terras Indígenas Yanomami, em locais que possuíam garimpos em atividade.

Os agentes públicos também fiscalizaram pistas clandestinas, localizadas em regiões próximas à reserva indígena, no estado de Roraima, e desmantelaram uma oficina clandestina, localizada na mata, que realizaria manutenção de aeronaves dedicadas ao garimpo ilegal.

E contra o financiamento da logística do garimpo ilegal, já foram bloqueados recursos financeiros, visando descapitalizar os grupos criminosos.

Além das atividades ostensivas de combate à criminalidade na TIY, a PF tem atuado na condução de procedimentos investigativos que apuram o envolvimento de centenas de suspeitos com a cadeia produtiva criminosa que opera na região, inclusive de membros de facções criminosas e de grupos econômicos.

*Com informações da Polícia Federal.

UE pedirá à China que pressione Rússia por “paz justa” na Ucrânia


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O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, pedirá à China diretamente no Conselho de Segurança das Nações Unidas que faça mais para pressionar a Rússia em direção a uma “paz justa” na Ucrânia. A Reuters teve acesso exclusivo ao discurso preliminar de Michel na Assembleia Geral da ONU.

Na reunião do Conselho de Segurança nesta quarta-feira (20), durante a Assembleia Geral anual de alto nível da ONU em Nova York, Michel pedirá “uma paz justa que respeite a Carta da ONU e seus princípios fundamentais – a integridade territorial de uma nação soberana”.

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Michel então se dirigirá diretamente à delegação chinesa para dizer: “Como nações responsáveis, vamos unir forças para persuadir a Rússia a acabar com essa guerra criminosa que está prejudicando tantas pessoas”, diz o rascunho.

O vice-presidente da China, Han Zheng, está em Nova York para a reunião anual de líderes mundiais e espera-se que ele represente a China no encontro do conselho de 15 membros, segundo diplomatas.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, também deve participar da reunião do conselho.

A China se absteve de votar na Assembleia Geral da ONU, composta por 193 membros, que exigiu de forma esmagadora que Moscou retirasse suas tropas da Ucrânia e parasse os combates. A Rússia invadiu sua vizinha em fevereiro de 2022.

As abstenções da China pareceram refletir uma tentativa de permanecer na cerca diplomática sobre a guerra na Ucrânia. Pequim disse que a soberania e a integridade territorial de todos os países devem ser respeitadas, mas – em um aceno ao desconforto da Rússia com a Otan – acredita que todas as preocupações de segurança devem ser abordadas.

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Governo cria grupo de trabalho para promover crescimento do país


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O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) criou um Grupo de Trabalho para Redução do Custo Brasil (GT-CB), com o objetivo de propor medidas que aumentem a competitividade e promovam o crescimento do país. O colegiado funcionará por quatro anos, conforme determina a resolução publicada nesta quarta-feira (20), no Diário Oficial de União.

O Custo Brasil é o conceito usado para definir os desafios e entraves ao crescimento econômico do país, como problemas de logística, burocracias, entraves jurídicos e alta carga tributária que tornam o custo dos produtos nacionais altos e os investimentos menos atraentes. De acordo com um estudo realizado pelo Movimento Brasil Competitivo (MBC), em parceria com o MDIC, e apresentado em maio deste ano, atualmente o Custo Brasil chega a R$ 1,7 trilhão por ano.

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O estudo chegou a esse valor, a partir da despesa adicional que as empresas brasileiras precisam gastar para produzir no país, comparados a média do custo da produção nos países que integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Os custos são baseados em 12 indicadores de áreas fundamentais para garantir a competitividade do setor empresarial, como o custo para empregar um trabalhador, por exemplo.

Para reduzir esses desafios, o grupo tem como metas melhorar a produtividade, competitividade e o ambiente de negócios da economia brasileira, por meio de propostas de políticas públicas e melhoria da regulamentação de responsabilidade do Poder Executivo. Essas soluções serão submetidas ao Comitê-Executivo do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), que também será o responsável por coordenar o GT-CB, por meio da sua Secretaria-Executiva.

Além do CNDI, o colegiado terá a participação de representantes de outros 20 órgãos, como a Casa Civil da Presidência da República, duas secretarias do MDIC, 15 ministérios, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Os representantes terão suplentes e suas atividades não geram remuneração além da que já recebem na prestação de serviço público.

O GT se reunirá todos os meses, podendo ter reuniões extras, caso seja necessário. E a cada encontro, deverá gerar um relatório de monitoramento das atividades realizadas, para ser submetido ao CNDI.

Vamos novamente tirar o Brasil do mapa da fome, diz Wellington Dias


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Ao repercutir a fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, reiterou que o governo tem como meta retirar o país do mapa da fome novamente. Em entrevista a emissoras de rádio durante o programa Bom Dia, Ministro, Dias lembrou que, atualmente, 33 milhões de pessoas passam fome no Brasil.

“Afirmo aqui para o Brasil inteiro: nós vamos, novamente, tirar o Brasil do mapa da fome. O Plano Brasil sem Fome, lançado por ele [Lula] no meu estado, no Piauí, tem essa missão. E estamos abraçando com todo carinho o desafio. Garantir que a gente tenha transferência de renda, complemento de alimentação, mas também o caminho de tirar da pobreza e da promoção social. É isso que quer o presidente da República pelo Brasil apresentado na ONU.”

Brasília (DF), 20/09/2023,  Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, durante entrevista no programa 'Bom dia, Ministro', nos estúdios da EBC.  Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, foi o convidado desta quarta-feira do programa Bom dia, MinistroRafa Neddermeyer/Agência Brasil

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Outro ponto citado pelo ministro é o aumento da pobreza no país. Segundo ele, em 2018, o Brasil havia alcançado seu menor patamar de pobreza: 18%. “Agora, quando a gente assume [o governo], são 94 milhões de pessoas no Cadastro Único, ou seja, na pobreza, o que significa algo próximo de 45%”, disse. “Subiu a pobreza e também o número de pessoas na extrema pobreza”, completou, ao citar um total de 55 milhões de beneficiários do Auxílio Brasil.

“Como brasileiro, independentemente das disputas políticas, dá um orgulho danado a gente ver o nosso presidente na ONU, colocando na mesa, ali, como a pauta principal, os temas do povo do Brasil e do mundo. Principalmente o tema dos mais pobres”, destacou. “Quando o presidente desafio o mundo, veja só a indignação. Indignação com a fome, a pobreza, a guerra, o desrespeito ao ser humano.”

“E mais: apresentando a necessidade de o mundo priorizar. Como ele diz, é uma decisão política. Como é que o mundo coloca mais de US$ 1 trilhão por ano para guerras e vem dizer que não tem dinheiro para matar a fome de quem precisa, para reduzir a pobreza? Também aumenta o nosso desafio, no Brasil, principalmente para a equipe que comigo está no ministério”, concluiu.

Copom define nesta quarta-feira taxa básica de juros


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O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), define, nesta quarta-feira (20), em Brasília, a taxa básica de juros, a Selic. Na sexta reunião de 2023, a expectativa é que o órgão reduza a taxa dos atuais 13,25% ao ano para 12,75% ao ano. Esse deverá ser o segundo corte desde agosto, quando a autoridade monetária interrompeu o ciclo de aperto monetário diante da forte queda da inflação nos últimos meses. 

Na ata desse último encontro, os membros do colegiado já previam cortes de 0,5 ponto nas próximas reuniões. Segundo o documento, o órgão avalia que esse será o ritmo adequado para manter a política monetária contracionista (juros que desestimulam a economia) necessária para controlar a inflação.  

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Segundo a edição mais recente do Boletim Focus, pesquisa semanal com analistas de mercado, a taxa básica realmente cairá 0,5 ponto percentual, embora algumas instituições projetem corte de até 0,75 ponto. A expectativa do mercado financeiro é que a Selic encerre o ano em 11,75% ao ano. 

Inflação 

Na ata da última reunião, o órgão também informou que a evolução do cenário econômico e a forte queda da inflação permitiram “acumular a confiança necessária para iniciar um ciclo gradual de flexibilização monetária”. Após uma série de comunicados duros no início do ano, em que não descartava a possibilidade de elevar a Taxa Selic, o Copom mudou de tom por causa do comportamento dos preços. 

Apesar do recuo da inflação, o Copom informou que alguns preços ainda estão subindo ou caindo menos que o previsto. De acordo com o órgão, a autoridade monetária reduzirá os juros de forma conservadora. 

Com a forte desaceleração dos índices de preços nos últimos meses, as expectativas de inflação têm caído. Segundo o Focus, a estimativa de inflação para este ano passou de 4,93% para 4,86%. 

Em agosto, puxada por habitação e saúde, o IPCA ficou em 0,23%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar de acelerar em relação a julho, o indicador ficou abaixo das previsões por causa da queda do preço dos alimentos. Com o resultado, o indicador acumulou alta de 3,23% no ano e de 4,61% nos últimos 12 meses. 

Para este ano, a meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC – definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) – é de 3,25%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior é 4,75%. Para 2024 e 2025, as metas são de 3% para os dois anos, com o mesmo intervalo de tolerância. 

No último Relatório de Inflação, divulgado no fim de junho pelo Banco Central, a autoridade monetária reconhece a possibilidade de leve estouro da meta de inflação neste ano. No documento, a estimativa é que o IPCA atingirá 5% este ano. O próximo relatório será divulgado no fim de setembro. 

Taxa Selic 

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia. Ela é o principal instrumento do Banco Central para manter a inflação sob controle. O BC atua diariamente por meio de operações de mercado aberto – comprando e vendendo títulos públicos federais – para manter a taxa de juros próxima do valor definido na reunião. 

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.   

Ao reduzir a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.   

O Copom reúne-se a cada 45 dias. No primeiro dia do encontro, são feitas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas das economias brasileira e mundial e o comportamento do mercado financeiro. No segundo dia, os membros do Copom, formado pela diretoria do BC, analisam as possibilidades e definem a Selic.

Bragantino assume 3ª posição do Brasileiro após vitória sobre América


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O Bragantino foi até a Arena Independência, na noite desta terça-feira (19), e derrotou o América-MG por 2 a 0 para assumir a 3ª posição do Campeonato Brasileiro com 42 pontos. Já o Coelho permanece na vice-lanterna da competição com 17 pontos.

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Mesmo fora de casa, o Massa Bruta iniciou melhor a partida e abriu o placar aos 35 minutos do primeiro tempo, quando o volante Jadsom marcou após aproveitar rebote dado pelo goleiro Matheus Cavichioli em chute de Vitinho.

Aos 48 minutos do segundo tempo o Coelho teve a oportunidade de tentar a reação, mas o atacante Mastriani viu o goleiro Cleiton defender seu pênalti.

A vitória do Bragantino foi confirmada no último lance do confronto. Aos 54 minutos da etapa final Lucas Evangelista chutou forte e a bola passou por baixo do goleiro Matheus Cavichioli.