Sobem para 14 as mortes em desabamento de ponte entre TO e MA


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Mais um corpo foi resgatado na manhã deste sábado (4) no Rio Tocantins, onde desabou a Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira que ligava Aguiarnópolis (TO) a Estreito, no Maranhão. Com a localização da vítima, chegam a 14 as mortes confirmadas e três pessoas ainda permanecem desaparecidas.

Segundo o Comando do 4º Distrito Naval da Marinha, que integra a força-tarefa de busca e resgate no rio Tocantins, o corpo estava nas proximidades dos destroços e foi retirado do local às 10h25.

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Segundo o chefe do destacamento de mergulhadores da Marinha, capitão de mar e guerra Albino Santos, os destroços no local do desabamento aumentam o desafio no trabalho de busca e resgate das vítimas, exigindo o emprego de profissionais altamente especializados e o uso de diferentes técnicas.

São realizados diariamente mergulhos para identificar e marcar os pontos de interesse, e mergulhos a ar dependente, com mais autonomia e tempo para exploração nas áreas que ultrapassam 40 metros de profundidade.

“O mergulho a ar dependente conta com uma série de aparatos próprios destinados a essa técnica. Por exemplo, a tradicional máscara é substituída por capacete. Com ele, o mergulhador consegue receber o ar que vem da superfície”, explica.

Queda

A Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que ligava os estados do Maranhão e Tocantins pela BR-226, desabou no fim da tarde do dia 22 de dezembro de 2024. A operação de busca e resgate teve início ainda no mesmo dia, com o reforço de várias frentes como Corpo de Bombeiros, empresas privadas e o emprego de embarcações, helicóptero e viaturas na região.

Até o momento, o trânsito de veículos – por meio de balsas – na região ainda não foi estabelecido pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). As empresas responsáveis pela manutenção da BR-226 “estão mobilizadas para atender exigências da Marinha do Brasil na execução dos acessos e do atracadouro necessários para a operação das balsas”.

Cumprida essa etapa e a liberação da outorga junto a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), as balsas deverão entrar em operação imediatamente sem custos. O serviço garantirá a travessia de carros de passeio, ambulâncias e caminhonetes.

* Com informações da Agência Marinha de Notícias

Gabigol é apresentado pelo Cruzeiro em um Mineirão lotado


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O atacante Gabriel Barbosa, o principal nome do pacote de reforços do Cruzeiro para a próxima temporada, foi apresentado neste sábado (4) no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, em festa que reuniu mais de 40 mil torcedores.

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“Boa tarde. Primeiro quero agradecer a Deus por esse momento, agradecer ao nosso Pedrinho [o empresário Pedro Lourenço, que é o dono da SAF do Cruzeiro], porque sem ele isso não teria acontecido. Muito feliz, muito animado, e é o Cabuloso”, declarou o atacante, que nas últimas temporadas brilhou defendendo o Flamengo.

No decorrer da apresentação, Gabriel Barbosa deixou claro que chega à Raposa com muita disposição: “Quando eu tomei a decisão de assinar esse contrato, estava de coração e alma aqui dentro. O que posso prometer não são títulos, não é gol, e sim dedicação”.

Além do atacante, o Cruzeiro apresentou na festa realizada no Mineirão os meias-atacantes Dudu e Rodriguinho, o volante Christian, o meio-campista Eduardo e o lateral Fagner.

João Fonseca conquista o Challenger 125 de Camberra


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João Fonseca voltou a dar provas de que 2025 será um ano especial. Dias após encerrar 2024 com a conquista do Next Gen ATP Finals, o tenista brasileiro derrotou o norte-americano Ethan Quinn por 2 sets a 0 (duplo 6/4), na madrugada deste sábado (4), para garantir o título do Challenger 125 de Camberra (Austrália).

A competição disputada em Camberra é um dos torneios preparatórios para o Australian Open, Grand Slam do qual João Fonseca participará do qualifying a partir da próxima segunda-feira (6).

No dia 22 de dezembro de 2024, o tenista brasileiro de 18 anos de idade conquistou, em Jedá (Arábia Saudita), o título do Next Gen ATP Finals, competição que desde 2017 reúne os oito melhores tenistas de até 20 anos do circuito mundial. O atleta do Brasil alcançou o feito ao derrotar o norte-americano Learnen Tien por 3 sets a 1 (parciais de 2/4, 4/3, 4/0 e 4/2).

Novo ataque no Paraná deixa mais quatro indígenas feridos


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O povo avá-guarani da Terra Indígena (TI) Tekoha Guasu Guavirá, localizada entre Guaíra e Terra Roxa, no oeste do Paraná, voltou a sofrer ataques durante a noite dessa sexta-feira (3). Quatro indígenas ficaram feridos e precisaram ser encaminhados ao hospital Bom Jesus de Toledo, a cerca de 100 quilômetros de distância do local.

A Polícia Federal confirmou a ocorrência de crime por meio de nota e afirmou que forças de segurança pública federais, estaduais e municipais estiveram no local para evitar a ocorrência de novos episódios de violência. “Por volta das 21 horas, foram realizados disparos em direção à comunidade indígena instalada próximo ao bairro Eletrosul”, informou.

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De acordo com o comunicado, as investigações para apurar autoria e responsabilidade criminal dos envolvidos tiveram início ainda na sexta-feira e, na manhã deste sábado (4), peritos criminais federais colheram provas no local.

Durante os ataques a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) publicou um pedido de ajuda urgente em que solicitava às autoridades medidas cabíveis e punição dos criminosos. A nota também relatava as mensagens enviadas pelas lideranças avá-guarani à organização: “estamos cercados nesse momento” “está havendo tiros por todos os lados”, descreveu.

O Ministério dos Povos Indígenas (MPI) condenou os atos de violência que têm ocorrido de forma reiterada na região, desde o fim de dezembro de 2024.

“O MPI acompanha a situação junto aos indígenas por meio do seu Departamento de Mediação e Conciliação de Conflitos Fundiários Indígenas e está em diálogo com o Ministério da Justiça e Segurança Pública para a investigação imediata dos grupos armados que atuam na região”, informou.

Segundo denúncias do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), desde o dia 29 de dezembro de 2024, o local tem sido alvo de ações violentas que resultaram em um indígena baleado no braço, no dia 31, e outra indígena queimada no pescoço, no dia 30.

Reforço

De acordo com o MPI foi solicitado o aumento de efetivo da Força Nacional na região dos conflitos, com base na portaria 812/2024 que já havia autorizado a presença dos agentes na região. Segundo a Apib, os ataques demonstram que o efetivo presente não é suficiente. “Mesmo com a presença da Força Nacional da Região os ataques continuam!”, reforça o pedido de ajuda.

A reportagem da Agência Brasil solicitou o posicionamento do Ministério da Justiça e Segurança Pública sobre o reforço da Força Nacional no local e aguarda retorno.

Rodrigo Garro se envolve em acidente de carro com vítima fatal


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O meio-campista argentino Rodrigo Garro, do Corinthians, se envolveu em um acidente de carro que terminou com um motociclista vindo a óbito, na madrugada deste sábado (4) na localidade de General Pico, na província de La Pampa (Argentina).

Segundo nota emitida pela equipe do Parque São Jorge, após o acidente, “Garro prestou os primeiros depoimentos [à Polícia local], foi liberado e já está em sua casa”. Além disso, o Corinthians informou que “acompanha as investigações e aguardará a conclusão delas para voltar a falar sobre o caso”.

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A imprensa local afirma que o carro dirigido pelo meio-campista de 27 anos de idade colidiu de frente com uma moto, cujo condutor morreu no local. Matéria publicada pelo diário esportivo “Olé” informa que, no momento do acidente, Garro estava acompanhado no carro pelo jogador Facundo Castelli, que defende o Emelec (Equador). Tanto Garro como Castelli nada sofreram.

O meio-campista argentino foi um destaques do Corinthians no ano de 2024, disputando o total de 63 jogos, nos quais marcou 13 gols e deu 14 assistências.

Convergências estão acima de divergências, diz embaixador sobre Brics


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A diversidade de interesses com a nova composição do Brics, que tem a participação de mais nove países a partir deste ano, não ameaça os interesses em comum do bloco. Pelo contrário, segundo o embaixador Eduardo Saboia, sherpa do Brasil no Brics, responsável pelas articulações entre os países. “As convergências estão acima das divergências”, disse o diplomata em entrevista à Agência Brasil.

Agora, em 2025, o Brasil assumiu pela quarta vez a presidência rotativa do Brics em meio a expansão do bloco. Neste ano, vai contar com ao menos nove novos membros (Cuba, Bolívia, Indonésia, Bielorrússia, Cazaquistão, Malásia, Tailândia, Uganda e Uzbequistão). 

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Criado em 2009, o Brics originalmente reunia, além do Brasil, China, Índia e Rússia. A África do Sul foi o quinto país a ingressar, em 2011, e, no ano passado, Irã, Emirados Árabes Unidos, Egito, Etiópia e Arábia Saudita (não oficialmente) já haviam ingressado. Na nova presidência brasileira, um objetivo é promover o desenvolvimento sustentável. 

Na agenda de prioridades, o embaixador cita a promoção da governança inclusiva e responsável pela inteligência artificial. Outra atenção é sobre a necessidade de combate conjunto às mudanças climáticas e a necessidade de recursos. “A questão do financiamento é um consenso de que, se você quer promover a mitigação, você precisa pagar”, apontou o embaixador.

Eduardo Saboia ainda chama atenção para as ações em relação à saúde e desigualdades em um bloco com países de realidades distintas, mas que podem cooperar. Confira abaixo a entrevista

Agência Brasil – Em primeiro lugar, o senhor poderia avaliar de que forma o Brics estendido impacta o perfil do grupo?

Embaixador Eduardo Saboia – É um Brics com mais membros do que a gente estava acostumado. Essa ampliação ocorreu em 2024. Nós já tivemos um ano com cinco países membros, além dos países originais. Enfim, são países todos muito representativos do sul global. Trabalhamos muito bem durante a presidência russa e continuaremos a trabalhar muito bem com a presidência brasileira. 

O que nós teremos na presidência brasileira é que, além desses novos membros que entraram em 2024, teremos países parceiros, uma modalidade que foi aprovada recentemente. Nós vamos discutir, inclusive, de que maneira esses países serão engajados nas atividades do Brics.

Agência Brasil – Entre as prioridades da presidência brasileira está a preocupação com os avanços tecnológicos. Eu queria saber do senhor qual o papel do Brics por um regramento tanto da inteligência artificial quanto das redes sociais nesse grupo de países tão diverso?

Embaixador Eduardo Saboia – Eu acho que todos os países estão lidando com esse desafio dessa tecnologia disruptiva. É preciso que haja uma reflexão coletiva. Ela ocorre no Brasil. Temos essa discussão, inclusive, no Congresso, mas ela ocorre também no âmbito das Nações Unidas e é natural que países do tamanho dos Brics discutam a perspectiva do Sul Global, qual é a melhor governança que atende às nossas preocupações. 

As preocupações do mundo em desenvolvimento são preocupações relacionadas com a participação no avanço tecnológico, questões ligadas à desigualdade. A gente pode ter nos Brics diferenças, diferentes sistemas políticos, mas há uma grande convergência de visões, sobretudo em matéria de desenvolvimento.

Agência Brasil – Ainda em relação a uma agenda de prioridades, esse grupo tão diverso de países, como o senhor vê o desafio em relação ao combate às mudanças climáticas. Há interesses diversos também. Como o senhor pensa essa questão?

Embaixador Eduardo Saboia – Eu acho que são países em desenvolvimento que trabalham juntos já há alguns anos. As convergências estão acima das divergências. 

Qualquer solução sobre combate à mudança do clima deve envolver os países do Brics. Então, é bom que eles conversem. Haverá pontos em que eles não estarão de acordo, mas há muitos elementos de convergência. 

A questão do financiamento é um consenso (em relação ao combate às mudanças climáticas) de que, se você quer promover a mitigação, você precisa pagar. 

Os países em desenvolvimento precisam de ajuda. Há responsabilidades diferenciadas. 

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Agência Brasil – Há discussões sobre uma cesta de moedas para o grupo, por exemplo a possibilidade de substituir o dólar nas transações?

Embaixador Eduardo Saboia – Ninguém está falando em cesta de moedas ou moeda do Brics. 

O que existe é um trabalho muito sério, fundamentado em estudos, acompanhado de perto pelos Ministérios das Finanças e bancos centrais de discussão sobre meios de pagamento e utilização de moedas locais. Tudo tem o objetivo de aumentar o comércio, aumentar os fluxos de investimento entre os países, gerar prosperidade, renda, emprego e desenvolvimento.

Agência Brasil – Em relação ao combate às desigualdades sociais, esse tema une esses países todos?

Embaixador Eduardo Saboia – Sim, eu acho que você tem perfis diferentes. Há países que conseguiram uma transformação incrível. 

De tirar milhões de pessoas da pobreza, inclusive o Brasil. Mas há muito a se fazer nessa área

Uma área que eu acho interessante é a saúde. Você tem determinadas doenças, tuberculose é um exemplo, que atingem com muita intensidade os países. 

São áreas em que naturalmente existe uma vocação de colaboração, pesquisas em redes de especialistas e agências de vigilância sanitária.

Agência Brasil – Sobre o tema da saúde que o senhor citou, há esforços concentrados, por exemplo, para  produção e pesquisas sobre vacina?

Embaixador Eduardo Saboia – Eu acho que esses entendimentos já acontecem entre os vários ministérios. Hoje você já tem uma agenda tão vasta do Brics que eu diria que já tem, no Ministério da Saúde, uma interlocução com as contrapartes dos Brics, que já estão trabalhando nessas áreas, na área de vacina, por exemplo.

É uma área que é muito promissora. Nós trabalharemos na nossa presidência com afinco mas ela vai continuar. É um esforço que envolve vários setores da administração pública e isso me deixa muito animado com o trabalho que a gente faz.

Taxa de nascimentos prematuros do Brasil está acima da média global


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Os famosos “nove meses” de gravidez, na verdade, simplificam uma conta muito mais complexa: a gestação humana leva em torno de 40 semanas, mas é considerada “a termo”, ou seja, dentro do tempo adequado, de 37 até 42. No entanto, em 2023, quase 12% dos nascimentos no Brasil aconteceram antes desse marco, totalizando cerca de 300 mil bebês prematuros, com riscos menores ou maiores de problemas de saúde, dependendo do tempo que passaram na barriga da gestante. O Brasil não só está acima da média global, que é em torno de 10%, como também é um dos dez países com maior número de nascimentos prematuros por ano.

De acordo com a diretora executiva da Associação Brasileira de Pais, Familiares, Amigos e Cuidadores de Bebês Prematuros, Denise Suguitani, a maior parte desses casos podem ser prevenidos: “Aqui no Brasil essas taxas estão muito ligadas a determinantes sociais, de acesso à saúde e à educação. A gestação na adolescência, por exemplo, já é um fator de risco de parto prematuro porque o corpo da menina não está preparado para gestar. Por outro lado, um bebê que é planejado, a chance de ser prematuro é menor, então o planejamento familiar é muito importante. E, claro, o acesso ao pré-natal. E não é só o volume de consultas que importa, mas a qualidade do atendimento e das informações.”

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A obstetra Joeline Cerqueira, que integra a Comissão de Assistência Pré-Natal da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), enumera algumas situações que podem ser identificadas no pré-natal e tratadas para evitar o parto prematuro, entre outras complicações: “A gente tem as infecções, a rotura prematura da bolsa e as síndromes hipertensivas na gestação. Essas doenças acometem muitas mulheres na gravidez e são algumas das principais responsáveis pelo parto prematuro.”

A especialista esclarece que é preciso que a gestante inicie o pré-natal precocemente, seja bem avaliada para identificar fatores de risco pré-existentes, e faça todos os exames recomendados no tempo certo. “No momento em que a gestante faz o ultrassom morfológico, a gente também faz a medida do colo do útero. Se ele estiver muito curto, essa mulher tem um maior risco, mesmo sem nenhuma outra doença, de ter um parto prematuro. E a gente pode usar, por exemplo, a progesterona via vaginal, que é um relaxante da musculatura e previne que as contrações ocorram de forma precoce. Esse exame precisa ser feito por volta da 22ª semana de gestação”, explica Joeline.

Principais causas

A ruptura prematura da bolsa é mais frequente em gestantes adolescentes ou com idades mais avançadas, pessoas com alguma malformação uterina, mal nutridas e também que ingerem bebidas alcoólicas, fumam ou usam outros entorpecentes durante a gravidez. O risco também é maior em gestações de mais de um bebê, e quando a placenta está mal inserida no útero. Mesmo nas situações em que a causa não pode ser revertida, a gestante pode ser monitorada com mais frequência e até mesmo internada em um hospital, e receber medicamentos para acelerar a maturidade dos órgãos do bebê e tentar prolongar ao máximo a gestação.

As infecções bacterianas, principalmente a urinária, e as de transmissão sexual, também são grandes causa de prematuridade. As infecções de transmissão sexual podem ser detectadas em exames laboratoriais e prevenidas com sexo seguro, já a infecção urinária é bastante comum na gestação e nem sempre tem sintomas nesse período. Mas um desconforto abdominal incomum, ou o aumento repentino da vontade de urinar podem ser sinais de alerta, e se a doença for tratada com antibiótico, o parto prematuro pode ser evitado.

Já a hipertensão é o principal fator de complicações na gravidez, e além de provocar partos prematuros, é a maior causa de morte materna e perinatal do Brasil. Estima-se que 15% das gestantes tenham pressão alta durante a gestação e que um quarto dos partos prematuros ocorram por esse motivo. Por isso, a aferição de pressão é um dos procedimentos básicos das consultas de pré-natal, reforça a especialista da Febrasgo: “A melhor prevenção é a primária, ou seja, detectar qual o potencial que aquela mulher tem de ter uma hipertensão grave na gravidez e já fazer a profilaxia com AAS, que é um remédio muito barato, e cálcio. Mas mesmo quando você detecta que a pressão começou a subir, se já começar a tratar, isso realmente previne até 80% dos casos de desfecho ruim”.

A diretora executiva da Associação Brasileira de Pais, Familiares, Amigos e Cuidadores de Bebês Prematuros, Denise Suguitani, afirma que a grande quantidade de cesarianas do Brasil também contribui pra esse cenário. De acordo com dados do Ministério da Saúde, em 2023, quase 60% dos nascimentos ocorreram via cirurgia.

“A gente tem muitas cesáreas eletivas, que é aquela cesárea agendada sem necessariamente uma indicação médica. Isso traz mais bebês prematuros porque a gestação não é uma matemática exata. Hoje o Conselho Federal de Medicina autoriza o agendamento sem indicação médica só a partir de 39 semanas, mas muitas vezes quando o médico agenda uma cesárea com 39 semanas, por desinformação da mulher ou algum erro no cálculo, o bebê pode ter menos de 37. E ele está imaturo. É um bebê que não precisa ir para uma UTI de imediato, mas quando ele vai mamar ele se atrapalha, ele tem dificuldade pra respirar.” complementa Denise.

Consequências

Geralmente, um feto é considerado viável – ou seja, com possibilidade de viver fora do útero – a partir das 25 semanas, e com peso mínimo de 500 gramas. Mas a taxa de mortalidade após o nascimento entre esses prematuros extremos é de 30% a 45% e menos da metade dos sobreviventes se desenvolvem sem deficiências ou problemas de saúde. A cada semana de gestação, a taxa de sobrevivência aumenta e a probabilidade de sequela diminui, mas mesmo bebês nascidos dias antes do período ideal têm risco aumentado de paralisia cerebral leve e de apresentar atrasos no desenvolvimento.

Yngrid Antunes Louzada teve o parto antecipado por uma infecção urinária e seus filhos gêmeos, Lucas e Isis, nasceram com apenas 27 semanas de gestação, pesando menos de 1 quilo e medindo 33 e 35 centímetros. A família recebeu um alerta assustador dos médicos: as crianças corriam alto risco de ter atrasos psicomotores e problemas respiratórios e a própria internação representava um risco de infecções. Foram 52 dias de cuidados intensivos para os pequeninos e de ansiedade para Yngrid e o marido, Felipe:

“A gente ficava na Utin (unidade de terapia intensiva neonatal) duas horas por dia, sete dias na semana. Todos os dias eu chegava um pouco mais cedo para poder tirar leite pra eles. Era tudo bem organizado, as crianças ficavam na incubadora e eu e meu marido a gente se dividia, cada um com uma criança. A gente sempre ficava de olho em cada barulhinho, no monitor, na saturação. Era o final da pandemia de covid-19, então tinha que ter todo o cuidado, os pais precisavam usar uma roupa especial, com uma máscara”

E não era nada fácil quando as duas horas de visita terminavam: “Não ter os filhos em casa era triste para gente né? Porque a gente não tinha idealizado aquilo, por mais que eles estivessem muito bem amparados e cuidados. Depois de três semanas de internação, eles permitiram o método canguru, e foi um momento muito especial, muito emocionante. Porque, ali de fato, eu pude ter o primeiro contato físico com os meus filhos.”

Depois de 52 dias, Lucas e Isis tiveram alta e o melhor: foram pra casa sem sequelas. Eles precisaram fazer fisioterapia, terapia ocupacional e tratamento de fonoaudiologia por quase 2 anos e meio, mas agora têm a rotina de qualquer criança saudável. “Eles nasceram no hospital da Marinha e quando tiveram alta, já foram encaminhados para a terapia, porque o sistema de saúde da Marinha tem um local específico para tratamento de prematuros. Essa assistência fez muita diferença” diz Yngrid.

Denise Suguitani, diretora executiva da Associação Brasileira de Pais, Familiares, Amigos e Cuidadores de Bebês Prematuros reforça esse ponto: mesmo os prematuros que saíram do hospital saudáveis precisam de acompanhamento. “A prematuridade não é uma sentença: cada bebê escreve a sua história. Mas o risco é grande, então a gente precisa olhar com uma lupa porque essas crianças precisam de uma atenção especial de vários profissionais: terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, várias especialidades médicas, nutricionistas para olhar esse bebê que tem um desenvolvimento peculiar. Esses especialistas podem identificar um risco e já intervir precocemente”, acrescenta

“O impacto da prematuridade é tão grande que muitas vezes o pai abandona o bebê ou acaba acontecendo uma separação familiar e a mãe fica sozinha. E se é uma criança que demanda muitas consultas, terapias, como fica essa mãe? Então a assistência social para essa família também é importante”, complementa Denise.

Litoral de São Paulo enfrenta aumento em casos de virose


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Turistas e moradores de cidades do litoral paulista, principalmente da Baixada Santista, reclamam do aumento de casos de virose após as festas de final de ano. Eles vêm relatando sintomas como vômito, dor abdominal e diarreia. Também afirmam estar sofrendo com hospitais lotados e falta de remédios em farmácias.

Em entrevista à Rádio Bandeirantes, o prefeito Alberto Mourão, de Praia Grande (SP), informou que cerca de sete mil pessoas foram atendidas nos três prontos-socorros da cidade nas últimas 48 horas. Isso representa um aumento de 40% em relação ao mesmo período do ano passado.

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Por meio de nota, a Secretaria de Saúde Pública (Sesap) de Praia Grande (SP) confirmou que as unidades de urgência e emergência estão realizando atendimentos relacionados a casos de virose com maior frequência nesses primeiros dias de 2025. O aumento de casos estaria relacionado ao grande número de turistas que visitam a cidade nessa época do ano, com pico de cerca de 2 milhões de pessoas durante a virada do ano.

O número de casos total, no entanto, não foi informado pela secretaria. “De acordo com protocolo do Ministério da Saúde, não é necessário produzir a notificação dos casos de virose, somente em um quadro de surto, o que não condiz com o cenário atual do município”, diz a nota da prefeitura de Praia Grande.

Santos

Os casos também cresceram em Santos. A prefeitura da cidade observou crescimento nos casos de virose em três unidades de pronto-atendimento (UPA) desde o mês de novembro. Em novembro foram contabilizados 2.147 atendimentos, em dezembro foram 2.264 e nos dois primeiros dias deste ano já foram atendidas 273 pessoas com sintomas de virose.

Segundo a prefeitura santista, os casos de virose costumam aumentar no verão, já que as férias, aglomeração de pessoas, o consumo de alimentos de origem desconhecida e as enchentes causadas pelas chuvas são fatores de risco.

“Santos é uma cidade turística, que historicamente registra um grande aumento da população flutuante entre os meses de dezembro e fevereiro. A Ecovias, concessionária do Sistema Anchieta-Imigrantes, estima que, até o final de fevereiro, 3,6 milhões de veículos passarão pelo sistema a caminho das cidades da Baixada Santista”, informou a administração municipal de Santos.

Em São Vicente, a prefeitura contabilizou 1.657 atendimentos por sintomas relacionados a virose em novembro nos serviços municipais e 1.754 em dezembro. A Secretaria de Saúde de São Vicente informou que notou “um aumento no volume de atendimentos no início deste ano devido a possíveis fatores que favorecem os casos de virose no período do verão”.

Já no Guarujá houve reforço de médicos e enfermeiros no sistema municipal para lidar com o aumento de casos o que, segundo a prefeitura, fez diminuir o tempo de espera que, em uma das UPAs chegou a ser de quatro horas ontem e passou para cerca de duas horas hoje.

“A prefeitura notificou a Sabesp sobre a possibilidade de vazamentos e ligações clandestinas de esgoto na região da Enseada, que podem ser a causa do aumento dos casos de virose na cidade, mas não obteve resposta. A prefeitura aguarda também o resultado de análises encaminhadas ao Instituto Adolfo Lutz para tentar esclarecer a origem dos casos de GECA (gastroenterocolite aguda), uma doença que causa inflamação no estômago, intestino delgado e intestino grosso”, informou a prefeitura do Guarujá.

Por meio de nota, o governo de São Paulo escreveu que a Sabesp está fazendo um monitoramento, mas que até o momento não observou qualquer ocorrência que tenha alterado a qualidade da água fornecida na Baixada Santista.

Virose

A virose é como se chama qualquer doença causada por um vírus que nem sempre pode ser identificado, embora os mais comuns sejam provocados por adenovírus e rotavírus. As principais viroses são respiratórias ou gastrointestinais. A transmissão ocorre pelas vias respiratórias, a partir de gotículas expelidas por tosse ou espirro, ou pelo consumo de alimentos contaminados por bactérias e outros microrganismos. 

As viroses afetam principalmente o trato gastrointestinal [sistema digestivo]. Os principais sintomas são diarreia, febre, vômito, enjoo, falta de apetite, dor muscular, dor na barriga, dor de cabeça, secreção nasal e tosse, que podem durar entre um dia e uma semana. O principal tratamento é a hidratação.

“Para diminuir os sintomas é preciso ficar em repouso, beber muita água ou isotônicos, evitar leite e derivados, café, refrigerantes, alimentos gordurosos, grãos e alimentos crus. Além, é claro, de procurar atendimento médico caso os sintomas persistam por mais de 12 horas”, disse Marco Chacon, coordenador da Vigilância Sanitária de Guarujá.

Entre as principais formas de prevenção de viroses estão as práticas de higiene e consumo adequado de alimentos, lavando sempre as mãos antes e depois de utilizar o banheiro e ao manipular e preparar alimentos. Também é importante evitar a ingestão de alimentos mal cozidos e de água ou sucos de procedência desconhecida.

Monitoramento

O governo de São Paulo também orienta a população para se atentar à qualidade do mar e buscar informações antes de se banhar no litoral paulista, consultando a situação da água no site da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) ou acompanhando a bandeira de sinalização da praias: se ela estiver vermelha, isso indica que a praia se encontra imprópria para banho. Também não é recomendado o banho na água 24 horas após as chuvas.

Ontem (2), das 175 praias usadas por banhistas no estado de São Paulo e que são monitoradas pela Cetesb, 38 estavam impróprias para banho. Entre elas, as praias Aviação, Vila Tupi, Vila Mirim, Maracanã, Real e Balneário Flórida, em Praia Grande, e as praias de Perequê e Enseada, no Guarujá. Já em Santos, a Ponta da Praia, Aparecida, Embaré, Boqueirão, Gonzaga e José Menino estavam impróprias para banho.

Por meio de nota, o governo de São Paulo informou ainda que os municípios com aumento de ocorrências de diarreia aguda estão sendo orientados pela Secretaria de Estado da Saúde a realizarem investigação epidemiológica e a coleta de fezes dentro de cinco dias do início dos sintomas. De acordo com o governo, essa coleta é fundamental para detectar o patógeno causador do surto.

Agricultura familiar é tema do Xodó de Cozinha, da TV Brasil


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A contribuição dos pequenos produtores rurais para a agricultura nacional pauta a quinta edição inédita do programa Xodó de Cozinha que a TV Brasil exibe neste sábado (4), às 13h.

A apresentadora Regina Tchelly bate um papo com o assistente social Humberto Palmeira sobre os hábitos alimentares dos brasileiros. Eles também preparam receitas saborosas com repolho para aproveitar integralmente os ingredientes. A atração está no app TV Brasil Play e também pode ser vista no YouTube do canal público.

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Coordenador do projeto Raízes do Brasil, movimento que reúne pequenos agricultores, Humberto Palmeira conversa com a chef Regina Tchelly sobre temas como agricultura familiar. O coletivo forma uma rede de produção e distribuição de alimentos. Essa experiência envolve a refeição saudável e a agroecologia como princípios.

A entrevista para o Xodó de Cozinha revela que 84% das propriedades rurais no país pertencem a pequenos produtores. Por conta disso, a maior parte dos produtos orgânicos do país são feitos pela agricultura familiar.

Apaixonada pela gastronomia brasileira, a anfitriã compartilha práticas simples que no cotidiano ajudam a população a comer muito bem gastando pouco. Humberto Palmeira explica para ela como o projeto em que atua busca combater o desperdício de alimentos.

“Estabelecemos circuitos curtos. No nosso sistema de distribuição, o alimento está mais próximo do consumidor”, pontua o especialista. “Grande parte do desperdício está na estrutura de logística, no transporte ferroviário, que traz frutas e verduras de outras regiões por caminhos distantes. A primeira forma de evitar a perda é aproximar o alimento das pessoas. Aumenta o aproveitamento”, recomenda.

Durante a produção de culinária da emissora pública, a Regina Tchelly e Humberto Palmeira fazem três receitas com repolho. Nutritivo e saboroso, o vegetal pode ser bem mais atraente do que parece. A apresentadora mostra como usar as suas diversas partes, do talo às folhas em todas as camadas.

No programa da TV Brasil, a chef ensina o convidado a utilizar o alimento para fazer combinações em que o vegetal é um dos ingredientes principais. Os dois colocam a mão na massa para cozinhar três deliciosas receitas: nugget de repolho, suco de laranja com repolho e salada crocante de talo de repolho.

Programa

Apresentado pela chef Regina Tchelly na TV Brasil, o programa Xodó de Cozinha busca incentivar a alimentação saudável e de baixo custo. A temporada de estreia tem 26 episódios. Cada edição conta com um convidado especial para preparar receitas com um alimento específico e conversar sobre um tema. A produção recebe personalidades como Bela Gil, André Trigueiro e Sidarta Ribeiro, entre outros.

Com seu afeto e carisma, a chef Regina Tchelly tem uma linguagem bastante característica para cativar o público e os entrevistados da nova atração televisiva. “Os convidados são incríveis e fico feliz de estar reunida com tanta gente que está fazendo acontecer, mostrando que é possível comer bem, de forma saudável e acessível”, conta.

Os assuntos discutidos na produção giram em torno de questões como sustentabilidade, combate à fome, sazonalidade dos alimentos, geração de renda, empreendedorismo e educação financeira. Além disso, o programa valoriza a cultura tradicional e afetiva, além de abordar pratos que evocam memórias e heranças culinárias.

A atração é gravada na cozinha do projeto Favela Orgânica, iniciativa idealizada por Regina Tchelly que há 13 anos promove a culinária saudável nas comunidades Babilônia e Chapéu Mangueira, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Coprodução realizada pela TV Brasil com a Kromaki, o Xodó de Cozinha tem direção de Pedro Asbeg.

Sobre o Favela Orgânica

O Favela Orgânica já recebeu diversos prêmios, nacionais e internacionais, por suas ações que visam promover a segurança alimentar, capacitação profissional e uma mudança na cultura de consumo e desperdício de alimentos. Chef de cozinha, empreendedora social e fundadora do projeto, Regina é paraibana e mora no Rio de Janeiro há 20 anos.

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Xodó de Cozinha – sábado, dia 4/1, às 13h, na TV Brasil

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Mega-Sena sorteia neste sábado prêmio estimado em R$ 3,5 milhões

Após a Mega da Variada, quando sorteou o prêmio recorde de mais de R$ 635 milhões, que teve oito apostas ganhadoras, a Mega-Sena, concurso 2.811, sorteia neste sábado (4), o primeiro de 2025, o prêmio estimado em R$ 3,5 milhões.

O sorteio será realizado a partir das 20h (horário de Brasília), no Espaço da Sorte, localizado na Avenida Paulista, nº 750, em São Paulo. Ele terá transmissão ao vivo pelo canal da Caixa no YouTube e no Facebook das Loterias Caixa. O prêmio da faixa principal está acumulado em R$ 16 milhões.

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet.

O jogo simples, com seis números marcados, custa R$ 5.