Peruíbe decreta situação de emergência, município tem 442 desabrigados


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Subiu para 442 o número de desabrigados no município de Peruíbe, litoral paulista. Ontem (9), a prefeitura decretou situação de emergência, que já foi homologada e publicada pelo governo de São Paulo.

A Defesa Civil do estado enviou uma especialista ao município que está na prefeitura auxiliando os funcionários municipais. A remoção das pessoas de áreas de risco começou na quarta-feira (8) e a quantidade de desabrigados tem aumentado desde então.

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As famílias estão abrigadas em três locais: EMEF Profa. Maria Amélia, com 154 abrigados; EMEF Fernando Nepomuceno Filho, 120 abrigados; e EMEF Prof. Delcelia Joselita Machado Bezerra, 168 abrigados.

Bairros

Dos 14 bairros de Peruíbe, nove deles foram afetados pelas inundações, segundo balanço da Defesa Civil. Os mais atingidos são Caraminguava, Ribamar, Caraguava e Jardim das Flores. O órgão já encaminhou 1700 itens de materiais de ajuda humanitária para atender as famílias prejudicadas.

* Matéria atualizada às 11h30min. para acréscimo de informações sobre bairros atingidos.

Notícia da prisão de Corina, logo desmentida, tensiona posse de Maduro


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A notícia da prisão da principal figura da oposição venezuelana, María Corina Machado, que circulou nos principais jornais brasileiros na tarde dessa quinta-feira (9) foi logo desmentida pelas autoridades da Venezuela, que alegam que a ex-deputada criou um factóide para tentar “manchar” a posse do presidente Nicolás Maduro, marcada para esta sexta-feira (10).

O Comando Com Venezuela, coalizão que coordenou a campanha do candidato opositor Edmundo González Urrutia, indicado por Corina para disputar a eleição contra Maduro, informou, às 16h21 de ontem, que Corina havia sido “violentamente interceptada na saída do protesto” da oposição, acrescentando que “efetivos do regime dispararam contra as motos que a transportavam”.

Minutos depois, a Agência Venezuelana de Notícias, veículo estatal de informação, afirmou que “fontes estatais desmentem que Maria Corina Machado havia sido presa e agredida neste 9 de janeiro”, publicando uma foto em que Machado conversa com um policial.
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Quase ao mesmo tempo, a vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, publicou vídeo em que Corina afirma estar segura e bem, dizendo que ao sair do protesto “caiu minha carteira, mas já estou bem e Venezuela será livre”.
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Delcy questionou: “a quem ocorre montar semelhante show para tapar o estrondoso fracasso da sua convocatória de hoje?” Os veículos chavistas fizeram diversas postagens ao longo do dia para dizer que os protestos oposicionistas teriam sido esvaziados. 

Após a circulação do vídeo de Corina, o Comando Com Venezuela publicou nova comunicação informando, às 18h02, que ela foi obrigada a gravar vídeos e depois liberada.

“Maria Corina Machado foi interceptada e caiu da motocicleta em que estava. Armas de fogo foram disparadas durante o incidente. Ela foi levada à força. Durante seu sequestro, ela foi forçada a gravar vários vídeos e depois foi liberada”, diz o comunicado.

No final da noite, às 21h51, Corina fez nova manifestação em sua própria rede social, agradecendo a presença dos manifestantes no protesto e reforçando que foi detida temporariamente.

“Meu coração está com o venezuelano que foi baleado quando as forças repressivas do regime me detiveram. Agora estou em um lugar seguro e mais determinado do que nunca a continuar com você ATÉ O FIM! Amanhã contarei a vocês o que aconteceu hoje e o que está por vir. A Venezuela será LIVRE!”, afirmou a ex-deputada.

Para se contrapor os protestos da oposição, as forças chavistas fizeram uma marcha em Caracas no mesmo dia em apoio à posse de Nicolás Maduro. Ao final, o ministro do Interior da Venezuela, Diosdado Cabello, reforçou a informação oficial de que não houve qualquer detenção de Corina.

“Deixaram correr pelas redes a mentira de que ela foi sequestrada. Imediatamente comunicados de países, comunicados de ex-presidentes vagabundos, de organizações políticas rechaçando a detenção e exigindo a liberdade dela, mas essa senhora estava em sua casa desde cedo. Eu garanto: se a decisão fosse detê-la, ela já teria sido detida”, afirmou Diosdado.

 

Haddad desmente imposto sobre pets e Pix após vídeo falso feito com IA


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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, desmentiu informações falsas sobre a taxação de animais de estimação e a criação de um imposto sobre o Pix. Em vídeo postado nas redes sociais na noite de quinta-feira (9), o ministro rebateu mentiras que têm circulado na internet nos últimos dias sobre a criação ou o aumento de tributos.

“Imposto sobre Pix, mentira. Imposto sobre quem compra dólar, mentira. Imposto sobre quem tem um animal de estimação, mentira. Pessoal, vamos prestar atenção, está circulando uma fake news. Prejudica o debate público, prejudica a política, prejudica a democracia”, disse o ministro no vídeo, de 1min5s.

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A publicação do vídeo de Haddad ocorreu horas depois de a Advocacia-Geral da União (AGU) ter enviado uma notificação extrajudicial ao Facebook para remover, em até 24 horas, um vídeo deepfake (vídeo artificial com a cara e a voz de terceiros) com uma declaração criada por inteligência artificial (IA) em que o ministro se dizia favorável à criação do “imposto do cachorrinho de estimação”.

“A postagem, manipulada por meio de inteligência artificial, contém informações fraudulentas e atribui ao ministro declarações inexistentes sobre a criação de um imposto incidente sobre animais de estimação e pré-natal”, ressaltou a notificação da AGU.

“A análise do material evidencia a falsidade das informações por meio de cortes bruscos, alterações perceptíveis na movimentação labial e discrepâncias no timbre de voz, típicas de conteúdos forjados com o uso de inteligência artificial generativa”, acrescentou o documento.

Se o Facebook não retirar o vídeo, a AGU pediu que o conteúdo receba uma tarja com a informação de que se trata de uma criação com inteligência artificial. O vídeo também circulou na rede X (antigo Twitter). Nesta semana, a Meta, empresa dona do Instagram e do Facebook, anunciou que eliminará o programa de checagem de fatos de suas plataformas.

“Essas coisas são mentirosas e às vezes elas misturam com uma coisa que é verdadeira para confundir opinião pública”, criticou Haddad no vídeo.

A única notícia verdadeira que circulou nas redes nos últimos dias, ressaltou o ministro, foi a tributação das bets, casas virtuais de apostas esportivas, e dos cassinos eletrônicos, que entrou em vigor em janeiro com a regulamentação das apostas on-line. “São casas de apostas que lucram uma montanha de dinheiro. Essas casas de apostas vão ter que pagar impostos devidos como qualquer outra empresa instalada no Brasil. Fora isso, é tudo falso”, afirmou.

Imposto sobre Pix

Haddad também comentou a mentira sobre a criação de um imposto sobre o Pix. O vídeo exibiu mensagens relativas ao tema nas redes sociais com o carimbo de “falso” e matérias jornalísticas com o desmentido da Receita Federal com o carimbo de “fato”.

Em 1º de janeiro, entraram em vigor as novas regras da Receita Federal para a fiscalização de transferências financeiras. A principal mudança foi a extensão do monitoramento de transações financeiras às transferências Pix que somam pelo menos R$ 5 mil por mês para pessoas físicas e R$ 15 mil para pessoas jurídicas.

No entanto, uma onda de notícias falsas nas redes sociais provocou desinformação, ao indicar que o reforço na fiscalização, que já é feita sobre os bancos comerciais e cooperativas de crédito, significaria a taxação do Pix. A Receita, na verdade, estendeu o monitoramento de transferências Pix a fintechs (bancos digitais) e instituições de pagamento (que fornecem carteiras virtuais) e atualizou o sistema de fiscalização sobre as transações com cartão de crédito.

O Fisco esclareceu que a nova norma não significa aumento de tributação e pretende apenas melhorar o gerenciamento de riscos para a administração tributária.

Fake news prejudica a democracia e traz uma série de inseguranças para as pessoas. Então fica ligado, deixe a mentira de lado”, concluiu o ministro no vídeo.

Flu encerra primeira fase da Copinha com 100% de aproveitamento


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O Fluminense encerrou a participação na primeira fase da Copa São Paulo de Futebol Júnior, a principal competição de futebol de base do mundo, com 100% de aproveitamento, após bater a Linense por 2 a 0, nesta quinta-feira (9) no Estádio Gilberto Siqueira Lopes, em Lins (SP).

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Com esta vitória os Moleques de Xerém chegaram aos nove pontos, garantindo a primeira posição do Grupo 10. Desta forma o Tricolor das Laranjeiras enfrenta o CRB, segundo colocado do Grupo 9, na próxima etapa da Copinha.

O triunfo do Fluminense começou a ser construído logo aos 8 minutos do primeiro tempo. Vagno cobrou uma falta da risca da grande área de forma rasteira e surpreendeu o goleiro Cauã, que apenas pôde acompanhar a bola passar ao seu lado. O Tricolor só voltou a marcar nos acréscimos da etapa final. Após João Lourenço avançar pela ponta esquerda, inclusive driblando alguns defensores, Raphael acabou marcando contra ao tentar afastar a bola.

Outros resultados desta quinta-feira:

Força e Luz-RN 0 x 7 Operário-PR
São José-RS 2 x 0 Retrô-PE
Botafogo-SP 4 x 0 Tuna Luso-PA
Água Santa-SP 2 x 4 Brasiliense-DF
Operário-AC 1 x 0 Juventude
Hercílio Luz-SC 0 x 4 Dom Bosco-MT
Náutico-RR 1 x 1 Santa Cruz-AC
Tanabi 0 x 0 Santa Cruz-PE
Comercial 0 x 0 Vitória
CA Bandeirante 2 x 1 Azuriz-PR
Tupã 0 x 3 CRB
Comercial Tietê 1 x 4 América-RN
Desportivo Brasil 2 x 2 Coritiba
Ceaft/Tirol-CE 2 x 0 Jaciobá-AL
Inter de Limeira-SP 3 x 1 Coimbra-MG
Oeste 1 x 1 Palmeiras
Ferroviário-CE 1 x 2 Mazagão-AP
Ferroviária 2 x 1 Santos
Guarani 0 x 1 Nova Iguaçu-RJ

Mega-Sena não tem ganhador; prêmio acumula e vai a R$ 16 milhões

Ninguém acertou as seis dezenas do concurso 2.813 da Mega-Sena que foram sorteadas na noite desta quinta-feira (9) no Espaço da Sorte, em São Paulo. O prêmio da faixa principal acumulou e está estimado em R$ 16 milhões.

Os números sorteados foram: 10 – 21- 32- 38 – 51 – 58

A quina teve 26 apostas ganhadoras e cada uma vai receber R$ 82.554,02. Já a quadra registrou 2.312 apostas vencedoras, com prêmio de R$ 1.326,25 para cada.

O concurso 2.814 será realizado no próximo sábado (11).

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet. O jogo simples, com seis dezenas marcadas, custa R$ 5.

AGU notifica Facebook para excluir vídeo falso de Haddad em 24 horas


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Na semana em que o governo brasileiro criticou novas normas da Meta, sobre a política de exclusão de publicações, a Advocacia-Geral da União (AGU) enviou ao Facebook (rede social ligada à empresa), nesta quinta (9), uma notificação extrajudicial para que a plataforma remova, em 24 horas, um vídeo adulterado com uso de inteligência artificial (IA).

No material publicado, “o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, aparece fazendo afirmações que jamais foram feitas”, apontou a AGU.

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A AGU argumenta que a postagem manipulada contém informações fraudulentas e atribui ao ministro declarações inexistentes “sobre a criação de um imposto incidente sobre animais de estimação e pré-natal”, diz a notificação. 

“A análise do material evidencia a falsidade das informações por meio de cortes bruscos, alterações perceptíveis na movimentação labial e discrepâncias no timbre de voz, típicas de conteúdos forjados com o uso de inteligência artificial generativa”, aponta a AGU.

Os advogados da União consideraram que o vídeo é “desinformativo”, já que apresentaria fatos não condizente com a realidade para “confundir o público sobre a posição do Ministro da Fazenda acerca de assuntos de interesse público”.

A AGU considera que o caráter enganoso e fraudulento das postagens vai contra os próprios Termos de Uso do Facebook, que vedam a utilização da plataforma para finalidades ilegais. Os advogados defendem que, inclusive, os “Padrões da Comunidade da plataforma” recomendam a remoção de “conteúdo que possa contribuir diretamente na interferência do funcionamento de processos políticos”.

Como opção, caso o pedido de remoção não seja aceito, a AGU quer que o vídeo seja tarjado para informar que foi gerado por inteligência artificial e tem conteúdo alterado.

Haddad

Em suas redes sociais, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, divulgou vídeo para desmentir que o governo irá taxar transações pelo Pix ou quem tem animal de estimação e compra dólar. 

“Essas coisas são mentirosas, às vezes, eles misturam com uma coisa que é verdadeira para confundir a opinião pública”, disse. 

Segundo o ministro, a única informação verdadeira é que as bets, casas de apostas virtuais, terão de pagar impostos como “qualquer outra empresa instalada no Brasil”. 

“É importante você acompanhar e não entrar nesse tipo de conversa. Fake news prejudica a democracia e traz uma série de insegurança nas pessoas”, acrescentou. 

Exame para detectar doença rara em recém-nascido torna-se obrigatório


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O exame clínico para identificar malformações dos dedos grandes dos pés típicos na Fibrodisplasia Ossificante Progressiva (FOP), em recém-nascidos, passa a ser obrigatório durante a triagem neonatal nas redes pública e privada de saúde com cobertura do Sistema Único de Saúde (SUS).

É o que estabelece a Lei nº 15.094, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quinta-feira (9), em Brasília. O texto havia sido aprovado pelo Senado Federal no fim de 2024.

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A FOP, também conhecida como Miosite Ossificante Progressiva, é uma doença rara, de causa genética, incurável e com incidência em uma em cada dois milhões de pessoas.

Atualmente, estima-se que cerca de quatro mil pessoas no mundo convivem com o problema. A condição se caracteriza pela formação de ossos em músculos, tendões, ligamentos e outros tecidos de forma progressiva, restringindo movimentos e podendo levar o paciente à imobilidade permanente.

Osssificação

O processo de ossificação geralmente é perceptível na primeira infância (0 a 5 anos), afetando os movimentos de pescoço, ombros e membros. Os pacientes podem ter dificuldade para respirar, abrir a boca e até para se alimentar.

Pessoas com FOP nascem com o dedo maior do pé (hálux) malformado bilateralmente, sendo que aproximadamente 50% também têm polegares malformados. Esse é um sinal importante para a doença e especialmente útil no exame do recém-nascido.

Outros sinais congênitos incluem má formação da parte superior da coluna vertebral (vértebras cervicais) e um colo do fêmur anormalmente curto e grosso. A FOP não tem cura, os cuidados multiprofissionais e alguns medicamentos são oferecidos de forma integral e gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e podem amenizar os sinais, sintomas e inflamações.

Por ser doença rara, a assistência especializada para as crianças e adolescentes com diagnóstico de FOP é realizada em hospitais-escola ou universitários, com tratamento terapêutico ou reabilitador, conforme a necessidade de cada caso, incluindo os Centros Especializados em Reabilitação, presentes em todos os estados.

O tratamento atual é baseado no uso de corticoides e anti-inflamatórios na fase aguda da doença, a fim de limitar o processo inflamatório.

TCU arquiva denúncia e Secom poderá retomar licitação


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O ministro Aroldo Cedraz, do Tribunal de Contas da União (TCU), determinou o arquivamento da denúncia por suposta irregularidade em licitação da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom/PR) para a contratação de serviços de comunicação digital.

A licitação, no valor de R$ 197,7 milhões, já estava suspensa desde julho do ano passado, por ordem do próprio TCU, após uma representação feita pelo Ministério Público de Contas apontar quebra de sigilo do resultado das propostas apresentadas pelas empresas licitantes.

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Na avaliação do ministro, que relatou o processo, a representação perdeu objeto e não ficou demonstrada nenhuma prática ilícita no procedimento.  

“Considerando que a instrução derradeira da unidade técnica afastou a necessidade de serem promovidas determinações corretivas para futuro certame, ante o pleno esclarecimento prestado pela Secom/PR, bem como a superveniente revogação da licitação objeto destes autos, mostra-se forçoso reconhecer a perda de objeto desta representação, que tratou especificamente de indícios de falhas na manutenção do sigilo das propostas da Concorrência 1/2024”, decidiu Cedraz, em despacho publicado nesta quinta-feira (9).

Cedraz disse ainda “que, apesar da gravidade dos fatos narrados nesta representação, não foram coligidos aos autos elementos que minimamente sustentassem a ocorrência do suposto ilícito, o que impede, a meu ver, o encaminhamento ao órgão policial de meras ilações ou suposições”.

Com a decisão, a Secom poderá retomar o processo de licitação de comunicação digital que ficou pendente.

Manifestantes protestam contra aumento das passagens municipais em SP


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No quarto dia após o aumento das passagens municipais de transporte público na cidade de São Paulo, de R$ 4,40 para R$ 5,00, e das passagens do transporte sobre trilhos de R$5,00 para R$5,20, algumas centenas de pessoas caminharam em protesto pelo centro da capital. 

Segundo a organização, cerca de 2000 pessoas participaram da marcha, que gritou palavras de ordem contra os novos valores e as privatizações, e a favor da gratuidade dos transportes públicos. O grupo saiu da frente da prefeitura e deve encerrar a mobilização no Vale do Anhangabaú, após circular pelo centro.

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O ato foi convocado no último dia 26, data em que a prefeitura anunciou o aumento após reunião do Conselho Municipal de Trânsito e Transporte (CMTT), na mesma data. Mandatos da oposição e alguns membros do conselho acusaram a municipalidade de não permitir um debate amplo sobre o aumento e a participação estatal no financiamento do sistema. O movimento reclama do peso do valor das passagens no orçamento da maior parte da população. A prefeitura justificou o aumento afirmando que há gratuidades para públicos específicos, como estudantes, idosos e deficientes, além do valor ter passado 5 anos sem aumento.

A bandeira é defendida pelo movimento passe livre, originado na organização autônoma da Campanha do Passe Livre, em Florianópolis, no ano 2000, e pelas mobilizações em Salvador, em 2003, se tornando um movimento articulado em coletivos locais. Em 2013, a grande mobilização do coletivo paulistano e a dura repressão policial em São Paulo deram origem aos protestos massivo das jornadas de junho, processo que originou movimentos políticos à direita e à esquerda. Nesta década o Movimento Passe Livre “voltou às origens”, atuando como um movimento de discussão permanente e horizontal, com menos participantes e entusiastas mas ativo nas redes e eventualmente, como hoje, em mobilização nas ruas.

Normas da Meta que permitem preconceitos são publicadas em português


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Dona das redes sociais Instagram, Facebook e Threads, além do aplicativo de mensagens Whatsapp, a empresa Meta atualizou, nesta quinta-feira (9), também para a língua portuguesa, as novas regras para eventuais exclusões de postagens, no item Padrões da comunidade/Conduta de Ódio. Um texto com as normas, divulgado no último dia 7 em inglês, trouxe a permissão de publicações preconceituosas. Confira a página.

A empresa informou, por exemplo, que permite “alegações de doença mental ou anormalidade quando baseadas em gênero ou orientação sexual, considerando discursos políticos e religiosos sobre transgenerismo e homossexualidade, bem como o uso comum e não literal de termos como esquisito”.

Crenças religiosas

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Além desse trecho, há outras permissões preconceituosas relacionadas a padrões de gênero, como a de conteúdos que defendem limitações baseadas em gênero para empregos militares, policiais e de ensino. “Também permitimos conteúdo similar relacionado à orientação sexual, desde que fundamentado em crenças religiosas” detalhou a empresa.

Ainda sobre o tema, a Meta considera que as pessoas usam “linguagem específica de sexo ou gênero” para discussão sobre o acesso a espaços como banheiros, escolas, cargos militares, policiais ou de ensino, além de grupos de saúde ou apoio. 

No contexto das separações

O texto ainda aborda que há solicitações de exclusão ou uso de linguagem ofensiva ao abordar tópicos políticos ou religiosos, como direitos de pessoas transgênero, imigração ou homossexualidade. 

“Também é comum que xingamentos a um gênero ocorram no contexto de separações amorosas. Nossas políticas foram criadas para dar espaço a esses tipos de discurso”, destacou a Meta.

Na introdução, ela defende que reconhece que as pessoas podem compartilhar conteúdos que incluem calúnias ou discurso de outra pessoa para condenar o discurso ou denunciá-lo.

“Em outros casos, discursos, incluindo calúnias que poderiam violar nossos padrões são usados de forma auto referencial ou empoderadora. Permitimos esse tipo de discurso quando a intenção da pessoa está claramente definida” especificou, explicando, a seguir, que, se a intenção não estiver clara, poderá remover o conteúdo.

Se for sátira…

Ao final, o texto sinaliza que, em “certos casos”, pode permitir conteúdo que possa não seguir os “Padrões da Comunidade”, se tiver como objetivo a ironia. “O conteúdo só será permitido se os elementos violadores dele forem sátiras ou atribuídos a algo ou alguém com o objetivo de zombar ou criticar”, assinala.

As mudanças da Meta atendem exigências do presidente eleito dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, em relação ao funcionamento das redes sociais. O dono da Meta, Mark Zuckerberg, afirmou, ainda, que irá se aliar a Trump contra países que criam regras para o funcionamento das plataformas.

“Brasil não é terra sem lei”

As normas da Meta, desde a sua divulgação, têm sido criticadas pelos poderes públicos e entidades civis.

O presidente Lula, por exemplo, afirmou nesta quinta-feira (9) que fará uma reunião para discutir as novas regras anunciadas pela multinacional Meta.

“O que nós queremos, na verdade, é que cada país tenha sua soberania resguardada. Não pode um cidadão, não podem dois cidadãos, não podem três cidadãos achar que podem ferir a soberania de uma nação”, disse Lula nesta quinta-feira (9). 

A Advocacia-Geral da União (AGU), inclusive, manifestou que o Brasil não é “terra sem lei” e que irá agir contra as mudanças na política de moderação de conteúdo das redes sociais da Meta a partir do momento que elas afetem a democracia ou violem as leis brasileiras.

A Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) protocolou representação no Ministério Público Federal (MPF) contra a Meta. “O estado brasileiro precisa dar respostas contundentes a essa situação! Inadmissível que isso ocorra quando temos leis que nos protegem!”, assinalou.