Lula sanciona lei que restringe uso de celular em escolas


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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta segunda-feira (13) o Projeto de Lei 104/2015, que restringe o uso de aparelhos eletrônicos portáteis, sobretudo telefones celulares, nas salas de aula de escolas públicas e privadas do ensino básico em todo o país. Um decreto do presidente, que sairá em até 30 dias, vai regulamentar a nova legislação, para que passe valer para o início do ano letivo, em fevereiro. O projeto de lei foi aprovado no fim do ano passado pelo Congresso Nacional.  

“Essa sanção aqui significa o reconhecimento do trabalho de todas as pessoas sérias que cuidam da educação, de todas as pessoas que querem cuidar das crianças e adolescentes desse país”, afirmou o presidente, que fez questão de elogiar o trabalho dos parlamentares que aprovaram a medida.


Brasília (DF), 13/01/2025 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Educação Camilo Santana, durante a cerimônia de Sanção do Projeto de Lei n° 4.932/2024, que dispõe sobre a utilização, por estudantes, de aparelhos eletrônicos portáteis pessoais nos estabelecimentos públicos e privados de ensino da educação básica, no Palácio do Planalto. Foto: Ricardo Stuckert/PR

Brasília (DF), 13/01/2025 – Lula e Camilo Santana durante a cerimônia de sanção do projeto de lei que restringe o uso de celular nas escolas – Ricardo Stuckert/PR

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“Imagina uma professora dando aula e, quando ela olha para os alunos, está cada um olhando para o celular, um tá na China, outro tá na Suécia, outro tá no Japão, outro está em outro estado conversando com gente que não tem nada a ver com a aula que ela está recebendo. A gente precisa voltar a permitir que o humanismo não seja trocado por algoritmo”, enfatizou Lula ao comentar sobre a nova lei.

Países como França, Espanha, Grécia, Dinamarca, Itália e Holanda já adotam legislações que restringem uso de celular em escolas. Apoiado pelo governo federal e por especialistas, o projeto alcançou um amplo consenso no Legislativo, unindo governistas e oposicionistas.

“Não dá para um aluno estar na sala de aula, no Tiktok, na rede social, quando o professor está dando aula. Toda vez que um aluno recebe uma notificação, é como se ele saísse da sala de aula. Toda vez que ele recebe uma notificação quando ele está numa roda de conversa, é como se a gente perdesse a atenção dele”, afirmou o secretário municipal de Educação do Rio de Janeiro, Renan Ferreirinha, que é deputado federal licenciado e autor do projeto na Câmara. Ele classificou o projeto como uma das principais vitórias do século na educação brasileira.

O que diz a lei

De acordo com o ministro da Educação, Camilo Santana, a lei restringe o uso em sala de aula e nos intervalos, para fins pessoais, mas há exceções, como o uso para finalidade pedagógica, sob supervisão dos professores, ou em casos de pessoas que necessitem de apoio do aparelho para acessibilidade tecnológica ou por alguma necessidade de saúde.  

“Nós não somos contra acesso a tecnologias, até porque não há mais retorno no mundo de hoje. Mas nós queremos que essa tecnologia, essa ferramenta, seja utilizada de forma adequada e, principalmente, nas faixas [etárias] importantes da vida das crianças e adolescentes”, afirmou o ministro, que alertou sobre o uso cada vez mais precoce e prolongado do celular por crianças.

“Estamos fazendo uma ação na escola, mas é importante conscientizar os pais de limitar e controlar o uso desses aparelhos fora de sala de aula, fora da escola”, acrescentou Camilo Santana.

O ministro pediu engajamento das famílias e das comunidades escolares para fazer valer a nova lei.


Brasília (DF), 13/01/2025 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Educação Camilo Santana, durante a cerimônia de Sanção do Projeto de Lei n° 4.932/2024, que dispõe sobre a utilização, por estudantes, de aparelhos eletrônicos portáteis pessoais nos estabelecimentos públicos e privados de ensino da educação básica, no Palácio do Planalto. Foto: Ricardo Stuckert/PR

Brasília (DF), 13/01/2025 – Camilo Santana pede o engajamento dos pais – Ricardo Stuckert/PR

A secretária nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Maria do Pilar Lacerda Almeida e Silva, que coordena a Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação (CNE), afirmou que o colegiado vai publicar orientação para as redes públicas e privadas. “O Conselho Nacional de Educação vai fazer uma resolução que oriente as redes, as escolas, de como fazer isso sem parecer uma opressão”, disse. O MEC também deve publicar guias com orientações para as escolas de todo o país.

Prefeito de BH tem melhora gradativa, diz hospital


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O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman, apresentou melhora clínica gradativa com a retirada de medicamentos necessários a manutenção da pressão arterial, diz boletim médico do Hospital Mater Dei Contorno assinado pelo médico Enaldo Melo de Lima. Noman segue internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ele foi internado no último dia 3  com insuficiência respiratória aguda.

Segundo o hospital, o prefeito continua em reabilitação fisioterápica motora e respiratória, com melhora de parte dos movimentos voluntários. Ele foi vice-prefeito eleito em 2020 e assumiu a gestão da capital mineira em março de 2022 após a renúncia do então prefeito Alexandre Kalil, que decidiu na ocasião concorrer ao governo estadual. No ano passado, Fuad foi reeleito após vencer no segundo turno o deputado estadual e candidato Bruno Engler (PL). Ele obteve 53,73% dos votos válidos.

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Problemas de saúde vêm acompanhando Fuad Noman desde meados do ano passado. Em julho, ele revelou que havia sido diagnosticado com um linfoma não Hodgkin (LNH), um tipo de câncer que tem origem nas células do sistema linfático. Mesmo se submetendo ao tratamento para combater a doença, ele afirmou desde o primeiro momento que manteria sua candidatura à reeleição.

Em outubro, Fuad afirmou ter concluído o tratamento e que houve remissão total do câncer. A nova internação, no entanto, já é a quarta registrada desde novembro. As três anteriores foram motivadas, respectivamente, por dores nas pernas, por pneumonia e por diarreia e desidratação.

Sua posse como prefeito reeleito ocorreu de forma virtual no dia 1º de janeiro, devido à recomendação médica. Em sua aparição por vídeo, ele discursou com dificuldade.

Nova fiscalização de Pix reduz chance de malha fina, diz Receita


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O reforço na fiscalização do Pix reduzirá a chance de o trabalhador cair na malha fina, disse nesta segunda-feira (13) o secretário especial da Receita Federal, Robinson Barreirinhas. Em entrevista à Voz do Brasil, ele voltou a desmentir a onda de fake news sobre uma taxação das transferências eletrônicas e reiterou que o trabalhador autônomo não é o foco do monitoramento.

Segundo o secretário, a modernização na fiscalização das transações financeiras permitirá ao Fisco fornecer dados mais precisos na declaração pré-preenchida, que reduzirão a chance de erros e de divergências. “Todo mundo gosta da declaração pré-preenchida. Você chega lá e não tem trabalho nenhum. Porque os dados, por exemplo, de saldo, de conta bancária e de aplicação financeira já estão pré-preenchidos. E por que já estão pré-preenchidos? Exatamente. Porque as instituições financeiras prestam as informações para a Receita Federal”, afirmou.

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Com a inclusão das fintechs (startups do setor financeiro), dos bancos digitais e das empresas de carteiras virtuais na prestação de informações, destacou o secretário, a declaração pré-preenchida será mais confiável. “Agora com as fintechs, com as instituições de pagamento também emprestando, a Receita Federal vai ter um dado mais sólido, mais correto. E isso diminui a chance de o trabalhador, o empresário, cair na malha fina da Receita Federal”, acrescentou Barreirinhas.

Para profissionais que recebem pagamentos por meio do Pix, reiterou o secretário, nada mudará. Até porque essas pessoas são fiscalizadas há mais de 20 anos. “Nada muda, porque a Receita Federal já recebia as informações de qualquer tipo de movimentação, inclusive de Pix, das instituições financeiras tradicionais. Se a pessoa nunca teve problema nos últimos 20 anos, não tem razão para ela ter a partir de agora, então nada muda para ela. É importante que o pequeno empresário, que a pessoa física, não caia nessas mentiras, nas fake news”, reforçou.

Foco

O secretário explicou que a nova fiscalização aumentou o limite de monitoramento de movimentações de R$ 2 mil mensais para pessoas físicas e R$ 6 mil para pessoas jurídicas para R$ 5 mil mensais para pessoas físicas e R$ 15 mil para pessoas jurídicas. A mudança, esclareceu Barreirinhas, pretende aumentar o foco da fiscalização em suspeitas de lavagem de dinheiro ou de movimentações do crime organizado, sem afetar o trabalhador ou pequeno empresário.

“O foco da Receita Federal não é, repito, o trabalhador, a pequena empresa, o pequeno empresário. Não é. O foco da Receita Federal é em outro tipo de gente. É quem se utiliza dessas novas ferramentas tecnológicas para movimentar dinheiro ilícito, muitas vezes dinheiro de crime, de lavagem de dinheiro. Esse é o enfoque da Receita Federal. Não é, repito, o trabalhador, o empresário, o ouvinte de A Voz do Brasil”, declarou.

Fiscalização de décadas

Barreirinhas explicou que há mais de 20 anos, desde 2003, a Receita monitora movimentações financeiras. A nova instrução normativa, ressaltou, representou apenas o acréscimo dos novos tipos de empresas que operam meios de pagamento, mas não são formalmente classificadas como instituições financeiras, a enviar as informações ao Fisco duas vezes por ano. Mais uma vez, o secretário afirmou que a Constituição não permite a tributação sobre movimentações financeiras.

“Não é verdade que foi criado nenhum controle sobre o Pix. Isso já existia há muito tempo aqui no Brasil. O que a Receita Federal fez a partir de 2025 é deixar claro, tem as informações que sempre foram prestadas pelas instituições financeiras, pelos bancos tradicionais, têm de ser prestadas pelas chamadas fintechs. Essas empresas sem agência física, onde, muitas vezes, que você abre a conta pela internet, as fintechs ou instituições de pagamento”, explicou.

Fortaleza bate América-MG nos pênaltis e avança à 3ª fase da Copinha


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A Copa São Paulo de Futebol Júnior, principal torneio das categorias de base do futebol nacional, conheceu mais 11 times classificados para a terceira fase (eliminatória).  Entre eles está o Fortaleza que venceu nesta tarde o América-MG – invicto na fase de grupos – por 3 a 1 na cobrança de pênaltis, após empate em 1 a 1 no tempo normal. No próximo jogo eliminatório o Leão do Pici terá pela frente o Ituano, que cravou a classificação nos pênaltis: venceu por 17 a 16, o maior placar de penalidades na história da Copinha, após 0 a 0 nos 90 minutos.  

As últimas cinco vagas serão definidas esta noite, nos últimos quatro duelos da segunda fase: Audax-SP x Votoraty-SP; Falcon-SE x Corinthians; Palmeiras x Referência-SP; Novorizontino x Athletico-PR e Bragantino x Flamengo. As partidas têm transmissão ao vivo no canal da Federação Paulista de Futebol no YouTube.

A tarde também foi de festa para outro três clubes. O Vasco eliminou o Juventus-SP ao ganhar por 1 a 0 com gol de Léo Jacó. Na terceira fase, o Cruzmaltino medirá forças como Ceará, que avançou na manhã desta segunda (13) ao aplicar 4 a 0 no XV de Piracicaba. O time alagoano Zumbi também se classificou, com vitória por 1 a 0 sobre o União Suzano-SP. O próximo duelo do Zumbi será contra o vencedor de Bragantino x Flamengo – o jogo será às 21h45 (horário de Brasília). Por fim, o Vila Nova eliminou o Santo André por 1 a 0, e espera o resultado de Falcon x Corinthians para conhecer o próximo rival no mata-mata.

Demais classificações

O dia começou bem para o Ibrachina-SP que despachou o Barra-SC pelo placar de 2 a 0. Na terceira fase, o time do bairro da Mooca, em São Paulo,  vai enfrentar o Flamengo-SP que cravou a classificação ao derrotar o Náutico por 1 a 0 no início da tarde.

Quem também passou de fase foi o Sport, com vitória de 5 a 4 sobre o Oeste-SP nas cobranças de pênaltis, após 0 a 0 nos 90 minutos. O adversário do time pernambucano será o vencedor do jogo Palmeiras x Referência-SP, com início às 19h30 desta segunda (13).

Outro classificado em cobrança de pênaltis foi o Goiás que derrotou o Vitória da Conquista-BA por 5 a 4, após empate em 1 a 1 no tempo regulamentar. O Esmeraldino enfrentará o Grêmio na terceira fase. O Tricolor Gaúcho avançou ao superar o Marcílio Dias por 1 a 0 no início desta tarde.

A 55ª edição da Copinha começou no útlimo ida 2 e termina no dia 25 de janeiro, feriado da capital paulista, com a final no Pacaembu.  A primeira fase reuniu 128 clubes, divididos em 22 grupos, sendo que apenas os dois primeiros colocados em cada chave avançaram para a segunda fase (eliminatória).  

A terceira fase (mata-mata) que classifica às oitavas de final tem início às 11h desta terça -feira (14). .

Terceira fase – jogos de terça-feira (14)

11h – Bahia x Coritba

15h – Mirassol x Criciúma

17h – Ferroviária x Santos

17h – Cruzeiro x Portuguesa-SP

18h30 – São Paulo x Juventude

19h30 – Água Santa x Fluminense

21h30 – Guarani x Atlético-MG

21h45 – Botafogo x Ponte Preta

Saúde lança campanha sobre importância do programa Mais Médicos


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O Ministério da Saúde lançou nesta segunda-feira (13) uma campanha publicitária sobre o programa Mais Médicos, que será veiculada na televisão, rádio, mídias e painéis digitais.

Chamada de Onde Tem Vida, Tem Mais Médicos. E Onde Tem Mais Médicos, Tem Governo Federal e um Brasil Bem Cuidado, a campanha pretende sensibilizar a população sobre a importância do programa, além de incentivar a busca de informações sobre os atendimentos pelo portal do Mais Médicos.

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O programa Mais Médicos foi criado em 2013, com o objetivo de ampliar a assistência à atenção básica de saúde levando médicos para atuarem em regiões prioritárias, remotas, de difícil acesso e de alto índice de vulnerabilidade, onde há escassez ou ausência desses profissionais. Em 2023, o programa foi relançado e rebatizado de Mais Médicos para o Brasil (https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2023-03/governo-relanca-mais-medicos-brasileiros-terao-prioridade), passando a incluir outras áreas de saúde, como dentistas, enfermeiros e assistentes sociais, e prometendo priorizar profissionais brasileiros.

“O Mais Médicos é uma realidade, e faz diferença. Na Estratégia de Saúde da Família , hoje, o programa permite horários de atendimento estendidos”, disse a ministra da Saúde, Nísia Trindade.

Segundo o Ministério da Saúde, a atenção primária chegou à marca de 26.872 vagas preenchidas no Mais Médicos no final do ano passado, sendo 601 para atuação em 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) . Destes, 50 profissionais foram encaminhados para o território Yanomami. Outro destaque, informou a pasta, foi a abertura de editais com regime de cotas étnico-raciais e para pessoas com deficiência (PCDs), com a oferta de 3,1 mil vagas para profissionais de 1.574 municípios brasileiros.

A nova campanha poderá ser vista no portal do programa.

 

Universidades federais oferecem curso sobre relações étnico-raciais


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Destinado a profissionais da educação básica, o curso de extensão em Formação para Docência e Gestão para a Educação das Relações Étnico-Raciais e Educação Escolar Quilombola está com inscrições abertas até 5 de fevereiro. Estão sendo oferecidas 150 mil vagas, mas cada uma das dez instituições de ensino superior participantes segue seu próprio calendário – algumas, inclusive, já encerraram a etapa de matrículas.

Nas universidades federais do Pará (UFPA) e do Tocantins (UFT), o prazo vai até 3 de fevereiro e, na do Recôncavo da Bahia (UFRB), até dia 5 do próximo mês. No caso do Instituto Federal de Goiás (IFG), as candidaturas serão recebidas até que todas as vagas sejam preenchidas.

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A formação tem ênfase na população negra. O curso é composto por quatro módulos: Panorama Étnico-Racial e Quilombola Brasileiro; Culturas e Territorialidades; Educação Antirracista na Prática e Gestão Democrática para a Diversidade. 

A relação das instituições que oferecem o curso está disponível no site da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Com carga horária de 120 horas, as aulas terão início em março e serão ministradas em parceria com a Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ).

As aulas são divididas em quatro módulos: Panorama Étnico-Racial e Quilombola Brasileiro; Culturas e Territorialidades; Educação Antirracista na Prática, e Gestão Democrática para a Diversidade. A iniciativa é fruto da cooperação entre a Capes e a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi), do Ministério da Educação (MEC).

Especialistas apontam desafios para restrição de celular nas escolas


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Colocar em prática as restrições ao uso dos celulares nas escolas de todo o país será um desafio, segundo professores e estudantes. Embora a proibição seja bem vista por grande parte da sociedade e da comunidade escolar, a lei sancionada nesta segunda-feira (13) encontrará desafios como a falta de infraestrutura nas instituições de ensino, para por exemplo, guardar os celulares em segurança; de formação dos professores, para que não abandonem o uso pedagógico das novas tecnologias; e de ensino, para que as aulas sejam atrativas para os alunos.

Após tramitar pelo Congresso Nacional, a lei que proíbe o uso dos celulares nas escolas públicas e privadas, tanto nas salas de aula quanto no recreio e nos intervalos, foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os aparelhos seguem sendo permitidos para o uso pedagógico, ou seja, quando autorizado pelos professores como instrumento para a aula.

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A principal justificativa para a nova lei é proteger as crianças e adolescentes dos impactos negativos das telas para a saúde mental, física e psíquica deles. A medida não é exclusiva do Brasil, países como França, Espanha, Grécia, Dinamarca, Itália e Holanda já têm legislações que restringem uso de celular em escolas.

Segundo o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araújo, os professores, no geral, apoiam a proibição dos celulares nas salas de aula, mas apontam alguns desafios para colocar a medida em prática: “Onde vai ficar esse equipamento? Em que momento da aula você precisa do celular para que o conteúdo chegue com facilidade para entendimento por parte do estudante? Em que momento ele vai ser utilizado? Em que momento ele volta a ser guardado? E aí você vem para a escola pública e pergunta, a escola pública está equipada para isso? Tem segurança em guardar o equipamento do aluno sem estragar, sem perder o equipamento? Tem condições de fazer um planejamento onde sabe que momento o equipamento pode ser utilizado para aprimorar o conhecimento e que momento ele não deve ser utilizado?”, questiona Araújo.

Segundo Araújo, deveria haver uma discussão maior nas redes de ensino. “Tudo isso precisaria de um aprofundamento. Uma lei que vem de cima para baixo, sem um fortalecimento da gestão democrática da escola, sem um fortalecimento da participação dos segmentos da comunidade escolar discutindo o tema, vai ficar inviável, porque você vai criar mais problemas, não vai conseguir cumprir a lei como ela determina”, diz.

Falta de interesse

Para os estudantes, não basta apenas proibir o celular, é preciso que a escola e as aulas sejam mais atrativas. “Não é proibir o celular na sala de aula que vai garantir que os estudantes tenham mais atenção nas aulas ou que se interessem mais pela escola. O que vai trazer essa solução que a gente tanto busca, que é trazer de novo o interesse da nossa turma para dentro da sala de aula, é trazer um ambiente mais tecnológico para a escola, dentro da sala de aula, é melhorar a dinâmica e a didática das nossas aulas, é garantir uma formação mais lúdica dos nossos estudantes”, defende o presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Hugo Silva.

“Com toda certeza, eu vou preferir, enquanto estudante, olhar dez TikToks do que assistir uma aula que eu acho chata ou que eu acho que não me agrega em nada. Então, acho que a gente precisa fazer essa discussão. Se a aula é interessante, mais interessante que o TikTok, se a disciplina que eu estou aprendendo ali eu considero mais importante do que assistir esses dez TikToks, é claro que eu vou abandonar o celular e vou prestar atenção na sala de aula”, diz o estudante.

Segundo Silva, restringir o uso de celular pode também contribuir para o aumento de desigualdade, sobretudo entre escolas públicas e particulares, em locais de maior vulnerabilidade e menos acesso à tecnologia. “A gente acredita, inclusive, que em muitos territórios e em muitos lugares, a única tecnologia que os estudantes secundários têm acesso é através do celular. Se a gente retira esse aparelho das salas de aula, a gente pode, inclusive, fazer com que esses estudantes não tenham acesso a nenhum tipo de tecnologia”.  

Entenda a nova lei

As discussões sobre a proibição legal do uso dos celulares se estendem por mais de uma década. O projeto de lei que agora foi sancionado foi originalmente proposto na Câmara dos Deputados pelo deputado federal Alceu Moreira (MDB/RS), em 2015. O texto foi, por sua vez, inspirado em outro projeto proposto pelo deputado Pompeo de Mattos (PDT/RS), que chegou a ser aprovado pela Comissão de Educação e Cultura e a receber parecer favorável do relator na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Em 2010, como fim da legislatura, não tendo sido aprovado pela Casa, acabou sendo arquivado.

O texto original proibia o uso de aparelhos eletrônicos portáteis nas salas de aula dos estabelecimentos de educação tanto básica quanto superior, permitindo apenas o uso pedagógico autorizado pelos professores.

O texto aprovado pelo Senado Federal, que agora virou lei, restringe a proibição para a educação básica, ou seja, da educação infantil ao ensino médio. O texto também apresenta exceções, permitindo o uso dos aparelhos por estudantes nas escolas para garantir a acessibilidade, a inclusão, para atender condições de saúde e garantir direitos fundamentais.

O texto estipula ainda que as redes de ensino e as escolas devem elaborar estratégias para lidar com o sofrimento psíquico e saúde mental das crianças e adolescentes, bem como com o acesso a conteúdos impróprios. As escolas deverão estabelecer ambientes de escuta para estudantes que apresentem sofrimento em decorrência de nomofobia, que é o medo de estar longe do celular.

Já em prática

A restrição, que agora se torna nacional, já é realidade em alguns locais e escolas. O estado de São Paulo aprovou medida semelhante no final do ano passado, para valer a partir deste ano.

Na cidade do Rio de Janeiro, a proibição vale desde agosto de 2024, por conta de decreto da prefeitura. O celular fica guardado e só pode ser usado para atividades pedagógicas, com a autorização dos professores.

Segundo o presidente do Sindicato dos Professores do Município do Rio de Janeiro e Região (SinproRio), Elson Simões de Paiva, a medida favorece a socialização:

“A gente sabe que hoje tem escolas que proíbem o uso até na hora do recreio, para poder possibilitar que a criança e o jovem voltem a fazer o que ele não está fazendo mais, que é a socialização. A socialização dele está sendo feita através de celular, não está sendo mais de pessoa com pessoa. Então, é importante essa questão também do uso do celular ser mais controlado dentro das escolas”.

Assim como Araújo, ele também teme que agora com a proibição nacional, haja uma sobrecarga dos professores. “Quem vai controlar isso? Porque os professores, ou eles dão aula, ou eles vigiam se o aluno está usando o celular ou não”, diz e acrescenta: “[O professor] solicita que naquele dia o celular venha a ser utilizado na sala de aula. Mas e depois? Como é que vai ser esse controle para o aluno devolver esse celular ou deixar de usar o celular em uma outra aula que não vai utilizar esse material, esse instrumento?”

Nas escolas particulares do município, de acordo com o diretor do Sindicato dos Estabelecimentos de Educação Básica do Município do Rio de Janeiro (Sinepe Rio), Lucas Machado, as restrições já eram feitas antes mesmo do decreto municipal. “No Rio de Janeiro, essa novidade é inexistente, porque o processo das escolas particulares é muito tranquilo, e isso já vinha adotando, já vinha acontecendo há mais de um ano. Muitas das escolas particulares, desde o ano passado, pelo menos, já proibiam, de acordo com os seus regimentos escolares, o uso de celular na sala de aula, para fins não pedagógicos”.

Machado ressalta, no entanto, que uma lei nacional pode enrijecer as diversas realidades encontradas nas escolas. “Quando você generaliza, você está dificultando os regimentos das escolas”, diz. “De acordo com os regimentos existentes, você tinha, por exemplo, a prática de crianças com algum tipo de deficiência, algum tipo de dificuldade, você poderia, no seu regimento, ajustar isso para que pudesse atender essas necessidades dessas crianças. Era muito fácil de trabalhar com isso. Agora, partindo de uma lei federal, talvez haja algum tipo de restrição em que a gente tem que tomar cuidado para poder atender a necessidade da lei”.

Falhamos em incorporar as tecnologias

Segundo o professor da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília Gilberto Lacerda Santos, as restrições tanto no Brasil quanto em outros países são, na verdade, uma falha dos sistemas educacionais e da sociedade em entender e conseguir incorporar na educação de fato os potenciais da tecnologia.

“É um auto reconhecimento de uma falência das instituições escolares, da sociedade como um todo, em entender as tecnologias e o seu potencial na educação, e, sobretudo, de integrá-las na formação de professores. Porque todo o problema reside no fato de que nossos professores não sabem lidar com a tecnologia na sala de aula e com tudo que a tecnologia oferece”, diz.

De acordo com Santos, as tecnologias dão ao cidadão comum “um poder que ele nunca teve. Um poder de se informar mais e autonomamente. Um poder de se comunicar livremente. E, sobretudo, um poder de se expressar. Acontece que, para que nós consigamos nos informar de uma maneira condizente com princípios éticos, para que nós possamos nos comunicar adequadamente, e, sobretudo, para que nós possamos nos expressar adequadamente, nós precisamos de uma excelente educação de base. A educação de base nos falta. Então nós não sabemos usar as tecnologias, nós acabamos nos tornando escravos dela. Os jovens estão completamente perdidos, clicando, curtindo, curtindo, compartilhando notícias sem veracidade, porque falta educação de base. E esse é um problema-chave que a gente não conseguiu resolver ainda enquanto sociedade”.

Para Santos, a solução é investir cada vez mais na formação dos professores. “O professor é um elemento chave para o sucesso da escola. Então nós precisamos fazer o que não foi feito, o que nós não temos conseguido fazer, que é instrumentá-lo adequadamente, formá-lo adequadamente, remunerá-lo adequadamente, para que ele é o ator intermediário para o uso inteligente, interessante da tecnologia”, defende.

Violência e ação policial levam fluxo da Cracolândia para novas áreas


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A repressão e violência sistemática em cenas abertas de uso de droga, no centro da capital paulista, leva à dispersão das pessoas para não serem vítimas da violência, porém elas continuam a fazer uso de substâncias em outros espaços públicos da cidade. A avaliação é da antropóloga Amanda Amparo, pesquisadora em Antropologia Social da Universidade de São Paulo (USP).

A prefeitura de São Paulo divulgou que houve redução do fluxo de pessoas na Rua dos Protestantes, na Cracolândia, local que já reuniu a principal concentração de pessoas em situação de desproteção social no centro da cidade. Entre janeiro e dezembro de 2024, a média de pessoas no local caiu 73,14%, conforme nota.

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No período, a prefeitura calcula que as ações na região resultaram em 18.714 encaminhamentos para serviços e equipamentos municipais. Segundo o levantamento, no período, 679 pessoas alcançaram autonomia financeira, 308 conquistaram autonomia de moradia e 261 reconstruíram vínculos familiares. O Programa Operação Trabalho Redenção registrou 1.802 participantes.

Amanda Amparo, especialista em analisar a situação da Cracolândia, concorda que a quantidade de pessoas na região caiu, o que não quer dizer que o território, como um todo, tenha observado essa redução.

“A concentração de pessoas ali, por conta do índice de repressão e infração de direitos humanos sistemáticas com as pessoas, obviamente tem feito com que elas não fiquem mais no mesmo local”, explicou, acrescentou que muitas saem durante o dia, mas retornam à noite.

A antropóloga diz ser frequente agressões contra os usuários e que no sistema de fechamento com grade, “as pessoas ficaram ali como se estivessem num zoológico”.

Ainda segundo a prefeitura, foram ampliadas as operações policiais no local e o número de prisões e apreensões passou de 5.455 para 6.074 no período de janeiro a setembro de 2024.

Cercadinho e limpeza

Integrante da Craco Resiste, a antropóloga Roberta Costa avalia que o levantamento da prefeitura é “reflexo da tortura cotidiana” vivida por quem não tem opção e pela falta total de estrutura da sociedade com as pessoas em situação de vulnerabilidade.

“A política do Poder Público, com certeza, espalha as pessoas pela cidade. Não há dúvida de que a população em situação de rua da cidade de São Paulo aumentou. As condições de vida da população, como um todo, piorou. Isso leva muitas pessoas para a rua e essa política de violentar pessoas que já foram tão violentadas ao longo da vida não as ajuda”, pontuou.

Ela critica também a limpeza feita pela prefeitura diariamente no local. A Secretaria Executiva de Projetos Estratégicos do município informou que são realizadas diariamente duas ações de limpeza na Rua dos Protestantes e que deslocamentos momentâneos, próximos a esses horários, são acompanhados pelas forças de segurança. 

“Na Cracolândia, independentemente de operação [policial], todos os dias, de manhã e à tarde, tem a limpeza. O que é a limpeza? É a institucionalização da humilhação de pessoas que já estão desprotegidas socialmente e com um monte de problemas, que deveriam ser cuidadas”, relatou Roberta Costa.

Ela conta que, no momento da limpeza, todas as pessoas são retiradas do local e obrigadas a voltar para o cercadinho pela Guarda Civil Metropolitana (GCM).

“Inclusive vários usuários relatam que esse é o momento de maior violência, em que rasgam dinheiro deles, pegam cigarro, várias torturas físicas e psicológicas. Às 15h, eles fazem a limpeza de novo”, disse. 

De acordo com Amanda Amparo, a maior circulação das pessoas não significa “que a prefeitura conseguiu implicar positivamente na vida dessas pessoas a ponto delas conseguirem se reorganizar”.

Vias como a avenida Duque de Caxias, Rua dos Gusmões, Rua Helvétia, Rua Barão de Piratininga e Avenida São João têm sido locais de concentração de pessoas que fazem uso abusivo de drogas. “Quando a gente vai olhar também para o grande centro, a República já tem uma cena de uso muito maior do que tinha antes”, disse.

Considerando o modelo das políticas públicas implementadas na região, Amanda Amparo ressalta que a dinâmica de buscarem ficar concentradas, ainda que em outros pontos da cidade, é uma forma também de proteção. “O mecanismo de disseminação das pessoas, de fazer com que elas fiquem circulando sem parar, fez com que existissem várias cenas de concentração de uso problemático de drogas. Então, tem várias cenas, não é mais uma única”. 

A dispersão resultante das ações de repressão na região, explica Roberta Costa, cria inclusive maiores dificuldades para o cuidado das pessoas em situação de vulnerabilidade. “O problema de espalhar essas pessoas é que, para cuidar delas, a gente precisa de vínculo, precisa saber de quem elas são. A gente tem anos de história de troca e cuidado com as pessoas que estão no fluxo da Cracolândia. O Poder Público, que não ajuda a cuidar, ainda faz o desfavor de violentar e espalhar as pessoas”, lamentou.

A Agência Brasil entrou em contato com a prefeitura de São Paulo para manifestação sobre o tema, mas não recebeu resposta até o momento. O espaço segue aberto. 

Defesa Civil interdita local de incêndio no Camelódromo do Rio


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A Defesa Civil do Município do Rio de Janeiro interditou por tempo indeterminado a região do complexo comercial da Uruguaiana, conhecido como Camelódromo, no centro da capital fluminense, onde neste domingo (12) começou, por volta das 10h, um incêndio que atingiu parte dos boxes. As chamas se concentraram em lojas próximas ao cruzamento da Rua dos Andradas com a Rua Senhor dos Passos, perto da entrada da estação do Metrô. Não houve registro de vítimas.

De acordo com o Centro de Operações do Rio (COR), a decisão foi em decorrência do incêndio de grande proporção atingir uma área aproximada de 30×40 metros do mercado localizado no Centro do Rio. “O complexo comercial foi isolado com fita e equipes da Subprefeitura do Centro e do Centro Histórico e Coordenadoria de Licenciamento e Fiscalização foram acionados para tomarem as providências cabíveis”, indicou em nota.

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Nesta segunda-feira, os bombeiros ainda foram para o local e encerraram os trabalhos às 13h20. “Já não tem risco de incêndio. A gente passou a madrugada inteira realizando a previsão aqui, monitorando alguns focos jogando mais água, fazendo o rescaldo que nesses incêndios é normal, a gente leva muitas horas nesse processo pós incêndio e, agora, a gente está deixando o local e a segurança do local a cargo da autoridade municipal,” disse à Agência Brasil, o porta-voz do Corpo de Bombeiros, Major Fábio Contreiras.

O major destacou que bombeiros da Coordenadoria de Drones utilizaram esses equipamentos para identificar os locais de calor e focos do incêndio, o que favoreceu muito a agilidade do combate.

Causas

Conforme explicou, pelo que foi encontrado pelos bombeiros não é possível avaliar o que teria provocado o fogo no local. “As nossas equipes chegaram aqui ontem por volta das 10h10 da manhã, já encontraram alguns focos de incêndio distribuídos, então não teve um incêndio no seu início. Esse é um trabalho que a gente aguarda. Ontem mesmo a Polícia Civil já esteve aqui com a gente e iniciou o trabalho de averiguação, apuração e investigação, que deve ser concluído nos próximos dias. Este trabalho está agora realmente direcionado para a Polícia Civil.

No incêndio, as chamas se concentraram em lojas próximas ao cruzamento da Rua dos Andradas com a Rua Senhor dos Passos, perto da entrada da estação do Metrô. A área foi cercada pela Defesa Civil do Município para impedir a passagem de pessoas e além da Polícia Militar, agentes da Guarda Municipal estão na área do complexo comercial para apoiar o isolamento.

“[O cerco] Está atingindo uma área superior à queimada, uma área além, porque a gente sabe que o incêndio em si e a fumaça pode também atingir outras regiões e transportar calor. Basicamente quase todo o mercado popular aqui, não é total, em algumas áreas a população tem acesso próximo, mas a grande parte do mercado foi isolado por segurança e por precaução. Provavelmente no dia de hoje vai haver avaliações por parte do corpo técnico de engenharia da prefeitura e a partir dali, vão aumentar ou reduzir esta interdição”, adiantou o porta-voz.

“Os lojistas, obviamente, querem acessar o local, mas estão colaborando e entendendo a necessidade que a gente tem de garantir a segurança, principalmente, para eles poderem retornar o trabalho deles do dia a dia”, observou o major.

Ainda de acordo com o Corpo de Bombeiros, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) “está ciente da situação e possui um processo ajuizado sobre o caso”. O porta-voz dos Bombeiros, major Fábio Contreiras, disse que além dos 10 quartéis com 60 militares, logo nos primeiros combates ao fogo, o trabalho contou com a participação de equipes da coordenadoria de drones, que ajudaram a mapear as partes mais quentes, onde era necessário um combate mais elaborado. Foram ainda para o local diversas unidades com suprimento de água. “Para que não faltasse água em nenhum momento. Após a chegada das equipes, em torno de 15 a 20 minutos, a gente já tinha o incêndio controlado e cercado”, contou.


Rio de Janeiro 12/01/2025 - Defesa Civil combate incêndio no camelódromo da Uruguaiana. Fotos:  Angela Goes/CBMERJ

Rio de Janeiro 12/01/2025 – Defesa Civil combate incêndio no camelódromo da Uruguaiana – Fotos: Angela Goes/CBMERJ

Investigações

A Polícia Civil informou que as causas do incêndio estão sendo investigadas. Inicialmente o caso foi registrado na 4ª DP (Presidente Vargas), mas por causa da circunscrição do incêndio, foi encaminhado para a 1ª DP (Praça Mauá) que agora está à frente das investigações. “O caso é investigado pela 1ª DP (Praça Mauá). A perícia foi realizada no local e diligências estão em andamento para esclarecer as causas do incêndio”, apontou.

Segundo a Secretaria de Estado de Polícia Militar, policiais militares do 5º BPM continuam no entorno do complexo comercial, onde ontem deram apoio ao combate dos bombeiros. Os agentes isolaram a área para que a perícia fosse realizada.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, que foi ao local neste domingo e lembrou que essa não foi a primeira vez que o local foi atingido por um incêndio.” No meu outro governo teve um incêndio aqui. Não dá para dizer de quem é a responsabilidade. Acho que agora surge aqui uma oportunidade para a gente fazer uma coisa mais definitiva e de mais qualidade”, indicou em entrevista no local do incêndio.

O prefeito se comprometeu com uma ajuda aos lojistas que tiveram prejuízo. “Já avisei aos comerciantes que infelizmente já perderam as suas coisas e seus comércios que a gente vai ajudar. Vamos reconstruir e fazer tudo direito. Todo mundo pode ficar tranquilo que a gente vai reconstruir, mas espero poder fazer isso de uma maneira mais organizada, com uma estrutura melhor. Acho que em um belo exemplo na cidade do Rio, é o mercadão de Madureira. Pegou fogo, era uma coisa meio bagunçada assim, foi totalmente recuperado e passou a ser um shopping com muita qualidade, ali em Madureira”, completou.

Ivete Sangalo abre temporada de verão do Sem Censura na Bahia

Para celebrar os 40 anos de estreia do Sem Censura, a TV Brasil faz uma temporada de verão do programa na Bahia entre os dias 20 e 31 de janeiro.

A cantora Ivete Sangalo é a primeira convidada da produção apresentada por Cissa Guimarães, que será transmitida ao vivo do Cineteatro 2 de Julho, em Salvador, em parceria com a TVE Bahia.

O especial faz parte das comemorações do aniversário da tradicional roda de conversa lançada em 1985. A novidade coincide com os 40 anos do axé music.

Outro destaque da temporada do Sem Censura na capital baiana é a presença de plateia para acompanhar as entrevistas e performances dos artistas durante essas dez edições da produção da emissora pública.

O formato do programa segue a dinâmica atual com atrações musicais e bate-papo descontraído com vários convidados especiais e debatedores.

O Sem Censura tem exibição de segunda a sexta-feira, ao vivo, a partir das 16h, com duas horas de duração.

“O Sem Censura é um dos programas mais tradicionais da TV Brasil, teve importância na redemocratização do país e agora vive um novo momento, juntamente com a EBC”, afirma o diretor-presidente da EBC, Jean Lima.

“Essa temporada de verão na Bahia é uma ótima comemoração e certamente será um marco para o programa e para a TV Brasil.”

O programa pode ser acompanhado no aplicativo TV Brasil Play, no YouTube da emissora e em formato de podcast no Spotify. O Sem Censura também tem horário alternativo na telinha do canal público, mais tarde, no mesmo dia, às 23h30.

Clique aqui e saiba como sintonizar a TV Brasil.