Embalado, Brasil faz 3 a 0 na invicta Eslovênia na Liga das Nações


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Em processo de renovação, a seleção brasileira masculina de vôlei, número 7 do mundo, cravou neste domingo (15) uma sólida vitória (3 sets a 0) sobre a Eslovênia, terceira no ranking mundial e até então invicta na Liga das Nações. Com uma atuação impecável no último confronto no Ginásio do Maracanãzino, no Rio de Janeiro, o Brasil encerra a primeira semana do torneio na terceira posição.

O país tem agora nove pontos na classificação geral – três vitórias (Irã, Ucrânia e Eslovênia) e uma derrota (Cuba) -, mesmo total do Japão (2º), à frente da seleção na tabela pelo critério de desempate por saldo de sets. Número 1 do mundo e ainda invicta no torneio, a Polônia lidera com 12 pontos. A seleção brasileira descansa a próxima semana e volta a competir de 25 a 29 de junho, em Chicago (Estados Unidos) contra mais quatro adversários: Canadá, China, Itália e Polônia.

Diferentemente da sofrida vitória de virada contra a Ucrânia no sábado (14) no tie-break, a equipe brasileira esbanjou concentração em quadra desde o início da partida. O time escalado pelo técnico Bernardinho foi o mesmo que virou o placar contra os ucranianos no sábado (14). Confiantes, Maique (líbero), Alan (oposto), Lucas Bergmann e Honorato (ambos ponteiros), Judson e Flávio/capitão (centrais) e Cachopa (levantador) – debutando como titular da amarelinha em competição internacional – ganharam com tranquilidade o primeiro set por 25/19.

A segunda parcial foi a mais equilibrada. Mesmo com maior volume de jogo, boa recepção de Maique e variedade na distribuição de Cachopa, a Eslovênia esboçou uma reação, sacando mais forte e reforçando o bloqueio. Abriram vantagem no meio do set, em 17/16 e tiveram a chance do empate liderando o placar por 24/21. Quando o set parecia definido a favor dos europeus, a resiliência da amarelinha fez a diferença. Honorato diminuiu a desvantagem para 24 a 22 e, na sequência, Darlan entrou em quadra para acertar um ace de saque, deixando o Brasil a um ponto do empate. Honorato anotou mais um e igualou o placar e daí em diante os times se revezaram na dianteira, até o bloqueio monstruoso de Judson que encerrou o embate por 29/27 a favor dos brasileiros.

Com moral alto, a seleção sobrou em quadra na terceira parcial, principalmente nos contra-ataques. Um dos destaques foi Lukas Bergmann,com uma sequência de acertos no bloqueio , ataque e no saque, com direito a ace que colocou o Brasil em vantagem de 16/10. Diante de uma torcida da torcida brasileira estasiada, a seleção fechou a última parcial em 25/1, selando a vitória com autoridade por 3 sets a 0

Pelo segundo jogo consecutivo, o maior Alan foi o maior pontuador, com 13 pontos (12 de ataque e um de bloqueio), mas hoje dividiu o protagonismo com Honorato (11 de ataque e dois de bloqueio) e Lukas Bergmann (8 de aquaque, 3 de bloqueio e 2 aces), que também anotaram 13 pontos para o Brasil.

Após a vitória, Alan avaliou o desempenho da seleção contra os eslovenos.

“Depois de fazer dois tie-breaks de 3 sets a 2 [contra Cuba e Ucrânia] e conseguir 3 a 0 contra a Eslovênia, que é uma equipe muito forte, isso dá mais confiança ainda para o time. Hoje a gente entrou, conseguiu imprimir nosso ritmo, no segundo set a gente estava perdendo, mexemos ali, Darlan entrou e fez um bom saque, a gente conseguiu recuperar e ganhar. Isto mostra total força da nossa equipe. É só daí para mais, a gente vai evoluir bastante na Liga, e eu espero que a gente lá no pódio, conseguindo levantar a medalhinha”, projetou o oposto, em entrevista à SporTV, emissora oficial da competição.

Formato da competição

A competição reúne as 18 melhores seleções do mundo na fase preliminar, com 15 rodadas. As equipes constam do ranking da Federação Internacional de Voleibol (FIVB). Além de atuar em casa, a seleção jogará nos Estados Unidos e no Japão.

Apenas as oito primeiras colocadas na fase preliminar, avançarão às quartas de final (eliminatória). Vale destacar que a China tem vaga assegurada no mata-mata da LNV, por sediar a fase final da competição, entre 30 de julho e 3 de agosto.

Próximos jogos do Brasil na Ligas das Nações

25 de junho (quarta) – Canadá x Brasil – 18h – Chicago, Estados Unidos

26 de junho (quinta) – Brasil x República Popular da China – 18h – Chicago, Estados Unidos

28 de junho (sábado) – Brasil x Itália – 18h – Chicago, EUA

29 de junho (domingo) – Brasil x Polônia – 18h – Chicago, EUA

16 de julho (quarta) – Argentina x Brasil – 00h – Chiba, Japão

18 de julho (sexta) – Brasil x Japão – 7h20 – Chiba, Japão

19 de julho (sábado) – Turquia x Brasil – 3h30 – Chiba, Japão

20 de julho (domingo) – Alemanha x Brasil – 2h30 – Chiba, Japão   

Prédios com vidraças nas cidades ameaçam aves, aponta pesquisa

Um estudo publicado nesta semana no periódico Ecology mostrou que 4.103 aves colidiram com janelas de vidro em um período de sete décadas em 11 países das Américas Central e do Sul.

Segundo a pesquisa, coordenada por dois pesquisadores brasileiros e por um cientista da Universidade de Helsinque (Finlândia), observou que mais de 500 espécies sofreram acidentes com essas estruturas, algumas ameaçadas de extinção, entre 1946 e 2020

O levantamento mostrou que 2.537 aves morreram imediatamente após as colisões, e 1.515 foram encontradas vivas e encaminhadas a centros de reabilitação. As épocas em que ocorreram os acidentes provavelmente coincidem com períodos de migração e reprodução das espécies, de acordo com o estudo.

Apenas no Brasil, foram analisados os registros de 1.452 incidentes, incluindo indivíduos de espécies ameaçadas de extinção, como gavião-pombo-pequeno (Buteogallus lacernulatus), cigarrinha-do-sul (Sporophila falcirostris) e saíra-pintor (Tangara fastuosa), endêmicas da Mata Atlântica.

A pesquisa foi liderada por Augusto João Piratelli, da Universidade Federal de São Carlos, Bianca Ribeiro, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos, e por Ian MacGregor-Fors (Universidade de Helsinki, Finlândia). Também colaboraram com o estudo mais de 100 pesquisadores, incluindo vários brasileiros.

Pesquisadora do Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA), Flávia Guimarães Chaves, foi uma das colaboradoras do estudo. Segundo ela, o levantamento mostra que janelas e outras estruturas urbanas de vidro ameaçam as aves, já que elas não enxergam essa barreira.

“Na cidade de São Paulo, foram 629 colisões de aves. Não havia muita diferença se o vidro dessas residências ou prédios era translúcido ou reflexivo”, explica a pesquisadora.

De acordo com a pesquisadora, o estudo poderá subsidiar políticas públicas, normas de construção e campanhas de conscientização voltadas à redução das colisões com vidros, um passo importante para tornar as cidades mais amigáveis à biodiversidade.

“Um passo importante para tornar as cidades mais amigáveis [para as aves] são ações simples como a aplicação de adesivos nos vidros, como bolinhas numa distância entre dez e 15 centímetros, de forma simétrica, que fazem com que as aves possam enxergar esses vidros. Outra possibilidade é utilizar cortinas antirreflexo e persianas nas janelas. No período da construção ou reforma, pode-se optar por vidros que sejam serigrafados, que possuem faixa UV na sua composição e são enxergadas pelas aves”.

“É preciso ir além do cinema indígena etnográfico”, dizem cineastas


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O desenvolvimento do cinema indígena e sua interface com o audiovisual produzido por não indígenas foi tema de debates entre cineastas que participam do 26º Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica), na Cidade de Goiás, que termina neste domingo (16).

O Fica é considerado o maior evento audiovisual com temática ambiental da América Latina.

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Presente ao encontro, Takumã Kuikuro (foto), premiado cineasta brasileiro oriundo do Parque Indígena do Xingu, no Mato Grosso, aponta duas dimensões do trabalho que ele verifica com mais recorrência entre seus pares indígenas, inclusive os dele próprio.

“Tem duas formas de fazer cinema nas aldeias. Uma é documentar, registrar o conhecimento [oral] que vai ficar para sempre circulando para o povo nas aldeias. O outro jeito de produzir é criar uma narrativa própria sobre a realidade, traduzir para o português para que o não indígena entenda nossa realidade, e exibir através do cinema”, afirmou em conversa com a Agência Brasil.

Takumã já teve filmes premiados em festivais como os de Gramado e de Brasília, e em eventos internacionais de cinema, como Presence Autochtone de Terres em Vues, em Montréal, no Canadá. Em 2017, recebeu o prêmio honorário bolsista da Queen Mary University London. E, em 2019, tornou-se o primeiro jurado indígena do Festival de Cinema Brasileiro de Brasília, um dos mais importantes do país.

No Fica 2025, o cineasta colaborou no processo de seleção de obras para mostras competitivas. Ele passou a enxergar um amadurecimento na produção audiovisual indígena, e defende a necessidade de superar as velhas narrativas de caráter etnográfico que permeou a produção cinematográfica sobre os povos tradicionais ao longo de décadas, dentro e fora do país.

“Temos que superar a narrativa etnográfica como única linguagem [sobre indígenas no cinema], essa tem sido a minha preocupação. E explorar a fundo a linguagem cinematográfica para contar nossas próprias histórias, criar nossos personagens, fazendo, por exemplo, mais filmes de ficção”, argumenta.  


Goiás Velho (GO), 13/06/2025 - O jurí do festival, Vicent Carelli, fala com Agência Brasil durante, 26ª edição do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica 2025), com o tema “Cerrado: a savana brasileira e o equilíbrio do clima”, o festival oferece uma vasta programação gratuita, que inclui mostras competitivas de cinema, oficinas, atrações culturais, atividades ambientais, sessões para o público infantil, shows musicais, além de fóruns e debates.
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Goiás Velho (GO), 13/06/2025 – Vicent Carelli fala com Agência Brasil durante a 26ª edição do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica 2025). Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Integrante do júri oficial do Fica 2025, o premiado cineasta e indigenista Vincent Carelli, criador do projeto Vídeo nas Aldeias (1987), que forma cineastas indígenas desde meados dos anos 1980, percebe diferenças fundamentais na produção de cinema entre indígenas e não indígenas.

“Esse acesso com intimidade, com a língua, com o conhecimento e convivência da cultura é outra coisa. Isso, em termos de conteúdo, de sensibilidade, tanto de quem filma quanto de quem é filmado, é um grande diferencial”, avalia.

“Eu sempre tentei fugir dessa ideia de cinema etnográfico para refletir as questões indígenas”.

Relações simétricas

Ao longo dos últimos anos, a colaboração entre indígenas e não indígenas tem sido uma constante no cinema sobre povos tradicionais, mas esse processo ainda ocorre em meio a tensões.

“Quando você vai nas aldeias, todos eles dizem que já tiveram experiências negativas com imprensa, com pesquisadores, com televisão, e com cineastas, né. Todos os agentes. Porque aí ocorre essa falta de simetria no relacionamento”, aponta Vincent Carelli. “Isso é algo que ainda acontece, mas esses jovens indígenas do cinema estão tendo uma atitude mais contundente contra isso atualmente, se colocando como diretores, assinando as obras”, acrescenta.

“Eu vejo muitos não indígenas se colocando acima dos indígenas, excluindo dos festivais mais importantes. Eu, por exemplo, participei do Festival de Gramado, em 2011. Eu ganhei lá um Kikito [premiação], mas, depois disso, nunca ouvi falar indígena participando. Então, ainda é uma coisa meio isolada, esse reconhecimento”, aponta Takumã Kuikuro.

“A gente enfrenta ainda um certo preconceito para ocupar esse espaço”, afirma Kléber Xukuru, cineasta e comunicador indígena, diretor da Ororubá Filmes. “Mas é bom lembrar que os povos indígenas do Brasil são resistentes e insistentes. E o audiovisual é uma ferramenta que hoje a gente tem visto também como uma porta de luta”, destaca.

Olhar indígena

No filme Minha Terra Estrangeira, essa questão aparece dentro e fora da tela. O longa, que estreou com grande sucesso no festival É Tudo Verdade, em abril, foi o principal filme convidado do Fica este ano, e contou com três exibições em salas de cinema da antiga capital goiana. Trata-se de uma colaboração entre o coletivo Lakapoy, formado por indígenas, Louise Botkay, que foi formada pelo projeto Vídeo nas Aldeias, e João Moreira Salles.

O filme acompanha o cacique Almir Suruí, líder indígena candidato a deputado federal por Rondônia, e sua filha, a Txai Suruí, jovem ativista ambiental, durante 40 dias que antecederam as eleições de 2022. A trajetória de Txai no filme foi acompanhada por Salles. O resultado são dois olhares simultâneos, complementares e distintos, sobre as jornadas de pai e filha.  

Uma cena do filme debate exatamente esse ponto, quando num diálogo entre Txai e João Moreira Salles, o diretor se questiona e a questiona sobre o olhar de um homem branco (no caso, ele próprio) para a ativista indígena, focado apenas na militância por direitos territoriais. Nesse momento, ela comenta que um diretor indígena poderia ter optado por ir além de filmar a ativista em ação, mas acompanhar outras dimensões da vida dela, como sua relação com a floresta e com o amor.

Janela de exibição

Uma das novidades desta edição do Fica é a criação do Fórum Indígena e de Povos Tradicionais, com o objetivo de amplificar os saberes e conhecimentos dos povos dos territórios e fortalecer a produção audiovisual feita por pessoas que fazem parte dessas comunidades. Além deste fórum, o festival conta, ainda, com os fóruns de Cinema e Meio Ambiente, criados em edições anteriores.

Uma das mostras competitivas é exclusivamente dedicada a exibir e premiar obras de realizadores indígenas e de povos e comunidades tradicionais. “É uma janela específica para esses realizadores, sem prejuízo de que eles estejam nas outras mostras também, como sempre estiveram e continuarão estando”, afirma o diretor de programação do festival, Pedro Novaes.

* A equipe de reportagem da Agência Brasil viajou a convite da organização do 26º Fica.

Rio São Francisco terá nova hidrovia para transporte de cargas ao NE


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O Rio São Francisco terá uma nova hidrovia para transporte de cargas do Sudeste (a partir de Pirapora-MG) para o Nordeste (a Juazeiro-BA e Petrolina-PE).

O projeto, apresentado pelo governo federal na última sexta-feira (13), é utilizar os 1.371 km de extensão navegáveis com uma projeção de movimentar cinco milhões de toneladas

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Entre as cargas previstas, estão insumos agrícolas, gesso, gipsita, calcário, grãos, bebidas, minério e sal

O ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho, afirmou que a hidrovia será muito estratégica para o desenvolvimento da região. Neste mês de junho, ele disse que iria assinar a delegação das obras à Companhia das Docas do Estado da Bahia. 

Na sequência, estão previstos os estudos técnicos, conforme o ministro.

No percurso, o Velho Chico passa pelo Distrito Federal, por Goiás, pela Bahia, por Sergipe, Alagoas e Pernambuco. São 505 municípios e mais de 11,4 milhões de pessoas que, de alguma forma, se relacionam com um dos principais rios brasileiros.

Três etapas

O projeto foi dividido em três etapas. Na primeira, as ações vão se concentrar em um trecho de 604 quilômetros navegáveis, de Juazeiro a Petrolina, passando por Sobradinho (BA) e chegando em Ibotirama (BA). 

As cargas poderão ser escoadas por rodovias até o Porto de Aratu-Candeias, na Baía de Todos os Santos (BA).

A segunda etapa abrangerá o trecho entre Ibotirama e Bom Jesus da Lapa e Cariacá – municípios baianos – com 172 quilômetros navegáveis. Nesse trecho, haverá conexão, via malha ferroviária, até os Portos de Ilhéus (BA) e Aratu-Candeias. 

Já a terceira etapa aumentará a hidrovia em 670 quilômetros e ligará Bom Jesus da Lapa e Cariacá a Pirapora.

Navegabilidade

Em janeiro deste ano, o governo já havia anunciado que iria trabalhar em ações para expandir a navegabilidade nas hidrovias brasileiras. Outras obras no horizonte ainda neste ano são a realização de dragagens nas hidrovias do Tapajós e São Francisco e a manutenção do Madeira, Parnaíba e Paraguai (tramo Sul).

No Rio Grande do Norte, por exemplo, será realizada a proteção de dolfins (estrutura utilizada para auxiliar na amarração e atracação de navios) da Ponte Newton Navarro, para ampliar a segurança das embarcações e das pessoas que circulam no local.

O Ministério de Portos e Aeroportos considera que hoje o país tem 12 mil km de hidrovia navegáveis, com o potencial de alcançar 42 mil km. 

Mega-Sena não tem ganhador e prêmio vai a R$ 110 milhões

Nenhum apostador acertou as seis dezenas do concurso 2.876 da Mega-Sena, realizado neste sábado (14). O prêmio acumulou e está estimado em R$ 110 milhões para o próximo sorteio.

Os números sorteados foram: 09 – 31 – 32 – 40 – 45 – 55

A quina teve 61 apostas acertadoras e irão receber R$ 102.600,96 cada.

5.747 apostas acertaram quatro dezenas e irão receber R$ 1.555,75 cada.

Apostas

Para o próximo concurso, as apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) de terça-feira (17), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site ou aplicativo da Caixa.

A aposta simples, com seis dezenas, custa R$ 5.

Morre Bira Presidente, fundador do Cacique de Ramos

O sambista Bira Presidente, fundador do bloco Cacique de Ramos e do grupo Fundo de Quintal, morreu na noite deste sábado (14), aos 88 anos, no Rio de Janeiro.

O artista morreu, às 23h55, no Hospital Unimed Barra, vítima de complicações do câncer de próstata.

A informação foi divulgada por meio de nota conjunta publicada nas redes sociais do Cacique de Ramos e do Fundo de Quintal.

Ubirajara Félix do Nascimento também sofria com a doença de Alzheimer.

“Sua atuação no Cacique de Ramos moldou o bloco e o samba, o Doce Refúgio se tornou um espaço de referência cultural. No Fundo de Quintal, foi ponto de partida de uma linguagem que redefiniu a roda de samba e inspirou gerações”, diz a nota.

Recuperação do Rio Doce precisa avaliar mudança climática, diz estudo


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As iniciativas desenvolvidas atualmente para restaurar o curso de água que banha os estados de Minas Gerais e Espírito Santo, na Bacia do Rio Doce, podem não ser eficazes a longo prazo, caso os cenários climáticos futuros não sejam considerados. O alerta foi feito na pesquisa Adaptative Restoration Planning to Enhance Water Security in a Changing Climate, do Laboratório de Ecologia e Conservação de Ecossistemas (LECE) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), publicada em abril na revista internacional Ambio.

A pesquisa indica que, dependendo do impacto das mudanças climáticas sobre a erosão nas margens da bacia, devem ser alteradas as prioridades no trabalho de restauração ecológica, para minimizar a quantidade de sedimentos que serão levados rio abaixo e preservar a qualidade da água.

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O trabalho foi desenvolvido no mestrado do biólogo Luiz Conrado Silva, no Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução da Uerj, e usou a Bacia do Rio Doce como estudo de caso para realizar uma análise de como a recuperação da vegetação nativa nas margens dos rios, prevista pela Lei de Proteção a Vegetação Nativa (LPVN) de 2012, poderia influenciar a qualidade da água diante de diferentes cenários climáticos projetados para 2070. A metodologia utilizada foi a de Avaliação Integrada de Serviços Ecossistêmicos (InVEST), desenvolvida pela Universidade de Stanford, com a orientação da professora do Departamento de Ecologia da Uerj, a bióloga Aliny Pires.

Rompimento de barragens

O rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), que liberou cerca de 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro e provocou devastação ambiental e social na região, completa dez anos em 2025. O desastre, no dia 5 de novembro de 2015, resultou nas mortes de 19 pessoas e impactos em diversas comunidades ao longo da bacia. Em 25 de janeiro de 2019, outro rompimento de barragem, desta vez, em Brumadinho (MG), agravou os danos ambientais e sociais na região da bacia do Rio Doce. Pelos cálculos dos especialistas, cerca de 2,2 milhões de pessoas dependem das águas da bacia.

A intenção da pesquisa foi identificar benefícios da restauração ecológica para a qualidade da água, considerado o principal componente atingido pelo rompimento da barragem de Fundão. Para recuperar os danos e a destruição de ecossistemas, além de restabelecer a estrutura, a função e a biodiversidade do ambiente, segundo os autores, a restauração ecológica é uma resposta ativa à degradação ambiental. Eles indicaram que o plantio de espécies nativas, a recuperação de áreas impactadas com eventos de queimada e a criação de corredores ecológicos, estão entre exemplos de procedimentos recomendados.

Apesar disso, na visão dos pesquisadores, a ausência de uma abordagem climática no processo de restauração pode comprometer iniciativas dos projetos. Conforme a avaliação, sem levar em conta os impactos futuros do clima, o que se espera hoje da restauração pode não se confirmar ao longo dos anos. A professora acrescentou que, em termos de estratégias, é preciso olhar para as áreas que estão mais conservadas e que, eventualmente, são negligenciadas no processo de restauração, como áreas fundamentais para serem incluídas nessa perspectiva.

“Duas coisas a gente acha fundamentais: a primeira delas é restaurar as áreas degradadas da porção alta da Bacia do Rio Doce e a segunda é conservar as áreas que estão presentes dentro ela”, indicou a bióloga em entrevista à Agência Brasil.

Aliny Pires vê com satisfação a discussão de algumas iniciativas voltadas para o estabelecimento de unidades de conservação nessa porção do Rio. “Isso pode ter um benefício enorme, porque, além da restauração, a gente tem que garantir que a vegetação nativa presente nesses territórios não seja desmatada. Essa é uma informação em que a gente espera que a nossa pesquisa subsidie a tomada de decisão, para que a gente consiga proteger o alto Rio Doce e garantir que os benefícios que essa região pode trazer para a qualidade da água em toda a bacia sejam mantidos, sem deixar de considerar os processos de restauração e as possibilidades e outros benefícios associados na porção média e baixa do Rio”, comentou.

 


Mariana (MG) - Distrito de Bento Rodrigues, em Mariana (MG), atingido pelo rompimento de duas barragens de rejeitos da mineradora Samarco (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Distrito de Bento Rodrigues, em Mariana (MG), atingido pelo rompimento de duas barragens de rejeitos da mineradora Samarco Antonio Cruz/ Agência Brasil

Avaliação

De acordo com o estudo, as mudanças climáticas podem intensificar a erosão e aumentar a exportação de sedimentos em até 500 mil toneladas por ano na sub-bacia de Santo Antônio; 345 mil toneladas na de Piracicaba; e 140 mil toneladas na de Piranga. Isso “pode afetar a segurança hídrica das comunidades locais dessas regiões e daquelas localizadas no curso da bacia”.

Outra conclusão da pesquisa indicou que a restauração das margens dos rios pode reduzir em até 90% a exportação de sedimentos para os cursos d’água, melhorando a qualidade da água e contribuindo para a resiliência do ecossistema. No entanto, em áreas como a sub-bacia de Santo Antônio, somente a recuperação das margens previstas pela LPVN não será suficiente. Ali, vai ser preciso “ampliar significativamente” as áreas restauradas para além da região de transição entre ambientes terrestres e aquáticos, a fim de garantir os benefícios ambientais futuramente.

“Nossos resultados mostraram que, com a mudança do clima, a gente prevê um aumento grande na precipitação na porção alta da Bacia do Rio Doce. Com o aumento, mesmo ela tendo áreas menos degradadas, as áreas degradadas existentes vão causar o escoamento de uma quantidade muito grande de sedimentos para dentro do Rio. Isso, ao entrar na Bacia hidrográfica e percorrer todo o Rio Doce, vai comprometer a qualidade da água em toda a sua extensão”, observou a professora.

O estudo apontou ainda que a definição de áreas prioritárias para restauração depende diretamente do cenário climático projetado, que se altera em cinco das oito sub-bacias analisadas, “reforçando a necessidade de incluir essas projeções no planejamento da restauração ecológica a fim de garantir os melhores benefícios no longo prazo”.

A pesquisa de Luiz Conrado foi desenvolvida entre março de 2024 e fevereiro de 2025. O pesquisador atualmente faz doutorado, também na área de Ecologia e Evolução da Uerj. A restauração ecológica sempre foi uma paixão para o biólogo, que gosta de trabalhar com a lógica de ambientes impactados e viu na Bacia do Rio Doce, um contexto muito interessante para aplicar aquilo que já tinha vontade de desenvolver.

“Fazia muito sentido, no contexto da Bacia do Rio Doce, incorporar também uma avaliação climática para achar sinais de restauração e ver como as coisas estavam funcionando espacialmente,”, explicou Luiz Conrado em entrevista à Agência Brasil.

A intenção dele era ajudar a desenvolver uma pesquisa que de fato melhorasse a qualidade de vida das pessoas. “Acho que, no contexto social de degradação que a gente vive, esse é o caminho que eu enxergo de aplicar alguma mudança. Entender como a restauração acontece, pesquisar formas mais eficientes de ela acontecer, pensar em estratégias novas para a mitigação de impacto e para recuperação de áreas degradadas”, apontou.

 


 Foz do rio Doce, distrito de Regência

Foz do rio Doce, distrito de Regência – Tânia Rêgo/Agência Brasil

Protocolo pode ser replicado

A professora acrescentou que não se trata de apontar erros nas medidas que estão em andamento para a reparação da Bacia do Rio Doce. Segundo ela, o que o estudo propõe é apresentar alternativas à priorização das áreas que tem que ser restauradas.

“Não é esse o ponto, não tem nada sendo feito de errado. Mas, talvez, a gente esteja começando pelo lugar que traz menos benefícios no futuro. O que chama atenção é que a gente precisa de medidas complementares, para que tenha uma resposta efetiva.

A expectativa da professora é que as conclusões do estudo possam ser utilizadas em outros ecossistemas degradados. De acordo com ela, além do caso da Bacia do Rio Doce, que é urgente e emblemático para o contexto nacional, é importante destacar que a pesquisa apresenta um protocolo que pode ser replicado em vários outros ambientes de priorização da restauração, considerando serviços ecossistêmicos que são chave para a recuperação de áreas degradadas ou para uso de uma determinada população.

“Quando a gente decide que um serviço ecossistêmico tem um papel-chave dentro de um contexto de recuperação de um ecossistema, a gente pode incorporar o impacto das mudanças climáticas na provisão desses serviços e entender como diferentes cenários de restauração podem ser mais ou menos efetivos nesses diferentes contextos climáticos e, consequentemente, definir estratégias. A gente entende que esse nosso esforço não se restringe à Bacia do Rio Doce, mas apresenta um protocolo que pode ser replicado e aplicado em diferentes contextos”, concluiu.

Aliny disse que eles pretendem levar os resultados da pesquisa para os tomadores de decisões que estejam relacionados aos processos de recuperação do Rio Doce. “A gente está em uma missão de mobilizar todos os atores envolvidos com esta discussão para que essa informação atinja pesquisadores, responsáveis nas mineradoras, ICMBio, estados de Minas Gerais e Espírito Santo para que isso faça sentido e possa ser incorporado”, adiantou.

 

 

Natureza precisa ser aliada e não ameaça às crianças, diz especialista


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Uma atividade ao ar livre, em contato direto com a natureza, costuma gerar boas lembranças na infância. Mas e quando a experiência da criança com o meio-ambiente envolve um desastre ou desequilíbrio ambiental? Para a especialista em educação e natureza do Instituto Alana Paula Mendonça, é preciso olhar com mais atenção para a relação dos mais jovens com a emergência climática.

“Precisamos construir escolas e comunidades sustentáveis, saudáveis e resilientes, nas quais as crianças possam ver a natureza como aliada e não como uma ameaça. A vivência de um evento climático pode causar um trauma na criança. E ela depois ter medo da chuva ou do calor, por exemplo”, analisa Paula.

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A especialista participou, por videoconferência, de uma coletiva de imprensa durante visita guiada à Ilha do Combu, em Belém. E aprofundou reflexões presentes na pesquisa do Instituto Alana sobre resiliência climática nas escolas das capitais brasileiras.

Ela lembrou que 37,4% escolas de educação infantil e ensino fundamental do país não têm áreas verdes, 11,3% ficam em favelas e 6,7% estão em áreas de risco de desastres naturais.

“A gente vem trabalhando para defender o direito de toda criança viver em um meio ambiente saudável, como garante o artigo 225 da Constituição Federal. Para que as crianças possam fortalecer o vínculo com a natureza”, analisa Paula.

“Precisamos de ações que visem à adaptação e  o enfrentamento das mudanças climáticas. É olhar para a restauração da biodiversidade, a redução da poluição, estratégias de educação que fomentem acesso à natureza e desenvolvimento de habilidades e competências que preparem melhor os estudantes para enfrentar a crise climática”, complementa.

Escolas Baseadas na Natureza

Durante a quarta edição do TEDx Amazônia, em Belém, o Instituto CCR, ligado à empresa de infraestrutura e mobilidade Motiva, também anunciou o programa Escolas Baseadas na Natureza, em parceria com o Instituto Alana. A proposta é oferecer formação continuada e materiais didáticos para alunos, professores e gestores do ensino fundamental de escolas municipais de todo o país. Tudo de forma gratuita.

A formação tem 40 horas e ocorre de forma virtual, aberta a qualquer educador. Por meio dela, os educadores poderão pensar em soluções baseadas na natureza no ambiente escolar, além de elaborar projetos práticos para aplicar nas instituições de ensino.

Uma outra forma de incentivo é o Prêmio Escolas Baseadas na Natureza, que vai selecionar cinco escolas públicas com projetos de destaque em educação ambiental. Cada uma receberá até R$ 100 mil para a realização de melhorias em sua infraestrutura. Também serão oferecidas mentoria pedagógica, assessoria técnica e consultoria especializada em arquitetura escolar sustentável.

As inscrições estão previstas para junho. O anúncio das escolas vencedoras deve ocorrer em julho. Entre os pontos que serão valorizados estão a criação de pátios naturalizados, hortas pedagógicas, sistemas de captação de água da chuva, uso de energias renováveis e mobiliário feito com materiais reaproveitados.

“Nós temos hoje uma base de mais de 6.000 professores que serão parceiros diretamente dessa iniciativa e mais de 170.000 estudantes também em 280 municípios. A gente quer que essa expansão ocorra o mais rápido possível, porque é uma temática urgente. Precisamos saber lidar com a emergência climática”, disse Jéssica Trevisam, gerente de Responsabilidade Social do Instituto CCR.

*A equipe de reportagem da Agência Brasil viajou a convite da Motiva, umas das principais apoiadoras do TEDXAmazônia.

 

Hoje é Dia destaca o respeito aos idosos, orgulho autista e refugiados

A primeira efeméride desta semana é o Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa, fixado no dia 15 de junho. Um problema que, infelizmente, só cresce. Em 2023 o país registrou 400 mil denúncias, quase 50 mil agressões a mais do que no ano anterior, como mostra esta reportagem da Radioagência Nacional, publicada em 2024. E as mulheres são a maioria das vítimas, escancarando o caráter de gênero do problema, como registra esta matéria da Agência Brasil, também do ano passado. Os vários tipos de violência a que estão expostas as pessoas idosas – física, psicológica, abandono, negligência e patrimonial – foram abordados no Revista Brasil, da Rádio Nacional, em 2023. O aumento das agressões a idosos também foi tema de um capítulo do Caminhos da Reportagem, da TV Brasil, exibido em 2023. 

Meio ambiente 

Em 17 de junho temos o Dia Mundial do Combate à Seca e à Desertificação, data instituída em 1994 pela Organização das Nações Unidas (ONU), que alerta que bilhões de hectares de terra estão degradados em todo o planeta, o que já afeta metade da população mundial. O combate à desertificação foi inclusive o tema da Semana do Meio Ambiente no ano passado, como destacou esta reportagem da Agência Brasil. Em 2023, pesquisadores alertaram que as regiões desertificadas no semiárido nordestino brasileiro têm intensificado a falta de chuvas, reforçando o ciclo de perda do bioma. Esse problema foi exposto nesta reportagem da Agência Gov. Por outro lado, o Brasil Rural, da Rádio Nacional, trouxe em 2019 uma entrevista esclarecedora sobre técnicas de reflorestamento para reverter a desertificação.

Inclusão 

O Dia do Orgulho Autista, celebrado em 18 de junho, foi criado em 2005 no Reino Unido. A data propõe uma perspectiva que combate o estigma de doença, valoriza a neurodiversidade e reconhece as habilidades e talentos únicos das pessoas que fazem parte do Transtorno do Espectro Autista (TEA) em todo o mundo. A Agência Brasil, em reportagem deste ano, destacou que a detecção precoce do autismo ajuda na alfabetização e inclusão escolar das crianças com esta condição. O recém lançado podcast Vide Bula, da Radioagência Nacional, dedicou um capítulo para desmistificar o TEA. E o Repórter Brasil, da TV Brasil, abordou a descoberta do autismo na vida adulta, em edição de 2023.

Contribuição japonesa

O dia 18 de junho é motivo de celebração para japoneses e brasileiros. É o Dia da Imigração Japonesa no Brasil. Foi nesta data, em 1908, que aportou no porto de Santos o navio japonês Kasato-Maru, trazendo os primeiros migrantes, que vieram trabalhar em lavouras de café no estado de São Paulo. Desde então, a comunidade de descendentes só cresceu. Hoje, o Brasil tem a maior população de origem japonesa fora do país asiático. São cerca de dois milhões de pessoas. Todos os anos o Dia da Imigração Japonesa no Brasil é comemorado com várias atividades, como mostra esta reportagem da Agência Brasil, de 2021, esta da Radioagência Nacional, publicada em 2022, e estas edições dos jornais Repórter Brasil (2021) e Brasil em Dia (2019), da TV Brasil.

Religiosidade

Efeméride importante do calendário cristão, o dia de Corpus Christi é uma data móvel, celebrada sempre 60 dias após a Páscoa. Neste ano, cai no dia 19 de junho. A data simboliza a presença de Cristo na Eucaristia, que lembra a morte e ressurreição de Jesus. É o único dia do ano em que o Santíssimo Sacramento sai em procissão pelas ruas. Esta reportagem da Agência Brasil, publicada em 2024, mostra a celebração dos fiéis pelo Brasil, com destaque para a confecção dos tapetes. Esta tradição, trazida ao país pelos portugueses, também ganhou visibilidade nesta matéria da Radioagência Nacional, também de 2024, e nesta edição do jornal Brasil em Dia, da TV Brasil, de 2019.

Direitos Humanos 

Mais de 120 milhões de pessoas em todo o mundo estão deslocadas à força de suas casas devido a perseguições, conflitos, violência e violação de direitos. O número de refugiados mais do que dobrou em dez anos, desde 2014. Para realçar a coragem, os direitos e as necessidades dessas pessoas, a ONU criou no ano 2000 o Dia Mundial dos Refugiados, fixado em 20 de junho. A Agência Brasil abordou o tema em reportagem de 2024. A responsabilidade dos países em proteger essas pessoas foi abordada em entrevista veiculada pelo Revista Brasil, da Rádio Nacional, em 2022. No Brasil vivem mais de 700 mil refugiados. Os desafios que eles enfrentam, inclusive, para conseguir emprego, foram abordados nesta edição do Repórter Brasil, da TV Brasil, exibido em 2021.

Cultura

O Dia do Cinema Brasileiro é comemorado em 19 de junho. Foi nesta data, em 1898, que o primeiro cineasta do país, Afonso Segreto, filmou a baía de Guanabara pela primeira vez, a bordo do navio francês Brésil. Ele retornava de uma viagem à Europa, onde fora aprender técnicas de filmagem e comprar equipamentos. O episódio foi contado em 2024 em edição do História Hoje, da Rádio Nacional, e em reportagem da Radioagência Nacional. Não podemos esquecer que 2025 foi um ano especial para o cinema brasileiro. O filme “Ainda estou aqui” conquistou, pela primeira vez na história, o Oscar de Melhor Filme Internacional, como mostra esta reportagem da Agência Brasil. E o longa-metragem “O agente secreto”, participando do Festival de Cannes, ganhou o prêmio de Melhor Diretor para Kleber Mendonça Filho e de Melhor Ator para Wagner Moura, como destacou esta edição do Repórter Brasil, da TV Brasil.

Esporte 

Há 55 anos o Brasil encantava o mundo ao faturar seu tricampeonato na Copa do Mundo do México. Na final do mundial, em 21 de junho de 1970, a seleção brasileira goleou a Itália por 4 a 1. Com a vitória, ganhou em definitivo a posse da taça Jules Rimet. Pelas regras, o troféu que levava o nome do criador da Copa do Mundo ficaria com o país que vencesse três edições do mundial. A conquista do tri foi relembrada nesta reportagem de 2020 da Agência Brasil e neste especial da Rádio Nacional, veiculado por ocasião da Copa de 2018, na Rússia. 

O Maracanã, o mais icônico estádio de futebol do Brasil, completa 75 anos este ano. Mas até a inauguração do Estádio Jornalista Mário Filho, no dia 16 de junho de 1950, houve momentos delicados, com disputas sobre a localização da estrutura e contestação dos altos custos. Construída para a final da primeira Copa do Mundo realizada no Brasil, a arena estreou inacabada, com os torcedores tendo que dividir espaço com enormes andaimes. E para piorar, o Brasil perdeu de 2 a 1 para o Uruguai, no episódio que ficou famoso como “Maracanazo”. A história do Maracanã foi relembrada em reportagem da série especial “A bola e a taça”, exibida em 2014 no Repórter Brasil Tarde, da TV Brasil. O estádio ganhou novo destaque nos veículos da EBC em 2020, quando completou 70 anos. É o caso desta reportagem da Agência Brasil, desta edição do programa No mundo da Bola, da Rádio Nacional, e desta do jornal Repórter Brasil, da TV Brasil, que relembrou partidas e conquistas memoráveis que aconteceram na arena. 

Confira a relação completa de datas do Hoje é Dia de 15 a 21 de Junho de 2025.

Junho de 2025
15
      

Pelé estreou pelo Cosmos, no estádio Downing, em Nova York (50 anos)

      

Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa. A comemoração foi instituída em 2006 pela Rede Internacional de Prevenção de Abusos contra Idosos, que conta com o apoio da Organização Mundial de Saúde (OMS)

      

Emancipação política e fundação dos municípios goianos de Valparaíso de Goiás e Novo Gama (30 anos)

16
      

Nascimento do ator cômico, escritor e realizador inglês Arthur Stanley Jefferson, o Stan Laurel (135 anos). Ele tornou-se famoso principalmente por seu trabalho com Oliver Hardy, com o qual formou a dupla cômica Laurel & Hardy (conhecida no Brasil como “O Gordo e o Magro”)

      

Nascimento do cantor, pianista e compositor fluminense Ivan Lins (80 anos)

      

Bloomsday – dia instituído na Irlanda para homenagear o personagem “Leopold Bloom”, protagonista de Ulisses, de James Joyce. Em todo o mundo, é o único dia dedicado ao personagem de um livro

      

Dia Mundial da Tartaruga Marinha

      

Inauguração do Estádio Maracanã (75 anos)

      

Inauguração da TV Nacional de Brasília (65 anos)

17
      

Nascimento do produtor musical e empresário fluminense João Marcello Bôscoli (55 anos)

      

Dia Mundial do Combate à Seca e à Desertificação. A comemoração foi instituída pela Resolução A/RES/49/115 de 30 de janeiro de 1995 da Assembleia Geral da ONU para marcar a data da adoção da Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação, que foi estabelecida na cidade francesa de Paris em 17 de junho de 1994

      

Inaugurado oficialmente em Fortaleza o Theatro José de Alencar (115 anos)

18
      

Morte do escritor português José Saramago (15 anos)

      

Início da Batalha de Waterloo (210 anos). Foi a última de Napoleão Bonaparte, marcando sua derrota como imperador

      

Dia Nacional da Imigração Japonesa. Comemorado por brasileiros, conforme Lei Nº 11.142 de 25 de julho de 2005, para marcar a data da chegada ao Brasil do navio japonês Kasato-Maru, que aportou na cidade brasileira de Santos-SP em 18 de junho de 1908

      

Dia Nacional do Tambor de Crioula

      

Dia do Orgulho Autista. Comemorado para marcar a data da criação da “Aspies/Autistas para a Liberdade”, que foi constituída em 18 de junho de 2004 e que converteu-se na 1ª instituição mundial a utilizar o termo “orgulho” relacionado ao autismo, com o fim de educar o público em geral sobre o desconhecimento das questões relacionadas a esta condição

19
      

Dia de Corpus Christi (data móvel)

      

Dia do Cinema Brasileiro. Comemorado no Brasil para marcar a data da 1ª filmagem da baía da Guanabara, que foi realizada em 19 de junho de 1898 com uma câmera Lumiére pelo primeiro cineasta brasileiro, Afonso Segreto, a partir do navio francês “Brésil”, quando ele retornava de uma viagem à Europa, onde fora para buscar equipamentos de filmagem

20
      

Samuel Morse patenteia o Telégrafo (185 anos)

      

Começam em São Paulo os testes da vacina contra covid-19 (5 anos), liderados pela Universidade de Oxford em parceria com o laboratório AstraZeneca. A vacina foi testada em profissionais da saúde de São Paulo

      

Criação do Serviço de Proteção aos Índios, extinto e substituído pela Fundação Nacional do Índio (Funai), em 1967 (115 anos)

      

Dia Mundial dos Refugiados. Comemoração instituída pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados na Resolução 55/76 de 2000, para marcar a data do aniversário da Convenção de Genebra de 1951, que entrou em vigor em 1974, definindo o refugiado como toda pessoa que, em razão de fundados temores de perseguição devido à sua raça, religião, nacionalidade, associação a determinado grupo social ou opinião política, encontra-se fora de seu país de origem e que, por causa dos ditos temores, não pode ou não quer regressar a esse país

      

Solstício de Inverno no Hemisfério Sul

21
      

Nascimento do filósofo, escritor e crítico francês Jean Paul Sartre (120 anos)

      

Nascimento do desenhista, gravurista, pintor, ilustrador, cenógrafo, roteirista e designer gráfico gaúcho Carlos Scliar (105 anos)

      

Morte do professor, compositor, pianista, maestro, folclorista e musicólogo gaúcho Ênio de Freitas e Castro (50 anos)

      

Morte do compositor e violonista mineiro Claudionor Cruz (30 anos). Nas décadas de 1940 e 1950, seu regional foi um dos mais requisitados para gravações e apresentações em rádios. Nessa época, atuou nas rádios Nacional, Globo, Tupi e Municipal, no Rio de Janeiro. Atuou ainda nas TVs Rio e Educativa, no Rio de Janeiro, e Excelsior e Cultura, de São Paulo

      

Nascimento do cientista fluminense Hermann Gonçalves Schatzmayr (75 anos). Expoente da ciência no Brasil, foi responsável pelo isolamento do vírus da dengue, além de autor de diversos estudos na área de virologia

      

Nascimento do produtor musical, empresário, violonista, compositor, editor, professor, escritor, e pesquisador musical fluminense Almir Chediak (75 anos)

      

Brasil torna-se tricampeão mundial (55 anos)

      

Dia Mundial do Skate

      

Chega ao fim o sequestro do empresário Roberto Medina (35 anos)

*As datas são selecionadas pela equipe de pesquisadores do Projeto Efemérides, da Gerência de Acervo da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que traz temas relacionados à cultura, história, ciência e personalidades, sempre ressaltando marcos nacionais e regionais. A Gerência de Acervo também atende aos pedidos de pesquisa do público externo. Basta enviar um e-mail para centraldepesquisas@ebc.com.br.

 

Yago Dora é campeão em Trestles, palco do surfe em Los Angeles 2028


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 O catarinense Yago Dora, de 29 anos, assumiu a vice-liderança do circuito mundial de surfe neste sábado (14) ao conquistar o título da etapa de Treslles, no estado da Califórnia (Estados Unidos), praia que será palco das disputas da modalidade na Olimpíada de Los Angeles 2028. É o segundo título do brasileiro nesta temporada – o primeiro foi conquistado em Peniche (Portugal), em março. Hoje (14) Dora levantou o troféu após dominar a final contra o japonês Kanoa Igarashi: alcançou nota final 17.90 contra 15.07 do asiático.

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Com o título em Trestles, o catarinense totalizou 38.885 e ficou a apenas 565 pontos de alcançar o líder da temporada, o sul-africanno Jordy Smith (39.450). Já Igarashi segue na terceira posição com 36.390 pontos. Outro brasileiro no top 5 é Ítalo Ferreira: o potiguar caiu da segunda para quarta posição na tabela após ser eliminado nas oitavas de final em Trestles.

Na disputa feminina, a campeã foi a a havaiana Bettylou Sakura Johnson, que superou na final a a australiana Molly Picklum, terceira colocada na classificação geral. Com o título de hoje (14), a havaina subiu três posições e assumiu o quarto lugar.  

A próxima etapa da Liga Mundial de Surfe (World Surfe League-WSL) será o Rio Pro, na Praia de Itaúna, a partir do próximo sábado (21).