BNDES vai ajudar RS no planejamento de enfrentamento ao clima extremo

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) irá auxiliar o Rio Grande do Sul no planejamento de ações para prevenir desastres e impactos à população em casos de eventos climáticos extremos. O estado, que enfrentou enchentes classificadas como a maior catástrofe climática da história da região, agora sofre com o calor intenso.

Nesta sexta-feira (7), o BNDES e o governo do Estado do Rio Grande do Sul assinaram um Acordo de Cooperação Técnica para estruturar um plano estratégico de resiliência climática de médio e longo prazo que proteja o estado contra o clima extremo.

Pelo acordo, o BNDES fará o planejamento do projeto Resiliência, Inovação e Obras para o futuro do Rio Grande do Sul (RioS), que tem como objetivo definir a estratégia estadual de resiliência climática da região hidrográfica do Rio Guaíba. O trabalho inclui a realização de estudos técnicos para projetos de adaptação climática e gestão de risco.

O banco e o governo do estado também assinaram um termo aditivo a um contrato já existente para desenvolver o anteprojeto do Centro Estadual de Gestão Integrada de Riscos e Desastres e o Centro Estadual de Logística Humanitária do Estado do Rio Grande do Sul, além de ações de habitação social.

O aditivo prevê que o BNDES fornecerá suporte técnico na elaboração do anteprojeto de engenharia e arquitetura para viabilizar o processo licitatório desses centros, que será conduzido pelo Estado do Rio Grande do Sul.

Na área de habitação social, está previsto o redirecionamento do uso do edifício Othelo Rosa, para que sirva de moradia para famílias de baixa renda. O empreendimento, no centro de Porto Alegre, tem 14 pavimentos e capacidade estimada de 240 unidades habitacionais estimadas, com um e dois quartos. 

De acordo com o BNDES, em 2024, o banco disponibilizou R$ 25,7 bilhões para a recuperação econômica e social do estado atingido pelas enchentes.

Cidade de São Paulo tem novo alerta para alagamentos


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A Defesa Civil do Estado de São Paulo soltou no início da tarde desta sexta-feira (7) alerta de atenção para alagamentos nas próximas horas, principalmente na zona norte da capital e áreas próximas à Marginal Tietê. Conforme o órgão, o calor e a entrada da brisa marítima favoreceram a formação de áreas de instabilidade que podem provocar chuvas isoladas, de moderada a forte intensidade.

Tais precipitações podem se generalizar, segundo o alerta. Já há registros de chuva forte na própria zona norte, nos bairros da Casa Verde, Freguesia do Ó, Perus e Jaçanã. Há possibilidade de tais instabilidades se espalharem pela cidade ainda hoje.

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Ontem (6) à noite, houve um temporal de grande intensidade na região metropolitana, atingindo as cidades do ABC e regiões norte e oeste da capital. Por volta das 21h, foram registrados 21 alagamentos no município.

Além disso, cerca de 151 mil domicílios ficaram sem energia elétrica, sendo 118 apenas na capital do estado.

Morre, no Rio de Janeiro, o jornalista e professor Dênis de Moraes

O jornalista e professor Dênis de Moraes foi cremado na tarde desta sexta-feira (7) no Cemitério do Caju, região portuária do Rio de Janeiro. A causa da morte não foi informada. O intelectual foi autor, coautor e organizador de vários livros no país e no exterior. Os mais recentes foram A esquerda e o golpe de 1964 (2024) e Sartre e a imprensa (2022).

Dênis Roberto Villas Boas de Moraes era Doutor em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1993), com pós-doutorados na École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS, França, 2015) e no Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales (CLACSO, Argentina, 2004-2005). Era especialista em políticas de comunicação, teoria crítica da mídia e economia política da comunicação. Era também professor associado aposentado do Instituto de Arte e Comunicação Social da Universidade Federal Fluminense (UFF).

Nas redes sociais a família compartilhou a mensagem “uma enorme perda neste momento difícil em que Dênis e sua lucidez farão enorme falta”.

Em nota, o Instituto de Arte e Comunicação Social da UFF lamentou a morte do professor e se solidarizou com a família e amigos.

Superávit da balança comercial cai 65,1% em janeiro


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O aumento das importações e a queda das exportações fizeram o superávit da balança comercial cair em janeiro. No primeiro mês do ano, o país exportou US$ 2,164 bilhões a mais do que importou, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).

O resultado é o mais baixo para meses de janeiro desde 2022, quando a balança comercial tinha registrado déficit de US$ 59,1 milhões. Em relação a janeiro de 2024, o superávit caiu 65,1%.

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Em janeiro, o país exportou US$ 25,18 bilhões, queda de 5,7% em relação ao registrado no mesmo mês do ano passado e o segundo melhor janeiro da série histórica, só perdendo para 2024. As importações somaram US$ 23,016 bilhões, alta de 12,2% na mesma comparação e atingindo volume recorde para o mês.

Do lado das exportações, a redução no preço internacional da soja, do milho, do ferro, do petróleo e do açúcar foram os principais fatores que provocaram a queda no valor vendido. Paralelamente, a entressafra de milho e de soja piorou a situação. As vendas de alguns produtos, como café e celulose, subiram no mês passado, compensando a diminuição de preço dos demais produtos.

Do lado das importações, as aquisições de motores, máquinas, compostos orgânicos, componentes de veículos, adubos e fertilizantes químicos subiram. A maior alta ocorreu com as máquinas e motores, cujo valor comprado aumentou 56,7% em janeiro na comparação com janeiro do ano passado.

No mês passado, o volume de mercadorias exportadas caiu 0,9%, puxado pela entressafra de diversos produtos e pela redução do preço do minério de ferro por causa da oscilação da demanda na China. Os preços caíram 5,2% em média na comparação com o mesmo mês do ano passado. Nas importações, a quantidade comprada subiu 19,5%, mas os preços médios recuaram 6,1%, indicando o aumento das compras externas decorrentes da recuperação da economia.

Setores

No setor agropecuário, a queda na quantidade pesou mais na redução das exportações. O volume de mercadorias embarcadas caiu 6,7% em janeiro na comparação com o mesmo mês de 2024, enquanto o preço médio caiu 4%. Na indústria de transformação, a quantidade caiu 2,7%, com o preço médio subindo 2,5%, refletindo a crise econômica na Argentina, o maior comprador de bens industrializados do Brasil. Na indústria extrativa, que engloba a exportação de minérios e de petróleo, a quantidade exportada subiu 6,1%, enquanto os preços médios recuaram 18,3%.

Estimativa

Em janeiro, o Mdic divulgou estimativas para a balança comercial do ano. A pasta prevê que o Brasil terá superávit entre US$ 60 bilhões e US$ 80 bilhões em 2025, com as exportações ficando entre US$ 320 bilhões e US$ 360 bilhões, e as importações entre US$ 260 bilhões e US$ 280 bilhões. Tradicionalmente, a pasta divulgava as projeções para o ano a partir de abril, com revisões em julho e em outubro.

O boletim Focus, pesquisa com analistas de mercado divulgada toda semana pelo Banco Central, projeta superávit comercial de US$ 75,7 bilhões neste ano. Em 2024, a balança comercial registrou superávit de US$ 74,176 bilhões, com as exportações somando US$ 337,046 bilhões e as importações atingindo US$ 262,869 bilhões, segundo os dados revisados pelo Mdic.

 

Dino pede informações à PF sobre operações contra crimes ambientais


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O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu nesta sexta-feira (7) prazo de dez dias para a Polícia Federal (PF) informar se a corporação possui um cronograma de operações para investigar e reprimir crimes ambientais na Amazônia e no Pantanal.

A decisão do ministro foi proferida na ação na qual o Supremo determinou, no ano passado, que o governo federal elabore um plano de prevenção e combate a incêndios nos biomas.

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Na ocasião, a Corte julgou três ações protocoladas pelo PT e a Rede Sustentabilidade, em 2020, para contestar a condução da política ambiental do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Pela decisão do ministro, a PF deverá informar se operações estão programadas para ocorrer de março a dezembro deste ano. A corporação também deverá informar se há recursos disponíveis para executar as operações.

Na mesma decisão, o ministro aceitou pedido da União para prorrogar para 7 de março o prazo para apresentação do plano de governança para implementação do Plano de Integração dos Sistemas de Gestão Fundiária e Ambiental, uma das determinações feitas em janeiro deste ano.

No dia 13 do próximo mês, o STF vai promover uma audiência de conciliação sobre o combate aos crimes ambientais na Amazônia e no Pantanal.

A reunião também terá a participação de representantes dos estados nos quais os biomas estão localizados.

As autoridades locais também deverão informar se há um cronograma de combate aos crimes ambientais.

Advogado postou vídeos no avião antes do desastre


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O proprietário do avião que caiu na manhã desta sexta-feira (7) na zona oeste em São Paulo, o advogado gaúcho Márcio Carpena, postou em suas redes sociais imagens da aeronave taxiando na pista do Campo de Marte e ao lado do piloto Gustavo Medeiros, pouco antes do acidente, que ocorreu por volta das 7h20. 

O avião de pequeno porte caiu na Avenida Marquês de São Vicente, na região da Barra Funda, em São Paulo. Carpena e Medeiros morreram carbonizados. Outras seis pessoas que estavam próximas ao acidente ficaram feridas. No perfil do advogado tem ainda fotos dele na cabine do avião, um King Air F90, adquirido em dezembro de 2024 por Carpena e Russowsky.

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O King Air F90 é uma aeronave de pequeno porte, fabricada pela Beechcraft, nos Estados Unidos. Tem capacidade para oito pessoas, sete passageiros mais o piloto. Estava em nome da Máxima Inteligência Operações Estruturadas e Empreendimentos Ltda, de Porto Alegre.

Poupança tem saques de R$ 26,3 bi em janeiro, diz Banco Central


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As retiradas da poupança em janeiro, superaram os depósitos em R$ 26,226 bilhões, informou hoje (7) o Banco Central (BC). Os dados constam do relatório de poupança divulgado pela autoridade monetária e mostram que, no mês passado, os brasileiros aplicaram R$ 326,883 bilhões e sacaram R$ 353,109 bilhões.

Em janeiro do ano passado, o resultado também foi negativo, em R$ 20,148 bi, mas fechou o ano de 2024 com resultado positivo de R$ 15,44 bilhões.

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Com relação ao rendimento em janeiro de 2025, o índice foi R$ 5,950 bilhões e saldo de R$ 1,011 trilhão.

De acordo com o BC, os recursos aplicados da caderneta em crédito imobiliário registraram depósitos de R$  281,980 bilhões e saques de R$  302,284 bilhões, enquanto os valores aplicados no crédito rural somaram R$ 44,902 bilhões e as retiradas ficaram em R$  50,824 bilhões.

Em relação à captação líquida, o relatório mostra que, em janeiro, os valores do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) ficaram negativos em R$  20,304 bilhões, enquanto os recursos aplicados no crédito rural tiveram captação líquida negativa de R$ 5,921 bilhões.

No mês passado a poupança SBPE rendeu R$  4,318 bilhões e a poupança rural ficou em R$ 1,631 bilhão.

Inscrições para o Fies 2025 terminam nesta sexta-feira


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Os interessados em participar do processo seletivo do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) – relativo ao primeiro semestre de 2025 – devem fazer as inscrições gratuitas até as 23 horas e 59 minutos (no horário oficial de Brasília) desta sexta-feira (7).

Neste primeiro semestre, o Ministério da Educação (MEC) oferece 67.301 vagas aos estudantes que desejam conseguir o financiamento público das mensalidades de instituições privadas de ensino superior.

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No programa federal, 50% destas vagas serão reservadas a estudantes com renda familiar por pessoa de até meio salário mínimo. Os estudantes também devem ser inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), em situação de ativos.

Inscrição

Os interessados devem se inscrever no Portal Único de Acesso ao Ensino Superior, na parte do Fies e fazer o login com a conta do site ou aplicativo de serviços digitais do governo federal, o Gov.br.

Na plataforma, devem ser preenchidos os dados pessoais e a escolaridade.

Para concorrer às vagas reservadas a pessoas pretas, pardas, indígenas, quilombolas e pessoas com deficiência (PCD), a opção deve ser marcada na autodeclaração do perfil étnico-racial.

Em seguida, o candidato deve escolher três cursos desejados, por ordem de prioridade entre as opções escolhidas. Neste momento de indicação de cada um dos três cursos, devem ser selecionados o estado, município e a instituição de ensino.

Por último, o candidato preencherá seus dados financeiros e os da sua família. O MEC orienta que, ao confirmar a inscrição, o candidato deve salvar o comprovante de inscrição com a chave de segurança.

Para os pré-selecionados que atenderem às regras do Fies Social, a contratação do financiamento será integral e o governo federal cobrirá até 100% dos encargos educacionais.

Condições

Para concorrer às vagas do Fies, é preciso ter prestado o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em qualquer uma de suas edições a partir de 2010 até a mais recente.

Além disso, o candidato deve ter alcançado, no mínimo, 450 pontos na média aritmética das notas das cinco provas do exame. A nota na prova de redação precisa ser superior a zero.

Os participantes do Enem na condição de treineiro não podem se inscrever no Fies. O treineiro faz o exame somente para autoavaliação e as notas não podem ser usadas para se inscrever nos programas de acesso ao ensino superior como o Sisu, o Prouni e o Fies.

Em relação à situação dos candidatos inscritos no CadÚnico, serão considerados os dados de 11 de janeiro de 2025 como data de corte.

Classificação

A classificação no processo seletivo do Fies no primeiro semestre de 2025 será realizada pela ordem decrescente das notas obtidas pelos candidatos no Enem, por tipo de vaga, grupo de preferência e modalidade de concorrência.

De acordo com o edital nº 3/2025, publicado pelo Ministério da Educação, em janeiro, serão priorizados na pré-seleção do Fies os candidatos que:

·         Não concluíram o ensino superior e não foram beneficiados pelo financiamento estudantil;

·         Foram beneficiados pelo financiamento estudantil e o tenham quitado, mas não concluíram o ensino superior;

·         Concluíram o ensino superior e não foram beneficiados pelo financiamento estudantil;

·         Não concluíram o ensino superior e foram beneficiados pelo financiamento estudantil e o quitaram.

Calendário

O resultado da pré-seleção do Fies – em chamada única – será divulgado em 18 de fevereiro.

Os estudantes inscritos que ficarem fora da chamada regular irão automaticamente para lista de espera de eventuais vagas não preenchidas. Entre 19 e 21 de fevereiro, os estudantes pré-selecionados deverão acessar o Fies Seleção para complementar a inscrição e obter o financiamento público das mensalidades em faculdades privadas.

O período de convocação por meio da lista de espera será de 25 de fevereiro a 9 de abril. 

Novas vagas

Em 2025, o MEC ofertará mais de 112 mil novas vagas para o Fies em dois processos seletivos: um para o primeiro semestre de 2025, com 67.301 vagas; e outro para o segundo semestre, com oferta prevista de 44.867 vagas.

Em 2023, dos 50.186 contemplados pelo programa do Ministério da Educação, 68,23% eram mulheres e 56,1% eram pessoas pretas ou pardas.

Desde 2001, o Fies concede financiamento a estudantes para cursos de graduação em instituições de educação superior privadas que aderiram ao programa e possuem avaliação positiva no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes).  

 

Políticas do governo vão levar dólar a ‘patamar adequado’, diz Haddad


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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse na manhã de hoje (7) que as políticas que o governo tem tomado para levar o dólar a um “patamar adequado” terão reflexos nas próximas semanas. A afirmação foi feita pelo ministro durante uma entrevista concedida ao programa Manhã Cidade, da Rádio Cidade, de Caruaru (PE).

“A política que estamos adotando para trazer esse dólar em um patamar mais adequado também vai ter reflexo nos preços nas próximas semanas”, disse o ministro, durante a entrevista.

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O ministro não detalhou quais seriam essas ações, mas destacou que a eleição de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos fez o dólar se valorizar no mundo todo no ano passado, o que ajudou a pressionar os preços dos alimentos. No entanto, disse o ministro, neste momento, o dólar já começou a perder força.

“No final do ano passado, nós tivemos uma ocorrência que foi a eleição do Trump, nos Estados Unidos. E isso fez com que o dólar se valorizasse no mundo inteiro. Agora, se você acompanhar o que está acontecendo, o dólar está perdendo força. Já chegou a R$ 6,30 no ano passado e hoje está na casa dos R$ 5,77. Então, isso também colabora para redução do preço dos alimentos no médio prazo”, destacou.

Para o ministro, a safra recorde prevista para este ano também deverá ajudar a reduzir os preços dos alimentos. “A partir de março nós vamos começar a colher essa safra, que vai ser recorde. Nós vamos colher como nunca colhemos. E tem o ciclo do boi também, que está no final. E isso tudo vai ajudar a normalizar essa situação”, disse. 

Durante a entrevista, o ministro afirmou ainda que a política de valorização do salário mínimo “é uma das formas de garantir que o trabalhador mantenha seu poder de compra” e que isso tem sido uma meta do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após sete anos de congelamento do salário mínimo nos governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro.

“O salário mínimo ficou congelado por sete anos. Mas desde que o presidente Lula assumiu, há apenas dois anos, o valor que estava R$ 1.100 foi reajustado para R$ 1.518. Obviamente que você não consegue corrigir sete anos de má administração em dois. Mas eu penso que o presidente Lula, com o compromisso que tem com as pessoas que precisam mais do Estado, já começou uma política de valorização do salário mínimo”, destacou Haddad.

“Vamos continuar tomando as medidas de aumentar o salário mínimo, corrigir a tabela do Imposto de Renda, melhorar o poder de compra do salário, baixar o dólar e melhorar a safra para combater os preços altos”, reforçou o ministro.

Faturamento da indústria tem maior crescimento anual desde 2010


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Embalada pelo aquecimento da produção e do consumo, o faturamento real (descontada a inflação) da indústria de transformação cresceu 5,6% em 2024, divulgou nesta sexta-feira (7) a pesquisa Indicadores Industriais, da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Mesmo tendo caído 1,3% de novembro para dezembro, o setor teve o maior crescimento anual desde 2010.

Segundo a CNI, a demanda por bens industrializados foi estimulada pelo baixo desemprego, pelo aumento de gastos do governo e pela maior concessão de crédito. A combinação desses fatores, aponta a entidade, manteve o consumo e o investimento aquecidos, o que se refletiu no maior faturamento.

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O número de horas trabalhadas na produção cresceu 4,2% no ano passado em relação a 2023. Em dezembro, no entanto, o índice diminuiu 1,3%, mostrando desaceleração da indústria no fim de 2024.

A utilização da capacidade instalada (UCI) caiu 0,8 ponto percentual em dezembro, fechando 2024 em 78,2%, na série livre de efeitos sazonais (sem oscilações típicas da época do ano). Na média do ano passado, a UCI cresceu 0,6 ponto percentual em relação a 2023.

O bom desempenho da indústria em 2024 também se reflete no mercado de trabalho. No ano passado, o número de postos de trabalho ativos no setor subiu 2,2%. A massa salarial cresceu 3%, e o rendimento médio do trabalhador industrial aumentou 0,8%.

Em dezembro, porém, os indicadores não foram tão bons. O nível de postos de trabalho manteve-se estável, mas a massa salarial e o rendimento médio do trabalhador recuaram 0,5% no mês.

Realizada desde 1992 em parceria com as federações estaduais da Indústria, a pesquisa identifica, mensalmente, a evolução de curto prazo da atividade da indústria de transformação. Os estados pesquisados respondem por mais de 90% do produto industrial brasileiro.