Cúpula de chefes de Estado do Brics será em julho no Rio de Janeiro


Logo Agência Brasil

O Rio de Janeiro foi oficialmente confirmado como sede da Cúpula dos Líderes do Brics em 2025. O encontro será nos dias 6 e 7 de julho. O anúncio foi feito após reunião do prefeito Eduardo Paes, com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e representantes do governo federal, neste sábado (15), no Palácio da Cidade, em Botafogo.

Em 1º de janeiro deste ano, o Brasil assumiu a presidência rotativa do Brics, grupo de cooperação internacional formado por países em desenvolvimento, composto atualmente por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Irã.

Notícias relacionadas:

Para a prefeitura, a escolha do Rio de Janeiro como sede da cúpula reforça a cidade como um importante centro estratégico para eventos internacionais. Chefes de Estado, ministros e representantes de governos locais, além de membros da sociedade civil dos países-membros do Brics, estarão reunidos na cúpula. O evento ocorre apenas um ano após a cidade sediar a Cúpula do G20, consolidando ainda mais o Rio como um polo de diplomacia internacional.

A Cúpula dos Líderes do Brics contribuirá para o fortalecimento das relações internacionais, promovendo intercâmbios culturais, comerciais e turísticos entre o Brasil, os países do Brics e o resto do mundo, segundo o Executivo municipal.

Em suas redes sociais, o prefeito Eduardo Paes publicou vídeo ao lado do chanceler Mauro Viera comentando a escolha. “A gente se sente muito orgulhoso de representar todos os brasileiros com as belezas da nossa cidade, com seus desafios, ninguém é ingênuo, inocente aqui. Mas é uma cidade muito especial, que a gente tem muito orgulho. Rio mais uma vez capital do mundo, com G20 no ano passado, agora Brics e quem sabe eu não consigo a assinatura do decreto presidencial de Rio capital honorária do Brasil”, disse.

“Receberemos os chefes de Estado dos 20 países que integram o Brics nas categorias de membros plenos e parceiros em que vamos tomar decisões importantes para o desenvolvimento desses países, para a cooperação e para a melhoria das condições de vida dos habitantes desses países. Mais uma vez o Rio de Janeiro será palco de uma importantíssima reunião internacional”, acrescentou o chanceler Mauro Vieira.

A prefeitura do Rio criou o Comitê Rio Brics, que será responsável pela elaboração do “Calendário Brics Rio”, reunindo as iniciativas e atividades até o final de 2025. O comitê também participará de fóruns e comissões organizados por diversas esferas do governo e da sociedade civil, nacionais e internacionais, abordando questões do grupo.

“Um marco na minha vida”, diz Alcione sobre exposição em São Luís


Logo Agência Brasil

“Essa exposição e um luxo! Acho que artista nenhum merece morrer sem ter uma exposição desta”. É assim que a cantora maranhense Alcione resume o sentimento por ser tema de uma mostra em comemoração aos mais de 50 anos de carreira. E com 42 álbuns lançados e e uma trajetória de sucesso, ela conta em entrevista à Agência Brasil que prepara um disco para ser lançado no primeiro semestre de 2025.

Batizada de Com amor, Alcione, a exposição está disponível no Centro Cultural Vale Maranhão, no centro histórico de São Luís, cidade natal da Marrom, com registros de apresentações da cantora em mais de 30 países, do cotidiano, das parcerias e rende uma justa homenagem à obra de uma das maiores vozes brasileiras.


Brasília (DF) 13/02/2025 - Exposição 50 anos Alcione.
Frame Alcione/Instagram

Visitantes poderão ver figurinos usados pela Marrom – Alcione Instagram

Notícias relacionadas:

“Sou muito feliz pelo trabalho dessa exposição, ainda mais por ter sido realizada em São Luís”, celebrou a cantora durante entrevista na abertura

O roteiro leva o visitante a várias versões da cantora: os passos da sambista nas ladeiras do Morro de Mangueira, a amizade com os mais diversos artistas, as viagens ao redor do mundo e a amante da cultura maranhense que gira ao som das matracas do bumba meu boi.

A Marrom se tornou conhecida do grande público com a música Não deixe o samba morrer (Edson Conceição e Aloísio Silva) , lançada no disco de estreia A Voz do Samba, em 1975. O álbum também traz outros sucessos marcantes na carreira de Alcione: O Surdo (Totonho e Paulinho Rezende), e A Voz do Morro (Zé Kétti), que inspirou o nome do disco. 

A cidade de São Luís foi onde a cantora cresceu e aprendeu valiosas lições com o pai, João Carlos Dias Nazareth. “São Luís foi muito importante na minha vida. Porque aqui eu aprendi a conviver com meus amigos, a convivência que meu pai me ensinou, que a minha mãe me ensinou. Aprendi a ser, a repartir e também a me unir com meus irmãos”, contou.


Brasília (DF) 13/02/2025 - Exposição 50 anos Alcione.
Frame Alcione/Instagram

Alcione passeia pela exposição que a homenageia- Alcione Instagram

Aliás, foi com o pai, mestre da banda da Polícia Militar do Maranhão e professor de música, que a Marrom deu os primeiros passos no mundo da música. Essa caminhada resultou em uma rica trajetória da maranhenses que gravou 42 álbuns, ganhou 26 discos de ouro, 7 de platina e dois de platina dupla, além de DVDs. Alcione também foi homenageada com vários prêmios durante a carreira, um deles, o Grammy Latino, em 2003 na categoria Melhor Álbum.

O fã que quiser conhecer mais a vida da Marrom poderá visitar a exposição até o dia 30 de agosto. A homenagem ecoa as palavras do mestre Nelson Cavaquinho, em Quando eu me chamar saudade: Por isso é que eu penso assim: se alguém quiser fazer por mim, que faça agora!


Brasília (DF) 13/02/2025 - Exposição 50 anos Alcione.
Foto: Aydan Souza/Divulgação

Cantora concede entrevista exclusiva à Agência Brasil. Aydan Souza/Divulgação

Com dificuldades de locomoção devido a uma espondilolistese, doença que afeta a coluna, provocando grande dificuldade de movimentação das pernas, Alcione concedeu a entrevista em uma cadeira de rodas. O “recurso” foi utilizado pela cantora para descansar após caminhar por todo o espaço da exposição. 

Acompanhe abaixo o bate-papo da Agência Brasil com a cantora, na abertura da exposição.

Agência Brasil – Você já viu aqui a exposição. O que você achou?

Alcione- É um luxo, é um luxo essa exposição. É um marco na minha vida. Muito agradecida, muito feliz por isso, muito. Gostei demais!

ABr – É um passeio pela memória…

Alcione – É um passeio pela minha vida, passeio pela memória da gente. Tudo. A minha família, meu trabalho, minha vida toda.

ABr – Então, voltando à sua carreira, sua vida, você começou aqui no Grêmio Lítero Recreativo Português. Como foi isso? Está vivo na sua memória?

Alcione – Ainda está. Eu me lembro que a orquestra do meu pai estava tocando. E meu irmão também era da orquestra, ele era trompetista, Ubiratã. Foi quando o cantor da nossa orquestra ficou rouco, não pode cantar nesse dia. Aí esse irmão disse: “olha, chame Alcione que Alcione canta direitinho”. E meu pai: “é? É!”. Então eu fui cantar: (cantarola) ‘Ao ver passar por mim pombinhas brancas’ e eu gostava de Ângela Maria, Dalva [de Oliveira]. Aí, meu Deus, o povo que estava dançando parou e começou a me aplaudir. E aí virou show. Daí por diante começaram a pedir a orquestra do meu pai comigo cantando. Aí peguei gosto.

ABr – E como foi ser mulher nesse universo? Você rompeu muitas barreiras para se afirmar com a sua potência?

Alcione – É verdade. Como eu disse, mulher não vendia disco, né? A primeira mulher a vender bastante disco foi a Clara Nunes. E aí, na época, ela vendeu 100 mil discos. Depois veio Maria Bethânia, com um milhão. E aí eu entrei na jogada. Eu, Bete Carvalho, todas nós. Começamos a fazer a concorrência na praça. E pronto, teve o espaço da mulher.

ABr – Hoje, as novas gerações escutam mais música na internet, no streaming. Antigamente, a gente tinha o rádio, né?

Alcione – É verdade. O rádio sempre foi o meio transmissor mais importante do Brasil. Ainda acho até hoje. O rádio é muito importante. O rádio leva a notícia a qualquer lugar. Em qualquer lugar, na mata, não sei onde. Lá na Amazônia, o cara tem seu radinho de pilha. E tá escutando o rádio. O rádio é muito positivo na vida do brasileiro.

Abr- O Rio de Janeiro se tornou sua casa. Você tem uma relação muito forte com a cidade, com o samba e com a Mangueira. Ano passado, inclusive, você foi homenageada sendo enredo. Como foi essa experiência de estar ali na avenida sendo homenageada?

Alcione – Isso é uma coisa muito forte. Você ser homenageada pela sua escola é uma responsabilidade. Fizeram um trabalho muito bonito. A Negra Voz do Amanhã era o nome do enredo. Foi muito bonito. Eu me senti super homenageada, super homenageada. Nossa Senhora! Foi uma experiência única.

ABr – Você tem também outra paixão, que é a Mangueira do Amanhã.

Alcione – Aquela eu fundei. Eu que criei a Mangueira do Amanhã. Meus filhos. Hoje eles já são da Mangueira grande. Estão todos na bateria da Mangueira grande. Outros são mestres-sala, outros… Até a nossa rainha de bateria, a Evelyn, ela era da Mangueira do Amanhã.

ABr – É importante você conseguir dar a possibilidade dos jovens, da juventude, desenvolver as suas potencialidades…

Alcione – Isso aí. Criar a Mangueira de amanhã. Que maravilha!

ABr – Saindo do Rio e voltando para o Maranhão. Como é São Luís na sua vida?

Alcione – São Luís foi muito importante na minha vida. Porque aqui eu aprendi a conviver com meus amigos, a convivência que meu pai me ensinou, que a minha mãe me ensinou. Aprendi a ser, a repartir e também a me unir com meus irmãos. Meu pai uma vez pegou um cabo de vassoura e quebrou assim na perna. Ele falou: ‘vocês estão vendo esse cabo de vassoura? Eu posso quebrar um’. Pegou dois [pedaços] e não conseguiu. ‘Se vocês permanecerem unidos, vai ser como esse cabo de vassoura. Ninguém vai separar vocês’. Meu pai era assim.

ABr – Quando você está em São Luís, tem um lugar preferido? 

Alcione – Aqui em São Luís eu gosto muito de ir à praia, olhar o mar. Tem coisa muito boa aqui no Maranhão que é você já olhar o mar. E onde tiver um tambor de crioula também. Adoro tambor. Tambor de crioula.

ABr- O Maranhão é muito forte, né? Culturalmente.

Alcione – É muito ancestral, é muito Maranhão. Ninguém tem esse tambor no mundo, só nós.

ABr- E comida? Qual é a comida preferida daqui?

Alcione – Cuxá. Arroz de cuxá, peixe frito, torta de camarão. Chibé com farinha d’água, chibé com jabá.

ABr- Já se foram cinco décadas desde que você deixou São Luís rumo ao Rio de Janeiro. Nesse intervalo você construiu uma carreira super vitoriosa e com um público eclético, de todas as faixas etárias. Como você vê isso?

Alcione – Eu acho que é uma questão de repertório também. Eu sempre tive essa ligação muito com todo mundo. Eu sempre gostei de conversar no palco. O público gosta de saber o que eu tenho para dizer. Sei lá. Essas minhas estripulias, eles gostam.

ABr – As pessoas se sentem muito próximas. Essa energia faz com que as pessoas se sintam como se fossem da sua casa…

Alcione – Isso. Essa é a intenção. Todo mundo chegar perto.

Abr – Que momentos da sua carreira que você acha que são destaque, que foram marcantes? O que você destacaria?

Alcione- Para te dizer a verdade, eu acho que foi quando eu cantei ‘Não deixe o samba morrer’. Essa música veio para marcar. Quando eu ouvi essa música, eu disse: ‘gente, eu vou rachar o Brasil no meio com essa música’. E Não deixe o samba morrer foi praticamente que mostrou a minha carreira. Dali para adiante os compositores todos queriam me dar música. E eu só queria a boa. E foi bom. Graças a Deus, sempre tive meus poetas para me darem a música boa para cantar.

ABr- Você também dá força para as novas gerações.

Alcione – Com certeza. É muito importante. É muito importante ter uma geração aí escrevendo bem.

ABr- Tem que ter alguém para falar, né, ser a voz dessas pessoas…

Alcione – Eu não sou a voz. Tem outros artistas. O Gilberto Gil, sei que ele também engrandece muitos compositores dele. Caetano, sabe? Tem muitos artistas, cantores, cantoras, que eles enaltecem o compositor. Gostam do bom compositor.

ABr – Recentemente você relatou um episódio de racismo que você sofreu, como você vê essa questão hoje? A importância de falar sobre isso, de a gente combater o racismo?

Alcione – É verdade. Essa falta de cultura. Tanto que eu sofri o racismo e rebati na hora. Às vezes hoje é difícil uma pessoa ser racista comigo. Primeiro porque eu tenho cara de tambor que amanhece, meu filho. Tá? Então, eu não vou bem ali para mandar uma pessoa para aquele lugar. Eu não vou me obrigar porque eu sou preto para ninguém. Tá certo?

ABr – Você já fez um balanço desses 50 anos de carreira? O que a Alcione de hoje diria lá para a Marrom que estava começando?

Alcione – O que eu diria para aquela que está começando? Procure estudar. Procure conhecer a fundo as obras dos compositores. Dê importância a quem está começando. Principalmente também dê importância às letras das músicas. Graças a Deus eu me vi nesse caminho.

ABr – Ano passado foram muitas apresentações, teatro municipal, teve DVD. Esse ano você tem algum projeto previsto?

Alcione – O que eu vou fazer esse ano? Eu tenho previsto um disco para esse ano. No primeiro semestre.

Mega-Sena deste sábado sorteia prêmio de 60 milhões

O concurso 2. 829 da Mega-Sena pode pagar o prêmio de 60 milhões neste sábado (15). O sorteio será realizado às às 20h, no Espaço da Sorte, em São Paulo. 

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) de hoje, em qualquer lotérica do país credenciada pela Caixa, ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal. 

A aposta simples, com seis dezenas marcadas, custa R$ 5. 

São Paulo confirma oitava morte por febre amarela em 2025


Logo Agência Brasil

A secretaria de Estado da Saúde do estado de São Paulo informou na última sexta-feira (14) que há 12 casos de febre amarela confirmados em território paulista. Com a atualização, o estado contabiliza oito mortes causadas pela doença.

Na última semana, todos os novos casos informados haviam chegado ao óbito. Em entrevista à Agência Brasil para reportagem sobre o tratamento da doença com transferências de plasma sanguíneo, a coordenadora da UTI de Infectologia do HCFMUSP, Ho Yeh Li, alertou para o risco de os serviços de saúde primária e secundária não estarem diagnosticando corretamente a doença, o que faz com que a confirmação só seja feita quando ocorre a necropsia.

Notícias relacionadas:

Com a proximidade do carnaval, feriado em que o número de viagens costuma aumentar, há recomendação, da secretaria, para que aqueles que vão para regiões rurais ou de mata busquem a imunização.

Os sintomas iniciais da febre amarela são o início súbito de febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores musculares, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza.

O Ministério da Saúde emitiu um alerta no início deste mês sobre o aumento da transmissão da febre amarela nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Roraima e Tocantins. A nota técnica – encaminhada às secretarias de saúde – destaca que o período sazonal da doença vai de dezembro a maio e recomenda a intensificação das ações de vigilância e de imunização nas áreas consideradas de risco.

A vacina contra a febre amarela é a principal ferramenta de prevenção contra a doença. O imunizante faz parte do calendário básico de vacinação para crianças de nove meses a menores de cinco anos, com uma dose de reforço aos quatro anos de idade. Também está prevista uma dose única para pessoas de cinco a 59 anos que ainda não foram imunizadas.

Incêndio chama atenção para riscos à segurança do trabalho no carnaval


Logo Agência Brasil

No início da manhã de quarta-feira (12), trabalhadores de uma confecção de roupas na zona norte da cidade do Rio de Janeiro foram surpreendidos por um incêndio de grandes proporções na fábrica. Aqueles que estavam lá tiveram dificuldades para escapar das chamas. Sem ter para onde correr, alguns se viram enjaulados por janelas basculantes que impediam sua fuga.

Com a ajuda de colegas e do Corpo de Bombeiros, todos conseguiram escapar com vida, mas pelo menos 21 pessoas precisaram ser hospitalizadas, algumas em estado grave, por intoxicação ou queimaduras nas vias aéreas.

Notícias relacionadas:

A fábrica trabalhava a todo vapor, inclusive com com trabalhadores virando a noite, para concluir a produção de fantasias e entregá-las a tempo do desfile das escolas de samba do grupo de acesso do carnaval carioca (Série Ouro), nos dias 28 de fevereiro e 1º de março.

As chamas acabaram destruindo as fantasias e, assim, comprometendo os desfiles de várias escolas, principalmente da tradicional Império Serrano, da Unidos da Ponte e da Unidos de Bangu.

O incidente, que, segundo a Polícia Civil, pode ter sido provocado por uma sobrecarga de energia em uma rede elétrica improvisada e clandestina, chama a atenção para uma face importante, porém negligenciada, do mundialmente famoso carnaval do Rio de Janeiro: as condições de trabalho da cadeia de produtiva do carnaval, principalmente no grupo de acesso e nas divisões inferiores, e os riscos para a saúde e a segurança dos trabalhadores.

Para a diretora da Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a engenheira civil e de segurança do trabalho Cláudia Morgado, a fábrica que se incendiou tinha, aparentemente, vários problemas que favoreceram a propagação das chamas e dificultou a saída das vítimas.

“Vamos considerar a proximidade do carnaval. Tinha três turnos trabalhando sem parar, então, a demanda por energia é bastante alta e pode haver risco de incêndio. O lugar era um galpão mais aberto [sem compartimentalização], com muito oxigênio e muito combustível [as fantasias]. E era um combustível com possivelmente muito plástico e cola, que são substâncias que elevam a temperatura muito rapidamente. E as janelas, pelo que entendi, tinham grades”, ressaltou Cláudia.

De acordo com a engenheira, além disso, seria necessário ter uma escada enclausurada, com duas portas corta-fogo, para impedir que o incêndio e a fumaça passassem de um andar para outro. Outras medidas que poderiam evitar a rápida propagação do fogo seriam a divisão do galpão em compartimentos, para dificultar a expansão do incêndio, e não estocar muitas fantasias já prontas no local.

“É preciso ter todo um projeto [para o prédio]. Se estou trabalhando com material muito combustível, preciso ter um olhar para segmentar [o local]. Se pegar fogo num lugar, que pelo menos fique restrito àquele setor e possa ser combatido localmente e não ganhar grandes proporções. E tem que ter a organização do trabalho. Se havia peças já produzidas deveriam ter sido levadas para outro lugar, entregues para os clientes. A introdução do plástico, dos sintéticos [nas fantasias e alegorias], agravou muito os incêndios. O risco vai aumentando para o próximo carnaval, por causa da velocidade e da intensidade [do trabalho] para entregar as coisas”, afirmou a engenheira.

O carnavalesco Leandro Vieira tem quatro títulos do Grupo Especial – dois pela atual escola, Imperatriz Leopoldinense, e dois pela Mangueira. Mas, ao longo da carreira, ele também trabalhou com escolas do grupo de acesso, como a União de Maricá, outra agremiação onde atualmente é carnavalesco.

Em entrevista ao programa Sem Censura, da TV Brasil, Vieira afirmou que a confecção que pegou fogo era uma das fábricas de fantasia mais bem estruturadas na cadeia produtiva do carnaval carioca. “Existe, sobretudo no grupo de acesso, uma precarização dos ambientes de trabalho. A Maximus ainda deve ser o local mais bem estruturado. Eu conheço porque já trabalhei com prestadores de serviços de lá”, afirmou o carnavalesco.

No mesmo programa, o ex-carnavalesco Milton Cunha afirmou que, em geral, os locais de trabalho das escolas de samba de divisões inferiores são ainda menos estruturados. “Num barracão na Intendente Magalhães [onde escolas de divisões inferiores do carnaval desfilam], só não pega fogo por milagre. E, de vez em quando, vem chuva e leva tudo. É fogo e água”, destacou Cunha.

Vieira lembrou que o grupo de acesso hoje ocupa um espaço que era usado por escolas do grupo especial até a construção da Cidade do Samba. “São barracões sem telhado, sem um sistema sanitário decente, sem ventilação, com um sistema elétrico terrível”, disse o carnavalesco da Imperatriz e da União de Maricá, durante a entrevista ao Sem Censura.

Em entrevista coletiva no dia do incêndio, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, disse que pediria, à liga das escolas de samba do grupo de acesso, que informasse os locais onde estão sendo produzidos itens para o carnaval, para que possa guiar ações de fiscalização da prefeitura.

“A gente não sabe nem quantos lugares parecidos com esse existem na cidade nesse momento. A gente faz esse alerta. Obviamente, vou pedir à Série Ouro que informe isso para que a gente possa ter um olhar mais atento”, afirmou o prefeito.

Segundo Paes, uma das alternativas para esses locais de trabalho precários será a construção da Cidade do Samba 2, que abrigará os barracões das escolas de samba do Grupo Ouro, nos moldes da Cidade do Samba original, que abriga as agremiações do Grupo Especial, na zona portuária do Rio de Janeiro. “A obra da Cidade do Samba 2, que está [em fase] muito inicial, é uma necessidade”, afirmou Paes.

Mesmo a Cidade do Samba, que tem equipamentos anti-incêndio e uma brigada, não é sinônimo de segurança total para os trabalhadores do carnaval. Em 2011, um incêndio atingiu os barracões de três escolas do grupo especial e destruiu várias alegorias.

E os problemas não param na precariedade dos locais de trabalho. De acordo com o jornalista e pesquisador Fábio Fabato, muitos trabalhadores da cadeia produtiva do carnaval são submetidos a condições análogas à escravidão na proximidade da festa.

“O carnaval carioca bate no peito como ‘Maior Espetáculo da Terra’, mas as engrenagens da festa ainda são amadoras. Muitos dos trabalhadores que fazem a festa – boa parte invisibilizada –chega a trabalhar de modo análogo à escravidão na reta final de preparativos. Segurança social e carteira de trabalho para todos ainda são sonhos em ambientes que, em alguns casos, apresentam condições insalubres”, afirmou, em depoimento à Agência Brasil.

No caso da fábrica que pegou fogo nesta quarta-feira, por exemplo, há relatos de que os trabalhadores estavam dormindo no local porque estavam trabalhando em turnos estendidos. O Ministério Público do Trabalho e o Ministério do Trabalho apuram denúncias de infração das leis trabalhistas e das normais de segurança e saúde do trabalho.

Segundo Fábio Fabato, é preciso haver proteção para esses trabalhadores. “Não adianta apenas crescer valores [das subvenções] de apoio, ou os poderosos da folia comemorarem a venda total do rentável fenômeno de ‘camarotização’ da pista. Urge que haja dispositivos de proteção a quem coloca efetivamente a mão na massa e faz disso tudo uma indústria cultural, com o peso real dessa expressão.”

Para a engenheira de segurança do trabalho Cláudia Morgado, seria importante as escolas de samba e as ligas carnavalescas exigirem de seus fornecedores um ambiente de trabalho seguro para os funcionários. “É preciso fazer exigências, como fazem as grandes empresas, a seus fornecedores, que precisam ter algum tipo de protocolo para fornecer fantasias às escolas de samba. Porque isso pode malograr. As escolas que estavam com as suas fantasias ali [na fábrica que pegou fogo], de alguma maneira, terão algum prejuízo. Precisa profissionalizar ainda mais o carnaval, porque essa é uma grande indústria.”

A chefe de Fiscalização do Ministério do Trabalho no Rio de Janeiro, Ana Luiza Horcades, informou que os auditores-fiscais do trabalho fazem, todo ano, vistorias em instalações produtivas voltadas para o carnaval carioca. “No Sambódromo, por exemplo, todo ano, há uma fiscalização planejada, com a participação de todos os atores sociais envolvidos, desde a prefeitura até todas as empresas que regularmente atuam nessa atividade. As reuniões começam muito antes do carnaval começar a ser montado, porque a ideia é construir um ambiente de trabalho seguro e saudável para todos, de forma preventiva, para evitar a ocorrência de acidentes e doenças relacionados ao trabalho.”

Ana Luiza disse que, para que o Ministério do Trabalho consiga um resultado eficiente nesse trabalho de fiscalização, está sendo buscada uma aproximação maior com a prefeitura. “Juntos, a inspeção do trabalho, a prefeitura do Rio e todos os outros atores sociais envolvidos têm o poder de conseguir uma transformação na realidade da vida dos trabalhadores que estão envolvidos nesse segmento.”

Farmácia Popular: saiba como retirar remédios e fraldas geriátricas


Logo Agência Brasil

A partir desta sexta-feira (14), todos os itens oferecidos pelo Programa Farmácia Popular passam a ser distribuídos gratuitamente em estabelecimentos credenciados. O anúncio foi feito esta semana pelo Ministério da Saúde. A estimativa da pasta é que a medida beneficie, de forma imediata, mais de 1 milhão de pessoas todos os anos e que, antes, pagavam coparticipação para ter acesso aos insumos e medicamentos.

Com a ampliação da lista de gratuidade, fraldas geriátricas, por exemplo, passam a ser fornecidas de graça para o público elegível, como pessoas com 60 anos ou mais e indivíduos com mobilidades reduzida, incluindo pacientes acamados ou cadeirantes. A dapagliflozina, medicamento utilizado no tratamento do diabetes associado à doença cardiovascular, também será ofertada pelo programa sem custos.

Notícias relacionadas:

Em julho de 2024, o ministério já havia anunciado uma ampliação para 95% do total de itens oferecidos pelo Farmácia Popular com distribuição gratuita em unidades credenciadas. À época, medicamentos para tratar colesterol alto, doença de Parkinson, glaucoma e rinite, por exemplo, passaram a ser retirados de graça. O cálculo da pasta era que cerca de 3 milhões de pessoas poderiam se beneficiar da medida.

Entenda

O Farmácia Popular oferta, atualmente, 41 itens entre fármacos, fraldas e absorventes. Inicialmente, apenas medicamentos contra diabetes, hipertensão, asma e osteoporose, além de anticoncepcionais, eram distribuídos de forma gratuita. Para os demais remédios e insumos, o ministério arcava com até 90% do valor de referência e o cidadão pagava o restante, de acordo com o valor praticado pela farmácia.

O programa atende um total de 12 indicações, contemplando medicamentos para hipertensão, diabetes, asma, osteoporose, dislipidemia (colesterol alto), rinite, doença de Parkinson, glaucoma, diabetes associada a doenças cardiovasculares e anticoncepção, além de fraldas geriátricas para pessoas com incontinência e absorventes higiênicos para beneficiárias do Programa Dignidade Menstrual.

Credenciamento de unidades

Além da ampliação da gratuidade, o ministério anunciou uma nova fase de credenciamento para farmácias privadas localizadas em municípios que ainda não são atendidos pelo programa. O cadastro de drogarias foi retomado em 2023, após oito anos sem nenhuma nova farmácia incluída. “Com as novas habilitações, a expectativa é a universalização do Farmácia Popular”, destacou a pata.

Dados do ministério indicam que, atualmente, o programa pode ser encontrado em estabelecimentos credenciados de um total de 4.812 municípios brasileiros, abrangendo 86% das cidades e com cobertura de cerca de 97% da população por meio de mais de 31 mil farmácias.

De acordo com a pasta, para credenciar um estabelecimento ao Farmácia Popular, é necessário que ele esteja localizado em um município com vaga aberta e que o proprietário da unidade reúna a documentação exigida. O processo inclui o preenchimento de formulários e a apresentação dos seguintes documentos autenticados ou com certificação digital:

– comprovante de CNPJ com número de Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) específico (4771701 e 4771702);

– registro na junta comercial ou certificação digital;

– licença sanitária estadual ou municipal;

– autorização de funcionamento emitida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa);

– certidão de regularidade fiscal junto à Receita Federal;

– certificado de regularidade técnica emitido pelo Conselho Regional de Farmácia;

– documentação do representante legal e do farmacêutico responsável;

– e comprovante de conta bancária da empresa.

Retirada de itens

Para a obtenção de medicamentos e de fraldas geriátricas pelo Farmácia Popular, o paciente deve comparecer a um estabelecimento credenciado, identificado pela logomarca do programa, apresentando:

– documento oficial com foto e número do CPF ou documento de identidade em que conste o número do CPF;

– e receita médica dentro do prazo de validade, tanto do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto de serviços particulares.

Para pacientes acamados ou impossibilitados de comparecer a um estabelecimento credenciado ao programa, um representante legal ou procurador deve procurar a unidade e apresentar:

– receita médica dentro do prazo de validade, tanto do SUS quanto de serviços particulares;

– documento oficial com foto e CPF do beneficiário titular da receita ou documento de identidade que conste o número do CPF, salvo menor de idade, que permite a apresentação da certidão de nascimento ou registro geral (RG);

No caso do representante legal, é preciso:

– que a situação tenha sido declarada por sentença judicial;

– que ele tenha em mãos procuração que outorgue plenos poderes ou poderes específicos para aquisição de medicamentos e/ou fralda geriátrica junto ao programa;

– que ele seja portador de instrumento público de procuração que outorgue plenos poderes ou poderes específicos para aquisição de medicamentos e/ou fralda geriátrica junto ao programa;

– que ele seja portador de instrumento particular de procuração com reconhecimento de firma, que outorgue plenos poderes ou poderes específicos para aquisição de medicamentos e/ou fralda geriátrica junto ao programa; e

Por fim, para a obtenção de absorventes higiênicos pelo Farmácia Popular, a pessoa beneficiária deve comparecer a um estabelecimento credenciado apresentando:

– documento oficial com foto e número do CPF ou documento de identidade em que conste o número do CPF; e

– documento de autorização do Programa Dignidade Menstrual, em formato digital ou impresso, que deve ser gerado via aplicativo ou site do Meu SUS Digital, com validade de 180 dias.

Lista de medicamentos e farmácias

A lista completa de medicamentos e insumos disponibilizados pelo Farmácia Popular pode ser acessada aqui. Já a lista de farmácias e drogarias credenciadas ao programa pode ser acessada aqui.

Xodó de Cozinha mostra como usar alimentos que seriam descartados


Logo Agência Brasil

Na edição inédita deste sábado (15) do Xodó de Cozinha, a chef Regina Tchelly recebe Semíramis Ramos, engenheira agrônoma e pesquisadora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). O programa vai ao ar às 13h, na TV Brasil e aborda o trajeto que os alimentos fazem até as feiras e o destino daqueles itens que costumam ser descartados depois.

Durante a atração da emissora pública, Regina vai a um fim de feira, recolhe alimentos que seriam jogados fora e leva o coco verde para a cozinha. O coco é uma fruta nutritiva e refrescante, com alto teor de água e sais minerais.


Rio de Janeiro (RJ) 12/02/2025 - Como utilizar alimentos que seriam descartados depois da feira.
Frame TV Brasil

Semíramis Ramos mostra como utilizar alimentos que seriam descartados depois da feira – Frame TV Brasil

Notícias relacionadas:

Enquanto bate um papo descontraído com Semíramis, a apresentadora ensina como fazer receitas saudáveis, saborosas e acessíveis com a fruta. Regina e a convidada utilizam o coco verde para preparar quebra-queixo com carne de coco, vitamina de carne de coco com banana e maracujá, e arroz com carne de coco.

O conteúdo original da emissora pública prioriza a alimentação saudável, nutritiva, de baixo custo e com uso integral dos alimentos. O Xodó de Cozinha pode ser acompanhado no YouTube do canal e fica disponível no app TV Brasil Play.

Sobre o Xodó de Cozinha

Apresentado pela chef Regina Tchelly na TV Brasil, o programa Xodó de Cozinha busca incentivar a alimentação saudável e de baixo custo. A temporada de estreia tem 26 episódios. Cada edição conta com um convidado especial para preparar receitas com um alimento específico e conversar sobre um tema. A produção recebe personalidades como Bela Gil, André Trigueiro e Sidarta Ribeiro, entre outros.

Com seu afeto e carisma, a chef Regina Tchelly tem uma linguagem bastante característica para cativar o público e os entrevistados da nova atração televisiva. “Os convidados são incríveis e fico feliz de estar reunida com tanta gente que está fazendo acontecer, mostrando que é possível comer bem, de forma saudável e acessível”, conta.

Os assuntos discutidos na produção giram em torno de questões como sustentabilidade, combate à fome, sazonalidade dos alimentos, geração de renda, empreendedorismo e educação financeira. Além disso, o programa valoriza a cultura tradicional e afetiva, além de abordar pratos que evocam memórias e heranças culinárias.

A atração é gravada na cozinha do projeto Favela Orgânica, iniciativa idealizada por Regina Tchelly que há 13 anos promove a culinária saudável nas comunidades Babilônia e Chapéu Mangueira, na zona sul do Rio de Janeiro. Coprodução realizada pela TV Brasil com a Kromaki, o Xodó de Cozinha tem direção de Pedro Asbeg.

Sobre o Favela Orgânica

O Favela Orgânica já recebeu diversos prêmios, nacionais e internacionais, por suas ações que visam promover a segurança alimentar, capacitação profissional e uma mudança na cultura de consumo e desperdício de alimentos. Chef de cozinha, empreendedora social e fundadora do projeto, Regina é paraibana e mora no Rio de Janeiro há 20 anos.

Vale investe R$ 70 bi para expandir mineração de ferro e cobre no Pará


Logo Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta sexta-feira (14), em Parauapebas (PA), do anúncio de investimentos de R$ 70 bilhões da Vale até 2030 na expansão da mineração de ferro e cobre em Carajás.

O projeto inclui as minas em operação, expansões e novos alvos, para impulsionar o beneficiamento de minerais críticos para a produção de aço verde (minério de ferro de alta qualidade) e de metal para transição energética (cobre), considerados essenciais para a redução das emissões de carbono.

Notícias relacionadas:

A previsão é que a produção de minério de ferro em Carajás chegue a 200 milhões de toneladas por ano em 2030. No caso do cobre, o crescimento esperado é de 32%, elevando a produção na região para cerca de 350 mil toneladas.

No evento, Lula disse que a Vale era considerada uma das mais importantes empresas de mineração do mundo e hoje está em 14º lugar. “Se depender do governo, a Vale voltará a ocupar os primeiros lugares nas empresas de mineração do mundo.”

O presidente também lembrou o rompimento das barragens de Mariana e Brumadinho, em Minas Gerais, destacando que, assim como as vítimas, a Vale também não merecia o que aconteceu. “Ninguém merece perder a família, e nunca mais a gente recupera. E não é só o povo que não merecia, a Vale, pelo histórico dela, também não merecia. Em algum momento, alguém foi desleixado, em algum momento algum agiu de forma totalmente irresponsável”, disse Lula.

O presidente da Vale, Gustavo Pimenta, lembrou que Carajás tem um enorme potencial de produção de cobre, com uma das cinco maiores reservas do mundo. “O cobre é um dos minerais mais importantes para garantir a aceleração da transição energética, eletrificando o mundo.”

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou o protagonismo do Brasil na mineração. “Se hoje a nossa mineração representa 3% do PIB, a meta é chegar a 6% em uma década.”

O governador do Pará, Helder Barbalho, pediu a colaboração do presidente Lula para tirar do papel uma promessa antiga da Vale de concluir o trecho da Ferrovia Norte-Sul que liga Açailândia (MA) a Vila do Conde (PA). “Vai ser um legado importante para a economia do Pará e do país”, disse.

João Fonseca arranca classificação às semis do ATP de Buenos Aires


Logo Agência Brasil

O jovem tenista carioca João Fonseca arrancou a classificação às semifinais do ATP 250 de Buenos Aires com uma vitória de virada emocionante, a segunda no torneio, desta vez sobre o anfitrião Mariano Navone, atual 47º no ranking mundial, diante da torcida hermana. O brasileiro de 18 anos, 99º no ranking, começou mal a partida, conseguiu se recuperou na segunda parcial, mas depois oscilou novamente no set final. Resiliente, travou uma batalha consigo mesmo: perdia por 5 games a 3 o último set, quando quebrou o saque de Navone e mudou a história do jogo. O jovem não só chegou ao empate como selou a vitória no game seguinte, por 2 sets a 1, com parciais de 3/6. 6/4 e 7/5.

“Eu não estava jogando o meu melhor. Lutei até o fim, estou cansado. Acreditei que em pouco tempo ele poderia ganhar. Quero dizer, desde o início eu estava acreditando que poderia vencer, mesmo que não estivesse jogando o meu melhor. Mas lutei, acreditei nisso e agora estou na semifinal. Estou muito, muito feliz com a forma como lutei hoje”, comemorou o brasileiro em depoimento após a classificação.

João Fonseca volta à quadra no sábado (14) contra o sérvio Laslo Djere (112º no ranking), em horário ainda a ser definido. A outra semi será entre o espanhol Pedro Martinez e o vencedor do confronto entre o alemão Alexander Zverev e o argentino Francisco Cerúndolo.

Após Buenos Aires, o carioca competirá em casa, no ATP 500 Rio Open Rio. A chave principal do maior torneio de tênis da América do Sul começa na próxima segunda-feira (17).

Justiça manda soltar bolsonarista condenado por matar petista no PR


Logo Agência Brasil

A Justiça do Paraná determinou nesta sexta-feira (14) a soltura do ex-policial penal Jorge José da Rocha Guaranho, condenado pelo assassinato do guarda municipal e ex-tesoureiro do PT no estado Marcelo Aloizio de Arruda, em 2022.

A decisão ocorre um dia após Guaranho ser condenado a 20 anos de prisão pelo Tribunal do Júri de Curitiba. O ex-policial penal foi preso ontem (13) após o julgamento. Antes da sentença, ele cumpria prisão domiciliar por razões de saúde.

Notícias relacionadas:

Após o julgamento, a defesa entrou com um habeas corpus na segunda instância e alegou que Jorge Guaranho tem problemas de saúde e deve continuar em prisão domiciliar.

Segundo os advogados, o condenado também foi alvejado por tiros no dia do crime e espancado, sendo necessário o tratamento médico das lesões.

Ao analisar o caso,  o desembargador Gamaliel Seme Scaff, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), concordou com argumentos da defesa e decidiu que Guaranho vai voltar para a prisão domiciliar e deverá usar tornozeleira eletrônica.

O crime ocorreu em julho de 2022, na cidade paranaense de Foz do Iguaçu, em meio à campanha eleitoral.

De acordo com as investigações, Guaranho se dirigiu à festa de temática petista na qual Marcelo Arruda comemorava seu aniversário de 50 anos e fez provocações de cunho político, tocando, em alto volume, músicas em alusão ao então presidente Jair Bolsonaro.

Após o início de uma discussão, houve troca de tiros entre os dois e Arruda foi morto. Guaranho ficou ferido durante na troca de tiros e foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital de Foz do Iguaçu.

Após se recuperar, Guaranho foi preso e denunciado pelo Ministério Público por homicídio duplamente qualificado. Produção de perigo e motivo fútil foram as qualificadoras usadas pelos promotores para embasar a denúncia.