Milhares vão às ruas na Argentina no Dia da Memória, Verdade e Justiça


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Em 24 de março de 1976, na Argentina, um golpe de Estado depôs o governo de María Estela Martínez de Perón, conhecida como Isabelita Perón, dando início a uma das ditaduras mais violentas da América Latina, que perduraria até 1983, resultando em perseguições, sequestros, torturas e assassinatos que vitimaram mais de 30 mil pessoas. Após a retomada da democracia, o Dia da Memória, Verdade e Justiça, lembrado nesta segunda-feira (24), passou a fazer parte do calendário nacional de mobilização da sociedade civil argentina, que se reúne em marchas pelo país afora.

O ato deste ano também marcou uma histórica unidade entre os principais movimentos sociais e de direitos humanos, o que não ocorria há pelo menos 19 anos. A marcha unificada reuniu milhares de pessoas na capital, Buenos Aires, bem como nas principais cidades do país, como Córdoba, Mendoza, Rosário e Santa Fé, em um contexto de oposição às políticas neoliberais e à visão do governo do atual presidente, Javier Milei, sobre a ditadura militar argentina. O mandatário de extrema-direita costuma se referir ao período ditatorial argentino como “uma guerra” em que “se cometeram excessos”, mas não condena o desaparecimento, a tortura, o assassinato nem o sequestro de bebês dos opositores do regime.

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A própria vice-presidente do país, Victoria Villarruel, é oriunda de família de militares e já defendeu a revisão da políticas de reparação e indenização às vítimas e parentes de mortos e desaparecidos políticos durante o regime.

Em Buenos Aires, a marcha saiu das proximidades da Avenida 9 de Julho em direção à Praça de Maio, onde fica a Casa Rosada, sede da Presidência da República. O ato foi organizado pelas entidades Mães e Avós da Praça de Maio, o agrupamento HIJOS (Filhos por Identidade e Justiça, na sigla em espanhol), movimentos de direitos humanos, sindicatos e partidos políticos, incluindo os peronistas.

“Lutamos por restituir a identidade das centenas de bebês roubados pela ditadura. A apropriação foi um desaparecimento forçado que continua se repetindo enquanto não se recupera a verdadeira identidade dessas pessoas”, discursou a presidente das Avós da Praça de Maio, Estela de Carlotto, em um palco montado na própria praça histórica.

Uma das políticas sistemáticas da ditadura argentina foi justamente o sequestro e roubo de bebês de mães militantes políticas que estavam presas em centros clandestinos de tortura. Essas crianças eram então repassadas para adoção por outras famílias, muitas das quais ligadas a militares. São provavelmente centenas de casos jamais elucidados, e os movimentos de mães e avós da Praça de Maio emergiram dessa busca por verdade e justiça, tornando-se referência na luta por direitos humanos no país.

Mais cedo, o governo Milei anunciou a desclassificação total de todas as informações da Secretaria de Inteligência do Estado (SIDE) sobre o período repressivo da segunda metade da década de 1970, e, ao mesmo tempo, reconheceu que um ataque do grupo armado ERP, de oposição ao regime militar, contra a família do capitão Humberto Viola, trata-se de crime contra a humanidade.

“O governo do Presidente Milei tem um compromisso inabalável com os direitos humanos e contar a história completa é uma tarefa crucial neste caminho”, afirmou o porta-voz da Presidência argentina, Manuel Adorni, segundo meios de comunicação locais.

Caminhos da Reportagem mostra impacto dos microplásticos na saúde


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O cérebro é o órgão mais protegido do corpo humano. Até por isso, “havia dúvida se o microplástico [partícula com menos de meio centímetro] conseguiria chegar lá”, revela a pesquisadora brasileira Thais Mauad.

“A gente resolveu estudar uma estrutura que se chama bulbo olfatório, que é a nossa primeira conexão com o nariz”, continua a professora do Departamento de Patologia da USP. “E encontrou, nesse local, partículas de microplástico”.

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O coração também é um órgão nobre. E outro estudo, esse do pesquisador italiano Raffaele Marfella, mostra que pacientes com plástico na carótida, artéria que leva sangue do coração para o cérebro, têm quatro vezes mais chances de ter infarto, AVC ou mesmo morrer.

Nossa equipe conversou com Marfella, que – depois da descoberta – tenta desenvolver um tratamento eficaz para combater inflamações causadas por microplástico.

“As bactérias que se alimentam de plástico o digerem para produzir energia. Essas bactérias agem com duas enzimas. A nossa ideia é isolar essas enzimas e inseri-las onde há contaminação”, explica o professor de Medicina da Universidade Vanvitelli de Nápoles.

Além do cérebro e da carótida, outras pesquisas descobriram microplástico no pulmão, no fígado, nos rins, no leite materno, no sêmen e no sangue. Mas quais são as consequências dessa invasão de plástico no nosso corpo? E mais: o que pode ser feito para minimizar o problema?

As respostas estão no programa Caminhos da Reportagem, da TV Brasil. No episódio “Microplástico na veia”, que vai ao ar nesta segunda-feira (24), a repórter Flavia Peixoto conversa com cientistas, professores, pesquisadores, gestores ambientais e representantes da indústria do plástico.

A reciclagem, na avaliação da maioria dos especialistas no assunto, é importante. Mas não resolve o problema. A saída, ainda segundo eles, é reduzir a produção. Tarefa que não é simples.

“O plástico tem uma limitação técnica e química. Ele só pode ser reciclado uma ou duas vezes”, ataca a gerente de Advocacy e Estratégia da ONG Oceana, Lara Iwanicki.

“Tem plásticos que conseguem ser reciclados dezenas de vezes, depende da tecnologia que você empregar”, defende o presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria Química, André Passos Cordeiro.

“O que o ministério do Meio Ambiente deseja é que o plástico seja usado na menor quantidade possível, tendo em vista o impacto que ele causa hoje nos oceanos, no solo e na saúde humana”, afirma o diretor de Gestão de Resíduos Sólidos do ministério, Eduardo Rocha.

O episódio “Microplástico na veia” vai ao ar nesta segunda-feira (24), às 23h, na TV Brasil.
 

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Receita recebe 3,4 milhões de declarações do IR na primeira semana


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Na primeira semana de entrega, a Receita Federal recebeu 3.414.843 declarações do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) de 2025. O número, registrado até as 17h desta segunda-feira (24), equivale a 7,4% do total esperado para este ano.

O prazo para entregar a declaração começou no último dia 17 e termina às 23h59 do dia de 30 de maio. O programa gerador da declaração está disponível desde o último dia 13.

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A Receita Federal espera receber 46,2 milhões de declarações do Imposto de Renda da Pessoa Física este ano, o que representará um acréscimo de quase 7%, na comparação com 2024, quando foram entregues 43,2 milhões de declarações.

As pessoas físicas que receberam rendimentos tributáveis acima de R$ 33.888, assim como aquelas que obtiveram receita bruta da atividade rural acima de R$ 169.440, são obrigadas a declarar. 

As pessoas que receberam até dois salários mínimos mensais durante 2024 estão dispensadas de fazer a declaração, salvo se se enquadrarem em outro critério de obrigatoriedade.

 


arte irpf 2025

Convergência entre mulheres pode levar a fortalecimento de direitos


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A pesquisa Mulheres em Diálogo, divulgada nesta segunda-feira (24), mostra que, independentemente de orientação política e classe social, 94% das mulheres defendem igualdade salarial, 77% apontam segurança como prioridade e 72% apoiam maior representatividade feminina na política. No entanto, o levantamento evidencia desafios em pautas como descriminalização do aborto e influência religiosa na política.

Os resultados da pesquisa indicam que, mesmo em um contexto de fraturas sociais, há temas que aproximam mulheres de diferentes perfis, criando oportunidades para construir diálogos produtivos, afirma Carolina Althaller, diretora executiva do Instituto Update, responsável pelo levantamento. Para a etapa quantitativa, foram feitas entrevistas com 668 mulheres, residentes em todas as regiões do país. A etapa qualitativa incluiu 30 mulheres em grupos focais.

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“Questões como igualdade salarial e segurança refletem preocupações universais entre as mulheres brasileiras e podem ser a base para ações que promovam avanços nos direitos das mulheres”, diz Carolina. O combate à violência de gênero também é uma questão comum aos diferentes perfis de mulheres, sendo apontado por 71% das entrevistadas quando questionadas sobre três dos principais temas para a mulher brasileira atualmente.

A cientista política Camila Rocha, uma das pesquisadoras, explica que o estudo partiu de um diagnóstico de que seria possível as mulheres brasileiras avançarem mais  se aquelas que estão na política hoje se unissem em torno de objetivos comuns.

“Muitas vezes, a gente pensa no que divide as mulheres, no que as mulheres têm uma discordância maior, e eu estou falando principalmente na pauta da legalização do aborto no Brasil. E, às vezes, a gente deixa de lado pensar que, na verdade, tem muitas outras concordâncias em vários temas”, relatou a cientista política.

A pesquisa revela que até mesmo as que não se identificam como feministas reconhecem a importância dessas pautas e apoiam iniciativas que melhorem a vida das mulheres. Segundo o estudo, porque 48% das entrevistadas consideram-se feministas, 43% não se consideram feministas e 8% não souberam responder.

De acordo com a pesquisa, a resistência ao termo feminismo pode estar ligada a associações com movimentos políticos pontuais, que conflitam com valores conservadores, ou até à falta de entendimento sobre o que o termo realmente significa. No entanto, uma das conclusões é que essa rejeição ao termo não anula as possibilidades de encontrar solidariedade em causas de interesse comum.

Feministas na política

Carolina destaca que, no Brasil, o avanço da extrema-direita e do fundamentalismo religioso contribui para a inviabilidade do diálogo entre mulheres de diferentes perfis e na construção de pautas em comum. No entanto, é preciso destacar o trabalho que o movimento feminista tem feito nos últimos anos, afirma.

“Temos 90 mulheres, no total de 513 deputados – é a maior bancada de mulheres da história. Não temos uma democracia verdadeiramente representativa, em que todos os grupos têm oportunidade de representação igual, mas também percebemos essa ocupação feminista do poder acelerando na América Latina.”

A inovação política e a inovação social acontecem quando grupos historicamente marginalizados, como mulheres e populações negra, LGBT e indígena entram na atividade política, enfatiza Carolina.

“Aqui no Brasil, desde o [primeiro mandato do] Lula, a gente vê esse processo de institucionalização do movimento feminista, e aí a promulgação da Lei Maria da Penha, em 2006, e a criação de equipamentos públicos e políticas específicas para efetivá-la”, ressalta.

A cientista política Camila Rocha pondera que, mesmo com o avanço da ideia de que as mulheres precisam estar mais representadas na política e de que existe machismo no Brasil, ainda há pouca representação das mulheres no Parlamento do país. “O estudo começa justamente nos anos da redemocratização, falando desse momento em que as mulheres que estavam na política naquela época conseguiram se unir e conseguiram vários direitos importantes para as mulheres”, lembrou.

Desafios

Embora tenha identificado consensos relevantes na busca por direitos, o estudo mostrou que há desafios em pautas como descriminalização do aborto, que teve rejeição de 75% das entrevistadas. No entanto, a maioria (72%) também rejeita a prisão de mulheres que fazem abortos fora das situações permitidas pela lei.

A pesquisadora pondera ainda que, quando há um aprofundamento ou apresentação de contexto na entrevista, as mulheres podem ter outro posicionamento sobre um mesmo tema. O fato de o aborto ser criminalizado, ressalta Camila, também pode induzir ao entendimento de que essa é uma prática errada, já que é um crime.

“Quando você começa a falar de casos reais, mostra imagens de mulheres que tentaram, precisaram fazer aborto, e não conseguiram acesso, você vê que as mulheres, inclusive que eram contrárias inicialmente, se sensibilizam muito mais e tem muito mais abertura para falar do assunto e elas eventualmente até mudam de opinião. Então eu acho que tem uma coisa do plano abstrato e tem a dimensão prática”, disse.

Sobre a influência religiosa na política, 53% defendem que valores religiosos devem guiar decisões políticas e 43% acreditam que não. 

Para o Instituto Update, essa divisão representa um fator-chave na definição de votos e na percepção de políticas públicas voltadas para mulheres no Brasil. Para a diretora do instituto, Carolina Althaller, a pesquisa oferece oportunidade para diálogos e construção de soluções que representem a diversidade de experiências das mulheres no país.

Haddad sai em defesa de arcabouço fiscal e se compromete com metas


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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, saiu em defesa do arcabouço fiscal nesta segunda-feira (24), após uma declaração em evento promovido pelo jornal Valor Econômico provocar oscilações no dólar. Em postagem na rede X, o ministro comprometeu-se com o cumprimento das metas atuais do marco fiscal.

“Estão tentando distorcer o que falei agora em um evento do Valor. Disse que gosto da arquitetura do arcabouço fiscal. Que estou confortável com os seus atuais parâmetros. E que defendo reforçá-los com medidas como as do ano passado. Para o futuro, disse que os parâmetros podem até mudar, se as circunstâncias mudarem, mas defendo o cumprimento das metas que foram estabelecidas pelo atual governo”, postou o ministro.

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Ao discursar no evento, no início da manhã, Haddad citou a possibilidade de mudanças nos parâmetros do arcabouço fiscal. Ele ressaltou que as alterações só viriam num cenário que combinasse queda da Taxa Selic (juros básicos da economia), inflação sob controle e estabilidade na dívida pública.

“Quando você estiver numa situação de estabilidade da dívida/PIB, se você tiver uma Taxa Selic mais comportada e uma inflação mais comportada, você vai poder mudar os parâmetros [do arcabouço]. Na minha opinião, não deveríamos mudar a arquitetura”, declarou Haddad.

A fala provocou alvoroço no início das negociações no mercado financeiro. O dólar chegou a R$ 5,77 por volta das 9h45, mas desacelerou e estabilizou-se em R$ 5,73 após a postagem do ministro na rede X. Durante a tarde, a moeda norte-americana voltou a subir para R$ 5,75 após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar que pretende impor uma tarifa adicional de 25% sobre os países que comparem petróleo da Venezuela.

O arcabouço fiscal estabelece meta de déficit primário zero para 2025 e superávit primário de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2026, 0,5% em 2027 e 1% em 2028. Em todos os anos, com margem de tolerância de 0,25 ponto percentual para mais ou para menos. O superávit primário representa a economia de recursos para pagar os juros da dívida pública.

Além da meta de resultado primário, o arcabouço tem um limite de gastos, que prevê o crescimento real (acima da inflação) das despesas em 70% do crescimento real das receitas no ano anterior, dentro de uma trilha entre 0,6% e 2,5% de expansão, descontada a inflação.

Seleção começa duelo contra Argentina com Wesley e Matheus Cunha


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Atual terceira colocada nas Eliminatórias para a Copa do Mundo 2026, a seleção brasileira entrará em campo contra a campeã mundial Argentina com meio-campista Matheus Cunha (Wolverhampton/Inglaterra) e o lateral-direito Wesley (Flamengo) como titulares desde o início da partida, confirmou nesta segunda-feira (24) o técnico Dorival Júnior, durante coletiva de imprensa em Brasília. Maior clássico do futebol sul-americano, Brasil e Argentina – líder das Eliminatórias – se enfrentam nesta terça-feira (25), às 21h (horário de Brasília), no Estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires, com transmissão ao vivo da Rádio Nacional.  

“Temos quatro mudanças necessárias e já definidas. Estamos fazendo duas para a abertura da partida. O Matheus Cunha que está entrando na função do João [Pedro] e o Wesley na função do Vanderson. Os demais foram em razão de perdas que tivemos na última apresentação. Com seis possíveis mudanças, tenho certeza que teremos uma equipe que vai estar preparada para fazer um grande jogo contra um grande adversário que merece todo o nosso respeito”, projetou o treinador.

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As demais trocas ocorrerão por desfalques, por conta de lesões (Alisson e Gerson) e suspensões pelo segundo cartão amarelo (Gabriel Magalhães e Bruno Guimarães), ocorridas na última terça (18), na vitória do Brasil sobre a Colômbia (2 a 1). Bento e André substituirão Alisson e Gerson, respectivamente. Já zagueiro Murillo (Nottingham Forest) entrará no lugar de Gabriel, e o meio-campista Joelinton (Newcastle) na posição de Bruno Guimarães.

O retrospecto dos últimos confrontos favorece os argentinos: o Brasil não vence os hermanos há seis anos, e não ganha na casa deles há 16 anos. Como se não bastasse a rivalidade histórica, o atacante Raphinha, em entrevista ao canal do ex-jogador Romário no YouTube, na noite de domingo (23), falou em “dar porrada neles” em alusão aos argentinos

“Jogar contra a Argentina, nossa maior rival, e agora, graças a Deus, sem o Messi. Porrada [sic] neles?” perguntou Romário a Raphinha. “Porrada neles. Sem dúvida. Porrada [sic] neles! No campo e fora de campo se tiver que ser!”, respondeu o camisa 11 da seleção.

Na abertura da coletiva de imprensa nesta manhã, Dorival não mencionou diretamente a entrevista concedida pro Raphinha, mas defendeu que as duas seleções sem respeitem em campo.

“É um grande clássico do futebol mundial. Vai existir a luta em campo, mas vai existir acima de tudo o respeito entre as duas equipes, e nós vamos buscar jogar futebol. Estamos indo para lá jogar com a seleção campeã do mundo e da Copa América, a equipe que mais venceu nestes últimos anos. Vamos procurar jogar o nosso melhor futebol e buscar um grande resultado, entendendo que uma partida é resolvida dentro de campo”, reforçou o técnico.

STF suspende julgamento de mulher que pichou “Perdeu, Mané” em estátua


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Um pedido de vista do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu nesta segunda-feira (24) o julgamento de Débora Rodrigues dos Santos, mulher acusada de participar dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e de pichar a frase “Perdeu, mané” na estátua A Justiça, localizada em frente à sede do Supremo, na Praça dos Três Poderes.

O caso é julgado pela Primeira Turma da Corte, formada pelos ministros Alexandre de Moraes, relator do caso, Flávio Dino, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin e Fux.

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O julgamento virtual começou na sexta-feira (21), quando Moraes votou para condenar Débora a 14 anos de prisão em regime fechado por cinco crimes: tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado, deterioração do patrimônio tombado e associação criminosa armada.

Em seguida, Dino seguiu o relator. O placar está 2 votos a 0. O julgamento não tem data para ser retomado.

Ao se manifestar pela condenação de Débora, Alexandre de Moraes afirmou que ela “confessadamente adentrou à Praça dos Três Poderes e vandalizou a escultura A Justiça, de Alfredo Ceschiatti, mesmo com todo cenário de depredação que se encontrava o espaço público”.

A frase “Perdeu, mané” foi dita pelo presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso, em novembro de 2022, após ser importunado por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro durante um evento em Nova Iorque, nos Estados Unidos.

Defesa

Em nota enviada à Agência Brasil, os advogados Hélio Júnior e Tanieli Telles afirmaram que receberam o voto de Alexandre de Moraes com “profunda consternação”. 

Segundo a defesa, o voto pela condenação a 14 anos de prisão é um “marco vergonhoso na história do Judiciário brasileiro”.

Os advogados também afirmaram que Débora nunca teve envolvimento com crimes e classificaram o julgamento como “político”.

“Condenar Débora Rodrigues por associação armada apenas por ter passado batom em uma estátua não é apenas um erro jurídico – é pura perversidade. Em nenhum momento ficou demonstrado que Débora tenha praticado atos violentos, participado de uma organização criminosa ou cometido qualquer conduta que pudesse justificar uma pena tão severa”, disse a defesa.

Dilma continua à frente do Banco do Brics por mais 5 anos


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A ex-presidenta Dilma Rousseff continuará à frente do Banco do Brics. A recondução da brasileira ao cargo – indicada em 2023 para mandato que se encerraria em julho deste ano – foi confirmada pela ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.

“Parabéns, presidenta Dilma Rousseff, pela recondução à presidência do Novo Banco de Desenvolvimento. Sob sua direção, o Banco dos Brics vem cumprindo importante papel no desenvolvimento de nossos países”, postou Gleisi em suas redes sociais.

A indicação de Dilma para continuar à frente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB – sigla em inglês) pelos próximos cinco anos já havia sido acenada no final do ano passado pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin.

De acordo com as regras do banco, há um rodízio de indicações para o cargo, entre cada país-membro fundador do Brics, para mandatos de cinco anos. São membros fundadores do bloco Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Seguindo esse critério, a próxima indicação ficaria a cargo da Rússia.

No entanto, durante o encerramento da 16º Cúpula dos Brics, em Kazan, na Rússia, Putin já havia acenado com a indicação de Dilma, enquanto estratégia para evitar “transferir todos os problemas [que em função da guerra com a Ucrânia] estão associados à Rússia”, discursou o presidente russo.

>>Putin oferece ao Brasil novo mandato no banco dos Brics com Dilma

Dilma assumiu a chefia do banco em março de 2023, no lugar de Marcos Troyjo, indicado pelo governo de Jair Bolsonaro. A troca dos ocupantes do cargo foi feita após Luiz Inácio Lula da Silva assumir a Presidência do Brasil.

Presidente Lula nomeia Bráulio Ribeiro diretor-geral da EBC


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O radialista Bráulio Ribeiro foi nomeado novo diretor-geral da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). O decreto de nomeação, de 21 de março, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi publicado nesta segunda-feira (24) no Diário Oficial da União nomeando. Bráulio assume em substituição de Maíra Bittencourt.

Há um ano à frente da Diretoria de Operações, Engenharia e Tecnologia da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Bráulio Ribeiro foi também Diretor de Operações da TVE Bahia e da Rádio Educadora, em Salvador, de 2016 a 2024. Anteriormente, ocupou diferentes cargos na EBC, entre eles o de gerente das Rádios da Amazônia, no ano de 2011 a 2013, e chefe de gabinete da Diretoria-Geral, de 2013 a 2016.

Bráulio Ribeiro é formado em Rádio e Televisão e atuou como professor em faculdades de comunicação do Distrito Federal, ministrando aulas de produção audiovisual, fotografia e edição de vídeo. Acumula experiência na área de rádio e televisão, tendo desempenhado diversas funções, como assistente de direção, produtor, cinegrafista e editor de imagem. Também possui conhecimento em processos de articulação e mobilização social, além de formação e capacitação de grupos na área de comunicação.

“É um reconhecimento a seu trabalho como diretor de Operações, Engenharia e Tecnologia e também um novo desafio na reconstrução da EBC, no fortalecimento da comunicação pública e dos serviços prestados ao governo federal”, afirma o diretor-presidente da EBC, Jean Lima.

Revalida 2024: aprovados devem indicar universidades para revalidação


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Os participantes aprovados no segundo Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida) de 2024, deverão, a partir desta segunda-feira (24), indicar a universidade para revalidação do documento.

O processo de revalidação realizado pelas universidades parceiras envolve a análise do diploma e do currículo do médico formado no exterior.

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De acordo com o edital da segunda etapa do Revalida 2024/2, a relação das universidades parceiras está disponível no Sistema Revalida para o devido encaminhamento dos processos de revalidação.

Após a escolha da unidade de ensino superior, será necessário apresentar a documentação exigida pela universidade parceira revalidadora, que poderá exigir, ainda, documentos pessoais, além do diploma de graduação original (obrigatório).

Resultado final

O resultado final do Revalida 2024-2 está disponível para consulta desde sexta-feira (21). Basta acessar a página do participante no Sistema Revalida. O acesso aos resultados individuais é feito com Cadastro de Pessoas Física (CPF) e senha do portal Gov.br.

Além das notas definitivas, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) publicou os pareceres dos recursos sobre os resultados preliminares, juntamente com os espelhos de correção da prova de habilidades clínicas, fase em que os participantes realizam tarefas específicas.

A relação final dos aprovados no exame Revalida 2024-2 também foi publicada no Diário Oficial da União (DOU).

Revalida

O Revalida avalia profissionais formados em medicina fora do Brasil que querem exercer a profissão em território nacional. O objetivo do exame é garantir a qualidade do atendimento médico prestado no Brasil, tanto por estrangeiros como por brasileiros que estudaram no exterior.

Desde 2011, o exame que autoriza aos aprovados ter o diploma revalidado no Brasil é aplicado pelo Inep, enquanto a revalidação é de responsabilidade das universidades públicas do Brasil que aderiram ao exame.

Anualmente, as provas são divididas em duas etapas (teórica e prática), que abordam, de forma interdisciplinar, as cinco grandes áreas da medicina: clínica médica, cirurgia, ginecologia e obstetrícia, pediatria, e medicina da família e comunidade (saúde coletiva).

A prova teórica tem 100 questões de múltipla escolha, além das questões discursivas. E o candidato somente poderá avançar para a segunda etapa, a da prova prática, se for aprovado na prova teórica.

Esta última fase, avalia as habilidades clínicas em cenários de prática profissional, como atendimento de atenção primária, ambulatorial, internação hospitalar, pronto-socorro para casos de urgência e emergência, além da medicina comunitária, com base na Diretriz Curricular Nacional do Curso de Medicina, nas normas e na legislação profissional.

Para mais informações sobre o Revalida, o Inep tem o site.