Japão propõe ações para acelerar abertura comercial à carne brasileira


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O primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, propôs ações para acelerar a abertura do mercado japonês à carne bovina do Brasil. A demanda histórica dos produtores brasileiros foi um dos temas do encontro entre Ishiba e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está em visita da Estado a Tóquio, capital japonesa.

O premiê sugeriu a formação de um grupo para o acompanhamento do setor e manifestou a disposição de enviar especialistas sanitários para coletar informações e avançar mais rapidamente para as próximas etapas de abertura do mercado. Um dos objetivos da viagem de Lula era, de fato, conseguir o compromisso político do Japão de enviar uma missão técnica para inspecionar as condições da produção de carne bovina do país.

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O Japão importa cerca de 70% da carne bovina que consome, o que representa aproximadamente US$ 4 bilhões ao ano. Desse total, 80% são importados dos Estados Unidos e da Austrália, históricos aliados do país. No caso do Brasil, o processo de negociação para exportar a carne bovina ao Japão vem sendo conduzido há mais de 20 anos. O último protocolo já está sendo debatido há cinco anos.

Em maio de 2024, o Brasil se tornou livre de febre aftosa sem vacinação animal. O status abre caminho para que o Brasil possa exportar carne bovina para países como o Japão e a Coreia do Sul, por exemplo, que só compram de mercados livres da doença sem vacinação. Por outro lado, o fim da vacinação exigirá protocolos mais rígidos de controle sanitário por parte dos estados.

A homologação do novo status sanitário deve ocorreu em maio deste ano, durante a assembleia-geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

O ciclo de vacinação de bovinos e bubalinos contra a febre aftosa no Brasil começou há mais de 50 anos e o último registro da doença ocorreu em 2006. Atualmente, no Brasil, somente os estados de Santa Catarina, do Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, de Rondônia e partes do Amazonas e de Mato Grosso têm o reconhecimento internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação pela OMSA.

A carne é o quarto principal item da pauta de exportações brasileira, atrás apenas da soja, do petróleo bruto e minério de ferro.

Agenda

Lula chegou ao Japão na segunda-feira (24) e, na terça-feira (25) de manhã, participou da cerimônia de boas-vindas, com honras militares, no Palácio Imperial, na capital japonesa. Após reunião reservada com o casal imperial e almoço privado, o presidente se encontrou com empresários brasileiros ligados à Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) para debater a abertura do mercado japonês ao setor.

Lula participou ainda de jantar oferecido a ele e à primeira-dama Janja Lula da Silva pelo imperador do Japão, Naruhito, e a imperatriz Masako. Na ocasião, pediu o “firme engajamento” do Japão na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), que será realizada em novembro, em Belém, no Pará.

Nesta quarta-feira (26), o presidente teve o dia mais cheio da visita ao Japão, que está 12 horas à frente do horário oficial de Brasília. A agenda começou com representantes de sindicatos japoneses. Em postagem nas redes sociais, Lula afirmou que o objetivo foi falar de questões trabalhistas e de como melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores no Brasil e no Japão.

O presidente também falou no Fórum Empresarial Brasil-Japão. Pelo lado brasileiro, estiveram presentes empresários dos setores de alimentos, agronegócio, aeroespacial, bebidas, energia, logística e siderurgia. No evento, Lula convocou os japoneses a investirem no Brasil e criticou o crescimento do negacionismo climático e do protecionismo comercial. Foi anunciado acordo da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) com a ANA, maior companhia aérea japonesa, para a compra de 20 jatos E-190.

Após outras reuniões bilaterais, Lula se encontrou com o primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, no Palácio Akasaka, para firmar os compromissos entre os dois países. Foram dez acordos de cooperação em áreas como comércio, indústria e meio ambiente, além de 80 instrumentos entre entidades subnacionais como empresas, bancos, universidades e institutos de pesquisas. Os dois países também anunciaram um plano de ação para revitalizar a Parceria Estratégica Global, um nível mais elevado nas relações diplomáticas estabelecidas desde 2014. Na sequência, foi oferecido um jantar a Lula e à comitiva.

A equipe brasileira em Tóquio é composta pelo presidente, a primeira-dama Janja, ministros, parlamentares, empresários e sindicalistas. A visita prossegue até quinta-feira (27), quando o presidente parte para Hanói, no Vietnã, para a segunda parte da viagem à Ásia.

Brasil e Japão fecham acordo para venda de 20 jatos da Embraer


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A Embraer e empresas japonesas do setor aéreo ampliaram parcerias durante a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva àquele país. Foi concretizada a venda de 20 jatos, negócio que renderá cerca de R$ 10 bilhões à companhia brasileira, e avançaram também tratativas para o uso de um combustível à base de etanol para aeronaves, o que poderá beneficiar o agronegócio brasileiro e, em especial, a indústria sucro-energética do país.

Progrediu também para a negociação para a construção do chamado “carro do futuro” – o eVTOL, uma aeronave elétrica de decolagem e pouso vertical (eVTOL) desenvolvida pela Embraer em parceria com empresas estrangeiras.

Aeronaves

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Na viagem que faz ao Japão, a comitiva brasileira anunciou, nesta quarta-feira (26), a compra, pela All Nippon Aiways (ANA), de 15 aeronaves E-190. A principal empresa aérea japonesa informou que pretende adquirir, ainda, outras cinco aeronaves – contratos que renderão, à Embraer, cerca de R$ 10 bilhões.

Ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho disse que a parceria com os japoneses servirá como uma espécie de chancela para que novas vendas sejam feitas a outros países, ampliando ainda mais o horizonte de negócios da Embraer.

“E com a venda dos aviões para os mercados internacionais, precisaremos preparar mão-de-obra brasileira, estruturando nosso grande plano de preparar nossos jovens para esse novo mercado de trabalho que se desenha no Brasil, que é o da aviação”, disse o ministro ao informar que, para tanto, o Brasil já desenvolve programas de qualificação e capacitação para esse mercado de trabalho.

“Isso vai gerar emprego e renda. Vai movimentar a economia”, acrescentou ao informar que todas empresas japonesas com quem conversou garantiram que colocarão a Embraer como prioridade para seus negócios.

Combustível Sustentável de Aviação (SAF)

Avançaram também as negociações visando à adoção, pelo setor de aviação japonês, do Combustível Sustentável de Aviação (SAF), uma alternativa ao combustível aeronáutico de origem fóssil.

De acordo com o governo brasileiro, esse combustível pode ser obtido a partir de diversas fontes. Entre elas, o etanol produzido a partir da cana-de-açucar.

“O SAF é um combustível que é constituído de etanol. Portanto, é significativo para indústria do agronegócio brasileiro. Além disso, estamos trabalhando ao lado de todos os ministros do Japão, inclusive o primeiro-ministro, para que 10% do combustível aqui no Japão seja feito de etanol”, informou o ministro Silvio Costa Filho.

Esse combustível pode ser obtido também a partir de resíduos da agricultura, óleo de cozinha usado, gorduras e milho, entre outros, puros ou misturados, conforme especificações técnicas de segurança. Segundo o Planalto, o Brasil tem “ampla expertise no tema”.

“Além de a gente potencializar o combustível da aviação aérea aqui no Japão, estimularemos a indústria Sucroenergética do Brasil, que dialoga com a sustentabilidade, por meio desse combustível do futuro que o Brasil tem apresentado ao mundo”, acrescentou o ministro.

Avião vertical, o veículo do futuro

Também integrando a comitiva brasileira, o presidente da Embraer, Francisco Gomes Neto, disse que os japoneses estão também interessados no desenvolvimento da aeronave elétrica de decolagem e pouso vertical (eVTOL), um veículo 100% elétrico que é conhecido como “carro voador”.

“Nosso plano é o de que ele entre em operação até o final de 2027. É o veículo do futuro, de inovação disruptiva, ideal para países [e cidades] com trânsito intenso, como as do Japão, São Paulo, Los Angeles ou Nova York”, disse Gomes Neto ao explicar que motores elétricos são produzidos a partir de uma jointventure entre a Embraer e uma empresa japonesa.


Brasília (DF), 15/10/2024 - BNDES aprova R$ 500 milhões para Eve Air Mobility produzir o carro voador. Foto: Eve Air Mobility/Divulgação

Projeto de carro voador da Embraer. Eve Air Mobility/Divulgação

STF deve retomar hoje julgamento da ADPF das Favelas


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O Supremo Tribunal Federal (STF) deve retomar nesta quarta-feira (26) o julgamento sobre as medidas adotadas pela Corte para restringir as operações realizadas pela Polícia Militar (PM) do Rio de Janeiro. O processo está na pauta de julgamento da sessão do plenário, prevista para começar às 14h.

A Corte julga definitivamente a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 635, conhecida como a ADPF das Favelas.

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Na ação, que foi protocolada em 2019 pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), a Corte já determinou medidas para reduzir a letalidade durante operações realizadas pela PM do Rio contra o crime organizado nas comunidades da capital fluminense.

Em fevereiro deste ano, o relator do caso, ministro Edson Fachin, reafirmou diversas determinações para atuação da PM durante operações e na investigação criminal de mortes de moradores das comunidades e policiais ocorridas durante as operações.

O relator também rebateu as críticas sobre as determinações do Supremo. Fachin ressaltou que as restrições impostas pela Corte às operações policiais não impedem o trabalho regular da polícia do Rio e não fortalecem o crime organizado.

As determinações feitas por Fachin foram:

– Divulgação de dados sobre mortes em operações – O estado do Rio deverá divulgar dados sobre as mortes por letalidade policial. Os dados deverão conter as ocorrências com morte por unidade ou batalhão e devem esclarecer se o agente atingido estava em serviço e se o óbito ocorreu em uma operação policial;

– Uso diferenciado da força – As ações policiais deverão observar os princípios constantes na Lei 13.060/2014, que definiu que a utilização de armas de fogo pelos agentes de segurança deve seguir os princípios da razoabilidade e proporcionalidade, ou seja, o uso proporcional da força policial conforme a circunstância;

 – Acompanhamento psicológico de policiais – Obrigar a participação de policiais envolvidos em operações com mortes em programa de assistência psicológica;

– Helicópteros – O uso de helicópteros deve ocorrer somente em casos de “estrita necessidade”, que deverá ser comprovada em relatório posterior à realização da operação;

– Buscas domiciliares – Somente em flagrante delito, não sendo admitido o ingresso forçado de policiais a partir de denúncia anônima como justificativa exclusiva para a diligência;

– Ambulâncias em operações policiais – Determina a regulamentação de lei estadual para o acompanhamento obrigatório de ambulâncias nas operações;

– Preservação de local e vestígios de crime – Os agentes devem preservar os vestígios de crimes para evitar a remoção indevida de cadáveres e descarte de provas;

– Operações nas proximidades de escolas e hospitais – Os locais não podem ser usados como base para as operações;

– Relatórios de operações policiais – A polícia deverá elaborar relatório das operações, que deverá ser encaminhado ao Ministério Público;

– Câmeras nas fardas – O estado do Rio deverá implantar sistemas de gravação de áudio e vídeo nas viaturas das polícias Militar e Civil e nas fardas dos policiais;

– Perícia – Os peritos deverão guardar em meio eletrônico todas as provas periciais produzidas em investigações de crimes contra a vida; 

– Investigação – Criação de um comitê para acompanhar o cumprimento das medidas determinadas;

Após o voto de Fachin , o julgamento foi suspenso e deve ser retomado hoje. Mais dez ministros devem votar.

Médicos alertam para riscos da gripe em pessoas com mais de 60 anos


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O Sistema Único de Saúde (SUS) registrou em 2024 um crescimento de 189% nas hospitalizações de idosos por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) por influenza, em relação a 2023. Para chamar a atenção da população para os riscos da gripe em pessoas com mais de 60 anos, a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), em parceria com a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), realiza nesta quarta-feira (26) o encontro Além da Gripe – Um debate sensível à gravidade dos riscos e impactos provocados pelo vírus da influenza.

O objetivo do encontro é fazer um alerta sobre a sazonalidade da gripe, principalmente por conta dos baixos índices vacinais e dos riscos que este cenário pode causar para a população idosa. Segundo as entidades organizadoras, a sazonalidade está associada ao começo do outono e à mudança do clima em vários lugares do país, época em que as baixas temperaturas podem contribuir para que o vírus acabe circulando com mais intensidade, o que aumenta a necessidade de proteção e o risco de hospitalização.

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De acordo com as entidades, a partir dos 40 anos, o risco de ataque cardíaco aumenta em dez vezes e o de AVC oito vezes nos primeiros três dias após uma infecção por influenza e idosos permanecem com risco elevado para AVC até dois meses depois de se contaminar pelo vírus, o que reflete nas admissões em UTI, que cresceram 187% e em 157% mais óbitos.

Brumadinho: vítimas processam Vale e cobram MP sobre fim de benefício


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“Com R$ 379,50, vocês compram a alimentação no mês? Vocês pagam água, luz e internet? Nós precisamos de internet porque é por lá que ficamos sabendo de todas essas decisões que são tomadas”. 

O questionamento foi feito por Patrícia Passarela a autoridades presentes em uma audiência pública realizada há duas semanas pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A pauta era o iminente fim do Programa de Transferência de Renda (PTR), benefício instituído pelo acordo global para reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem da mineradora Vale, ocorrido em janeiro de 2019. Os atingidos agora tentam reverter a situação em uma ação contra a mineradora e também cobram providências do Ministério Público.

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A barragem integrava um complexo minerário em Brumadinho (MG) e sua ruptura liberou uma avalanche de rejeitos que alcançou o Rio Paraopeba e gerou impactos em diversos municípios. A lama também soterrou 272 vidas, incluindo nessa conta dois bebês de mulheres que estavam grávidas.

Pressionada em meio ao caos instaurado, a Vale começou a pagar logo nos primeiros dias um auxílio emergencial aos atingidos. Na época, o benefício foi estabelecido com um valor variável, a depender da faixa etária de cada atingido: um salário mínimo por adulto, a metade dessa quantia por adolescente e um quarto para cada criança.

No fim de 2019, esses valores foram reduzidos pela metade. Os repasses nesses patamares vigoraram até 2021, quando foi firmado o acordo global de reparação entre a mineradora, o governo de Minas Gerais, Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Ministério Público Federal (MPF) e a Defensoria Pública do estado (DPMG). Ao todo, foram destinados R$ 37,68 bilhões para uma série de medidas pactuadas. Uma das cláusulas fixou a criação do Programa de Transferência de Renda (PTR) como substituto do auxílio emergencial, sendo estabelecido um aporte de R$ 4,4 bilhões.

Foram também previstos novos critérios de enquadramento dos beneficiários, levando a uma ampliação do número de atingidos atendidos, que atualmente superam a marca dos 150 mil. A Fundação Getulio Vargas (FGV) assumiu a gestão do PTR. Aplicando os recursos, ela obteve rendimentos que elevaram os valores disponíveis para R$ 5,56 bilhões, um acréscimo de R$ 1,16 bilhão. Mas prevendo o esgotamento dos recursos disponíveis, a partir deste mês de março, o benefício foi mais uma vez cortado pela metade.

O repasse chegou assim ao valor citado por Patrícia Passarela: R$ 379,50 por adulto, equivalente a um quarto do salário mínimo. As parcelas destinadas a adolescentes e crianças também foram cortadas em 50%. O fim definitivo do PTR está previsto para abril de 2026. A reação a esses anúncios também já se desdobrou em ação judicial contra a mineradora Vale, na qual os atingidos pedem que a mineradora seja obrigada a garantir recursos para manter o programa sem redução de valores.

Patrícia Passarela é moradora da Comunidade de Taquaras, localizada no município de Esmeraldas (MG). Ali, segundo conta, os modos de vida estavam diretamente ligados ao Rio Paraopeba. A pesca e a agricultura familiar foram afetadas. Na audiência pública realizada pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais, a atingida alertou que a reparação não chegou e que, sem o PTR, não há outra fonte de renda. Ela não foi a única a bater nessa tecla.

A assembleia aconteceu no dia 14 de março, tendo sido transmitida pela plataforma Youtube, e contou com a mobilização de centenas de atingidos. “Ninguém queria estar aqui se manifestando. A gente queria estar nas nossas casas, vivendo nossas vidas, pescando e garantindo a subsistência com a força das nossas mãos. Mas isso nos foi tirado. E agora como podem falar em corte se não chegou ao nosso território nenhum tipo de reparação? Nós somos comunidades ribeirinhas. Sem o rio, não tem outro tipo de emprego. Nós fomos atingidos em todas as esferas da vida”, reiterou Quésia Martins, pescadora da comunidade Santa Cecília, localizada em Pompéu (MG).

Dois eixos de argumentação mobilizam as cobranças dos atingidos. O primeiro destaca que o PTR foi criado para ser conduzido paralelamente a programas de reparação que fossem capazes de restabelecer as atividades econômicas das comunidades. No entanto, passados mais de quatro anos da celebração do acordo global de reparação, essas outras iniciativas não saíram do papel.

Entre elas, estão os Projetos de Demandas das Comunidades Atingidas, voltados para gerar trabalho e renda, além de acesso à cultura, esporte e lazer. São considerados fundamentais para a reativação econômica dos atingidos. O acordo destinou a eles R$ 3 bilhões, dos quais R$ 1 bilhão é reservado a projetos de crédito e microcrédito. A operacionalização dessas iniciativas ainda está em discussão.

Além disso, com atrasos no andamento da reparação socioambiental, os níveis de contaminação do Rio Paraopeba não permitem vislumbrar no curto prazo uma retomada segura da pesca e de outras atividades. Dessa forma, o corte do PTR chegaria em um momento em que ainda não foram entregues aos atingidos condições de geração de renda. Guilherme Camponêz, integrante da coordenação do Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB), afirma que a Vale limpou apenas 1% da área atingida. O PTR, segundo ele, é uma iniciativa de mitigação dos danos e seu corte vai ampliar a insegurança alimentar. “Como uma mitigação pode acabar antes da reparação?”

O segundo eixo de argumentação gira em torno da Política Nacional de Direitos das Populações Atingidas por Barragens (PNAB), como ficou conhecida a Lei Federal 14.755/2023. Sancionada em 2023 pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva, sua aprovação no Congresso se deu após mobilizações lideradas pelo MAB. Em seu artigo 3º, fica garantido um “auxílio emergencial, nos casos de acidentes ou desastres, que assegure a manutenção dos níveis de vida até que as famílias e indivíduos alcancem condições pelo menos equivalentes às precedentes”.

Para os atingidos, o fim do PTR antes da conclusão das demais medidas reparatórias viola a nova lei. “Ficamos cinco dias acampados em Brasília para pressionar pela aprovação da PNAB. Respeitem a nossa luta!”, afirmou Quésia.

Ação Judicial

No processo movido contra a Vale, os atingidos são representados pela Associação Brasileira dos Atingidos por Grandes Empreendimentos (ABA), a Associação Comunitária do Bairro Cidade Satélite (Ascosatélite) e o Instituto Esperança Maria (IEM). As entidades esperam que a Justiça determine à mineradora que faça depósitos em juízo dos recursos necessários à manutenção do PTR sem redução dos valores, até que sejam alcançadas as condições de vidas no mínimo equivalentes às existentes antes da tragédia.

A ação lembra que, durante as discussões sobre a implantação do PTR, uma estimativa das assessorias técnicas que prestam suporte aos atingidos apontou a necessidade de um mínimo de R$ 9,8 bilhões. “Mesmo com o alerta feito, a acordo destinou apenas R$ 4,4 bilhões”, registra a ação judicial.

Também há menção a promessas de que a fase final do PTR se daria por meio de uma redução gradual dos valores. Os atingidos consideram que o corte de 50% se deu de forma abrupta, contrariando o que vinha sendo anunciado. As três entidades também destacam o cenário de contaminação, citando estudo divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em janeiro, que aponta a presença de metais em amostras de urina de crianças de 0 a 6 anos que vivem na região afetada.

Em nota, a Vale informou que não foi intimada dessa ação e sustenta que o PTR foi estabelecido no acordo global como solução definitiva para os pagamentos emergenciais. A mineradora considera que cumpriu sua parte, já que transferiu o valor fixado. “A Vale faz o pagamento e não participa da gestão dos recursos nem da execução do programa. Em outubro de 2021, a empresa fez o depósito de R$ 4,4 bilhões previstos para essa obrigação. Desde novembro de 2021, o programa foi implementado, é gerido pelas instituições de Justiça e gerenciado pela Fundação Getulio Vargas. Com o depósito em juízo do valor correspondente ao PTR, foi encerrada a obrigação da Vale referente ao tema”, diz o texto.

Respostas

Conforme fixou o acordo global de reparação, o MPMG, o MPF e a DPMG formam o colegiado responsável por fiscalizar o PTR. Foram eles que conduziram o processo que levou à escolha da FGV como gestora. A contratação de entidade independente foi uma solução apresentada diante das críticas dos atingidos sobre auxílio emergencial que vigorava até então: eles se queixavam do poder que tinha a Vale para decidir quem teria direito ao benefício. Mas em janeiro desse ano, os atingidos cobraram mais transparência, sobretudo sobre a parcela dos rendimentos retidas pela FGV. Pelo acordo global, ela faria jus a 12% de todo o rendimento que superasse a caderneta de poupança.

A FGV, por sua vez, destaca que o PTR se tornou “o maior programa de transferência de renda privado da América Latina” e que as aplicações realizadas sob sua gestão elevaram os recursos disponíveis, permitindo dilatar o prazo do programa, que inicialmente se encerraria em outubro de 2025.

Agora, os atingidos aumentaram a pressão sobre o colegiado formado pelas instituições de Justiça. O MPMG, o MPF e a DPMG foram cobrados na Assembleia Legislativa para se envolver na construção de uma solução. “O fim do programa não é uma deliberação ou uma decisão política discricionária. O fim do programa é o fim do recurso”, afirmou Leonardo Castro Maia, promotor de Justiça do Ministério Público de Minas. Ele acrescentou que embora o acordo dê às instituições de Justiça a responsabilidade de acompanhar o cumprimento do acordo, elas não têm a atribuição de adotar novas medidas.

No entanto, parlamentares que conduziram a audiência pública também reforçaram a importância de uma mobilização, o que levou o MPMG a concordar em formular respostas para as questões levantadas em um prazo de 10 dias úteis, que se encerra na próxima sexta-feira (28). Nessa segunda-feira (24), a instituição voltou a ser cobrada durante solenidade de lançamento das atividades do Núcleo de Acompanhamento de Reparações por Desastres (Nucard). Criado pelo MPMG, ele reunirá promotores que atuam na fiscalização dos acordo de reparação da tragédia ocorrida em Brumadinho e também da que ocorreu em Mariana, em 2015, a partir do rompimento de uma barragem da mineradora Samarco.

Presente na solenidade, Guilherme Camponêz voltou a mencionar as discussões em torno do PTR. “Fizemos no mês passado uma jornada de lutas, demonstrando a insuficiência do acordo. É importante ter uma boa gestão e um bom acompanhamento das medidas pactuadas, mas também precisamos pensar na reparação além do acordo. Esse acordo não foi suficiente”, acrescentou o coordenador do MAB.

Polícia prende homem que fornecia sinal ilegal de internet


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Agentes da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) prenderam, nessa terça-feira (25), em flagrante, o responsável por um provedor clandestino de sinal de internet, envolvido com a facção criminosa Comando Vermelho.

A ação contra o fornecimento ilegal de internet, na cidade de São Pedro da Aldeia, no estado do Rio, teve a finalidade de conter a expansão do crime organizado no interior do estado. 

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A operação desmontou um esquema criminoso que fornecia internet ilegal para a região e prejudicava empresas regulares. A polícia apreendeu equipamentos furtados de concessionárias autorizadas, como cabos e caixas de terminação óptica.

Agora, o material passará pela perícia técnica para rastrear sua origem e identificar fornecedores, financiadores e outros envolvidos na rede criminosa.

Impacto na economia

De acordo com a polícia, o impacto da exploração ilegal de serviços essenciais, como internet, energia e água afeta diretamente a vida da população. Os criminosos coagem e intimidam moradores e comerciantes, forçando-os a aderir aos serviços clandestinos, impedindo a atuação de empresas regulares.

Essa prática ilegal só serve para gerar recursos para a facção criminosa, que utiliza esse tipo de atividade para financiar o tráfico de drogas e ampliar seu domínio territorial.

A cidade de São Pedro da Aldeia vive do turismo, devido à Lagoa de Araruama que corta município que tem pouco mais de 104 mil habitantes, de acordo com o Censo Demográfico do IBGE, de 2022.

Exposição interativa em SP propõe pausa na correria do dia a dia


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Uma nova exposição em cartaz no Sesc 14 Bis, no centro da capital paulista, convida o público a dar uma pausa no dia a dia. Chamada de Pausa, a mostra será aberta ao público nesta quinta-feira (27) e fica em cartaz até o dia 8 de agosto.

A exposição é composta por obras em grande escala da artista visual, arte-educadora, curadora e contadora de histórias Stela Barbieri. Construídas com materiais como bambu e miçangas, as instalações convidam o público a permanecer em seu interior e, dentro delas, a descansar, relaxar, conversar e refletir sobre a importância do descanso no dia a dia.

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“Pausa nasce de minhas pesquisas cotidianas, em instantes dilatados e embalos de presença, ora em silêncio, ora em melodia e movimento. Em tempos de disputa pela nossa atenção, de aceleração avassaladora, quando muitas vezes não é possível respirar para fazer escolhas, fabular – pausar – é um ato político. Em momentos de guerras, de violência, de conflitos externos e internos, reflorestar o imaginário abre a possibilidade de invenção, de comunidade e de participação”, disse a artista sobre a exposição.

Uma das obras interativas presentes na mostra é Banho de Canto, formada por uma estrutura circular de ferro, cercada por instrumentos musicais percussivos e elementos que produzem sons instalados ao redor de uma cadeira de balanço. Além dela há também casulos em grande escala que combinam elementos táteis, sensoriais e sonoros para a ativação da imaginação e reflexão.

Em um dos espaços da mostra, o público será convidado a desenhar o próprio casulo, refletindo sobre seu momento de descanso e relaxamento.

A entrada na mostra é gratuita. Mais informações sobre a exposição podem ser obtidas no site do Sesc.

Em noite para esquecer, Brasil é goleado pela Argentina por 4 a 1


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Faltando pouco mais de um ano para o início da próxima edição da Copa do Mundo, a seleção brasileira jogou muito mal diante da Argentina, na noite desta terça-feira (25) no estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, e foi goleada por 4 a 1 pela 14ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas.

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Com o revés na partida, que teve transmissão ao vivo da Rádio Nacional, o Brasil (4º colocado da classificação com 21 pontos) ainda não confirmou a participação no próximo Mundial. Já a Argentina, que já entrou em campo classificada para a Copa após o empate sem gols entre Bolívia e Equador, permanece na ponta da classificação, agora com 31 pontos.

Domínio Hermano

O primeiro tempo da partida mostrou que a seleção brasileira ainda tem um longo caminho a trilhar para se tornar um real candidato ao título da próxima Copa do Mundo. Diante dos atuais campeões mundiais, o Brasil mostrou muito pouco, em especial pela pouca combatividade no setor do meio-campo e a falta de jogadas trabalhadas no ataque.

Desde o apito inicial, a equipe argentina dominou com sobras as ações, e precisou de apenas três minutos para abrir o marcador. Thiago Almada lançou Julián Álvarez, que venceu Murillo e Arana dentro da área para bater na saída do goleiro Bento. A equipe de Lionel Scaloni continuou empilhando oportunidades e ampliou aos 12 minutos, quando Molina cruzou para Enzo Fernández, que só teve o trabalho de escorar para o fundo das redes.

Do outro lado do gramado o Brasil não conseguia criar. Mas, aos 26 minutos, descontou ao aproveitar falha de Cristian Romero. O zagueiro errou na saída de bola e permitiu que o atacante Matheus Cunha ganhasse a posse da bola e batesse da entrada da área para superar Emiliano Martínez.

Mas qualquer esperança de reação foi por terra dez minutos depois. O meio-campista  Enzo Fernández levantou a bola na área e Mac Allister chegou em velocidade para bater na saída do goleiro Bento.

No intervalo o técnico Dorival Júnior fez muitas alterações, mas o panorama da partida não mudou. E a Argentina chegou ao quarto gol aos 25 minutos. Após Tagliafico cruzar a bola na área, a defesa brasileira ficou parada e deu liberdade para o atacante Simeone chegar em velocidade para bater cruzado e dar números finais ao marcador.

Salas Lilás vão atender mulheres vítimas de violência no interior


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O governo federal lançou nesta terça-feira (25) uma política nacional para padronizar, criar e expandir as chamadas Salas Lilás, de atendimento e promoção dos direitos das mulheres e meninas vítimas de violência.

Encabeçado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), em parceria com o Ministério das Mulheres, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), bancada de parlamentares femininas no Congresso Nacional e governos estaduais e municipais, a medida pretende capilarizar e interiorizar o acesso à Justiça para essa população, em um país onde os números da violência de gênero seguem alarmantes.

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“O mais importante da Sala Lilás é o fato de que ela pode chegar em municípios pequenos que não tenham tantos recursos, e onde as delegacias especializadas e a Casa da Mulher Brasileira não vão chegar”, explicou a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves (foto), durante evento de lançamento do projeto, em Brasília.

As Salas Lilás poderão ser instaladas em delegacias, unidades de perícia criminal e outras unidades do sistema de Justiça. A medida integra o programa Antes que Aconteça, que apoia, desenvolve e estrutura políticas de acesso à Justiça para mulheres.

“Enquanto não promovermos a igualdade total entre homens e mulheres, não tivermos o feminicídio zero e cessação absoluta da violência contra a mulher, nós não poderemos construir um país mais justo, fraterno e solidário”, afirmou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, durante evento.

Na ocasião, ele assinou a portaria de criação do programa Sala Lilás, que agora poderá ter adesão de estados e municípios.

Expansão

A primeira unidade do projeto foi inaugurada na semana passada, em João Pessoa. Outras 52 salas serão construídas em municípios paraibanos nos próximos meses, a partir de um convênio assinado entre os governos federal e estadual, ao custo de R$ 18 milhões no total.

Outros estados já estão assinando convênio com o MJSP para a mesma finalidade.

“Vamos começar a adesão com os estados. Hoje, 10% do Fundo Nacional de Segurança Pública é direcionado para políticas de enfrentamento à violência contra a mulher. Então, os estados podem fazer essa solicitação a partir do desenho desse projeto das diretrizes nacionais para conseguir recursos fundo a fundo”, explicou Sheila de Carvalho, secretária nacional de Acesso à Justiça do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

“Não é necessariamente uma política cara, é uma política que necessita do compromisso dos estados federativos no atendimento, para serem implementados”, acrescentou.

A estrutura das Salas Lilás é mais simplificada do que aquela oferecida pelas delegacias especializadas e pelas Casas da Mulher Brasileira, que estão presentes, em sua maioria, nas grandes cidades e regiões metropolitanas.

Mesmo assim, o atendimento especializado deve incluir acolhimento psicológico, acesso à Justiça e acompanhamento de saúde.

Novos protocolos nacionais

Além da portaria que define o projeto das Salas Lilás, o Ministério da Justiça lançou novas edições de três cadernos de referência.

Um deles é o Protocolo Nacional de Investigação e Perícias nos Crimes de Feminicídio, que atualiza práticas consideradas eficazes e mais qualificadas para os profissionais de segurança pública no atendimento especializado às mulheres vítimas de violência.

Também foi atualizado o caderno temático que trata da padronização nacional das Patrulhas Maria da Penha, focado na capacitação de polícias militares e guardas civis municipais para o trabalho de prevenção e resposta qualificada em casos de violência doméstica e familiar.

Outro documento lançado nesta terça foi a versão atualizada da norma técnica de padronização das Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (Deams), para incluir, segundo o MJSP, os avanços legislativos e diretrizes para qualificar o atendimento às mulheres vítimas de violência.

A atualização, segundo a pasta, “inclui a perspectiva de gênero e interseccionalidade, parâmetros para a capacitação profissional e diretrizes para um atendimento humanizado e não revitimizante, além do fortalecimento da integração com a rede de proteção. Também incentiva o uso de soluções digitais para ampliar o acesso das mulheres aos serviços especializados”.

Todas as ações, de acordo com o governo, atendem a normas internacionais, como a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher e a Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher.

SP: desigualdade na saúde concentra nas zonas norte e leste


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A distribuição de equipamentos de saúde desigual na cidade de São Paulo influencia indicadores importantes para a qualidade de vida da população, e afeta as regiões mais periféricas da cidade e bolsões de pobreza no centro, aponta estudo da Rede Nossa São Paulo.

A análise, que compõe um recorte específico do Mapa da Desigualdade,  ferramenta pensada pela organização para auxiliar gestores públicos e sociedade civil a identificar prioridades é construída a partir de levantamento de dados oficiais em diferentes áreas. O conjunto divulgado hoje se debruça sobre cinco indicadores da área da saúde: mortalidade materna, mortalidade infantil, incidência de dengue, tempo médio para consultas na atenção primária e mortalidade por doenças do aparelho respiratório. Esta divisão retrata o desenvolvimento destes indicadores nos 96 distritos da cidade.

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Agregados, os dados mostram que as Regiões Norte e Leste são as mais carentes de serviços públicos e infraestrutura em saúde, principalmente nas áreas mais próximas das divisas ao norte, com outros municípios da região metropolitana como Cajamar, Caieiras e Mairiporã, e da região leste, como Guarulhos, Itaquaquecetuba, Poá e Ferraz de Vasconcelos. Via de regra bairros mais centrais tem melhores indicadores, o que não ocorre, porém, na região do Pari e Brás, há décadas marcadas por ocupações e cortiços e que atraem a população pela proximidade com áreas de comércio popular.

Os dados refletem o distrito de residência da pessoa. No topo do ranking aparecem os distritos do Itaim Bibi, Pinheiros e Moema. Na outra ponta, Ponte Rasa, São Miguel e Pari. O ranking considera sete indicadores: idade média ao morrer e gravidez na adolescência (já divulgados anteriormente) e os cinco que estão sendo publicados nesta fase.

“O resultado que a gente tem é uma coisa muito contundente, né, no sentido de que certas regiões da cidade são grandes manchas vermelhas que mostram o pior desempenho dessas regiões, daqueles temas, e que estão concentradas nas áreas mais periféricas da cidade. Então, por mais que não seja no extremo sul, no extremo leste da cidade, mas é nas áreas mais periféricas onde esses problemas se concentram”, explicou Igor Pantoja, coordenador de Relações Institucionais da Rede Nossa São Paulo e do Instituto Cidades Sustentáveis.

Pantoja aponta ainda que algumas regiões tem desequilíbrios específicos, em alguns indicadores, enquanto apresentam resultados positivos em outros. O distrito Jaguara, por exemplo, é aquele com maior incidência de casos de dengue, porém não tem registro de Mortalidade Materna. Os dados completos podem ser consultados diretamente no site da Rede.

Questionada sobre as desigualdades, a Secretaria Municipal de Saúde informou que foram entregues 93 equipamentos de saúde desde 2021, e que há 1.055 unidades municipais de saúde distribuídas por toda a cidade. 

Segundo a pasta ” todas as UBSs atendem demandas espontâneas, servindo como porta de entrada do sistema de saúde”. A gestão destacou também o aumento de Unidades de Pronto Atendimento, de 3 para 33 nos últimos quatro anos, e a transformação de 12 dos 17 Hospitais Dia em unidades de atendimento 24 horas, capazes de realizar cirurgias de baixa e média complexidade.

*Com participação de Daniel Melo, da TV Brasil