Tatiana Weston-Webb fará pausa na carreira para cuidar da saúde mental


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A brasileira Tatiana Weston-Webb anunciou nesta quinta-feira (27) que vai se afastar das competições de surfe até o final deste ano para cuidar da saúde mental. Ela publicou um vídeo nas redes sociais em que explica os motivos para tomar a decisão. Tati atualmente ocupa a 17ª posição no ranking da Liga Mundial de Surfe (WSL, na sigla em inglês) após as três primeiras etapas do circuito mundial.

“Nos últimos tempos, depois de dois ciclos Olímpicos e dez anos no circuito mundial sem perder nenhum evento, eu senti um pouquinho de desgaste emocional e físico. Eu percebi esses sinais e realmente precisava olhar com mais atenção pra minha saúde emocional”, afirmou Tatiana. Ela disse que cuidar do seu próprio bem-estar é essencial para honrar a paixão que tem pelo surfe e continuar competindo em alto nível no futuro. A surfista disse que, junto com sua psicóloga, identificou sinais indicativos de desgaste emocional e físico, que poderiam resultar em burnout – uma síndrome de esgotamento profissional, normalmente causada por excesso de trabalho.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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A surfista disse acreditar que é importante falar sobre a saúde mental e emocional no esporte.

“Mostrar vulnerabilidade não nos torna menos fortes. Pelo contrário, nos torna mais humanos e mais conectados. E também nos possibilita alcançar nosso melhor potencial dentro e fora das competições.” 

Ao fim do relato, a surfista de 28 anos finalizou: “A pausa não é o fim, mas um recomeço. Sei que com apoio de todos voltarei ao mar mais forte”.

No ano passado, Tati Weston-Webb conquistou a prata nos Jogos de Paris, a primeira medalha para o surfe feminino do país. A surfista é filha de mãe brasileira e pai britânico. Nasceu em Porto Alegre, mas se mudou com os pais para o Havaí (Estados Unidos) ainda muito pequena. Cresceu na ilha de Kauai e defendia o Havaí nas competições de surfe. Mas em 2018 resolveu defender as cores do Brasil. Tati é uma das principais surfistas mulheres do Campeonato Mundial de Surfe. No ano passado, ela terminou o campeonato na terceira posição. 

Encontro em SP discute políticas urbanas para o manejo das águas


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A Rede Brasileira de Institutos de Planejamento (InRede) começou nesta quinta-feira (27) o encontro “A Cidade e suas Águas”. Destacando o centenário da Represa Billings, que completa 100 anos hoje, o evento discute estratégias de uso sustentável de áreas de mananciais e de integração dos corpos d’água, como rios e lagos,  no cotidiano urbano, com equipamentos como parques e terminais de barcas. O evento também debate estratégias de ampliação de saneamento básico.

O 10º Encontro da InRede tem apoio da prefeitura de São Paulo e o objetivo de discutir soluções em políticas públicas para a integração de equipamentos e serviços aos recursos hídricos. As atividades irão até o dia 29, sábado, e conta com representantes do Ministério das Cidades e de diversas prefeituras e estados.

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Em discurso na abertura do encontro, a secretária municipal de Urbanismo e Licenciamento da capital paulista, Bete França, alertou para os recentes desastres em cidades como Porto Alegre e Manaus, e pontuou o esforço de todos os integrantes do InRede em compartilhar conhecimento para evitar que novos desastres aconteçam. “Vamos reforçar cada vez mais a InRede, porque sem o planejamento urbano não tem vida nas cidades, não tem vida digna nas cidades”, disse a secretária.

Presente no evento, o cônsul adjunto da Alemanha, Joseph Weiss, destacou que o Brasil é uma referência global para o desenvolvimento urbano, “especialmente quando se trata deste conjunto de processos participativos em urbanizações em contextos incertos e desafiadores”. O país europeu participa de uma iniciativa conjunta com o Ministério das Cidades, o projeto Cidade Presente – Desenvolvimento Urbano Sustentável (DUS), lançado hoje com o objetivo de integrar esforços de planejamento na área.

A programação contou ainda com mesas de debates sobre gestão da água em áreas urbanas e boas práticas de planejamento urbano, apresentando experiências bem-sucedidas de cidades como Manaus, São Paulo, São Luís, Curitiba, Campo Grande, Fortaleza, Santo André, Niterói e Recife. 

As atividades continuam na sexta-feira (28) com painéis realizados no Auditório da SP Urbanismo, no Edifício Martinelli e termina no sábado (29), com visita técnica ao Cantinho do Céu, projeto de urbanização da Secretaria Executiva do Programa Mananciais.

Billings

A Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae) iniciou o plantio das 100 mil mudas de árvores nativas para criar um novo corredor ecológico de 100 quilômetros de extensão em pontos do Rio Pinheiros e do Reservatório Billings, em evento que comemora o centenário do reservatório.  As ações também contemplam mutirões de limpeza e atividades educativas, como jogos, filmes e montagem de terrário, além de palestras de educação ambiental por instituições parceiras da Emae que atendem pessoas das comunidades do entorno do reservatório, como Centros para Crianças e Adolescentes.

Haddad diz que ajuda a setor de eventos acaba neste mês


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Apesar de pressões do Congresso, a ajuda ao setor de eventos acabará neste mês, e as empresas deverão voltar a recolher tributos em abril, disse nesta quinta-feira (27) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O ministro negou qualquer discussão para prorrogar o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), criado durante a pandemia de covid-19.

No início do ano passado, o Congresso aprovou a extensão do Perse até o limite de R$ 15 bilhões para as desonerações. Há duas semanas, o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, afirmou, em audiência na Comissão Mista de Orçamento do Congresso, que os recursos acabam neste mês.

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“Todos concordam que o Perse acaba com R$ 15 bilhões. Ocorre que as informações prestadas pelas empresas vão até janeiro, e as projeções indicam que esses valores, até março, vão chegar a R$ 16 bilhões. Então, o que nós convencionamos? As empresas passam a recolher a partir de abril”, declarou Haddad.

“Se deixássemos o programa seguir, ele ia atingir R$ 18 bilhões, R$ 19 bilhões [até o fim do ano]. Então, ele tem que parar”, acrescentou.

Haddad reiterou que, a partir de abril, as empresas beneficiadas pelo Perse terão de pagar alíquota cheia dos tributos federais desonerados pelo programa: Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins).

Auditoria

Segundo o ministro, o governo assumiu o compromisso apenas de dar transparência aos números e auditar os gastos tributários (quanto deixou de arrecadar) com o Perse. A auditoria será feita com base da Declaração de Incentivos, Renúncias, Benefícios e Imunidades de Natureza Tributária (Dirbi), criada no ano passado para que as próprias empresas declarem os benefícios fiscais à Receita Federal.

Como as empresas têm 60 dias para preencherem a Dirbi, os benefícios tributários de março só deverão ser conhecidos no fim de maio. Haddad afirmou que o governo poderá reabrir o Perse apenas se a auditoria confirmar que as renúncias fiscais ficaram abaixo de R$ 15 bilhões, mas o ministro disse que isso dificilmente acontecerá porque as próprias projeções da Receita indicam que o valor final pode ficar em R$ 16 bilhões.

O ministro foi enfático ao negar qualquer possibilidade de prorrogação do programa.

“Ninguém mais está discutindo e nem pretende rediscutir o acordo que foi firmado na residência oficial do então presidente da Câmara, que era o Arthur Lira. Ninguém está propondo rediscussão, reabertura do Perse, nada disso. O que foi pactuado foi a auditoria dos números depois das informações prestadas pelas empresas. Não há outra coisa a não ser essa auditagem”, afirmou.

Criado em maio de 2021 para ajudar empresas que dependem da circulação de público afetadas pela pandemia de covid-19, o Perse beneficia os seguintes setores:

  • Hotelaria
  • Restaurantes e similares
  • Bares e similares
  • Bufês
  • Aluguel de equipamentos recreativos, esportivos, de palcos
  • Cinemas
  • Teatro, musicais e espetáculos de dança

Com a expectativa do fim do Perse, a Frente de Comércio e Serviços (FCS) pediu a manutenção do programa com um redutor de 80% até o fim deste ano e de 50% até o fim de 2026, quando originalmente estava prevista a extinção do programa pela lei que o criou. A entidade mobiliza parlamentares para tentar a prorrogação da ajuda.

Metade das vítimas de mortes violentas consumiu substância psicoativa


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Estudo da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) mostra que 50,1% das pessoas vítimas de mortes violentas no Brasil consumiram, ao menos, uma substância psicoativa horas antes do óbito. 

A pesquisa Investigação do uso de álcool e drogas ilícitas entre vítimas de mortes violentas: estudo de base populacional sobre a relação entre o consumo de substâncias e mortes por causas externas nas cinco regiões do Brasil faz parte do Projeto Tânatos, realizado por meio de convênio entre a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos do Ministério da Justiça e Segurança Pública e a Universidade de São Paulo (USP).

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Das 4.174 amostras de sangue post mortem [depois da morte] coletadas para o estudo, 26,7% deram positivo para cocaína; 26,2% para álcool; 7,2%, para benzodiazepínicos – medicamentos hipnóticos e ansiolíticos; e 1,9%, para cannabis [maconha]. Parte das pessoas estava com mais de um tipo de substância psicoativa no sangue. A coleta foi realizada entre fevereiro de 2022 e maio de 2024.

Vítimas

O levantamento examinou amostras de 2.430 vítimas de homicídios, 524 de sinistros viários, 330 de suicídios, 52 de intoxicações, 264 de outras causas e 601 de causas indeterminadas. 

Segundo a pesquisa, a maioria significativa das vítimas de morte violenta (86%) era de homens, com idade média de 33 anos; 72% das vítimas eram pardas; e a maior parte dos óbitos ocorreu à noite (51,6%) e nos fins de semana (36,3%).

O levantamento mostra, ainda, que o consumo de cocaína aumentou três vezes o risco de morte por homicídio; a ingestão de álcool dobrou a probabilidade de mortes em acidentes de trânsito; e os usuários de benzodiazepínicos apresentaram quatro vezes mais riscos de suicídio.

Nos casos de suicídios, 29,4% das amostras deram positivo para álcool; 21,2% para cocaína; 20,3%, para benzodiazepínicos; e 0,6% para cannabis.

Nos acidentes de trânsito, a maioria deu positivo para álcool (38%); 9,9% para cocaína; e 4,4% para benzodiazepínicos; não houve registro significativo de amostras com cannabis

Nos homicídios, 36% das amostras das vítimas deram positivo para cocaína; 26,4% para álcool; 4,8% para benzodiazepínicos e 3,2% para cannabis.

“A expectativa é que os resultados do Projeto Tânatos contribuam para a formulação de políticas públicas e iniciativas que levem em consideração as especificidades sociais e culturais de cada região, com o objetivo de minimizar os impactos sociais, econômicos e sanitários associados à morbimortalidade decorrente do consumo de substâncias psicoativas”, destacou o pesquisador da FMUSP responsável pelo projeto; Henrique Silva Bombana.

Dólar sobe para R$ 5,75 após imposição de tarifas de Trump


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Em meio aos reflexos da sobretaxação em 25% das importações de veículos pelo governo de Donald Trump, o dólar voltou a ficar acima de R$ 5,75, em um dia negativo para moedas latino-americanas. Na contramão das bolsas norte-americanas, a bolsa brasileira subiu pelo terceiro dia seguido e atingiu o maior nível desde outubro.

O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (27) vendido a R$ 5,752, com alta de R$ 0,019 (+0,34%). A cotação chegou a R$ 5,77 por volta das 10h20, operou próxima de R$ 5,73 na maior parte da tarde, mas acelerou perto do fim das negociações.

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Mesmo com a alta dos últimos dois dias, a moeda norte-americana cai 2,77% em março. Em 2025, o recuo chega a 6,81%.

O mercado de ações teve um dia mais otimista. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 133.149 pontos, com alta de 0,47%. No maior nível desde 2 de outubro, o indicador foi puxado por ações de petroleiras, mineradoras e exportadoras de carne.

A bolsa brasileira foi na contramão do mercado de ações norte-americano. Após a imposição de tarifas de 25% sobre a importação de todos os veículos pelo governo Trump, as ações de montadoras de veículos caíram significativamente na bolsa de Nova York, empurrando para baixo as bolsas nos Estados Unidos.

A decisão de Trump impactou as moedas latino-americanas, que se desvalorizaram, na contramão das principais moedas do planeta. A expectativa de que a exportação de minério de ferro, aço e cobre, componentes usados nos veículos, caia influenciou as moedas de países exportadores de metais, como o Brasil.

No caso da bolsa de valores, fatores internos ajudaram a conter o pessimismo internacional. A divulgação de que a prévia da inflação oficial desacelerou em março  beneficiou o mercado de ações brasileiro. Isso porque uma inflação abaixo do previsto pode fazer o Banco Central aumentar os juros menos que o esperado, estimulando o consumo.

*Com informações da Reuters

Reajuste de servidores federais será pago em maio, garante governo


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O governo federal confirmou nesta quinta-feira (27) que o reajuste salarial dos servidores públicos, que dependia da aprovação do Orçamento Geral da União de 2025, será incluído na folha de abril, com pagamento a ser efetivado em maio.

A Medida Provisória (MP) 1.286, que consolidou os reajustes salariais de diversas categorias, negociados ao longo do ano anterior, será prorrogada no dia 2 de abril, por mais 60 dias. Mesmo assim, o governo enviará um projeto de lei (PL) para substituir a MP. 

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Enquanto o PL não é aprovado, a MP continua surtindo efeito, informou o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, em nota.  

Ocupantes de funções e de cargos comissionados também foram contemplados pela medida, mas são válidos a partir de 1º de fevereiro, e não de 1º de janeiro.

A Lei Orçamentária Anual foi aprovada na semana passada pelo Congresso, e aguarda ainda a sanção presidencial para entrar em vigor, o que deve ocorrer nas próximas semanas.

O reajuste dos servidores será pago de forma retroativa a janeiro, ou seja, incluindo as diferenças salariais que já deveriam estar sendo pagas desde o começo do ano.

“Dado o prazo para sanção da LOA, e os procedimentos necessários para operacionalizar a folha de pagamentos, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos e os demais órgãos da administração federal estão adotando todos os procedimentos para realizar o pagamento do salário de abril e dos salários retroativos no dia 2 de maio”, disse a pasta.

BC ainda não considerou impactos do consignado para CLT, diz Galípolo


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O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, disse hoje (27) que os possíveis impactos da medida que ampliou o crédito consignado para celetistas ainda não foram considerados nas projeções da autoridade monetária. A afirmação foi feita durante entrevista para apresentação do Relatório de Política Monetária do primeiro trimestre.

“A gente não considerou ainda, nas nossas projeções, o impacto do consignado privado. Temos visto, desde o lançamento, estimativas variadas de como será o impacto. Há muita dúvida sobre quanto isso representa um fluxo novo de crédito ou uma substituição de dívida antiga por nova, e sobre como isso vai se desdobrar no tempo”, disse.

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Criado por medida provisória no último dia 12, o Programa Crédito do Trabalhador na Carteira Digital de Trabalho abrange empregados da iniciativa privada com carteira assinada, incluindo empregados domésticos, trabalhadores rurais e contratados por microempreendedores individuais (MEI). 

A medida, segundo o governo, tem o potencial de oferecer crédito menos caro a até 47 milhões de pessoas.

De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego, foram registradas 64.718.404 simulações e 8.704.759 pedidos de crédito. Até as 17h desta terça-feira (25), 48.170 pessoas contrataram R$ 340,3 milhões em empréstimos pela nova modalidade de crédito consignado para trabalhadores da iniciativa privada. O valor médio ficou em R$ 7.065,14 por trabalhador, com prazo médio de 21 meses divididos em parcelas de R$ 333,88.

Na avaliação do presidente do BC, a iniciativa tende a responder mais a uma questão estrutural da oferta de crédito, do que uma medida conjuntural, “tendo a ver como uma agenda mais antiga de substituir crédito de alto custo para baixo custo”, ressaltou.

Relatório

No documento divulgado nesta quinta-feira, o BC reduziu a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil de 2,1% para 1,9% em 2025. Ainda de acordo com o BC, a projeção de inflação para o ano cai para 5,01%, ainda fora do intervalo da meta.

No documento, o BC cita o forte crescimento da economia em 2024, de 3,4%. Na avaliação do BC, a economia aquecida favorece a alta da inflação, dificultando a convergência para a meta. A inflação acumulada em doze meses, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), aumentou de 4,87% em novembro para 5,06% em fevereiro.

A meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN)do BC é de 3%, podendo varia 1,5% para mais ou menos. O documento diz que as projeções de inflação se mantiveram acima da meta, tornando a “convergência para a meta desafiadora”. O BC sinalizou que só vê a inflação perto da meta no segundo semestre de 2027.

“O BC sabe que, no curto prazo, a gente vai conviver com uma inflação acima da meta”, afirmou Galípolo.

Na semana passada, o BC aumentou a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 1 ponto percentual, para 14,25% ao ano.

Em comunicado, o Comitê de Política Monetária (Copom) afirmou que as incertezas externas, principalmente pela política comercial do país, suscitam dúvidas sobre a postura do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano).

Em relação ao Brasil, o texto informa que a economia brasileira está aquecida, apesar de sinais de moderação no crescimento. Em relação às próximas reuniões, o Copom informou que elevará a Selic “em menor magnitude” na reunião de maio

“Você vai estar com uma taxa de juros caminhando para um patamar elevado e com uma inflação rodando acima da meta”, acrescentou o presidente do BC.

Cidade de São Paulo antecipa vacinação contra gripe para sexta


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Após receber as primeiras doses da vacina contra a gripe, a prefeitura de São Paulo decidiu antecipar a campanha de vacinação na capital. Com isso, o público-alvo que vive na cidade poderá se proteger contra a doença a partir desta sexta-feira (28), antes do calendário nacional estabelecido pelo Ministério da Saúde, que prevê o início da vacinação para o dia 7 de abril.

Por enquanto, a cidade recebeu 267,7 mil doses do imunizante, que foram distribuídas para as unidades básicas de saúde (UBSs) e para as assistências médicas ambulatoriais AMAs integradas da rede.

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Em entrevista coletiva concedida na manhã desta quinta-feira (27) na capital paulista, o secretário estadual da Saúde de São Paulo, Eleuses Paiva, informou que o governo de São Paulo já recebeu o primeiro lote de vacinas enviadas pelo Ministério da Saúde, que foram, então, distribuídas para os 645 municípios do estado, entre eles a capital. 

“O estado de São Paulo já recebeu o primeiro lote com 1 milhão de doses, que já foram distribuídas em todo o nosso território [paulista]. Orientamos os municípios que comecem já e antecipem a campanha de vacinação. Nós estamos pedindo para antecipar a vacinação no estado”, disse hoje (27) o secretário estadual da Saúde de São Paulo, Eleuses Paiva.

A meta do Ministério da Saúde é imunizar 90% dos chamados grupos prioritários para a vacinação contra a doença. Ao receber a primeira remessa de doses destinada ao Distrito Federal na sexta-feira passada (21), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou que, além de proteger contra um total de três vírus do tipo influenza, a vacina garante uma redução do risco de casos graves e óbitos provocados pela doença.

Padilha afirmou que estados e municípios que receberem as doses ao longo dos próximos dias podem optar por iniciar a vacinação antes do dia 7, como São Paulo anunciou nesta quinta-feira. No Distrito Federal, por exemplo, a imunização deve começou na última terça (26).

Grupos prioritários para vacinação contra a gripe:

  • Idosos com 60 anos ou mais;
  • Crianças de 6 meses a menores de 6 anos;
  • Gestantes e puérperas; 

Também podem se vacinar:

  • Povos indígenas e quilombolas;
  • Pessoas em situação de rua;
  • Pessoas com crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais;
  • Trabalhadores de saúde e da educação;
  • Profissionais das forças de segurança, salvamento e Forças Armadas;
  • Pessoas com deficiência permanente;
  • Caminhoneiros e trabalhadores de transporte coletivo;
  • Trabalhadores portuários;
  • Trabalhadores dos correios;
  • População e os funcionários do sistema prisional.

Vacina atualizada

A vacina contra a gripe é produzida pelo Instituto Butantan. Até o final de abril, o instituto irá encaminhar 67 milhões de doses ao Ministério da Saúde, atualizadas para prevenir contra as cepas do vírus influenza A/Victoria (H1N1), A/Croácia (H3N2) e B/Áustria (linhagem Victoria), que são as mais incidentes no Hemisfério Sul neste ano.

Além desses lotes, entre agosto e setembro, o Instituto enviará uma nova remessa com 5,9 milhões de doses ao ministério, que serão encaminhadas aos estados do Norte, onde a campanha de vacinação é realizada no final do ano, levando em consideração as particularidades do início do inverno amazônico.

Segundo Esper Kallás, diretor do Instituto Butantan, até este momento, já foram encaminhadas cerca de 40 milhões de doses desse imunizante ao Ministério da Saúde. “Tem uma solicitação do ministério para a produção de 72 milhões de doses [desse imunizante]. A gente já entregou 39 milhões, quase 40 milhões de doses”, disse ele.

“É uma vacina de dose única. Primeiro deve se imunizar a população de maior vulnerabilidade, mas é muito importante que todo mundo acima de 60 anos procure um posto para se vacinar contra a gripe”, reforçou Kallás a jornalistas, na manhã desta quinta (27). “Também é importante que mulheres grávidas, pessoas com outros problemas de saúde que os tornam mais vulneráveis, pois têm uma doença mais grave, e também crianças pequenas tomem o imunizante”, acrescentou.

 

Letalidade por vírus respiratório em idosos chega a 25% em dez anos


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Apesar de ter mais incidência em crianças pequenas, a infecção por vírus sincicial respiratório (VSR) também pode ser grave em idosos, com maior risco de morte. De 2013 a 2023, a letalidade nesse grupo foi de quase 26%, de acordo com levantamento feito por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), da Universidade Federal de Santa Catarina, da farmacêutica GSK e da empresa de informação em saúde IQVIA.

Os dados da pesquisa mostram que 71,5% dos pacientes que morreram tinham pelo menos uma comorbidade, entre as quais as mais comuns foram as doenças cardiovasculares, seguidas pelo diabetes e pelas doenças pulmonares. A proporção foi semelhante à de todos idosos internados, independentemente do desfecho: 64,2% já tinham alguma condição cardíaca, 32% tinham diabetes e 26,5%, alguma pneumopatia.

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“Este é um vírus que causa um processo inflamatório intenso, e o paciente cardiopata tem dano direto. Um estudo com pacientes na Inglaterra revelou que pacientes saudáveis que se infectaram com o vírus tiveram miocardite, que é a inflamação do coração. Com o VSR, o paciente que já tem insuficiência cardíaca descompensa, o aporte de oxigênio diminui, e ele tem que fazer muito mais força pra bombear aquele coração, que já é doente. Pessoas com doença arterial coronariana, que têm risco de infartar, tiveram três vezes mais risco depois de uma infecção”, explica a infectologista da GSK Lessandra Michelini, uma das autoras do estudo.

Em números absolutos, a infecção por VSR em idosos parece um problema menor, já que apenas 3.348 internações nessa faixa etária foram registradas por unidades públicas ou privadas no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe, durante este período de dez anos. Lessandra explica que a testagem para o vírus sincicial só começou a ser feita de forma mais recorrente a partir de 2017, mas até hoje muitos adultos com a doença passam despercebidos.

“A criança tem uma carga viral em orofaringe maior, então é mais fácil o exame diagnosticar o vírus no swab. Já o adulto precisa estar muito no início da infecção para ter uma carga viral alta. E quando ele tem sintomas como febre, geralmente ele fica em casa por uns 3 ou 4 dias, esperando melhorar, antes de procurar o hospital. A não ser que ele já comece muito grave e precise se internar. Aí tem chance maior de fazer o exame”, complementa Lessandra.

Mesmo assim, a pesquisa mostrou que a taxa de hospitalização passou de 0.3 para 2.1 de 2013 a 2023, sete vezes maior. Além disso, 32.6% dos pacientes tiveram que ficar em unidade de terapia de intensiva e quase 70% precisaram de suporte respiratório.

Vacinação

O VSR pode ser prevenido com vacinação, mas por enquanto as duas opções autorizadas para uso em idosos no Brasil só estão disponíveis na rede privada: a Arexvy, produzida pela GSK, e a Abrysvo, da Pfizer.

O Ministério da Saúde anunciou a incorporação da Abrysvo no Sistema Único de Saúde (SUS) a partir do segundo semestre deste ano, mas apenas para gestantes, com o objetivo de proteger os recém-nascidos. À época do anúncio, o governo informou que está estudando ampliar a imunização também para grupos específicos de idosos, mas sem estimar prazo.

Estudo recente feito pela GSK para avaliar a eficácia da Arexvy ao longo de três temporadas de circulação do VSR identificou que a vacina teve cobertura de 82,6% contra infecções e de 94% contra casos graves no primeiro ano e que a proteção acumulada ao longo de 31 meses foi de 62,9%. 

Os dados provêm do acompanhamento de cerca de 25 mil idosos vacinados em 17 países. 

STF tem maioria para negar recurso e tornar Léo Índio réu


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A maioria da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) votou para rejeitar recurso e confirmar a decisão que tornou réu Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Léo Índio. Ele é primo dos três filhos mais velhos do ex-presidente Jair Bolsonaro

Até o momento, os ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Flávio Dino seguiram o voto do relator, ministro Alexandre de Moraes, formando maioria pela rejeição do recurso da defesa, que queria impedir a abertura de ação penal. O ministro Luiz Fux tem até o fim desta sexta-feira (28) para votar. 

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No recurso, a defesa de Léo índio insistiu que o Supremo não é a instância competente para processar o caso, uma vez que ele não tem foro privilegiado. Os ministros da Primeira Turma voltaram a rejeitar o argumento. 

Léo Índio foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por ter participado do ato antidemocrático de 8 de janeiro de 2023. Segundo a denúncia, ele próprio publicou imagens em suas redes sociais em meio à invasão de prédios públicos. 

Numa das publicações, ele aparece sobre o prédio principal do Congresso Nacional, onde ficam as cúpulas do edifício. Em outra, surge perto da sede do Supremo Tribunal Federal (STF). Para a PGR, isso prova a participação dele na invasão e depredação dos edifícios. 

>>STF torna Léo Índio réu pelos atos de 8 de janeiro


Brasilia (DF) 08/01/2023 - Golpistas invadem prédios públicos na praça dos Três Poderes.  Na foto,  vândalos com as grades de ferro que protegiam o acesso ao prédio do STF.

Brasilia (DF) 08/01/2023 – Golpistas invadem prédios públicos na praça dos Três Poderes. Na foto, vândalos com as grades de ferro que protegiam o acesso ao prédio do STF. – Joedson Alves/Agencia Brasil

A PGR imputou cinco crimes a Léo Índio: tentativa de golpe de Estado; abolição violenta do Estado Democrático de Direito; associação criminosa; dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União; deterioração de patrimônio tombado da União.

Por unanimidade, a denúncia contra Léo Índio foi recebida em fevereiro pela Primeira Turma. Com a decisão, ele se torna réu. Com a rejeição do recurso, o Supremo deve agora abrir uma ação penal, em que defesa e acusação poderão apresentar testemunhas e pedir a produção de provas. Somente ao final da instrução processual que os ministros devem decidir se condenam ou absolvem o acusado. 

Em um vídeo divulgado na quarta-feira (26) pela rádio Massa FM, do interior do Paraná, Léo Índio disse ter ido para a Argentina há mais de 20 dias, pouco depois da denúncia ser aceita pelo Supremo, para escapar do chamou de “perseguição política” contra ele.