Morre, no Rio, o músico Bida Nascimento


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O músico e ator Abdias Nascimento Filho, mais conhecido como Bida Nascimento, morreu na madrugada desta quinta-feira (27), aos 71 anos.

Bida, filho do escritor e ativista Abdias Nascimento e da atriz Léa Garcia, estava internado no Hospital Badim, no Maracanã, bairro do Rio de Janeiro, vítima de um acidente vascular cerebral (AVC).

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Bida era contrabaixista e teve uma longa história na música e na defesa da cultura afro-brasileira.

Há duas semanas, o empresário Marcelo Garcia, irmão de Bida, vinha buscando ajuda através de uma campanha nas redes sociais para doação de sangue destinada ao músico.

AVC

De acordo com Marcelo, Bida foi submetido a cinco internações ao longo de três meses e perdeu a visão após o AVC. O acidente aconteceu dias antes do carnaval.

Ele foi levado para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, sendo depois transferido para o Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital Badim, em estado grave, com insuficiência respiratória, cegueira e sangramento intestinal.

Os administradores da página da rede social de Léa Garcia, que morreu aos 90 anos em 2023, prestaram uma homenagem ao artista.

A informação foi publicada pelo perfil de Léa Garcia no Instagram. 

“Abdias do Nascimento Filho, nosso querido Bida, nos deixou hoje. Voltaremos para trazer mais informações, mas, no momento, pedimos que orem por ele”, escreveram.

Bida morava no Retiro dos Artistas, em Jacarepaguá, no Rio, e deixa um filho. O horário e local do velório e o enterro de Bida ainda não foram divulgados pela família.

Fundos de pensão não poderão investir em criptoativos

As entidades fechadas de previdência complementar, categoria que engloba os fundos de pensão, não poderão investir em criptoativos e outros ativos virtuais, definiu nesta quinta-feira (27) o Conselho Monetário Nacional (CMN). O órgão aprovou as novas diretrizes para os investimentos dos recursos garantidores dessas entidades.

Em nota, o Ministério da Fazenda informou que a proibição para os investimentos em ativos virtuais decorre do risco e da volatilidade desse tipo de instrumento. A resolução do CMN, no entanto, liberou outros tipos de investimento.

Os fundos de pensão poderão aplicar em Fundos de Investimento em Cadeias Agroindustriais (Fiagros) e em debêntures de infraestrutura. O setor pedia autorização para esse tipo de investimento, mas a aplicação não será imediata. Isso porque o CMN determinou que os projetos que podem receber recursos dos fundos de pensão devem obedecer a critérios de sustentabilidade econômica, ambiental, social e de governança dos investimentos. Esses critérios serão regulamentados posteriormente.

Imóveis e terrenos

Na reunião desta quinta-feira, o CMN acatou parcialmente o pedido dos fundos de pensão e suspendeu a obrigatoriedade da venda de terrenos e imóveis em suas carteiras. Em 2018, o CMN proibiu os fundos de pensão de comprar imóveis e terrenos diretamente por entender que as entidades de previdência complementar estavam com alta alocação em imóveis. Na ocasião, o Conselho Monetário também obrigou os fundos de pensão a vender imóveis e terrenos até 2030.

O CMN, no entanto, contrariou o pedido dos fundos de pensão para comprar imóveis e terrenos diretamente. As entidades fechadas de previdência complementar só poderão adquirir imóveis indiretamente, por meio de fundos de investimentos imobiliários (FII), certificados de recebíveis imobiliários (CRI) e cédula de crédito imobiliário (CCI), como fazem atualmente.

Fundos de participações

O CMN também restringiu as regras para investimentos em Fundos de Participações (FIP). Agora, até 10% dos recursos do plano de previdência complementar poderão ser aplicados em cotas de FIPs. Os fundos também não poderão aplicar em FIPs com mais de 40% das cotas em uma mesma classe, exceto nos 12 meses iniciais e nos 12 meses finais do investimento. O FIP também deve ser qualificado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) como entidade de investimento.

Segundo o Ministério da Fazernda, a proposta aprovada pelo CMN teve como base discussões realizadas no âmbito da Agenda de Reformas Financeiras, coordenada pela Secretaria de Reformas Econômicas da pasta.

O Conselho Monetário Nacional é formado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad; pelo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo; e pela ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.

Maioria do STF define que multa por crime ambiental é imprescritível

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria de votos para fixar que as multas aplicadas contra infratores ambientais são imprescritíveis. A questão é julgada no plenário virtual da Corte e será encerrada nesta sexta-feira (28).

Até o momento, a Corte registrou sete votos favoráveis ao entendimento. Além do relator, Cristiano Zanin, também votaram no mesmo sentido os ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Flávio Dino, Dias Toffoli, Edson Fachin e Luiz Fux.

Para Zanin, a reparação de danos ao meio ambiente é um direito fundamental e deve prevalecer em relação ao princípio de segurança jurídica.

O ministro também propôs uma tese para aplicação nos casos semelhantes que estão em tramitação no Judiciário em todo o país.

“É imprescritível a pretensão executória e inaplicável a prescrição intercorrente na execução de reparação de dano ambiental, ainda que posteriormente convertida em indenização por perdas e danos”, definiu Zanin.

O caso foi decidido em um recurso do Ministério Público Federal (MPF) para derrubar uma decisão da primeira instância que foi favorável à prescrição de multas ambientais após o prazo de cinco anos. A infração que motivou o julgamento ocorreu em Balneário Barra do Sul (SC).

A decisão contou com atuação da Advocacia-Geral da União (AGU). Para o órgão, os infratores ambientais têm o dever de arcar com os danos provocados ao meio ambiente.

“O reconhecimento da incidência da prescrição em tais casos significaria impor às gerações futuras o ônus de arcar com as consequências de danos ambientais pretéritos. Assim, temos que a imposição de prazos prescricionais em favor do interesse individual está em desacordo com a própria natureza do bem jurídico tutelado”, argumentou o órgão.

 

Ato no Rio homenageia memória de Rubens Paiva e torturados políticos


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Movimentos sociais e organizações de direitos humanos participaram nesta quinta-feira (27) do ato Ocupa Rubens Paiva: Tortura Nunca Mais, em frente ao o 1º Batalhão de Polícia do Exército do Rio de Janeiro, antiga sede do DOI-Codi.

O endereço foi um centro de prisão ilegal, tortura e morte durante a ditadura militar, implantada pelo golpe de 1964. No loval, presos políticos foram torturados e assassinados, entre eles, o engenheiro e parlamentar Rubens Paiva.

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O ato também lembra os 10 anos da inauguração do busto em homenagem a Rubens Paiva na praça Lamartine Babo, em frente ao prédio do Exército, pelo Sindicato dos Engenheiros do Estado do Rio (Senge-RJ) e pela Comissão Estadual da Verdade. 

“Esse foi um local de covardias, tortura e morte. Precisamos manter a memória do que houve, para que nunca mais ocorra novamente. Tivemos uma tentativa recente de golpe. O que mostra que temos sempre que estar atentos e mobilizados”, disse Olímpio Alves dos Santos, presidente do Senge-RJ.

Participaram do evento as entidades SOS Brasil Soberano, Clube de Engenharia, Levante Popular da Juventude, Frente Internacionalista dos Sem Teto, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, Grupo Tortura Nunca Mais, União de Negras e Negros pela Igualdade, União Brasileira de Mulheres, Associação Brasileira de Imprensa (ABI).

O ato também reforça pressão sobre o poder público para que a antiga sede do DOI-Codi seja transformada em um Museu da Memória, dedicado às vítimas da ditadura militar. O Iphan já se manifestou sobre o assunto, ao dizer que a prioridade do órgão em 2025 é o processo de tombamento do prédio. O posicionamento segue recomendação do Ministério Público Federal (MPF) para avançar no tombamento, que tramita no Iphan desde 2013.


Rio de Janeiro (RJ) 27/03/2025 - Joana D'Arc Fernandes Ferraz, membro do grupo Tortura Nunca Mais RJ - Ato “Ocupa Rubens Paiva: Tortura Nunca Mais”, em frente à antiga sede do DOI-Codi, onde Rubens  Paiva e outros 52 presos políticos foram torturados e assassinados durante a ditadura militar.
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Rio de Janeiro (RJ) 27/03/2025 – Joana D’Arc Fernandes Ferraz, membro do grupo Tortura Nunca Mais RJ Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Joana Ferraz, da diretoria colegiada do Grupo Tortura Nunca Mais/RJ, defende a transformação do espaço em museu. Ela também é historiadora e entende que essa memória precisa sempre ser revisitada.

O padrinho dela, o padre João Daniel de Castro Filho, foi torturado pelos militares junto com outros membros da paróquia que fazia parte. Ela teve de lidar com resistência dentro da própria família para resgatar essa memória e tornar um dos objetos de luta.

“Essa é uma história que me percorre desde sempre. E daí também o meu interesse em estudar melhor o tema. Minha mãe sempre falava que a gente não podia comentar o que se ouvia em casa. Esse silêncio me atordoava. Eu ficava pensando, ‘por que não pode falar?’ Eu tinha medo também. Mas a gente precisa de fato mexer melhor nesse passado brasileiro”, diz Joana.

O arquiteto espanhol Luis Zorraquino, que mora há 28 anos no Brasil, também precisa lidar com esse passado traumático. A companheira Estrella Bohadana, que morreu há dois anos, foi torturada mais de uma vez pelos militares no período da ditadura.

Estrella coordenava um movimento de trabalhadores da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em Volta Redonda, quando foi detida. Foi torturada em um batalhão de infantaria de Barra Mansa e depois no próprio DOI-Codi no Rio de Janeiro. Ela estava grávida e sofreu um aborto no Hospital do Exército.

“Ela passou pela tortura no pau de arara. Levou choque elétrico nos mamilos, ouvidos e vagina. Muita barbárie. E é por isso que estamos aqui, lembrando desses acontecimentos, e queremos homenagear todos os grandes revolucionários, especialmente Rubens Paiva e sua família”, diz Luis.

O silêncio sobre esse passado não é uma opção para Luis, que mesmo depois da perda da companheira continua ativo nos atos por memória e justiça. “Estrella me dizia que a tortura só pode ser entendia por quem a vive. E tortura dura a vida toda”.


Rio de Janeiro (RJ) 27/03/2025 - Luis Zorraquino, companheiro de Estrella  Bohadana torturada durante ditadura militar de 64. - Ato “Ocupa Rubens Paiva: Tortura Nunca Mais”, em frente à antiga sede do DOI-Codi, onde Rubens  Paiva e outros 52 presos políticos foram torturados e assassinados durante a ditadura militar.
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Rio de Janeiro (RJ) 27/03/2025 – Luis Zorraquino, companheiro de Estrella Bohadana torturada durante ditadura militar de 64. – Ato “Ocupa Rubens Paiva: Tortura Nunca Mais”, em frente à antiga sede do DOI-Codi, onde Rubens Paiva e outros 52 presos políticos foram torturados e assassinados durante a ditadura militar. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil – Tânia Rêgo/Agência Brasil

 

“Continuamos a acreditar em crescimento de mais de 2%”, diz Haddad


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Apesar de o Banco Central (BC) ter revisto para baixo a estimativa de crescimento da economia para este ano, o Ministério da Fazenda continua a acreditar em expansão de mais de 2% para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Nesta quinta-feira (27), o Relatório de Inflação do BC reduziu de 2,1% para 1,9%, a projeção para o crescimento do PIB em 2025.

“Não vi o relatório, mas nós continuamos com a previsão de crescimento da economia brasileira na forma da lei orçamentária, nós não revimos ainda o PIB, nós continuamos acreditando num crescimento acima de 2”, disse Haddad.

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Em fevereiro, a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda tinha revisado a projeção para o PIB de 2025 de 2,5% para 2,3%.

Segundo Haddad, tanto o BC como a SPE têm liberdade de traçar projeções. No entanto, disse o ministro, as estimativas da Fazenda têm ficado mais próximas dos números realizados.

“Penso que a Secretaria de Política Econômica tem feito um bom trabalho de dois anos para cá no sentido de se aproximar mais fidedignamente das projeções do que foi realizado. Nossas projeções têm sido bastante próximas do que de fato está acontecendo na economia brasileira. Mas enfim, todo o subsídio é bem-vindo, sobretudo de órgãos públicos com respeitabilidade técnica para informar a população”, declarou.

O ministro ressaltou estar comprometido com o regime de metas de inflação e negou qualquer discordância com o Banco Central.

“As declarações que dei recentemente a respeito da conduta do Banco Central vão na mesma direção, então eu não vejo dissonância entre as falas. Muito pelo contrário, estamos com o mesmo objetivo de cumprir o novo regime de metas que foi inaugurado, que é o abandono do ano e a favor da meta contínua, justamente para dar ao Banco Central uma inteligência maior na trajetória de percepção da meta”, acrescentou.

Núcleo de inflação

Haddad também comentou a declaração recente do presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, que defendeu a retirada dos preços de alimentos e de energia da meta de inflação e, portanto, do cálculo da Taxa Selic (juros básicos da economia). Segundo Haddad, tanto o Banco Central como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) têm metodologias respeitáveis, e o próprio BC tem análises que desconsideram itens voláteis na definição dos juros básicos.

“Na verdade, o Banco Central avalia os núcleos de inflação. Muitas vezes, eles desconsideram certa volatilidade de determinados preços, quer dizer, a análise dos núcleos já leva em consideração efeitos sazonais, determinado comportamento em virtude de choques externos, como é o caso de condições climáticas. O Banco Central tem uma metodologia de observância dos núcleos de inflação que efetivamente vão ao encontro daquilo que o vice-presidente imagina”, concluiu Haddad.

Tatiana Weston-Webb fará pausa na carreira para cuidar da saúde mental


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A brasileira Tatiana Weston-Webb anunciou nesta quinta-feira (27) que vai se afastar das competições de surfe até o final deste ano para cuidar da saúde mental. Ela publicou um vídeo nas redes sociais em que explica os motivos para tomar a decisão. Tati atualmente ocupa a 17ª posição no ranking da Liga Mundial de Surfe (WSL, na sigla em inglês) após as três primeiras etapas do circuito mundial.

“Nos últimos tempos, depois de dois ciclos Olímpicos e dez anos no circuito mundial sem perder nenhum evento, eu senti um pouquinho de desgaste emocional e físico. Eu percebi esses sinais e realmente precisava olhar com mais atenção pra minha saúde emocional”, afirmou Tatiana. Ela disse que cuidar do seu próprio bem-estar é essencial para honrar a paixão que tem pelo surfe e continuar competindo em alto nível no futuro. A surfista disse que, junto com sua psicóloga, identificou sinais indicativos de desgaste emocional e físico, que poderiam resultar em burnout – uma síndrome de esgotamento profissional, normalmente causada por excesso de trabalho.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Uma publicação compartilhada por Tatiana Weston-Webb (@tatiwest)

A surfista disse acreditar que é importante falar sobre a saúde mental e emocional no esporte.

“Mostrar vulnerabilidade não nos torna menos fortes. Pelo contrário, nos torna mais humanos e mais conectados. E também nos possibilita alcançar nosso melhor potencial dentro e fora das competições.” 

Ao fim do relato, a surfista de 28 anos finalizou: “A pausa não é o fim, mas um recomeço. Sei que com apoio de todos voltarei ao mar mais forte”.

No ano passado, Tati Weston-Webb conquistou a prata nos Jogos de Paris, a primeira medalha para o surfe feminino do país. A surfista é filha de mãe brasileira e pai britânico. Nasceu em Porto Alegre, mas se mudou com os pais para o Havaí (Estados Unidos) ainda muito pequena. Cresceu na ilha de Kauai e defendia o Havaí nas competições de surfe. Mas em 2018 resolveu defender as cores do Brasil. Tati é uma das principais surfistas mulheres do Campeonato Mundial de Surfe. No ano passado, ela terminou o campeonato na terceira posição. 

Encontro em SP discute políticas urbanas para o manejo das águas


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A Rede Brasileira de Institutos de Planejamento (InRede) começou nesta quinta-feira (27) o encontro “A Cidade e suas Águas”. Destacando o centenário da Represa Billings, que completa 100 anos hoje, o evento discute estratégias de uso sustentável de áreas de mananciais e de integração dos corpos d’água, como rios e lagos,  no cotidiano urbano, com equipamentos como parques e terminais de barcas. O evento também debate estratégias de ampliação de saneamento básico.

O 10º Encontro da InRede tem apoio da prefeitura de São Paulo e o objetivo de discutir soluções em políticas públicas para a integração de equipamentos e serviços aos recursos hídricos. As atividades irão até o dia 29, sábado, e conta com representantes do Ministério das Cidades e de diversas prefeituras e estados.

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Em discurso na abertura do encontro, a secretária municipal de Urbanismo e Licenciamento da capital paulista, Bete França, alertou para os recentes desastres em cidades como Porto Alegre e Manaus, e pontuou o esforço de todos os integrantes do InRede em compartilhar conhecimento para evitar que novos desastres aconteçam. “Vamos reforçar cada vez mais a InRede, porque sem o planejamento urbano não tem vida nas cidades, não tem vida digna nas cidades”, disse a secretária.

Presente no evento, o cônsul adjunto da Alemanha, Joseph Weiss, destacou que o Brasil é uma referência global para o desenvolvimento urbano, “especialmente quando se trata deste conjunto de processos participativos em urbanizações em contextos incertos e desafiadores”. O país europeu participa de uma iniciativa conjunta com o Ministério das Cidades, o projeto Cidade Presente – Desenvolvimento Urbano Sustentável (DUS), lançado hoje com o objetivo de integrar esforços de planejamento na área.

A programação contou ainda com mesas de debates sobre gestão da água em áreas urbanas e boas práticas de planejamento urbano, apresentando experiências bem-sucedidas de cidades como Manaus, São Paulo, São Luís, Curitiba, Campo Grande, Fortaleza, Santo André, Niterói e Recife. 

As atividades continuam na sexta-feira (28) com painéis realizados no Auditório da SP Urbanismo, no Edifício Martinelli e termina no sábado (29), com visita técnica ao Cantinho do Céu, projeto de urbanização da Secretaria Executiva do Programa Mananciais.

Billings

A Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae) iniciou o plantio das 100 mil mudas de árvores nativas para criar um novo corredor ecológico de 100 quilômetros de extensão em pontos do Rio Pinheiros e do Reservatório Billings, em evento que comemora o centenário do reservatório.  As ações também contemplam mutirões de limpeza e atividades educativas, como jogos, filmes e montagem de terrário, além de palestras de educação ambiental por instituições parceiras da Emae que atendem pessoas das comunidades do entorno do reservatório, como Centros para Crianças e Adolescentes.

Haddad diz que ajuda a setor de eventos acaba neste mês


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Apesar de pressões do Congresso, a ajuda ao setor de eventos acabará neste mês, e as empresas deverão voltar a recolher tributos em abril, disse nesta quinta-feira (27) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O ministro negou qualquer discussão para prorrogar o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), criado durante a pandemia de covid-19.

No início do ano passado, o Congresso aprovou a extensão do Perse até o limite de R$ 15 bilhões para as desonerações. Há duas semanas, o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, afirmou, em audiência na Comissão Mista de Orçamento do Congresso, que os recursos acabam neste mês.

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“Todos concordam que o Perse acaba com R$ 15 bilhões. Ocorre que as informações prestadas pelas empresas vão até janeiro, e as projeções indicam que esses valores, até março, vão chegar a R$ 16 bilhões. Então, o que nós convencionamos? As empresas passam a recolher a partir de abril”, declarou Haddad.

“Se deixássemos o programa seguir, ele ia atingir R$ 18 bilhões, R$ 19 bilhões [até o fim do ano]. Então, ele tem que parar”, acrescentou.

Haddad reiterou que, a partir de abril, as empresas beneficiadas pelo Perse terão de pagar alíquota cheia dos tributos federais desonerados pelo programa: Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins).

Auditoria

Segundo o ministro, o governo assumiu o compromisso apenas de dar transparência aos números e auditar os gastos tributários (quanto deixou de arrecadar) com o Perse. A auditoria será feita com base da Declaração de Incentivos, Renúncias, Benefícios e Imunidades de Natureza Tributária (Dirbi), criada no ano passado para que as próprias empresas declarem os benefícios fiscais à Receita Federal.

Como as empresas têm 60 dias para preencherem a Dirbi, os benefícios tributários de março só deverão ser conhecidos no fim de maio. Haddad afirmou que o governo poderá reabrir o Perse apenas se a auditoria confirmar que as renúncias fiscais ficaram abaixo de R$ 15 bilhões, mas o ministro disse que isso dificilmente acontecerá porque as próprias projeções da Receita indicam que o valor final pode ficar em R$ 16 bilhões.

O ministro foi enfático ao negar qualquer possibilidade de prorrogação do programa.

“Ninguém mais está discutindo e nem pretende rediscutir o acordo que foi firmado na residência oficial do então presidente da Câmara, que era o Arthur Lira. Ninguém está propondo rediscussão, reabertura do Perse, nada disso. O que foi pactuado foi a auditoria dos números depois das informações prestadas pelas empresas. Não há outra coisa a não ser essa auditagem”, afirmou.

Criado em maio de 2021 para ajudar empresas que dependem da circulação de público afetadas pela pandemia de covid-19, o Perse beneficia os seguintes setores:

  • Hotelaria
  • Restaurantes e similares
  • Bares e similares
  • Bufês
  • Aluguel de equipamentos recreativos, esportivos, de palcos
  • Cinemas
  • Teatro, musicais e espetáculos de dança

Com a expectativa do fim do Perse, a Frente de Comércio e Serviços (FCS) pediu a manutenção do programa com um redutor de 80% até o fim deste ano e de 50% até o fim de 2026, quando originalmente estava prevista a extinção do programa pela lei que o criou. A entidade mobiliza parlamentares para tentar a prorrogação da ajuda.

Metade das vítimas de mortes violentas consumiu substância psicoativa


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Estudo da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) mostra que 50,1% das pessoas vítimas de mortes violentas no Brasil consumiram, ao menos, uma substância psicoativa horas antes do óbito. 

A pesquisa Investigação do uso de álcool e drogas ilícitas entre vítimas de mortes violentas: estudo de base populacional sobre a relação entre o consumo de substâncias e mortes por causas externas nas cinco regiões do Brasil faz parte do Projeto Tânatos, realizado por meio de convênio entre a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos do Ministério da Justiça e Segurança Pública e a Universidade de São Paulo (USP).

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Das 4.174 amostras de sangue post mortem [depois da morte] coletadas para o estudo, 26,7% deram positivo para cocaína; 26,2% para álcool; 7,2%, para benzodiazepínicos – medicamentos hipnóticos e ansiolíticos; e 1,9%, para cannabis [maconha]. Parte das pessoas estava com mais de um tipo de substância psicoativa no sangue. A coleta foi realizada entre fevereiro de 2022 e maio de 2024.

Vítimas

O levantamento examinou amostras de 2.430 vítimas de homicídios, 524 de sinistros viários, 330 de suicídios, 52 de intoxicações, 264 de outras causas e 601 de causas indeterminadas. 

Segundo a pesquisa, a maioria significativa das vítimas de morte violenta (86%) era de homens, com idade média de 33 anos; 72% das vítimas eram pardas; e a maior parte dos óbitos ocorreu à noite (51,6%) e nos fins de semana (36,3%).

O levantamento mostra, ainda, que o consumo de cocaína aumentou três vezes o risco de morte por homicídio; a ingestão de álcool dobrou a probabilidade de mortes em acidentes de trânsito; e os usuários de benzodiazepínicos apresentaram quatro vezes mais riscos de suicídio.

Nos casos de suicídios, 29,4% das amostras deram positivo para álcool; 21,2% para cocaína; 20,3%, para benzodiazepínicos; e 0,6% para cannabis.

Nos acidentes de trânsito, a maioria deu positivo para álcool (38%); 9,9% para cocaína; e 4,4% para benzodiazepínicos; não houve registro significativo de amostras com cannabis

Nos homicídios, 36% das amostras das vítimas deram positivo para cocaína; 26,4% para álcool; 4,8% para benzodiazepínicos e 3,2% para cannabis.

“A expectativa é que os resultados do Projeto Tânatos contribuam para a formulação de políticas públicas e iniciativas que levem em consideração as especificidades sociais e culturais de cada região, com o objetivo de minimizar os impactos sociais, econômicos e sanitários associados à morbimortalidade decorrente do consumo de substâncias psicoativas”, destacou o pesquisador da FMUSP responsável pelo projeto; Henrique Silva Bombana.

Dólar sobe para R$ 5,75 após imposição de tarifas de Trump


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Em meio aos reflexos da sobretaxação em 25% das importações de veículos pelo governo de Donald Trump, o dólar voltou a ficar acima de R$ 5,75, em um dia negativo para moedas latino-americanas. Na contramão das bolsas norte-americanas, a bolsa brasileira subiu pelo terceiro dia seguido e atingiu o maior nível desde outubro.

O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (27) vendido a R$ 5,752, com alta de R$ 0,019 (+0,34%). A cotação chegou a R$ 5,77 por volta das 10h20, operou próxima de R$ 5,73 na maior parte da tarde, mas acelerou perto do fim das negociações.

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Mesmo com a alta dos últimos dois dias, a moeda norte-americana cai 2,77% em março. Em 2025, o recuo chega a 6,81%.

O mercado de ações teve um dia mais otimista. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 133.149 pontos, com alta de 0,47%. No maior nível desde 2 de outubro, o indicador foi puxado por ações de petroleiras, mineradoras e exportadoras de carne.

A bolsa brasileira foi na contramão do mercado de ações norte-americano. Após a imposição de tarifas de 25% sobre a importação de todos os veículos pelo governo Trump, as ações de montadoras de veículos caíram significativamente na bolsa de Nova York, empurrando para baixo as bolsas nos Estados Unidos.

A decisão de Trump impactou as moedas latino-americanas, que se desvalorizaram, na contramão das principais moedas do planeta. A expectativa de que a exportação de minério de ferro, aço e cobre, componentes usados nos veículos, caia influenciou as moedas de países exportadores de metais, como o Brasil.

No caso da bolsa de valores, fatores internos ajudaram a conter o pessimismo internacional. A divulgação de que a prévia da inflação oficial desacelerou em março  beneficiou o mercado de ações brasileiro. Isso porque uma inflação abaixo do previsto pode fazer o Banco Central aumentar os juros menos que o esperado, estimulando o consumo.

*Com informações da Reuters