Goiás dá 2 dias para aterro apresentar plano de recolhimento de lixo


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A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás (Semad-GO) informou, nesta sexta-feira (20), em sua rede social, que notificou a advogada representante do Aterro Sanitário Ouro Verde, em Padre Bernardo (GO), para que a empresa providencie, em dois dias úteis, um plano de recolhimento do lixo que desmoronou no Córrego Santa Bárbara, afluente do Rio do Sal, na manhã de quarta-feira (18).

A empresa também deverá fazer a chamada “investigação de passivos e gerenciamento das áreas contaminadas”, que é a etapa de identificação, controle e correção dos ambientais impactados por sua atividade.

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O laudo do Laboratório de Análises Químicas da secretaria estadual, apresentado nesta sexta-feira, constatou a contaminação das águas superficiais do Córrego Santa Bárbara, provocada pelo rompimento da contenção que segurava os resíduos sólidos, no aterro privado.

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Gabinete de crise

A Semad também instalou um gabinete de crise para acompanhar e gerenciar o caso, que tem como participantes o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a Defesa Civil do Estado de Goiás e a Secretaria de Estado de Saúde de Goiás, além da Saneamento de Goiás (Saneago) e da Companhia Ambiental de Saneamento do Distrito Federal (Caesb).

O gabinete enviou agentes da Defesa Civil do Estado de Goiás para notificar os residentes da área rural do município de Padre Bernardo sobre a contaminação das águas. Também já foi enviado um SMS (serviço de mensagens curtas) para os moradores da região informando que o consumo de água do Córrego Santa Bárbara é impróprio.

Apreensão e embargo

Durante a visita dos técnicos da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás, foram apreendidas cinco máquinas que estavam estacionadas no Aterro Sanitário Ouro Verde.

O lixão de Padre Bernardo funcionava por decisão liminar, concedida pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), logo após o Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) obter, em março, uma decisão favorável em uma ação civil pública relacionada à falta de licença ambiental válida pelo Aterro Ouro Verde.

Porém, nesta quinta-feira (19), a Semad-GO determinou um novo embargo do empreendimento, “por entender que o desmoronamento do lixo e a consequente contaminação do curso d’água, logo abaixo, são fatos novos que justificam a medida”.

Com a interdição atual, está proibido o recebimento de novos resíduos naquela área.

Para que o embargo seja respeitado, a pasta pediu apoio do batalhão ambiental da Polícia Militar do Estado de Goiás (PMGO).

A Agência Brasil tenta contato com a empresa Ouro Verde e está aberta a manifestações.

Bolo de noiva

De acordo com postagem da secretária de Meio Ambiente de Goiás, Andréa Vulcanis, em uma rede social, o aterro sanitário de Padre Bernardo é do modelo “bolo de noiva”, que é a técnica específica de deposição de resíduos, onde o lixo é compactado em camadas sucessivas e se assemelha à estrutura de pirâmide.

A secretária diz que este é exatamente o mesmo modelo de empilhamento de lixo dos aterros de Goiânia e de Aparecida de Goiânia.

Em abril deste ano, a Justiça Estadual de Goiás determinou a interdição progressiva do aterro sanitário de Goiânia por descumprimento acordo firmado com o Ministério Público goiano e por falta de licença ambiental. À época, a ação civil pública foi proposta pela Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (Abrema).

SP: Justiça dá 5 dias para prefeitura explicar privatização de escolas


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A Justiça de São Paulo deu prazo de cinco dias úteis para que a prefeitura da capital paulista se manifeste sobre o projeto de conceder escolas da rede municipal de educação para organizações sociais.

A determinação da juíza Simone Gomes Rodrigues Casoretti, da 9ª Vara de Fazenda Pública, foi provocada por uma ação popular ajuizada pela Bancada Feminista do PSOL da Câmara Municipal. O partido solicitou à Justiça que fosse suspensa qualquer tentativa de concessão de escolas públicas à iniciativa privada até que o Ministério Público finalize a investigação sobre o caso.

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“Diante da relevância do tema e das declarações das autoridades, para formar meu convencimento, determino a intimação do Município de São Paulo para, se querendo, em 5 dias, apresentar informações e esclarecimentos”, escreveu a juíza, na decisão.

Recentemente, a Secretaria Municipal de Educação informou que três escolas municipais de ensino fundamental (Emefs) estão em construção nas regiões do Campo Limpo, Pirituba/Jaraguá e Santo Amaro, e que as unidades serão geridas, de forma compartilhada, por organizações da sociedade civil. Esse modelo já tem sido aplicado na Emef Liceu Coração de Jesus. De acordo com a prefeitura, isso visa “suprir o déficit de vagas nessas regiões”. A prefeitura não informou o valor que está sendo investido para a construção dessas escolas, que depois serão concedidas.

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O edital de chamamento público ainda está sendo elaborado, mas a prefeitura informou à Agência Brasil que espera publicá-lo em meados de agosto. A proposta de privatização, no entanto, vem sendo alvo de muitas críticas e questionamentos judiciais.

Em entrevista neste mês à Agência Brasil, a vice-presidente do Sindicato dos Especialistas de Educação do Ensino Público Municipal de São Paulo (Sinesp) e supervisora escolar na rede municipal de educação de São Paulo, Letícia Grisólio Dias, disse que o projeto de privatização é uma “grande ameaça” para os trabalhadores da educação e também para a população em geral.

“Temos grandes preocupações com o uso de plataformas e sistemas de ensino que não dialogam com as realidades, principalmente aqui dos diferentes territórios do município. A gestão privada, trabalhando com uma grande massa, pode não enxergar as nossas inúmeras diferenças e algo que, nós, numa gestão democrática, acabamos por considerar muito mais. Então, temos trabalhado com o fato de que não haverá gestão democrática se não houver gestão pública”, enfatizou.

Procurada pela reportagem, a prefeitura de São Paulo escreveu, em nota, que “reafirma seu compromisso com a qualidade do ensino e a aprendizagem de todos os estudantes” e que “as três novas escolas em construção para gestão compartilhada com organizações da sociedade civil seguirão modelo semelhante ao da EMEF Liceu Coração de Jesus, que registrou desempenho superior ao da Rede Municipal de Ensino (RME) em 2023”.

“Todas as informações serão prestadas à Justiça dentro do prazo solicitado”, escreveu a administração municipal.

“Aprender é se espantar”, diz Daniel Munduruku na Feira do Livro


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“A natureza não dá saltos. Ela segue seu fluxo”. É assim que se inicia o poético livro Estações, de Daniel Munduruku, uma reflexão sobre o tempo.

Na obra, o professor e premiado escritor indígena, autor de 65 livros publicados, nos lembra que olhar para o tempo da natureza ajuda a compreender a própria vida.

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“O livro Estações tem exatamente essa pegada de nos pensar como parte da natureza. A gente vive um processo das estações do ano, das estações da natureza e das estações da vida, então ele é uma brincadeira, um jogo de palavras para lembrar que nós somos natureza e que fazemos parte dela e, se a gente não cuidar dela, a gente não está cuidando da gente”, reflete o escritor.


São Paulo - 20/06/2025  “Aprender é se espantar”, diz escritor Daniel Munduruku na Feira do Livro, em SP. Foto reprodução

São Paulo – 20/06/2025  Livro Estações, de Daniel Munduruku – Foto: Reprodução

Embora o público da obra seja o infanto-juvenil, Estações é um livro indicado para todas as infâncias.

“Na verdade eu não escrevo para crianças, eu escrevo para a infância. E a infância é habitada em todo mundo: todo mundo tem a infância e a carrega a dentro de si”, enfatiza.

“Nós não vamos contar isso para ninguém [brinca Munduruku], mas eu costumo dizer que isso é meio que ‘um cavalo de Troia’, sabe? Porque os livros que as crianças leem, eles normalmente são lidos pelos pais. E em vez de eu escrever apenas para as crianças, eu escrevo para os pais das crianças que, tendo cuidado em conhecer o que as crianças leem, ou os filhos leem, eles também acabam entrando um pouco nessa lógica”, conta.

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O cavalo de Troia citado pelo escritor é inspirado na mitologia sobre um suposto grandioso cavalo de madeira, que teria sido construído pelos gregos durante a Guerra de Troia para que eles pudessem se esconder dentro dele e, assim, sem serem vistos, poderem se infiltrar e conquistar a cidade fortificada de Troia.

“Uma vez que as crianças já estão muito abertas, elas estão conectadas com o seu ser natureza e aí fica mais fácil poder dialogar com elas. Mas os pais, como eles já estão viciados em outras leituras, inclusive em outras leituras de mundo, muitas vezes eles não conseguem captar com a mesma facilidade com que as crianças captam. E a ideia justamente de eu escrever para a infância é para atingir a infância que está dentro dos pais, que foi muitas vezes mal educada ou muito mal formada”.

Na tarde desta sexta-feira (20), Daniel Munduruku visitou A Feira do Livro 2025, evento gratuito que vai até domingo (22) na Praça Charles Miller, na frente do Mercado Livre Arena Pacaembu, na capital paulista.

Ele esteve no estande das editoras Moderna/Salamandra para conversar com o público e autografar os livros Estações e Crônicas Indígenas para Rir e Refletir na Escola.

Crônicas Indígenas, por sua vez, é um livro voltado para os jovens.

“Ele vem dentro de uma tentativa de libertar os nossos jovens das ideias equivocadas que a gente cresceu aprendendo e aprendendo de uma forma equivocada. Eu quis colocar nesse livro várias passagens – um pouco cômicas e até preconceituosas – que eu fui passando durante a vida ou que alguns amigos passaram e foram me contando depois. Quis colocar nesse livro exatamente um pouco desse meu espanto, porque eu costumo pensar que aprender é se espantar, sabe? E aí, quando a gente se espanta com aquilo que a gente não sabe, se espanta com a nossa ignorância”.

Daniel Munduruku conversou com a reportagem da Agência Brasil e da Rádio Nacional, veículos da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), sobre a literatura indígena, a que há cerca de 30 anos passou a ser publicada em formato de livros no Brasil, mas que já existe há anos por meio da oralidade.

“A literatura indígena no formato escrito, no formato de livro, é relativamente recente. A gente não pode dar mais do que 30 ou 35 anos para essa literatura enquanto parte do mercado editorial. Isso é recente. E uma coisa que eu sempre gosto de frisar para as pessoas é que nós só fomos reconhecidos pelo Brasil como brasileiros em 1988 [com a Constituição Brasileira], ou seja, 37 anos atrás. E há pelo menos 37 anos a gente está tentando conquistar o público brasileiro através de uma linguagem que não é nossa, um formato que não é nosso”.

Apesar de recente, ressalta o escritor, atualmente são contabilizados 120 autores indígenas no país e mais de 300 títulos escritos por indígenas. Ele mesmo foi um dos primeiros escritores indígenas a ser publicado no Brasil, com Histórias de Índio, em 1996.

“Essa é uma conquista fabulosa, um avanço fabuloso que tem muito a ver também com o movimento que a sociedade brasileira foi fazendo, e que o Estado brasileiro foi fazendo no reconhecimento da existência dessa literatura. E isso tem a ver muito com a educação. Porque a educação muda e ela obriga que as escolas mudem e que, portanto, corram atrás de novos conteúdos”, relata.

“Essa é uma literatura que tem muito que dizer ainda porque fala de um Brasil profundo e fala de uma ancestralidade que o Brasil foi perdendo ao longo do tempo”, ressalta.

“Viciado” na arte de escrever, como ele mesmo se descreve, o escritor deve lançar um novo livro. “Eu tô viciado. E quando a gente vicia, a gente começa a pensar e qualquer coisa vira possibilidade de ser livro”, conta. “Eu tenho agora um projeto para um livro adulto – categoria meio estranha de falar porque eu já falei que meus livros são todos para adultos – mas eu vou lançar um livro, talvez este ano ainda, que vai se chamar Fantasmas. Este livro é quase um monólogo, mas é um livro que acho que surpreender um pouco pelo estilo um pouco diferente”.

Sem pódio por equipes, Brasil acaba Mundial de Judô com duas medalhas


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A participação do Brasil no Campeonato Mundial de Judô, em Budapeste, na Hungria, chegou ao fim nesta sexta-feira (20). O país se despediu com duas medalhas: a prata de Daniel Cargnin (categoria até 73 quilos) e o bronze de Shirlen Nascimento (até 57 kg).

A última possibilidade de medalha era a competição por equipes, em que cada país escala seis judocas para duelos individuais, em diferentes categorias, e vence quem ganhar quatro lutas. O Brasil foi superado pelo Japão na disputa do bronze, com os orientais (que conquistaram 14 medalhas no Mundial, sendo seis douradas) levando a melhor nos quatro primeiros combates. A Georgia ficou com o título, batendo a Coreia do Sul na final.

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No primeiro duelo, para lutadores acima de 90 kg, Leonardo Gonçalves foi derrotado por ippon (golpe “perfeito”), em que o adversário é derrubado de costas no tatame) por Kanta Nakano. No combate seguinte (judocas até 57 kg), Jéssica Lima não resistiu à Momo Tamaoki, prata na disputa individual do Mundial. Em seguida, na luta até 73 kg, Vinícius Ardina sofreu dois wazaris (quando o atleta cai de ombro, lado ou com a parte superior das costas) de Tatsuki Ishihara, bronze em sua categoria. A campeã olímpica Rafaela Silva, por fim, levou um ippon de Utana Terada no embate até 70 kg.

O Brasil tinha estreado com vitória sobre o Cazaquistão (quatro lutas a zero). Em seguida, perdeu da Alemanha por 4 a 3 (as equipes empataram em 3 a 3 e um duelo extra foi sorteado para definir o ganhador do confronto). Na repescagem, os brasileiros superaram a França, atual bicampeã olímpica, por 4 a 1, para chegar à disputa do bronze.

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O desempenho brasileiro em Budapeste supera o do Mundial do ano passado, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, quando o país não conquistou pódios. O torneio ocorreu dois meses antes da Olimpíada de Paris, na França, em que o Brasil alcançou quatro medalhas: uma de ouro (Beatriz Souza), uma de prata (William Lima) e duas de bronze (Larissa Pimenta e por equipes).

Flamengo vira sobre o Chelsea pela Copa do Mundo de Clubes da Fifa


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Menos de 24 horas após o Botafogo surpreender o Paris Saint-Germain, da França, outra equipe brasileira levou a melhor sobre uma potência europeia na Copa do Mundo de Clubes da Federação Internacional de Futebol (Fifa). Nesta sexta-feira (20), o Flamengo venceu o Chelsea, da Inglaterra, por 3 a 1, no Lincoln Financial Field, na Filadélfia.

O rubro-negro foi a 6 pontos e lidera o Grupo D, com 3 à frente dos Blues (como são conhecidos os ingleses). Ainda nesta sexta, às 19h (horário de Brasília), o Los Angeles Football Club (LAFC), dos Estados Unidos, e Espérance, da Tunísia, jogam no Geodis Park, em Nashville, completando a segunda rodada da chave. Se a partida terminar empatada, o clube brasileiro não somente garante classificação às quartas de final como assegura a primeira posição.

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O técnico Filipe Luís escalou o Flamengo com três mudanças em relação ao time que derrotou o Espérance por 2 a 0 na estreia da Copa do Mundo. Na defesa, Wesley e Danilo assumiram os lugares de Guillermo Varela e Léo Ortiz, respectivamente, enquanto no ataque, Gonzalo Plata foi escolhido para substituir Bruno Henrique.

A equipe rubro-negra teve 63% de posse de bola, cinco escanteios (contra um do adversário) e marcou presença na área do Chelsea durante a maior parte do primeiro tempo, mas encontrou dificuldades para chutar com perigo.

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Mais objetivo, o time inglês finalizou tantas vezes a gol quanto os cariocas (cinco cada), mas conseguiu balançar as redes aproveitando uma bobeada entre Erick Pulgar e Wesley. A bola sobrou com Pedro Neto, que disparou em direção à meta e bateu na saída de Agustín Rossi.

A melhor chance do Flamengo nos 45 minutos iniciais apareceu aos 42. Após falta cobrada pela direita por Giorgian De Arrascaeta, Gerson apareceu livre próximo à trave esquerda e bateu de primeira, mas Levi Cowell salvou em cima da linha o que seria o gol de empate.

O Flamengo manteve a postura agressiva no segundo tempo e teve uma grande oportunidade aos 8 minutos. Lançado por Rossi, Gerson aproveitou o erro de Reece James na tentativa de corte, entrou na área, driblou Cowell e bateu. James se recuperou e conseguiu desviar o chute, que sobrou para Plata, sem goleiro. O atacante, no entanto, não conseguiu finalizar.

Aos dez, Filipe Luís trocou Arrascaeta por Bruno Henrique. A mudança não demorou a surtir efeito. Seis minutos depois, o atacante apareceu na área, após cruzamento de Gerson e desvio de Plata, e mandou para as redes, igualando o placar. Aos 19, foi a vez de Bruno Henrique ser “garçom”, ajeitando de cabeça a cobrança de escanteio de Pulgar para Danilo, na pequena área, completar para o gol, virando o marcador.

A missão inglesa ficou mais complicada aos 22 minutos com a expulsão de Nicolas Jackson (que tinha entrado em campo 4 minutos antes) após falta dura em Ayrton Lucas. Com a superioridade numérica, o Flamengo tomou de vez o controle do jogo e ainda ampliou a vantagem. Aos 37, Wallace Yan e Plata tabelaram, entraram na área e a bola sobrou para o jovem atacante de 20 anos finalizar e dar números finais ao duelo.

As duas equipes voltam a campo na terça-feira (22), às 22h. O Flamengo, perto da classificação, encara o LAFC no Camping World Stadium, em Orlando, enquanto o Chelsea pega o Esperánce, novamente no Lincoln Financial Field.

ONU: 11,9 mil crianças foram mutiladas ou mortas em conflitos armados


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No ano passado, a violência contra crianças em conflitos armados atingiu níveis sem precedentes, com aumento de 25% do número de violações graves em comparação a 2023.

É o que informa o relatório anual da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre crianças e conflitos armados, divulgado na quinta-feira (19) pelo secretário-geral da entidade, António Guterres.

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Em 2024, foram registrados 4.676 assassinatos e 7.291 mutilações, vitimando 11.967 crianças. A negação do acesso humanitário, com 7.906 incidentes, o recrutamento e uso de crianças (7.402) e o sequestro de menores de idade (4.573) também apresentaram números extremamente preocupantes.

“Crianças foram mortas e mutiladas, muitas vezes resultando em incapacidades permanentes, em números alarmantes, pelo uso de munições explosivas, incluindo resíduos explosivos de guerra, minas e dispositivos explosivos improvisados, e pelo fogo cruzado entre as partes em conflito. Ataques a instalações civis, incluindo escolas e hospitais, aumentaram drasticamente a vulnerabilidade das crianças”, diz o relatório. Apesar de grupos armados não estatais terem sido responsáveis por quase 50% das violações, as forças governamentais foram as principais perpetradoras da morte e mutilação de crianças, de ataques a escolas e hospitais e da negação de acesso humanitário.

Os maiores números de violações graves foram verificados no Território Palestino Ocupado (8.554), especialmente na Faixa de Gaza, que sofre ataques massivos de Israel; na República Democrática do Congo (4.043); na Somália (2.568); na Nigéria (2.436) e no Haiti (2.269).

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Os maiores aumentos percentuais no número de violações foram verificados no Líbano (545%), Moçambique (525%), Haiti (490%), Etiópia (235%) e Ucrânia (105%).

Violência sexual

O número de casos de violência sexual cresceu 35%, com registro de um “aumento drástico” dos casos de estupro coletivo, o que destaca o uso sistemático da violência sexual como tática deliberada de guerra, enquanto crianças eram associadas a partes em conflito ou para aumentar o controle territorial, deslocar populações e atacar a etnia ou o gênero específico das crianças, entre outros objetivos, diz o relatório.

O documento relata que meninas foram sequestradas para fins de recrutamento e uso, e para escravidão sexual.

“A violência sexual continua sendo amplamente subnotificada devido à estigmatização, ao medo de represálias, às normas sociais prejudiciais, à ausência ou à falta de acesso a serviços, à impunidade e a preocupações com a segurança, conforme relatado em meu relatório sobre violência sexual relacionada a conflitos.”

Negação humanitária

A negação do acesso humanitário atingiu “escala alarmante”, informa a ONU, com mais trabalhadores humanitários mortos em 2024 do que nunca, incluindo muitos funcionários da própria organização.

“As partes em conflito atacaram comboios e pessoal de ajuda humanitária, detiveram arbitrariamente pessoal humanitário, restringiram atividades e movimentos humanitários, adotaram barreiras burocráticas e administrativas e interferiram em operações humanitárias, resultando em crianças sem acesso a cuidados de saúde, educação, proteção e necessidades vitais”, diz o relatório.

Palestina e Israel

As Nações Unidas verificaram 8.554 violações graves contra 2.959 crianças em Israel, com maioria esmagadora de palestinas e 15 de nacionalidade israelense.

Nos territórios palestinos ocupados, incluindo Cisjordânia, Jerusalém Oriental e Faixa de Gaza, foram 8.544 violações, sendo 4.856 em Gaza, que sofre um cerco das forças militares do Estado de Israel.

“Além disso, as Nações Unidas receberam relatos do assassinato de 4.470 crianças na Faixa de Gaza em 2024, que aguardam verificação. Violações graves verificadas foram atribuídas às forças armadas e de segurança israelenses (7.188), perpetradores não identificados (43), colonos israelenses (42), perpetradores palestinos individuais (11), forças de segurança da Autoridade Palestina (7), Hezbollah (3) e Forças Armadas da República Islâmica do Irã (1)”, acrescenta o relatório.

As Nações Unidas também verificaram a detenção de 951 crianças palestinas (940 meninos, 11 meninas) por supostas infrações à segurança cometidas pelas forças armadas e de segurança israelenses na Cisjordânia (602), em Jerusalém Oriental (259) e na Faixa de Gaza (90), incluindo a detenção pelas forças armadas e de segurança israelenses de uma menina palestina cujo paradeiro permanece desconhecido.

Um total de 1.561 crianças palestinas (1.131 meninos e 430 meninas) foram confirmadas como mutiladas na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental (620) e na Faixa de Gaza (941).

República Democrática do Congo

No Congo, as Nações Unidas verificaram 4.043 violações graves contra 3.418 crianças (2.217 meninos, 1.201 meninas) e 453 violações ocorridas em anos anteriores foram confirmadas.

Neste país africano, 2.365 crianças foram recrutadas e usadas pela milícia Raia por grupos armados não estatais. A região leste do país é palco de conflitos há décadas, com presença de diversos grupos armados, que tem intensificado suas ações desde 2022. A região é rica em minerais, o que tem atraído grupos armados e potências estrangeiras, gerando disputas pelo controle de áreas e recursos.

O conflito tem levado à movimentação em massa de civis, com milhares de pessoas buscando refúgio em campos de deslocados internos, enfrentando condições precárias e riscos à segurança, incluindo violência sexual e recrutamento forçado.

A morte (190) e a mutilação (248) de 438 crianças (317 meninos e 121 meninas) foram atribuídas ao M23 (244), Codeco (47), ADF (38), Nyatura (17), APCLS (12), autores não identificados (10), Raia Mutomboki (8), Mai-Mai Zaïre (7), Mouvement congolais de développement pour la nation (MCDPIN) (7), FDLR-FOCA (5), 15 outros grupos armados (29), às Forças Armadas da República Democrática do Congo (12) e à Polícia Nacional Congolesa (2).

As baixas resultaram principalmente do impacto direto das operações militares (250).

Somália

Na Somália, que vive uma situação de instabilidade permanente, causada por uma guerra civil, a forte presença de grupos armados insurgentes, como o Al-Shabaab, contribui para a insegurança e dificultam a reconstrução do país. As Nações Unidas verificaram 2.568 violações graves contra 1.992 crianças e 50 violações ocorridas em anos anteriores.

Ao todo, 595 crianças foram mortas (141) ou mutiladas (454), a maioria por autores não identificados (296), mas também pelo Al-Shabaab (119) e forças de segurança governamentais (70). Violência sexual e recrutamento de crianças para grupos armados também foram registrados.

Nigéria

No país mais populoso da África, com cerca de 200 milhões de habitantes, a desigualdade social crônica, violência social e atuação de grupos armados levaram  à 2.436 violações graves contra 1.037 crianças (386 meninos, 651 meninas) e 269 violações graves ocorridas em anos anteriores.

Cerca de 974 crianças foram recrutadas e usadas, principalmente após sequestro, pela Jama’atu Ahlis Sunna Lidda’Awati Wal-Jihad (JAS), pela Província do Estado Islâmico da África Ocidental (ISWAP), Bakura (7) e pelas Forças de Segurança Nigerianas (3).

Um total de 732 crianças foram detidas pelas Forças de Segurança Nigerianas por suposta associação delas ou de seus pais com grupos armados. Todas foram libertadas. A morte (29) e a mutilação (20) de 49 crianças foram atribuídas à JAS (19), ao ISWAP (19), a perpetradores não identificados (10) e às Forças de Segurança Nigerianas (1), incluindo casos causados ​​por munições explosivas (33).

Foram verificados casos de violência sexual, todos envolvendo casamento forçado, contra 419 crianças (7 meninos e 412 meninas) pela JAS (304), ISWAP (114) e Bakura (1).

Haiti

No Haiti, país insular do Caribe que vive instabilidade política e social há décadas, com ações de gangues armadas, as Nações Unidas verificaram no ano passado 2.269 violações graves contra 1.373 crianças. Em anos anteriores, foram registradas 24 violações.

O assassinato (213) e a mutilação (138) de 351 crianças foram atribuídos a diversas gangues e também à Polícia Nacional Haitiana. Casos de violência sexual vitimaram 566 crianças (523 meninas e 43 meninos). Detenções de dezenas de crianças pelas forças de segurança e recrutamento de menores de idade por grupos armados também foram registrados no relatório.

Seleção feminina de vôlei sofre, mas bate Canadá na Liga das Nações


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A seleção feminina de vôlei alcançou a segunda vitória na segunda semana da Liga das Nações. Nesta sexta-feira (20), em Istambul, na Turquia, as brasileiras derrotaram o Canadá por 3 sets a 0, parciais de 25/20, 25/23 e 25/23. Apesar do placar, a partida foi sofrida, com as canadenses ficando à frente em momentos dos dois últimos sets, em especial no terceiro.

As “xarás” Júlia Bergmann e Júlia Kudiess foram os destaques da equipe verde e amarela, com 17 e 16 pontos, respectivamente. A primeira, ponteira, foi decisiva nas bolas de ataque, com 12 pontos no fundamento, enquanto a segunda, central, fez metade de seus pontos em bloqueios.

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As brasileiras alcançaram a quinta vitória em seis jogos, ocupando provisoriamente a quinta posição – os oito primeiros avançam às quartas de final. A seleção do técnico José Roberto Guimarães volta à quadra neste sábado (21), às 10h (horário de Brasília), diante da República Dominicana, novamente em Istambul. No domingo (22), às 13h30, as adversárias serão as anfitriãs turcas.

Nesta primeira fase da Liga das Nações, a seleção feminina tem ainda mais quatro jogos em Chiba, no Japão (terceira semana, entre 9 e 13 de julho). Os quatro primeiros duelos das brasileiras foram no Rio de Janeiro (4 a 8 de junho). A fase final será disputada em Lodz, na Polônia, entre os dias 23 e 27 de julho.

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Chuvas: governo gaúcho vai liberar R$ 60 milhões para cidades afetadas


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O governo do Rio Grande do Sul vai liberar R$ 60 milhões do orçamento estadual para ajudar as cidades gaúchas atingidas pelas fortes chuvas desta semana a reparar parte dos danos causados pela força das águas.

A medida foi anunciada pelo governador Eduardo Leite, nesta sexta-feira (20), após uma reunião com prefeitos e outros representantes de 25 municípios da região central do estado. O encontro, na cidade de Santa Maria, terminou perto do fim da manhã.

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Ao debater com os prefeitos presentes à reunião as medidas emergenciais necessárias à reconstrução da infraestrutura afetada, Leite prometeu destinar R$ 30 milhões para o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) recuperar trechos de rodovias estaduais danificados pelas chuvas e conservar essas mesmas vias.

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Os outros R$ 30 milhões serão direcionados pela Defesa Civil estadual, por meio do modelo fundo a fundo, diretamente às prefeituras que declararem situação de emergência. Até esta manhã, 98 dos 497 municípios gaúchos já tinham reportado à Defesa Civil estadual que foram de alguma forma afetados por alagamentos, deslizamentos e outras consequências dos temporais.

“A prioridade é garantir agilidade. Não vamos esperar relatórios detalhados para começar a apoiar [os municípios]. Vamos repassar, de forma emergencial, R$ 100 mil para cada município que decretar emergência. Depois, conforme os danos reportados, poderemos ampliar esse valor”, afirmou Leite.

Presente à reunião com o governador, o prefeito de Santa Maria, Rodrigo Decimo, destacou que as prefeituras precisarão do auxílio do governo estadual para lidar com a situação. Na cidade, até esta manhã, mais de 600 pessoas tinham sido diretamente atingidas pelas consequências das chuvas desta semana.

 


São José do Caí (RS), 18/06/2025 - Bombeiros acionados para fazer resgate durante chuvas no Rio Grande do Sul. Foto: Alexandre Pessoa/Divulgação

Bombeiros são acionados para fazer resgate no município de São José do Caí – Foto: Alexandre Pessoa/Divulgação

“A união de esforços com o governo do estado é crucial neste momento tão difícil”, afirmou Decimo, em nota. “Decretamos situação de emergência para acelerar o apoio às pessoas afetadas em Santa Maria. Nossas prioridades absolutas são a segurança e o amparo a cada família, e nossas equipes seguirão em campo, de forma integrada, pelo tempo que for necessário para garantir o bem-estar de todos.”

Até as 9h de hoje, a Defesa Civil estadual contabilizava ao menos 4.011 pessoas desalojadas e 2.005 desabrigadas em todo o estado. É considerado desalojado quem teve que deixar o local onde mora e se alojou temporariamente na casa de parentes ou amigos, hotéis ou pousadas. Já os desabrigados são aqueles que precisaram ir para abrigos públicos ou de instituições assistenciais.

As chuvas desta semana também causaram ao menos três mortes nas cidades de Sapucaia do Sul; Nova Petrópolis e em Candelária, onde um homem está desaparecido desde a terça-feira (17). Um quarto óbito, ocorrido em Santa Tereza, na Serra Gaúcha, na tarde desta quinta-feira (19), está sendo tratado como decorrente de um acidente de trânsito pelas autoridades estaduais.

Mais de 550 pessoas e 125 animais precisaram ser resgatadas em todo o estado. A prefeitura de Jaguari decretou estado de calamidade pública e outros oito municípios, situação de emergência: Agudo; Cacequi; Cerro Branco; Cruzeiro do Sul; Dona Francisca; Nova Palma; Passa Sete e São Sebastião do Caí.

Contaminação de córrego no Entorno do DF está 3 vezes acima do padrão


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A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás (Semad-GO) divulgou, na tarde desta sexta-feira (20), que o exame preliminar realizado pelo Laboratório de Análises Químicas, vinculado à secretaria, confirma que o desabamento de uma montanha de lixo no aterro Sanitário Ouro Verde, no município de Padre Bernardo (GO), gerou a contaminação da água superficial do córrego Santa Bárbara, afluente do rio do Sal. O desabamento dos resíduos sólidos ocorreu na manhã de quarta-feira (18).

Amostras

De acordo com publicação na rede social da Secretaria de Meio Ambiente, a primeira análise das amostras do líquido foi realizada com um equipamento chamado de sonda multiparamétrica, para verificar as características físicas, químicas e biológicas que indicam a qualidade da água. 

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A Semad-GO informou que a análise das amostras identificou “grande alteração na condutividade da água, na salinidade e na presença de sólidos totais dissolvidos (TDS).”

A coleta de amostras ocorreu em três pontos do córrego: um antes do lixão (que os técnicos chamam de “a montante”) e dois outros locais, após o lixão (ou “a jusante”) de Padre Bernardo.

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No ponto anterior ao lixão, os parâmetros encontrados estavam dentro do que regulamenta o Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama).

Porém, no primeiro ponto após o local do desmoronamento dos resíduos sólidos, os dados coletados mostraram contaminação três vezes maior do estabelecido pelo Conama. No que diz respeito aos sólidos totais dissolvidos, por exemplo, o valor foi de 1.580 miligramas por litro (mg/L), enquanto o recomendado pelo colegiado consultivo é de no máximo 500 mg/L.

“A detecção desses sólidos totais é um forte indicativo da presença de metais pesados, que são característicos do chorume. De modo geral, alguns metais pesados comuns em chorume são mercúrio, chumbo e cádmio, por exemplo”, diz a publicação.

O laboratório da Semad-GO investiga a concentração elevada de sulfato, nitrato, nitrito e fosfato na água superficial, o que pode indicar poluição e representar riscos para a saúde de quem consome e para o ecossistema aquático.

A Secretaria de Meio Ambiente planeja, também, a contratação de um laboratório externo que diferencia os metais pesados presentes.

Embargo do lixão

Na tarde dessa quinta-feira (19), após visita técnica ao local, a secretaria estadual determinou o embargo do empreendimento e, com isso, novos carregamentos de resíduos sólidos não estão autorizados a serem depositados no local. “A Semad entende que o desmoronamento de uma montanha de lixo e a contaminação do córrego Santa Bárbara (afluente do rio do Sal) são fatos novos que justificam a medida”, diz a publicação.

A pasta destacou que uma liminar judicial concedida pelo Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF1), em Goiás, permitiu a reabertura do aterro sanitário que operava sem licença ambiental válida.

De acordo com a Semad-GO, a empresa Ouro Verde não apresentou aos órgãos competentes estudos ambientais exigidos por lei, além do lixão estar instalado em área de preservação permanente. Até o desmoronamento do lixo, sete autos de infração e embargos administrativos tinham sido emitidos pela secretaria.

O empreendimento é alvo, também, da atuação do Ministério Público de Goiás e do Ministério Público Federal do Estado de Goiás.

A Agência Brasil tenta contato com a empresa Aterro Ouro Verde, responsável pelo aterro sanitário de Padre Bernardo, e está aberta a manifestações.

Embaixada começa a identificar brasileiros que querem deixar Israel


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A Embaixada do Brasil em Tel Aviv, Israel, deu início ao processo de identificação dos brasileiros que desejam sair do país, em razão do recente conflito com o Irã, iniciado dia 13 de junho. Em um alerta consular divulgado hoje (20) a representação diplomática disse que monitora os efeitos dos ataques de mísseis e demais projéteis contra o território israelense e divulgou um formulário para preenchimento dos brasileiros em Israel.

“De modo a permitir a identificação e localização atualizadas de brasileiros que se encontram em Israel e que tenham intenção de deixar o país, a embaixada solicita que seja preenchido o formulário abaixo indicado”, diz o comunicado.

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O formulário deve ser respondido por pessoa, independentemente da idade. Entretanto, a embaixada disse que, até o momento, “não há um plano para eventual operação de repatriação ou evacuação de brasileiros a partir de Israel.

Por decisão do governo de Israel, o Aeroporto Ben-Gurion e o espaço aéreo israelense permanecem fechados a todos os voos, sem previsão de reabertura, exceto para voos com permissão prévia excepcional, concedida pela Autoridade de Aviação Civil de Israel (ICAA) e pelo centro de operações do respectivo aeroporto internacional.

O alerta consular diz ainda que os brasileiros que têm a intenção de deixar o país através de fronteiras terrestres deverão fazê-lo por meios próprios. Neste momento, os postos de fronteira terrestre encontram-se operacionais, seguindo horários determinados e que podem ser consultados na página que traz informações sobre pagamento de taxas e demais orientações.

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A embaixada orienta avaliar os riscos da empreitada e seguir, com atenção especial, às regras de segurança pertinentes e a eventuais exigências de visto nos países para os quais tencionam se deslocar. “A assistência consular possível nesses casos é limitada”, diz o comunicado.

Na quinta-feira (18), o governo israelense, por meio do Comando da Frente Interna de Israel (Homefront Command/Pikud HaOref), decidiu reduzir o nível de alerta na maior parte do país para estado de Atividade Limitada. A decisão, vigorará, a princípio, até às 20h deste sábado (20).

O comando também estabelece os horários de funcionamento dos postos de fronteira e a restrições de segurança, que estão sujeitos a alterações a qualquer momento, de acordo com a evolução do cenário de segurança.

“Recomenda-se, portanto, verificar continuamente as fontes oficiais aqui indicadas antes de qualquer deslocamento”, diz o alerta.

A Embaixada do Brasil em Tel Aviv reitera ainda o Alerta Consular, vigente desde outubro de 2023, que recomenda evitar viagens não essenciais a Israel.